Fanfics Brasil - 136 ♥ A Prisioneira do Pirata - Adaptada ♥ Finalizada ♥

Fanfic: ♥ A Prisioneira do Pirata - Adaptada ♥ Finalizada ♥ | Tema: Vondy


Capítulo: 136

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- É perfeitamente verdadeiro - replicou Casey -. Dormiu com minha filha durante todos estes meses, e se tivesse sabido antes, ela não estaria no estado em que se encontra.

- É verdade, madame? - perguntou Christopher a Blanca.

- Sim - respondeu ela com orgulho.

- Mãe de Deus! Os dois pais estão sob meu teto! - explodiu Christopher -. Por que você, Casey? Jesus! De todos os homens do mundo por que tem que ser você o pai?

- Essa é uma pergunta tonta, moço - respondeu Casey -. A mãe de Dulce é a mulher que amo, e faz vinte anos que a amo.

- Muito bem, é seu pai, mas isso não muda nada - disse Christopher.

- Muda uma coisa, Christopher. Se casará com minha filha.

- Não o farei! - gritou Christopher.

- Então Dulce partirá comigo quando passar a tormenta.

- Nunca! Deu-me sua palavra de que ficará comigo um ano. Quer que rompa sua palavra?

- É verdade, Dulce? - perguntou Casey.

- Sim.

Casey suspirou profundamente.

- Se não se casar com ela, moço, também não dormirá mais com ela. E eu ficarei aqui para assegurar-me de que assim seja.

- Ninguém me diz o que devo ou não devo fazer, Casey, especialmente em minha própria casa!

- Então a única opção que me deixa é levar Dulce comigo.

Christopher via que Casey pensava fazer o que dizia. Que podia fazer ele? Não estava preparado para renunciar a Dulce ainda.

- Por que não lhe pergunta o que pensa sobre tudo isto? - replicou Christopher.

- Não tem importância o que ela pensa - replicou Casey -. É minha filha, e não admitirei que viva com um homem com quem não está casada.

- Ao diabo, Casey! De qualquer jeito eu não posso fazer nada agora, no estado em que ela se encontra. Que diferença há em que compartilhe minha casa ou não?

- Uma boa pergunta - disse Casey sorrindo -. Já que deve deixá-la sozinha por que é tão obstinado, moço?

- Quero que siga junto a mim quando durmo - respondeu ele teimosamente.

- Lamento Christopher, mas não posso permiti-lo.

Christopher compreendeu que tinha perdido e que não podia pensar nada mais a respeito.

- Então será melhor que vá ver ao padre Hadrian antes que estoure a tormenta, faço questão de que você também se case com sua dama se pensa compartilhar uma quarto com ela - disse sarcasticamente Christopher e se retirou.

Casey viu a expressão entristecida de Dulce, e disse:

- Sou teu pai, moça, ainda que o marido de Blanca a criou. Eu me equivoquei ao deixá-las, a você e a sua mãe, e o lamentei durante mais da metade de minha vida. Mas eu era um homem pobre e não podia afastar a sua mãe dos luxos que estava acostumada. Com freqüência pensei em vocês, ainda que acreditasse que era um filho varão. Mas me alegro de que seja o que é. Nunca fui teu pai, Dulce... Até agora. Não me odeie por cuidar de sua honra no que diz respeito a Christopher.


- Jamais poderia odiá-lo, Casey - replicou Dulce, comovida.

Foi para ele e o abraçou, sentindo que o tinha conhecido toda uma vida. Mas depois voltou a olhar para Christopher, e seus olhos se encheram de lágrimas. Saiu rapidamente do salão sem dizer palavra e foi para seu quarto. Uma vez só, as lágrimas silenciosas se converteram em profundos soluços.

- Me equivoquei, Blanca? - perguntou Casey depois de olhar Dulce que subia correndo a escada.

- Não posso dizê-lo - replicou Blanca -. Dulce era muito feliz ultimamente.


