Fanfic: Te vivo... Do início ao fim. | Tema: Luan Santana
No carro, voltando para casa, Biba não pode deixar de reparar um certo sorriso meticuloso no rosto da amiga:
- Algo me diz que hoje te fez super bem…
- Muito! – respondeu ela sem pensar.
- E outra coisa me diz que “hoje”, na verdade, se chama Luan. – ironizou Biba.
- Tá de sacanagem, né?
- Tô mentindo?
- Tá!
- Tô mesmo, ou você tá sendo fresca?
Ambas sorriram.
- Nem vou mais te responder, sei que essa conversa não vai ter fim mesmo.
- Me ature!
- Não enche…
- Ain Paulina, você é muito morta!
- Eu? Por que?
- Um gato te paquerando o tempo todo, te dando a maior moral e você falando de café!
- Aff, não viaja Biba…
- Você é muito retardada, menina! Linda, solteira… Precisando curtir a vida, conhecer gente nova e ao invés disso, fica aí perdida num mundinho onde só existe na sua cabeça.
- Pára…
- Tô falando sério! – pausa no semáforo. – A partir de agora eu dito as regras, e nas novas regras, essa Paulina não existe mais.
- Ui, que medo! – brincou Paulina.
- É bom ter mesmo…
Chegando em casa, já era noite:
- Se arruma que eu passo pra te pegar daqui duas horas.
- Tô cansada Biba, tem certeza que vamos sair? Tô sem vibe.
- Sem mais. Beijo, até as 22hs! – disse Biba puxando a porta do carro, praticamente colocando Paulina para fora.
Paulina entra, como sempre muito quieta. Seu Marcelino estava sentado no sofá lendo um jornal, quando olhou para a porta e disse:
- E aí, como foi? – sério.
Paulina parou e o fitou. Percebeu que seu dia tinha sido tão bom, tantas coisas tinham acontecido, que ela não poderia estraga-lo, não mesmo:
- Oi pai! – sorriu – Foi muito massa… Fui numa cachoeira e estou morta!
Seu Marcelino, confuso ficou olhando-a e ficou surpreso, sim, por ver sua filha depois de tanto tempo naquele estado de alegria.
- Fico muito feliz por isso, filha! Muito mesmo!
- Obrigada, pai! – Paulina saiu andando em direção as escadas, onde pensava em ir pro seu quarto.
- Já comeu? Quer jantar? – perguntou mais uma vez.
- Hm, - hesitou no meio da escada – não, obrigada! Estou bem…
Paulina olhou para ele lá de cima e de leve sorriu sem mostrar os dentes.
- Posso subir?
- Claro! – respondeu todo bobo e feliz. Seu Marcelino não sabia realmente o que haveria de ter acontecido naquele dia, mas por ver os resultados, estava ótimo para ele.
Paulina ligou o computador, entrou numa rádio local online e deixou tocando enquanto tomava banho.
- Ai meu Deus! O que vestir?
Ela abre seu guarda-roupas e fita tudo que tem ali… Com cuidado separa algumas peças e monta um look para balada.
- Balada ou barzinho, dá pros dois! – conversou sozinha, segura da roupa.
Depois do banho, toda animada e cantante… Secou o cabelo e foi se vestir.
Uma saia de cintura alta curta e preta, uma camisa social feminina na cor flúor, amarrada na boca do estomago e nos pés, um pump preto de veludo.
Cabelo liso e um pouco de gloss para dar uma leveza.
Maquiagem simples: primer, base, delineador forte, rímel volumoso, blush e batom cor de boca.
- Pronto! – disse só – Estou pronta!
Lá fora Biba buzina duas vezes, é o sinal de que já está atrasada.
- Bem na hora. – sorriu enquanto buscava a bolsa e colocava ali algumas coisas, como celular, grana e retoque de maquiagem.
Descendo as escadas, seu pai intacto ainda, pergunta:
- Ué, vai sair?
- Vou sim, pai. – pausa – Com a Biba.
- Pensei que você estivesse cansada…
- Estou, mas ela insistiu.
Pela primeira vez ele não implicou, pelo contrário:
- Boa noite pra você, então!
- Obrigada pai, pra você também. – Paulina o beija no rosto rapidamente – Volto cedo!
