Fanfics Brasil - 140 ♥ A Prisioneira do Pirata - Adaptada ♥ Finalizada ♥

Fanfic: ♥ A Prisioneira do Pirata - Adaptada ♥ Finalizada ♥ | Tema: Vondy


Capítulo: 140

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O tempo passava rapidamente porque ela não sabia quanto duraria o que estava suportando. Nas horas que passaram, Dulce conseguiu ferver a água que precisaria e levá-la ao seu quarto. Entre as contrações agora cada vez mais freqüentes, encontrou lençóis limpos e mudou os de sua cama, e trouxe também um tecido limpo para envolver ao bebê. Encontrou e limpou a faca que precisaria para cortar o cordão umbilical. Depois, enquanto ainda podia mover-se, mudou a roupa intima e secou a água que tinha perdido antes. Todos seus esforços eram lentos porque tinha que se deter e esperar que passasse cada contração. Mas agora já era pela tarde, e os espasmos de dor tinham voltado tão freqüentes e tão insuportáveis que já não podia conter sua agonia, e seus gritos faziam eco na casa vazia.

Quando Dulce ouviu abrir-se a porta e depois fechar-se de uma vez, sentiu-se aliviada. Agora não teria que dar a luz sozinha. Por mais distancia que tivesse entre ela e as criadas, estas também eram mulheres e não se negariam a ajudá-la. Mas se deu conta de que a festa na cidade ainda não teria terminado, e seguramente alguma das mulheres só teria vindo procurar algo que tinha esquecido. Dulce teria que chamar à mulher antes que voltasse a sair. Lutou por sair da cama onde estava deitada, mas quanto se pôs de pé, teve outra contração. Começou a gritar.

De repente, abriu-se a porta do quarto e dom Miguel entrou com uma máscara de fúria no rosto. Foi a grandes passos para ela, e antes que Dulce pudesse falar, deu-lhe uma forte bofetada. Dulce caiu na cama, e o movimento repentino lhe provocou uma agonia ainda pior, mas seu orgulho lhe impediu de gritar.

- Mentirosa! - gritou dom Miguel, apertando os punhos -. Ele está aqui... Christopher está aqui!

- Não... Não pode ser! - gaguejou ela -. Ele está...

- Basta de mentiras! - deu meia volta e saiu do quarto, mas Dulce o ouviu gritar no quarto continuo -. Pensar que tinha começado a acreditar em suas mentiras, a acreditar que nunca viria! Descuidei minha vigilância, e agora é demasiado tarde para a armadilha que pensava estender-lhe. - Voltou a entrar na habitação com uma delgada corda na mão, e olhou ao seu redor como se procurasse algo.

- Mas, por que está tão seguro de que é Christopher? - perguntou freneticamente Dulce -. Seguramente... Seguramente você se equivoca!

Dom Miguel a olhou com uma mistura de medo e fúria nos olhos.

- Eu mesmo o vi caminhando entre uma multidão na rua. Corresponde a uma descrição que tinha dele, e quando me acerquei, o homem corpulento que o acompanhava me chamou por meu nome. Estão perguntando aos camponeses onde vivo. E é inteligente esse Christopher. Não entrou com o barco no porto como eu esperava, mas o ocultou na costa para poder entrar na cidade inadvertidamente. Não tive tempo de reunir meus homens... Devo enfrentar-me sozinho com Christopher!

Dulce olhou dom Miguel com rosto inexpressivo. Realmente Christopher estava na ilha. Como podia ser? Deveria estar no outro extremo do mundo. E, Deus meu, por que viria agora? Por que não ontem, ou amanhã em qualquer momento menos este, quando ela estava a ponto de dar a luz e ele não podia ajudá-la de jeito nenhum?

- Você não tem que enfrentá-lo - disse rapidamente Dulce. - Pode escapar antes que ele chegue.

- Terminarei com isto de uma vez por todas. Tenho a vantagem de ser um excelente espadachim. Nunca me venceram, e não me vencerão hoje.

Tomou-a pelo pulso, arrancou-a da cama, e a arrastou até a pesada biblioteca. Ela o olhava estupidamente enquanto ele começava a atar a delgada corda em seu punho esquerdo.

- Que está fazendo? - perguntou.

- Estou assegurando-me de que não me dê uma punhalada pelas costas enquanto me ocupo de Christopher.

Ela tinha esquecido momentaneamente do bebê, mas agora sentia o começo de outra contração. O terror apareceu claramente nos olhos de dom Miguel enquanto segurava um pulso e atava o outro a uma estante bem acima da cabeça de Dulce.

- Não pode fazer isto! - gritou Dulce -. Estou em trabalho de parto... Desde o meio da manhã. Meu bebê...

