Fanfic: # 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você | Tema: Laliter

*On Peter

Terminamos o banho entre muitos amassos e carícias. Saí antes dela do box, me vesti no quarto e voltei à porta do banheiro, e lá fiquei, parado.

- Pega a toalha pra mim? - falou com sensualidade. Ela exalava charme tanto quanto falava, quanto quando olhava, ou andava, ou mandava em nós, reles mortais.

- Dá última vez que você me pediu isso eu te devorei todinha, lembra? - Aproximei-me dela. Puxei-a pela cintura e senti o corpo molhado de Lali aconchegar-se ao meu. Ela afastou-me no momento em que eu beijava o seu pescoço e seus pêlos se arrepiaram.

- Temos uma reserva em um restaurante. - piscou pra mim - Sossega, Pitt! - disse suavemente. A mulher me matava de tesão.

- Ok, Ok.. - virei-me e voltei ao quarto. Olhei os lençóis bagunçados, a algema ainda presa em uma das pontas da cama. A cesta de morangos reviradas ao lado do criado mudo. Apanhei um dos travesseiros que estavam no chão do quarto, cheirei a fronha que exalava o cheiro dos cabelos dela. Respirei fundo.

- Passaria a minha vida toda nos teus braços - disse num suspiro, mas pra mim, do que para as paredes que me cercavam.

Lali ficou parada na porta do quarto enxugando os cabelos enquanto me observava. Acho que ela não ouviu o que eu disse.

- Porque tá me olhando? - perguntei curioso.

- Você está lindo com essa roupa - disse se referindo as roupas que ela mesma havia escolhido para eu vestir. Resolvi baixar a guarda um pouco, afinal de contas, ela iria me levar para jantar sabe Deus onde. E no mais profundo do meu orgulho ferido eu sabia que ceder como ela estava cedendo era doloroso para uma mulher como Lali, e por que eu não podia ceder também, não é?

- Não quero que você se sinta desconfortável com a minha companhia - admiti. Ela caminhou lentamente na minha direção. Senti o seu hálito tocar suavemente o meu rosto. Fechei os olhos e degustei dos seus lábios que roçaram lentamente nos meus.

- Guarde energia pra mais tarde.. - sussurrou enquanto virava-se de costas pra mim, e deixava o roupão deslizar pelo seu corpo até tocar o chão. Olhei-a, completamente sem roupa. Sorri em seguida. 

- Preciso de um copo de água - disse ao sair do quarto. Ela riu. Ela sabia o quanto estava me deixando perturbado.

Fomos ao um restaurante japonês, eu mal sabia comer com os hashi, foi um sufoco. Enquanto eu tentava equilibrar a comida naquele pauzinho, Lali comia com a maior naturalidade. Eu estava meio constrangido, mas nada grave. O jantar terminou com um saldo positivo, conversamos a maior parte do tempo, vale ressaltar que não houve nenhum tipo de agressão verbal ou visual. Lali sorriu e ajudou-me diante da falta de jeito com os hashi. Tá certo que eu preferia mil vezes um hambúrguer do MC Donald`s, mas isso não vem ao caso. Voltemos ao saldo positivo. Percebi que no olhar dela havia mais do que aquela Lali mandona e autoritária. Havia um leve tom de contentamento. Saímos do restaurante depois das dez e quarenta da noite. Em direção a uma boate na região oeste de Sampa.

Lali não quis nem uma bebida, me arrastou para um canto perto da pista de dança. Apertou-me na parede enfiando a sua coxa no meio das minhas pernas e beijando os meus lábios o suficiente para me embriagar de desejo. Com minhas mãos os seus seios enquanto correspondia aos beijos quentes e famintos que seus lábios depositavam nos meus. Mudei de posição com ela, precionei o corpo dela contra a parede, enquanto a beijava. Ficamos naquele cantinho nos tocando por longos minutos.