- Quando estive aqui antes, Dulce odiava Christopher. Ele a retinha contra sua vontade. Isso mudou? Agora ela o ama?

- Sim, mas ainda deve admiti-lo para si mesma - respondeu Blanca -. Talvez seja a melhor solução. Se Christopher se separar dela durante o tempo suficiente, talvez ceda e se case. Mas creio que para você será difícil mantê-los separados.


- Já me preocuparei disso - sorriu Casey -. Mas Christopher mencionou um sacerdote. Há um na ilha agora?

- Sim, trouxe-o porquê alguns de seus homens desejavam casar-se como Deus manda.

- Então, por que ainda estamos aqui, me agradaria saber? - perguntou Casey com uma risadinha.

Blanca riu alegremente, sem poder conter a felicidade que explodia dentro dela. Depois de tantos anos perdidos, o homem que amava com todo seu coração finalmente seria seu. Se sua filha podia ter a mesma alegria seria a mulher mais feliz do mundo.


O casamento de Blanca e Ryan O`Casey foi abençoado no meio da pior tormenta da temporada, e lamentavelmente, a chuva os apanhou no caminho de volta desde o povoado. Estavam ensopados quando chegaram à casa, mas tão absortos um no outro que mal se davam conta.

Casey estava de muito bom humor, porque Blanca era sua esposa e agora nada os separaria, quando entraram no salão nem sequer a atitude ressentida de Christopher pôde afetar seu estado de ânimo.


- Vejo que não perdeu o tempo em fazer coisas honradas - comentou Christopher quando Blanca subiu para mudar suas roupas molhadas.


- É o que eu queria fazer, moço - replicou Casey. Tirou sua camisa úmida e foi postar-se junto ao fogo.

- Que teria feito se o padre Hadrian não tivesse podido dar-lhe sua bênção, Casey? - disse Christopher -. Depois de vinte anos de separação desta senhora, teria se reprimido até ter encontrado um sacerdote?

- É difícil dizê-lo. Mas me alegro de não ter tido que passar essa prova. Agora como somos quase do mesmo tamanho, moço, que lhe parece se me prestar umas roupas secas?... Deixei as minhas coisas no barco.

- Deveria deixar que morresse de frio.

- Bem, assim trata ao avô de seu filho? - riu Casey.

- Por Deus! Não faz falta que me recorde que meu filho terá a você como avô - grunhiu Christopher -. E não creio que possa dizer nada aqui que concirna a criança.

- Esquece, Christopher, que Dulce irá embora no final do ano, e a criança irá com ela.

- Maldito seja, Casey! É necessário que me dê uma punhalada cada vez que volta? - se enfureceu Christopher, e deu meia volta deixando Casey com um sorriso alegre nos lábios.

Dulce não recordava de ter visto sua mãe tão feliz. Estavam todos sentados ao redor da mesa, ainda que tinham terminado de comer um momento antes. Mas Casey, enquanto retinha uma mão de Blanca entre as suas, relatava o que lhe tinha sucedido nesses últimos vinte anos, e que o manteve afastado da França.

Já tinha falado dos primeiros cinco anos que lhe levou ajuntar uma pequena fortuna. Até Christopher escutava com atenção, porque nunca tinha ouvido Casey falar do passado. Christopher recordou que tinha passado a maior parte de seu tempo dedicado a poupar ouro suficiente para comprar o "Dama Alegre". Só que, suas metas eram completamente diferentes. Enquanto Casey tinha ajuntado sua fortuna por amor, Christopher tinha poupado com ódio, porque só com seu próprio barco podia procurar Bastida a vontade.