Não pôde dizer mais nada enquanto seu corpo se retorcia em agonia, e gritou com voz aguda. Tratou desesperadamente de baixar as mãos para sustentar o ventre, mas dom Miguel os tinha atado fortemente acima de sua cabeça. A estante de livros se inclinou perigosamente para frente.

- Excelente... Melhor do que eu tinha pensado! - riu dom Miguel com malevolência - Seus gritos distrairão Christopher que atuará descuidadamente.

Quando a dor diminuiu, Dulce levantou a vista com os olhos cheios de lágrimas.

- Pelo amor de Deus, deixe-me estender-me na cama!

- Esta é a única corda que encontrei, e é demasiado curta para atar-se aos pilares da cama.

- Nada Posso fazer no meu estado. Meu bebê está a ponto de nascer! - gritou Dulce.


- Obviamente, você ama Christopher, porque de outra forma teria mentido como o fez para evitar nosso encontro - disse dom Miguel com impaciência. - E as mulheres podem fazer coisas milagrosas por amor. Não posso correr esse risco.

- Então tranque-me neste cômodo se não confia em mim, mas, por favor.. Devo deitar-me! - rogou Dulce.

- Lamentavelmente, a chave não está no lugar habitual, e não tenho tempo de procurá-la. E, lamentavelmente, minha querida, não sou suficientemente cavalheiro para pôr sua comodidade acima da minha própria vida. Ademais, com a porta aberta, seus gritos soarão bem mais fortes, e ajudarão a levar Christopher para uma morte mais rápida.

- Mas... Mas meu bebê também morrerá desta maneira! Devo ter as mãos livres! Juro por Deus que não lhe farei mau, mas, por favor, por favor libere-me! - rogou Dulce, enquanto as lágrimas rolavam por suas faces.

- Não! Será melhor que o bebê morra. Não quero que outro Christopher me persiga em minha velhice - replicou duramente dom Miguel. Saiu da biblioteca deixando Dulce com os olhos arregalados de horror.

Agora Dulce só podia rogar que Christopher chegasse rapidamente, que vencesse a dom Miguel e que a ajudasse antes que o bebê encontrasse sua morte. Mas sabia que estava pedindo o impossível. Agora suas dores eram tão insuportáveis que se dava conta de que chegava o final.

Dulce tratou de retorcer seus pulsos num esforço para libertar suas mãos, mas a corda não cedia. Pensou em fazer cair a pesada estante, mas, ao olhar para acima viu que tinha mais três estantes acima de sua cabeça. A estante de livros cairia sobre sua cabeça, e ainda que ela não temia por sua própria vida, o bebê morreria.

Novamente a invadiu a agonia, e teve que gritar. Quando Christopher chegasse, se chegasse a tempo, Dulce sabia que teria que abafar seus gritos. Teria que suportar... Teria que o fazer! Não podia permitir que Christopher soubesse que estava a ponto de dar a luz, porque ele tinha que estar alerta e pensar somente em dom Miguel e na batalha que se avizinhava. Por Deus, que Christopher tivesse habilidade e força e que fosse o vencedor...

Quando Dulce se relaxava sentia o suor que corria por suas têmporas, por suas costas e entre seus seios. Moveu a cabeça para secar a testa com o braço levantado, depois olhou com desespero os recipientes de água na mesa junto à cama. Tinha preparado tudo o que recordava que Madeleine tinha pedido para Mayte, mas seus esforços não tinham servido de nada. Olhou a faca que teria usado para cortar o cordão umbilical e dar vida a seu bebê fora da sua, seu bebê teria melhor possibilidade de sobreviver, pensou, se afundasse essa faca no coração de dom Miguel.


Depois de interrogar a inumeráveis dominicanos de fala espanhola, finalmente Christopher se acercou de um homem que tinha estado na França em sua juventude e que conhecia um pouco do idioma. O velho lhe deu indicações para ir à casa de Bastida, e depois de perder tempo discutindo com Christian, que queria ir também, Christopher partiu sozinho para o subúrbio da cidade.

O cavalo alugado era lento como uma mula, e igualmente caprichoso, o que aumentou a frustração de Christopher. Dava-se conta de que provavelmente cairia numa armadilha, mas não se atrevia a fazer perigar a vida de Dulce, nem a da criança, que seguramente já teria nascido. Christian lhe tinha transmitido a advertência de Bastida, e não lhe ficava outra opção que ir só.

Era o entardecer quando Christopher chegou à casa de Bastida, aproximou-se lentamente à porta principal, mas começou a pensar que talvez o velho lhe tinha dado indicações equivocadas quando percebeu as janelas com persianas. A casa parecia deserta por fora, mas quando tentou abrir a porta, abriu-se facilmente e viu um corredor bem alumiado. Olhou rapidamente ao seu redor procurando sinais de uma emboscada, mas a habitação estava vazia e em silêncio.

Deixando a porta aberta atrás dele, Christopher deu uns passos dentro da casa, e seus passos soaram como os de um gato no andar lustrado.