Mesmo hesitando, boquiaberto:
- Não se preocupe, querida. Tenha cuidado.
- Tá! – gritou ela já saindo pela porta.
No carro:
- Amiga, arrazou! – aplaudiu Biba referindo-se ao look da amiga.
- Você tá linda, também! – sorriu envergonhada – Para onde vamos, afinal?
- Sabe o Joca?
- Hm… Joca? – pausa confusa – Joca, o Joca… Joca?
- É amiga, o Joca de hoje!
- Como assim, Biba?
- Enfim, ele me mandou uma mensagem e disse que vai ter um show do seu gatinho numa casa noturna por aqui, aquela country do centrinho, sabe?
- Meu gatinho, uma ova! – gritou ela – Hm… Sei.
- E nos convidou!
- Tá. E aí?
- E aí que nós estamos indo pra lá.
- Ain Biba, não sei…
- Não sabe o quê? Relaxa garota… Vai ser legal!
- Vai ser legal pra você que se deu super bem com o Joca, mas e eu?
- Sem drama Paulina, não combina com você. E outra, já te falei que o Luan te curtiu demais.
- É o que você diz! – resmungou.
- E ele também! – disparou sem pensar. – Opss!
- É o quê?
- Nada! Quer dizer… Eu… Acho, né.
- Bianca Babilônia, o que foi que você fez?
- Nada amiga! – sorriu por baixo. – Oh lá, tamo chegando!
- Espero que nada mesmo… Não sei se você lembra, mas eu sei voltar pra casa, viu?
- Calma! Vai ser animal!
Na entrada elas avisaram que eram convidadas e após confirmarem a história, encaminharam-nas para um camarote da área vip, onde aguardavam Joca chegar.
- Que frescura!
- O quê? – perguntou Biba.
- Eu gosto de povão, não de ficar aqui isolada… Não dá nem pra dançar.
- Amiga, olha o luxo! Para de colocar defeito onde não têm, que coisa!
Paulina ainda sentia um ar desconfortável… O que seria?
- Oi meninas! – Joca chegou.
- Oi! – disse Biba sorridente.
- Hey! – cumprimentou Paulina.
- O Luan vai entrar agora pra tocar, e logo depois vai vir aqui falar com vocês, tá?
- Opa, tá bom. – confirmou Biba.
Paulina neste instante já estava perdida, olhando para baixo ela não sabia como tantas pessoas poderiam estar num mesmo lugar, espremidas e histericamente eufóricas esperando por Luan.
- É uma loucura! – disse em voz alta.
- Pois é, - completou Joca – graças à Deus tá dando tudo certo, e daqui dois meses iremos gravar o primeiro DVD. – disse ele satisfeito.
- Sério? Que bacana. – disse Paulina não muito interessada.
- Pera aí, meninas, é impressão minha ou vocês não sabem MESMO quem é o Luan?
Elas o fitavam sem reação.
- NOSSA! Que foda… – gritou feliz! – Desculpem, - sorriu – e não é por nada, mas já estamos fazendo um “sucesso”, vai, por aqui… Quero dizer, o Luan tá bombando nas rádios!
As duas se olharam e começaram a rir.
- Cara, eu não sei do que você tá falando… Mas ele deve ser bom mesmo, olha o tanto de gente que tem aqui, tipo, muito legal.
- Vocês são iradas! – terminou ele.
O show terminou e elas estavam muito animadas com tudo… O público gritando e as músicas…
- Ele realmente sabe o que faz! – disse Paulina.
- Você nem imagina como! – sorriu Joca.
Biba sorriu traiçoeiramente.
- Véi, aqui tá muito cheio… Vai ser difícil dele vir aqui sem causar tumulto. Bora lá no camarim, então?
- Vamos! – as duas confirmaram.
No camarim:
- Ei! Vocês vieram… – gritou Luan. Ao se aproximar das moças, cumprimentou Biba com um beijo no rosto e Paulina com um aperto de mão – E aí moça, tudo bom?
Ela sorriu.
- Muito bem!
Eles ficavam se olhando, mas ninguém dizia nada… E nem precisava. Luan tinha aquele negócio de prender as pessoas no olhar, porém, Paulina não era diferente.
Depois de tudo pronto, Dagmar, assessora de imprensa do Luan, disse:
- Então, vamos?
