Fanfics Brasil - PRIMEIRO CAPÍTULO – Muito Prazer! Te vivo... Do início ao fim.

Fanfic: Te vivo... Do início ao fim. | Tema: Luan Santana


Capítulo: PRIMEIRO CAPÍTULO – Muito Prazer!

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Ainda era cedo, Paulina estava deitada, porém acordada e cheia de preguiça, quando o telefone toca:


- Paulina? – perguntou alguém do outro lado.


- Huh? – Paulina apenas murmurou preguiçosamente.


Era Biba, ou Bianca Babilônia, ou apenas a melhor amiga de Paulina.


- Paulina, você ainda tá na cama? Levanta! Nosso primeiro dia de férias, temos que aproveitar…


- Tô com sono, me esquece, vai!


- Nem pensar, levanta e lava a cara que eu tô chegando… Vou entrar direto.


Paulina nem respondeu e antes mesmo que desligasse o telefone, enfiou sua cabeça embaixo do travesseiro, mal-humorada, e ficou.


Vinte minutos depois, a porta abre:


- Meu Pai, de onde tá vindo tanta preguiça, mulher? – disse Biba enquanto abria as cortinas e puxavas as cobertas.


- Sai, Biba. Não tô no clima hoje!


- Você nunca está! É incrível a sua vontade de viver… Revigorante.


- Você quer que eu faça o quê? É sempre as mesmas coisas… Sempre os mesmos roles, as mesmas pessoas… O mesmo lugar!


Silêncio.


- Tô cansada disso, já chega pra mim! – terminou Paulina.


Biba ficou olhando para a amiga assustada, mas em nenhum momento mostrou desistência.


- Já deu o seu show? Que bom, agora levanta!


- Você não me leva a sério mesmo, né? – retrucou Paulina, sentando na cama com o travesseiro entre as pernas cruzadas.


- Olha, - indagou Biba – eu sei que tá difícil pra vocês desde que a sua mãe se foi. – Pausa. – Mas a vida continua, é assim a lei da vida. Deus sabe o que faz, e eu sei o quanto você tá cansada de seguir assim, mas você tem o seu pai… Você tem a mim e, te garanto que nós não iremos te deixar tão cedo! – Sorriu.


Paulina estremece e enche os olhos d’água.


- Awn! Eu sei… Desculpa! Eu te amo… Muito Biba! – correu para abraçar a amiga que estava sentada em outra ponta da cama.


- Eu que te amo minha pequena… – Biba era um ano mais velha que Paulina, tinha 18. – Mas chega de chororô. Bora levantar que hoje eu fiz uma programação especial.


Paulina fitou a amiga, mas nem insistiu em resistir e tratou logo de ir tomar banho.


- Gosto assim! – disse Biba sorrindo.


Depois do banho:


- Devo me arrumar pra quê?


- Tá sol e um calor maravilhoso… Põe uma roupa confortável e um biquíni por baixo.


- Biquíni? – perguntou Paulina assustada, enquanto se olhava no espelho.


- Anram! – Pausa. – Descobri um lugar lindo, quase inacessível… Mais pra gente relaxar mesmo, sabe? Não deve ter ninguém lá hoje.


- Aonde?


- Tipo indo pro Pantanal, não sei explicar… Tem uma paisagem linda e uma cachoeira top!


Paulina olhou desconfiada mas continuou a se vestir.


Na cozinha:


- Bom dia! – disse Seu Marcelino, pai de Paulina, encostado no balcão com uma xícara de café na mão.


- Oi pai, vou sair com a Biba, tá? Volto mais tarde… Qualquer coisa me liga, tchau.


E sem respirar saiu do recinto se dirigindo a porta. Partiu por ela sem olhar para trás.


- Errr… – Biba ficou olhando-o tentando encontrar palavras, mas não pôde.


- Tudo bem, eu sei… Eu sei. – confirmou Seu Marcelino balançando a cabeça. – Vai!


No carro, depois de 15 minutos Paulina tentou cortar o gelo:


- Seus pais são maneiros, deixar você pegar a Tucson sem eles estarem juntos… Óia!


Falava sozinha enquanto se ajeitava no banco e arrumava os cabelos.


- O seu pai não fica atrás, Paulina, não sei porque você é tão fria com ele depois que a sua mãe morreu.


Silêncio.


- E você não vai dizer uma palavra sequer, não é?


- Eu não quero falar sobre isso, Biba.


Biba sem rodeios preferiu ficar quieta e deixar que o dia falasse por si só, afinal, era dia das amigas. Relaxar e se divertir, depois de um meio ano pesado e cheio de decepções, era o único interesse de ambas.


