Fanfic: # 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você | Tema: Laliter

*On Lali

Depois de finalmente conseguir sair do chuveiro onde a coisa que menos fizemos foi tomar banho, com os cabelos insuportavelmente molhados e sem lavar. Primeiro porque os shampoos, condicionadores e cremes eram todos de péssima qualidade. Segundo porque a amiga dele, a Rochi, inacreditavelmente não tinha secador. Deixei Peter na revista e fui para casa. Ele estava atrasado. Eu não tinha hora para chegar. A experiência com ele tinha sido perturbadora demais. Precisava de um tempo sozinha para, sei lá. Em casa, mandei Hope preparar meu banho, enquanto eu tomava um café da manhã de verdade. Estava deitada na banheira, completamente relaxada, querendo esquecer o quanto o lugar que ele morava era.. ah, esquecer era o que eu menos queria, porque incrivelmente, eu nem tinha me incomodado. A impressão que tinha ficado era muito agradável, por mais que eu quisesse não conseguia negar a verdade. Foi quando Paz, muito sem graça, apareceu para interromper meus pensamentos.

- Lali, desculpe, mas seu pai está no telefone..

Tirei a máscara do rosto, peguei o celular que a Hope estendia, e esperei ela se retirar.

- Alô, pai?

A voz dele soou preocupada.

- Filha, onde você está?

- Em casa. Por quê?

Ele ainda parecia bastante desconfiado.

- Te liguei várias vezes, passei na revista, e nem a Cande sabia de você..

- Desde quando tenho que dar satisfações da minha vida a você?

Ele riu. Meu pai sempre se divertia às minhas custas. Adorava rir da minha cara.

- Meu bem, sabe que da sua vida particular eu prefiro não saber nada. Principalmente depois de certas notas escandalosas em alguns jornais e revistas. Eu só me preocupo com você, filha. Não quero que te aconteça nada de mal. Você é tudo o que eu tenho, sabe? Então, vamos almoçar hoje?

- Por quê? Algum motivo em especial?

Ele continuou com a mesma voz tranqüila e serena.

- Lali, eu sou seu pai. Não preciso de um motivo especial para querer te ver de vez em quando, não acha?

- Está bem. Onde?

- Eu passo aí para te buscar.

- Não precisa, eu te encontro lá..

Ficamos assim, nessa discussão boba, até convencê-lo de que eu não tinha mais seis anos de idade, e poderia perfeitamente me encontrar com ele lá. Ele se despediu com a frase de sempre.

- Beijos, minha florzinha.

- Tchau, pai.

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