- Então Dag, sabe como é… – enrolação – Como nóis ta aqui na minha terrinha depois de tanto tempo, e amanhã eu tô de folga… Tava pensando em dar uma saída com a galera, zuar e tals.
- Luan, eu já disse que você tem que me avisar essas coisas antes. Não é assim, você não tem uma vida normal como eles. – disse Dagmar, fitando Paulina e Biba.
- Mas não precisa se preocupar Dag, nós iremos num lugar bem escondido… Prometemos não causar auê. – Joca explicou. – E outra, o Well vai com a gente, né?
- Pois é! – confirmou Luan – Não precisa se preocupar, meu amor.
Dagmar sorriu e continuou:
- Tá, mas vocês irão me deixar no hotel.
- Mas é claro que sim, você acha que eu ia deixar uma gata como você andando sozinha por aí? – brincou Luan.
E assim saíram todos.
Na van, Dagmar quis ao máximo descobrir quem eram as moças nos mínimos detalhes… Para ela, como não é de se surpreender, elas seriam apenas mais duas “maria-palco”.
- […] E foi assim que nos conhecemos. - concluiu Luan. – Legal né, Dag?
- Hm… É.
- E o mais irado, Luan, - indagou Joca – é que elas nem sabiam quem você era, cara! – sorriu.
- Não? – perguntou Dagmar.
Neste momento, todos na van fitavam as garotas. Sem falas, apenas observando, sorriram.
- Pois é! – continua Joca – Elas nem se surpreenderam quando viram o Luan na mata, né meninas?
- É. – Biba sorriu forçado – Vai ver é porque nós somos muito desligadas, peço desculpas por isso.
Nesse momento, Paulina já estava desesperada para ir embora. Sentindo-se totalmente vulgar e desconfiada de tudo.
- Bem, espero que vocês tenham uma ótima noite… – finalizou Dagmar – E juízo Luan!
- Mais? – ironizou ele.
- Qualquer coisa me liga!
- Tá. – terminou ele. – Tchau! – todos disseram.
- Gente! Mil desculpas… – disse Luan se referindo ao clima tenso que Dagmar proporcionou. – Ela é assim mesmo, protetora. Em falta da minha mãe, é ela quem faz o papel… – sorriu baixo – Ela só tem medo de algumas pessoas, sabe?
Ele não conseguiu completar.
- Sim, a gente sabe. Deve ser realmente muito difícil encontrar alguém que não se importe com a sua fama ou dinheiro. – ironizou Paulina.
- Você não abre a boca, mas quando abre, ein! – cochichou Biba à amiga – Mas não se preocupe, a gente entende Luan! Deve ser chato esse controle todo… – completou Biba, tentando amenizar a situação.
Luan permaneceu quieto o resto do trajeto. Joca e Biba pareciam querer mudar o clima, mas ambos falharam.
- Chegamos! – gritou Joca.
- É, já deu pra ver! – disse Luan saindo rápido da van.
O local era um termas. Bonito… Grande e o melhor: exclusivo!
Sim, exclusivo. Luan já tinha engajado tudo, conversou com os proprietários e disse que gostaria de fazer uma festinha “particular”.
Ainda com o clima quente, os 4 se dirigiram à uma praça central onde estava o DJ. Tudo parecia muito bem produzido… E aos poucos ia chegando mais gente. Alguns eram amigos próximos sim, mas outros eram apenas “os populares” dali, que tinham dinheiro e posto político pra entrar onde quisessem.
Ao decorrer da noite o quadro foi assim:
Luan de um lado do balcão… Paulina do outro, enquanto Joca e Biba se divertiam na pista com os demais convidados.
- Amiga! Vem dançar… Tem tanta gente que eu nunca vi aqui, que parece que estamos em outra cidade!
- Não nega, valeu… To aqui só curtindo! – respondeu Paulina sorridente.
Estranho. Foi quando Biba reparou que ela estava com o copo de caipirinha cheio, ou seja, ou ela não está bebendo, ou está bebendo muito e rápido também… De acordo com a sua alegria, Biba descartou a primeira opção.
- Paulina, quantos desse você já bebeu?
- Ah, só uns.
- Barthender, quantos desse ela já pediu?
- Desse aqui uns 2, mas de vodka com açaí uns 5.
- Vodka com açaí sua louca? Quem te ensinou isso?