Chegando a um certo ponto do caminho, elas tiveram que deixar o carro em um interior, mais precisamente na casa de dona Maria, que era a última casa do lago. De lá, elas iriam fretar um barquinho de motor, pequeno, que as levaria até um outro lado do rio. Um lugar onde só era acessível dessa forma.


- Seu Zé, né? – perguntou Biba.


Seu Zé era uma espécie de “faz tudo” por ali… Um guia turístico, talvez.


- Sim senhora. – respondeu.


- Dizem que esse lugar é muito bonito, mas quase não vem gente…


- É isso mesmo.


Biba queria puxar assunto, mas seu Zé não parecia ser muito conversador.


- Mas por quê? Digo, aqui é tão paradisíaco, não seria um cartão postal?


- É sim, mas só de vez em quando… Em época de festejo as “pessoa” vem bastante de tudo quanto que é canto do mundo… – Pausa para respirar – tem vez que eu carrego uns cabra no barco que fala tudo enrolado, eu num entendo é nada!


Paulina ria com o jeito engraçado de Seu Zé falar. Ele tinha um sotaque muito forte!


- Mas hoje já tem gente lá desde bem cedinho, viu!


- É mesmo? – Biba interessada.


- É.


- Você os conhece?


- Ah! Eles vem uma vez por mês, mais ou menos… São gente da gente, sabe?


- Anram. – fitou Biba parecendo estar gostando do assunto, enquanto Paulina se distraia com um pouco de água que havia dentro do barco.


- Eu chamo ele de cantorzinho! Toda vez que ele vem, traz uma viola e fica tocando lá na casa da dona Chica, quando volta do Pantanal depois da pesca.


- Que legal… – Paulina parecia ter acordado de seu transe.


- É sim. Vocês devem conhecer ele. Pra cidade, todo mundo chama ele de “gurizinho.”


Ambas se olharam e balançando a cabeça responderam:


- Hm, não… Acho que não.


Apesar de serem bem descoladas, não saíam com muita frequência a noite. Elas tinham programas simples como cinema e teatro, mas adoravam beber. Antes mesmo de Kátia, mãe de Paulina, falecer, elas se juntavam com outras amigas para comprar bebidas escondido, e já deixavam avisado que iriam fazer a noite das meninas em seu quarto, que não queriam que ninguém as atrapalhasse. Assim elas poderiam rir e se divertir o quanto quisessem, já que elas faziam um “cronograma de diversão” com jogos e interativos entre outras coisas.


Chegando lá, Seu Zé as leva para conhecer dona Chica, querendo ou não ela era muito famosa, pois adorava fazer café para os pescadores e visitantes.


- Aow dona Chica! Como vai muié? – chegou gritando.


- Rapaiz, qualquer dia tu vai me matar de susto!


- Trouxe essas moças pra conhecer a senhora, elas vem da capital pra conhecer a cachoeira.


Dona Chica as olhou timidamente e logo abriu-lhes um sorriso.


- Mais são muito bonita, sôr!


- Obrigada! – risos. Responderam as duas em coral.


- Cêis aceitam um cafézin, minhas fia?


- Obrigada dona Chica, adoraríamos mas estamos com um pouco de pressa para ver a cachoeira… A senhora sabe, tá muito calor hoje! – Biba falou.


- Ah, eu sei sim… – respondeu ela meio cabisbaixa.


- Mas não pense que a senhora se livrou de nós, viu? A gente tá indo, mas quando voltarmos, viremos direto pra cá só pra tomar esse seu cafézin cheiroso! – disse Paulina animada e imitando seu sotaque.


- Pois tá bom! – dona Chica sorria muito bonito. – Vou esperar ocêis!


- Pode esperar… – Gritou Paulina acenando e seguindo seu Zé, que lhes serviria de guia até a cachoeira.


Em cochicho:


- Eu posso saber que disparate foi esse?


- O quê? – Paulina perguntou.


- Você, toda animadinha, dizendo que vai voltar… Tomar café. – Pausa. – Eu ein!


- Biba para de ser louca, você viu como ela ficou feliz? Ela deve ser sozinha nessa casinha, tão fofa e humilde. Ter visita deve ser o melhor momento do dia pra ela.


- Hm.


- Que foi? – gargalhou Paulina.


- Você tá sorrindo estranhamente… Sua louca!


As duas não conseguiram segurar os risos.


Na cachoeira:


- Uau! Que lindo… – fraquejou Biba.


- It is so beautiful! – se empolgou Paulina.