- E assim, depois de cinco anos, empreendi o regresso a França - continuou Casey -. Mas depois de sete semanas no mar, assaltou-me a pior tormenta que tenha visto. Durante dois dias e uma noite o pequeno navio recebeu os embates da tormenta, com grandes danos. Quando terminou a tormenta, descobri que seis homens tinham caído ao mar, e que o barco navegaria a muito pouca velocidade durante o resto do caminho. Então, dois dias depois, tivemos a desgraça de ser avistados pelo primeiro barco. Eram turcos, e cruéis. Ao ver o estado em que nos encontrávamos, não perderam tempo em atacar-nos, e em menos de uma hora nos abordaram, desiludiram-se ao ver a pequena carga que levávamos, e rapidamente ordenaram vender a todos os que estivessem vivos, para que sua aventura valesse a pena. Os nove anos seguintes foram infernais, e só nossa vontade de voltar a França me mantinha vivo no começo. Mas estar atado aos remos de um navio egípcio pelo que parecia uma eternidade diminuiu lentamente minha vontade de viver. No entanto, finalmente chegou a oportunidade de escapar, e a aproveitei, junto com o resto das pobres almas que mal podiam chamar-se de homens. Tínhamos eleito o momento adequado, porque esse barco levava uma fortuna em ouro e jóias esse dia. Quando se dividiu entre os que ficávamos, descobri que era mais rico que quando os turcos nos atacaram. Demorei um ano em recuperar as forças, mas no fundo de meu coração sentia que era demasiado tarde para voltar para França. Comprei um barco, e durante três anos livrei minha própria guerra pessoal contra qualquer navio turco ou escravo que encontrasse. Mas depois perdi meu gosto pela vingança. De maneira que nestes dois últimos anos aluguei meu barco para levar cargas às colônias, e lutei com alguns barcos que tinham intenções de atacar-me, mas segui procurando qualquer barco que levasse escravos, para atacá-lo e liberar aos pobres diabos que viajavam dentro.

- Se ao menos não tivesse sido tão orgulhoso quando éramos jovens, Ryan, poderíamos ter estado juntos todo este tempo - disse Blanca com pena, pensando em tudo o que tinha sofrido Casey, e no tempo todo que ela tinha dedicado a um casamento sem amor.

- O feito, feito está - replicou Casey, levando a mão dela a seus lábios -. Agora estamos juntos, de maneira que esqueçamos o passado. - Olhou para Christopher e sorriu amavelmente. - Se não fosse por você, moço, jamais teria voltado a encontrar a Blanca. Agradeço-lhe profundamente que a tenha trazido aqui.

- É um maldito hipócrita, Casey - replicou Christopher, ainda que sem dureza -. Sua senhora só está aqui porque trouxe para cá a sua filha. Também me agradecerá que tenha trazido Dulce para cá?

- Não pode esquecer seu ressentimento, Christopher, e compreender que o que faço só o faço pelo bem de Dulce?

- O que vejo é que não teve reparos em fazer amor com uma mulher casada, deixá-la grávida, e depois abandoná-la - disse Christopher com amargura -. Onde estavam então seus altos princípios? 

- Eu amava a Blanca e seu casamento não era feliz. Se tivesse tido os meios, a teria levado comigo então, mas não o fiz. Sempre quis casar-me com ela, de maneira que ainda então minhas intenções eram honrosas. Pode dizer o mesmo? - perguntou Casey com calma.

- Por que está tão obcecado com o casamento? - perguntou Christopher, exasperado -. Eu me ocupei de Dulce e respondi a todas suas necessidades. Os dois estávamos contentes com as coisas como estavam... Até que você chegou.

- Responda a isto, Christopher. Se tivesse uma filha... E é possível que logo a tenha... Permitiria que algum jovem malandro a convertesse em sua prostituta?

- Dulce não é uma prostituta!  - explodiu Christopher, com o rosto lívido.

- Também não está casada.

- Casada!  Estou farto de ouvir essa maldita palavra - se enfureceu Christopher, com seus olhos tão perigosos -. O casamento garante que um homem e uma mulher sejam fiéis entre si? Não! É depoimento de um amor eterno? Na maioria dos casos, não. Permite que a um menino não se lhe chame bastardo, mas há demasiados bastardos neste mundo, em todo caso.

- Para você é fácil falar mal do casamento, Christopher, porque só a mulher é condenada por viver ilegalmente com um homem - lhe recordou Casey.