- A Duda, naquele dia que você não pode ir pra nossa reuniãozinha lá em casa… – gargalhou. – Você tem que experimentar, é muito bom! – completou ela já tropeçando nas palavras.
- Quer ir embora?
- Não, eu estou bem! – pausa – Juro! Quando foi que você me viu cair de bebida?
Biba ficou olhando a amiga e mesmo discordando, sabia que ela ainda estava sã.
- Tá bom, mas chega por hoje, viu?
- Anram.
- Não quer mesmo ir pra pista?
- Depois eu vou!
E assim Biba saiu deixando-a sozinha…
Paulina cansa de ficar sentada no bar e resolve se levantar…
- Vou caminhar! – diz pra si mesma, embriagadíssima.
Ao levantar vê que seus pés já não aguentam mais o salto, e os tira.
Vai caminhando então, para um lugar onde não tem muitas pessoas… Descobre que aquele termas é gigante e fica alucinada com a beleza e capricho da decoração do local.
- Parece tudo tão real! – diz em voz alta enquanto se senta em uma pedra que tinha na decoração temática.
- Bonito, né? – surpreendeu Luan.
- Ai que susto, menino! – sorriu bêbada.
- Parece que você bebeu demais…
- Só porque tô aqui sozinha e descalça?
- Não. – pausa para se sentar ao seu lado. – Porque você sorriu pra mim.
Ela ficou olhando pra ele, estava escuro e apenas algumas luzes refletiam no seu rosto. O som ainda era alto mas não tanto, de repente o som de gritos, agitação e copos quebrando ao fundo foram ficando cada vez mais baixo e a única coisa que ela conseguia ver e ouvir era Luan.
- Que foi? – perguntou ele.
- Nada! – abaixou a cabeça com vergonha.
Luan não fez nada. Seu maior medo era estragar aquele momento… Parecia perfeito até demais diante dos acontecidos antecedentes.
- Você está linda! – disse ele bocejando.
- E você está com sono!
Sorriso.
- Pois é, só um pouco. Não costumo sair depois de shows, é meio difícil.
- Imagino. – retrucou ela em um tom desconfortável.
Luan percebeu e logo quis mudar de assunto.
- Mas então, você…
- Desculpa! – Paulina o interrompeu – Desculpa pelo meu comportamento mais cedo sobre a sua vida e trabalho; sei que pareci mimada e não vi o seu lado, na verdade, desculpa por me intrometer… Eu não tenho o direito de achar nada a respeito de tudo isso.
Luan se surpreendeu com a rapidez que ela conseguia falar mesmo bêbada, e sentiu que em cada palavra ela foi verdadeira. E ficou feliz por isso.
- Você não tem que se desculpar. Se tiver alguém que precisa falar aqui, esse alguém sou eu! E por isso obrigada…
- Mas pelo quê?
- Por ser assim.
- Assim?
- Diferente, sabe? É difícil encontrar alguém que nos entende, ou não. – riso. – Que esteja do outro lado e não se importe com o que o seu status diz que você é. Às vezes é confuso, é como ter tudo e nada.
Paulina vê que ele está cabisbaixo e tenta o sacudir.
- Pra mim, você é normal, véi. É o seu trabalho… Levar música às pessoas.
Luan admirava a forma que ela falava e o despeito pelas coisas que muitas pessoas matariam para ter. Ela não se importava com o tamanho da conta bancária dele, ou se fosse famoso. Ela estava ali conversando com o Luan Rafael Domingos Santana. E isso estava mais do que perfeito para ele.
Ficaram então conversando por horas… Em cada vez que ela abria boca, Luan se calava.
- Você deve tar me achando super chata, né?
- Por que?
- Pensa, você podia estar ali com qualquer garota, mas você tá aqui conversando com uma bêbada pra que ela não se mate sozinha.
Ele sorriu.
- Não. Eu poderia sim estar com qualquer garota ali, mas eu estou aqui com a mais incrível de todas que estão nesse lugar, que além de bêbada, gosta de falar bastante.
Por um instante ela ficou quieta, mas tratou de quebrar o clima.
- Ah! Para! Eu falo só um pouco… Não sou tagarela! – disse ela cutucando ele.
- É sim! – sorriu ele cutucando-a de volta.