- É mais do que eu pensava… – completou Biba.


- Óh, cêis fica aqui, viu? Não vai se enfiar nas mata, que é perigoso… – as duas o fitavam atenciosas – eu vou voltar pra dona Chica, e mais tarde eu venho busca ocêis na hora que cêis me combinou, tá?


- Muito obrigada, seu Zé. Esperaremos o senhor! – agradeceu Paulina.


- Seu Zé… – chamou Biba.


- Oie!


- O senhor não disse que haveriam mais pessoas aqui?


- Sim, mas eles tão lá no Pantanal… Eles quase não vem pra cá, eles gosta mais é de pescar, daí eles vão pro outro lado, não fica longe não, mas tem que entrar na mata.


- E não é perigoso?


- É sim, mas eles são do mato também… Conhecem tudo aqui. Geralmente eu vou com eles, mas como ocêis já tinha marcado comigo, não fui.


- Entendi. – completou Biba.


- Mas não precisa se preocupar não, viu? As vezes passa um guarda florestal… Ele vai pergunta se cêis tão bem e uns bocado. – pausa pra respirar – Qualquer coisa ele resolve.


- Tá bom. – disse Paulina super agradecida pela atenção.


- Posso ir agora?


- Claro, por favor, não se prenda a nós! – e Paulina acenava.


O lugar em si era lindo, riacho… A queda d’água era realmente divina. Biba e Paulina sentaram-se em uma pedra que dava entrada para uma caverna embaixo da cachoeira. Elas ficaram o dia todo lá, apenas elas e a natureza… Paulina parecia estar muito feliz e de bem com a vida:


- Biba, eu não sei nem como te agradecer… Você parece saber exatamente tudo que eu preciso e quando. – pausa – Obrigada!


- Awn! Que gay… – brincou a amiga. – Mas tá tudo bem, relaxa… Amigo é pra essas coisas, mesmo.


Risos.


- Mas ein, cê num tá com medo não?


- Do quê? – perguntou Paulina.


- Sei lá, a gente sozinha numa mata, tipo essa, com um guardinha…


- Ai credo, sua tarada! Era só o que me faltava…


- Ah, mas sabe como é…


- Nem começa, não quero ouvir as suas histórias macabras, não hoje e não aqui. Vê se aproveita e para de querer me perturbar mais do que já sou.


Biba realmente adorava fazer isso. Ela não era mais virgem, era louca e adorava ficar contando suas aventuras a amiga.


No cair da tarde, por volta de umas 16h30m, Seu Zé chega:


- E aí, tão gostando?


- Adoramos! Passamos o dia curtindo isso aqui, é realmente grande e lindo… Dá pra aproveitar bastante! As pessoas não sabem o que estão perdendo. – disse Paulina.


- É, não mermo. Ia dar até mais trabalho pra nóis que vive aqui, vive de roça. – Seu Zé parecia desanimado.


- Então vamos? – sorriu Paulina disfarçando o clima – Não esqueci de dona Chica!


- Bora, mais cêis espera mais um tiquinho?


Elas esperavam por uma conclusão.


- É que eu também tenho que buscar o povo do Pantanal, daí vai todo mundo de uma vez… Trouxe a jangada maior. – pausa – Que cêis acha?


Biba aceitou com a cabeça.


- É bom que dá pra gente terminar de arrumar as coisas que a gente trouxe, o senhor vai lá e quando voltar passa aqui e nos pega. Pode ser? – Paulina sempre serena.


- Claro que pode, uai! – sorriu alegre por ver compreensão – Vou num pé e volto em dois.


Todos riram.


Enquanto arrumavam a cesta de frutas que haviam levado, Paulina pergunta:


- E você Biba, como que tá com o Diego?


- Ah! Tá indo… – respondeu desanimada.


- Que ânimo é esse? Aconteceu alguma coisa? Me conta!


- Ah, você sabe… Esses caras lindos, gatos, gostosos, musculosos…


- Tá bom, já entendi. – cortou Paulina sorrindo.


- Então, geralmente eles não têm nada a oferecer… Se você quer conversar, eles pensam que você quer sexo, se você tá carente eles pensam que você quer sexo. Eu só acho que tá na hora de eu encontrar alguém que me valorize, que goste de mim e não da minha beleza.


Pausa.


- Essa é a Bianca que eu conheci e a parte dela que eu mais adoro! Tô com você amiga! – descontração – Mas você sabia disso desde o início, lembra que eu sempre te alertei do Diego, não lembra? Tá na cara que o que ele tem de músculos é o que ele não tem de cérebro.


