Fanfic: # 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você | Tema: Laliter

 * On Lali

Sim. - murmurei a única palavra que selava o momento em que parei de lutar contra ele. A partir daquele momento foi quase como flutuar. Será que existiam pessoas que viviam assim, com essa espécie de alívio, leveza e falta de pressão surreais? Era assustador, é claro. Mas naquele momento, estava adorando me deixar levar. Peter sorria, pedi que ele fosse dirigindo. Ele me guiava. Até a sua casa. Longe, muito longe. Não importava. Aproveitei os momento em que ele passava a marcha para acariciar a mão dele, eu mechia no cabelo dele a cada 5 segundos, e sorria. Ele parecia tão feliz quanto eu estava.

Felicidade, era isso que eu sentia, bem maior do que quando a revista aumentava as vendas ou comprava um belo sapato. Engraçado, aquela era uma noite de muitas descobertas. E Peter estava sendo perfeito me conduzindo com uma carinhosa suavidade.

Não reclamei por ter que estacionar o carro na rua - o prédio de três andares dele não tinha garagem, nem porteiro, muito menos elevador. Nada disso importava. Subi as escadas atrás do Peter que me levava pela mão. Ele abriu a porta, e pude ver que o apartamento era um ovo, só pelo tamanho mínimo da sala. Ele acendeu a luz e demos de cara com a amiga dele, a tal da Rochi. Ela estava tomando algo numa caneca e chegou a engasgar. Antes de me dar um boa noite de olhos arregalados e desaparecer quase correndo atrás de uma das portas.

- Quer alguma coisa? Café, água?

Peter parecia um pouco tenso. Eu continuava em transe, sem conseguir falar nada. Apenas o olhava. Peter repetiu a pergunta, e recusei com um aceno de cabeça. Novamente me deixei levar pela mão. Peter parou, acendeu a luz, fechou e trancou a porta atrás de nós. Olhei em volta: um armário, uma cama de casal e uma mesinha com um computador, que ocupavam todo o cubículo que ele apresentou.

- Esse é o meu quarto.

Antes de me beijar e começar a tirar a minha roupa, de uma forma absolutamente apaixonada e carinhosa, entre carícias e palavras sussurradas muito diferentes das que eu estava acostumada. Continuei tensa, assustada, mal conseguia respirar. Era como se fosse uma primeira vez. Me sentia frágil, insegura, desamparada. Apavorada. Incrivelmente, Peter percebeu. Olhou bem dentro dos meus olhos e sussurrou.

- Eu amo você.

Arrepiei. Estremeci. Meu coração foi na boca. Cada pedacinho do meu corpo passou a ter vida própria. Correspondi inteira e integralmente à ele, me lançando de livre e espontânea vontade naquele abismo sem volta. E o mundo inteiro pareceu parar de girar só para mim. Porque magicamente, a palavra "eu" parecia ter virado "nós".

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Amanhã promete viu!!!!

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