E assim os dois continuaram um irritando o outro, até que Paulina se levanta e tropeça:
- Opa! – disse Luan enquanto a segurava.
Paulina simplesmente não conseguia parar de rir.
- Eu sei andar, Luan, me solta. – gritava ela enquanto batia levemente nos braços de Luan que a envolviam.
- Tem certeza? – perguntou-lhe seriamente.
Paulina respirou fundo e o olhou nos olhos:
- Sim, senhor! Eu tenho certeza… – e mesmo fazendo carão, não conseguiu manter o riso e caiu no chão de tanto rir.
Luan já não sabia mais o que fazer, ele queria agarrá-la. Queria fazer algo que nem seus instintos conseguiam distinguir o que seria.
- Você bebeu muito, eu vi.
- Que nada…
- Se fosse eu no seu lugar, já estaria em coma alcoólico! – disse ele.
- Fraquinho, então?
- Pra bebida sou sim…
- Mas se não aguenta uma bebida, vai aguentar o que Luan?
- Tá me desafiando? – Luan foi se aproximando cada vez mais.
- Hm, - pensou ela – não sei… Você vai ter que me pegar!
E Paulina saiu correndo, sem direção e rindo sem parar… Luan olhou para aquele momento de “quase” e não soube fazer outra coisa, a não ser correr atrás dela.
Cansada de correr, Paulina para em uma parte do termas que não estava liberada para a festa, onde tinha uma piscina gigante e um tobogã.
Ela escutou que ele estava chegando e virou-se imediatamente:
- Tá, calma… – ofegante – Cansei!
Luan vem andando devagar em sua direção com cara de quem “tá querendo”.
- Cansou, foi?
- Calma… Fica aí. Não tá valendo.
- O que não tá valendo?
- A brincadeira…
- Mas quem disse que eu tô brincando?
Silêncio.
Luan vai se aproximando cada vez mais… Paulina sem perceber está engatando passos lentos para trás, apreensiva… Até que Luan a gruda.
- E agora?
Respiração com respiração… Paulina é mais baixa que Luan quando está sem salto, e sem entender porque ela está na ponta dos pés. Parece que seu corpo está agindo sozinho…
- Então, né, acho que está na hora de voltarmos… Irão sentir a noss…
- Xiii! – interrompeu-a delicadamente com um dedo em seus lábios – Você é muito tagarela, muié!
Luan engata então uma aproximação mais fervorosa, mas Paulina não está pronta… ela não se sente à vontade, querer para ela neste momento não é poder.
- Não! – exclamou ao dar um passo para trás e logo em seguida gritar. – AhhHH!
- Paulina! – Paulina pisou em falso e caiu na piscina.
Luan não pensou nem duas vezes e caiu logo em seguida atrás dela. A piscina era funda e ela estava bebendo água, assustada mesmo sabendo nadar não conseguia operar suas pernas.
- Calma! – gritava Luan – Boia Paulina, boia! – Paulina bebeu muita água e desmaiou, felizmente Luan conseguiu pegá-la a tempo e a tirar da piscina.
Neste instante alguns funcionários do termas já haviam chegado lá:
- O que está acontecendo aqui?
- Ela caiu na piscina e desmaiou…
- Mas vocês não podiam estar aqui!
- Eu sei, eu sei! Vai ficar conversando comigo ou vai acordar ela?
O funcionário então disse:
- Eu faço massagem cardíaca e você respiração boca-a-boca.
Luan disse que sim com a cabeça e os dois iniciaram a tentativa de trazer Paulina de volta, até que ela acorda em meio de água saindo pela sua boca e tosse instantâneas.
- Graças à Deus! – gritou Luan que levou ligeiramente suas mãos a cabeça.
Paulina sem entender nada tentou se levantar e sentiu fraqueza.
- Mas o que aconteceu?
- Você caiu na piscina e desmaiou… – disse Luan – Você é louca!
Ela sorriu e disse:
- Você estava perto demais!
- E você preferiu se matar…
- Ah, sabe como é né… Eu sou antissocial e não curto muito as pessoas próximas de mim.
Ambos sorriram.
- Desculpa interromper, mas você precisa levar ela ao hospital.
- Não, imagina eu tô bem! – respondeu ela de imediato.