Ambas gargalhavam a respeito quando escutaram um barulho na mata.


- Devem ser eles chegando…


- Será? – rouquidão na voz de Paulina – Tão calmo.


- Ain, não começa amiga! Vai ver foi só os galhos…


- Esses galhos tem o quê? Sarna?


Quando de repente surge na mata 3 homens e seu Zé logo atrás.


- Vortamô! – gritou ele.


Biba saiu em sua direção, enquanto Paulina ficava olhando para os lados, com medo:


- Vem logo mulher! – repreendeu Biba.


- Ain, tô indo! – disse Paulina assustada.


Pronto. Todos se encaravam… Todos os 6.


- Olá, meninas! Eu sou o Amarildo… – disse um homem que estava ao lado dos outros dois, enquanto cumprimentava as moças com um aperto de mão. – Este é o meu filho, Luan e esse é o Joca, nosso amigo.


Luan também disse Oi, e timidamente as cumprimentou com um beijo no rosto, mas Paulina se contentou apenas com o aperto de mãos… Se esquivando então de seu beijo.


- Opa! – sorriu ela – Prazer, viu!


- Muito prazer! – sorriu Luan.


- Então, nós somos a Biba e a Paulina. – terminou Biba enquanto apontava, distinguindo quem seria quem.


Seu Zé guiou o grupo até a jangada e tratou de acomodá-los.


- É pequena mas aguenta até mais gente se for o caso! – brincou ele.


- Seu Zé, o Luan pesa por dois… - brincou Joca e todos riram.


Envergonhado, ficou quieto… Naquele instante ele se sentirá altamente confortável ao ver Paulina sorrir com a cabeça baixa. Parecia estar envergonhada também.


- Mas e vocês, fazem o quê? – perguntou Amarildo.


- Somos estudantes, apenas. – respondeu Biba.


- Bahh! – indagou surpreendido.


Biba e Paulina não sabiam o que aquilo significava e ficaram olhando.


- Nossa, sério? – retrucou Amarildo. – Vocês parecem modelos…


- Modelos do Pantanal. – brincou Luan.


- Modelos do mato… – e daí por diante os três ficaram tirando onda com as duas. Até que o clima ficou bem agradável. Paulina conseguia até olhar Luan nos olhos agora.


- Ê trem bão, dona Chica! Senti o cheiro do seu café lá do outro lado do Pantanal…


Ela saiu sorridente de dentro de casa.


- Cêis vieram mermo, foi? – perguntou ela com os olhos esbugalhados.


- Pois é, dona Chica! – começou Luan. – Eu venho semp…


- Eu disse que viria, não disse? – sorriu Paulina, interrompendo qualquer coisa que Luan já estivesse dizendo.


Ele a olhou sem saber o que estava acontecendo e passou a escutar.


- Ah minha fia, eu gostei de você! – disse dona Chica, puxando Paulina por um braço e usando o outro para acenar e chamar os demais a entrarem na varanda. – Venha, bora entrar povo! Café vai esfriar!


Todos a seguiram.


Joca e Biba simpatizaram de cara! Ficavam rindo e fazendo brincadeiras bobas como se já se conhecessem a anos.


- Incrível, mas acho que perdi a minha amiga! – brincou Paulina.


- E ganhou mais três! – disse Amarildo.


- Quatro, né? – fungou seu Zé.


- Espero que vocês voltem sempre, mocinhas, faz tempo que o Pantanal não vê tanta beleza. – terminou dona Chica, uma flor.


- Oh gente! – brilhou Paulina – Muito obrigada, viu? Adorei conhecer o lugar e vocês, com toda certeza voltaremos…


- Com certeza! – reforçou Biba.


- Mas agora precisamos ir, né Biba? Tá ficando tarde e a estrada é longa… – completou enquanto se levantava.


- Espera! – Luan disse ao puxá-la pelo braço, instintivamente. – Cêis num quer ficar pra roda de viola?


Paulina tomou um certo susto com a “intimidade” do rapaz:


- Não… Não, obrigada! Temos mesmo que ir. – sorriu fraco.



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Autor(a): babaloo

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

No carro, voltando para casa, Biba não pode deixar de reparar um certo sorriso meticuloso no rosto da amiga: - Algo me diz que hoje te fez super bem… - Muito! – respondeu ela sem pensar. - E outra coisa me diz que “hoje”, na verdade, se chama Luan. – ironizou Biba. - Tá de sacanagem, né? - Tô mentindo? - T&aacut ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:05

    Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!

  • fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:04

    Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!

  • fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:04

    Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!

  • fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:04

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