- Quem condena aqui a Dulce? - perguntou com fúria Christopher -. Vive entre amigos!

- Os amigos seriam os primeiros em ter-lhe lástima - respondeu Casey.

- Basta, por favor!- gritou Dulce, que já não podia seguir escutando. Levantou-se da mesa e foi parar junto à lareira, olhando os movimentos das chamas amarelas.

- Dulce tem razão, Ryan - ralhou Blanca  num sussurro -. Se você e Christopher fazem questão de falar tão francamente dela sem pensar em seus sentimentos, terão que o fazer quando ela não possa ouvi-los.

- Seu conselho é desnecessário, madame, porque não haverá mais discussões sobre o tema - disse friamente Christopher.

Levantou-se da mesa e se aproximou lentamente de Dulce, que estava junto ao fogo. Quando ficou por trás dela apoiou suas mãos nos ombros da moça, e sentiu que ela se endurecia.

- Está bem, pequena? - perguntou Christopher baixinho.

- Sim.

Sua resposta foi só um suspiro e deixou dúvidas em sua mente. Obrigou-a a voltar-se para olhá-la e viu que seus olhos verdes estavam cheios de lágrimas, e sentiu uma dor no coração. Enxugou suas lágrimas, e reteve o rosto de Dulce entre suas mãos.

- Sinto muito, Dulce. Não quero que pense que não quero casar-me contigo, não o desejo já. Desejo-a mais do que nunca. Mas o casamento me assusta mortalmente! Vivi minha vida de forma independente, sem responsabilidades... Sem precisar de ninguém.




 


Desculpe pela demora...


Obrigada a todas que comentaram estou muito feliz que esteja gostando da web *---*


 


 



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Autor(a): Christina

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- Não tem que me dar explicações - disse Dulce com um sorriso. E agora seus olhos eram profundos lagos azuis -. Cheguei a querer-lhe muito, Christopher. Na realidade, creio que estou apaixonada por você. Mas não quero que se case comigo se não o desejar com todo seu coração. É suficiente que me deseje. Ele a beij ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 253



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  • stellabarcelos Postado em 31/10/2015 - 23:41:46

    Amei amei amei amei

  • robertauckerman Postado em 13/02/2014 - 21:47:24

    OIII QUERIA TE PEDIR UMA COISA... EU QUERIA PERGUNTAR SE VOCE ME PERMITE POSTAR ESSA HISTORIA EM UMA PAG MINHA DO FACEBOOK, CLARO EU COLOCO SEUS CREDITOS, É QUE EU AMO MUITOO ESSA FIC JA LI ELA 3 VEZES E NÃO ME CANSO... VC PERMITE?

  • thatay Postado em 14/10/2013 - 23:27:21

    Que lindo final e que pena que acabou :(, sentirei saudades da web!!!

  • tahvondy Postado em 14/10/2013 - 22:27:52

    ah que pena que acabou mas eu a amei a fic foi perfeita parabens

  • nathy...dyr Postado em 13/10/2013 - 16:26:15

    eita vou senti muitas saudades dessa web,ela foi mais do q perfeita <3 adorei o final

  • raphaelavondy Postado em 01/10/2013 - 19:24:55

    POSTA MAIS PELO AMOR DE DEUS TO VICIADA DEMAIS POSTA

  • thatay Postado em 25/09/2013 - 19:38:32

    Muito boa a web, que pena que ta acabando, mas eu quero mais postes nena :)

  • tahvondy Postado em 14/09/2013 - 21:08:10

    ah que pena que ja esta no fim mas eu to amando a web continua por favor

  • dudasouzavondy Postado em 08/09/2013 - 17:00:15

    ultimos capitulos ? ): aiii eu amei esses cap ! A web é perfeita ! posta mais !

  • nathy...dyr Postado em 07/09/2013 - 23:34:32

    Os últimos capítulos já? :( vou sentir mt saudade dessa Web,Posta mais *-*


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