- Acho que ele tá certo, Paulina, você desmaiou e a gente não sabe porquê. É bom fazer uns exames.
- Exatamente! – retrucou o funcionário do termas.
- Vamos, eu te levo! – então Luan a pegou nos braços,
- Gente, mais que exagero! – pausa – Eu ainda sei andar, sabia?
- Você bateu a cabeça! – sorriu Luan.
- Na água? Tá. Devo estar muito bêbada pra você achar que essa história me enrola. – riso – Mas só porque estou cansada, deixarei você me levar, ok?
Ambos sorriram.
- Ok!
Já estava para amanhecer quando Luan a colocou no banco do taxi:
- Você vai molhar todo o estofado do cara!
- Não tem problema, não senhor! – respondeu o taxista.
- Viu? Ele é educado, já você…
- Eu salvei a sua vida, você poderia ser um pouco mais amigável sabia?
- Pois é, o efeito do álcool tá passando. – sorriu ela.
Luan fez cara de pasmo.
- Para onde vamos, senhor? – perguntou o taxista.
- Pronto-Socorro mais próximo que tiver daqui.
Taxista disse que sim com a cabeça e prosseguiu.
- Eu ainda acho isso um exagero, eu tô bem!
- Você não tem que achar nada…
- Nossa, quando foi que você encarnou o meu pai que eu não percebi?
Ambos riram.
- Mas ein, - continuou Paulina – você não avisou o seu amigo e a Biba… Eles devem estar procurando por nós.
- Acabei de enviar uma mensagem pro Joca, disse que estamos indo para lá e que eles devem ir com o Well na van.
- Ok!
Chegando no pronto atendimento já estavam lá os três:
- Paulina, o que aconteceu?! – gritou Biba.
- Luan, por que você não me avisou? – disse Well bravo.
- Ce tá bem, cara?! – Perguntou Joca.
Pausa.
- Calma gente, não deu tempo de te chamar Well porque tínhamos pressa, e eu to bem sim, foi a Paulina que se afogou… Não é nada grave mas optei por fazer uns exames, ela acabou desmaiando com o trauma.
- Meu Deus Paulina! – disse Biba – Seu Marcelino vai me matar!
- Relaxa, ele não vai ficar sabendo!
Após Luan fazer a fixa todos ficaram na sala de espera aguardando Paulina ser liberada.
Duas horas depois:
- Meu Deus, ela tá demorando demais lá dentro, será que aconteceu alguma coisa? – Biba histérica.
- Verdade! – respondeu Luan. – Ei moça, você tem notícias? Até agora não nos disseram nada!
- Vou verificar pra vocês. – disse a moça e saiu.
Logo depois ela volta com o médico:
- Olá, bom dia!
- Bom dia! – responderam em coro.
- Bem, vocês estão com a Paulina de Vaz, não é?
Todos disseram que sim.
- Então, ela está bem. Fizemos todos os exames e nenhum apontou nada fora do normal. A questão é que ela bebeu muita água e isso fez com que ela se desligasse por conta de haver muito cloro também.
- Então tá tudo bem?
- Sim, está!
- Ai meu Pai! – Biba colocou a mão no coração.
- Podemos vê-la?
- Sim, já a liberei. Só falta o responsável assinar os papéis e vocês já podem ir.
- É, sim, sou eu! – respondeu Luan agitado – Tô indo… Onde eu assino?!
De volta pra casa todos muito atenciosos com Paulina não a deixavam em paz:
- Chega gente, pronto, tô bem!
- Eta santa ignorância! – resmungou Biba.
- Desculpa gente! É que eu não gosto desse tipo de preocupação, à toa, sabe? Eu estou bem, de verdade!
- É, acho que já dá pra dar um tempinho pra ela galera. Deixa ela descansar. – disse Luan.
Autor(a): babaloo
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Após deixarem Paulina em casa, foi a vez de levar Biba em casa... Chegando lá: - Tá bom, já entendi – disse Luan ao perceber que os dois queriam ficar a sós – Tô saindo, mas não demorem. O dia já era claro e Luan teria que chegar no hotel pronto para ouvir de Dag, que com certeza queria voltar para Londrina ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:05
Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!
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fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:04
Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!
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fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:04
Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!
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fah_ Postado em 06/01/2013 - 21:34:04
Mto boa Babaloo!! Não para não!! Posta mais!