- Bastida, mostre-se! - gritou Christopher com fúria. Um momento depois, enfrentou-se com o homem que tinha invadido seus sonhos durante tantos anos.


Fazia pelo menos quinze anos que Christopher não via a este homem, mas tinha mudado pouco desde então. Estava mais delgado talvez, e seus traços eram mais acusados pela idade, mas de qualquer jeito era o mesmo.

- De maneira que por fim nos encontramos, Christopher - disse dom Miguel com tom ligeiro ao entrar na sala, com sua espada numa mão e uma adaga na outra.

- Me reconhece? - perguntou Christopher levando sua mão imediatamente à empunhadura da espada.

Mas Bastida o desiludiu com sua resposta.

- Não, mas o vi antes na cidade e ouvi que me chamava por meu nome. Talvez se soubesse seu nome completo, poderia...

- Nunca soube meu nome, Bastida! - disse duramente Christopher -. Não se importou então, de maneira que agora também não tem por que importar-se. - Olhou rapidamente as portas que levavam a outro cômodo; depois voltou a olhar para Bastida, com os olhos gelados -. Onde está Dulce?

- Ali - respondeu dom Miguel, apontando uma porta aberta.

- E meu filho? - Bastida riu maleficamente.

- Está dando a luz a esse bastardo agora.


Christopher empalideceu e pôs-se a andar para o cômodo de Dulce, mas dom Miguel lhe cortou o passo. Christopher sacou a espada e retrocedeu e Bastida fez o mesmo, com um sorriso malicioso nos lábios.

- Dulce! Dulce, está bem? - gritou Christopher.

- Sim, sim. Não se preocupe por mim.

Os traços de Christopher mostraram alívio ao reconhecer a voz de Dulce. Não tinha ouvido gritos, de maneira que supunha que estava na primeira etapa do parto e que não tinha pressa em ajudá-la. Don Miguel sorriu.

- Essa moça tem mais coragem do que eu pensava - disse sacudindo a cabeça -. É uma lástima que não viva para voltar a vê-la.

- Já veremos quem fica vivo para ver o final deste dia - replicou Christopher. Tinha adotado a atitude tradicional do esgrimista, preparado para lançar-se para frente.

Mas dom Miguel sorriu. Estava cômodo, com os braços cruzados sobre o peito e a espada que tinha na mão apontava para o céu raso.

- Antes de começar, lhe refrescarei a memória. Talvez eu nem sequer seja o homem que procurou durante todos estes anos. Algum outro pode ter procurado meu nome e...

- Isso é possível - interrompeu Christopher, baixando a espada ao solo -. Mas não é o caso. Ainda que soube seu nome aquela maldita noite em que entraste em minha vida, foi seu rosto que ficou gravado em minha mente. Mudou pouco, Bastida. Você é o que procuro.

- Mas eu não me recordo de você - disse dom Miguel com calma.

Christopher se acercou um passo e tocou a própria face.

- Não recorda esta cicatriz que fez em um garoto de doze anos?

Dom Miguel sacudiu lentamente a cabeça enquanto contemplava a delgada linha na face de Christopher.

- Deixei marcas em muitos.


- Então talvez recordará as palavras que disse nesse momento, depois de abrir-me a face com a ponta de sua espada. "Isto o ensinará a não se levantar contra um oponente mais poderoso. Seu pai era um pescador, como será você também, e um pescador não é digno de bater-se com um senhor”. Nunca esqueci essas palavras, Bastida, como pode ver, e predisse falsamente meu futuro. Posso bater-me contigo em pé de igualdade.

- Com freqüência dizia essas coisas em minha juventude - replicou dom Miguel -. Suponho que não me terá perseguido todos estes anos por essa cicatriz?

- De maneira que não se lembra de mim? - perguntou Christopher. Sua fúria começava a crescer.

- Não. Seu nome e seu rosto não têm significado para mim, nem também o que me disse até agora.


- Então lhe relatarei o que ocorreu aquela noite, porque eu o recordo como se tivesse sucedido ontem. Era uma noite de verão, faz uns quinze anos, quando você e seus nobres amigos vieram ao meu povoado na costa da França. A maioria dos homens do povoado tinham saído a pescar. Em dez minutos você tinha matado a todos os homens que tratavam de proteger seu lar. Depois se divertiu com as mulheres. Essa noite meu pai tinha ficado em casa, e ele foi o último que morreu por sua espada, Bastida. Eu o vi matá-lo da janela da casa de meu pai. Minha mãe me obrigou a esconder-me sob a cama quando você se acercou a nossa casa, Bastida. Vi a você e a seus nobres amigos jogá-la ao solo e violá-la, muitas vezes. Você matou a minha mãe e cuspiu sobre seu corpo sem vida. Eu saí de meu esconderijo e corri atrás de você. Ataquei-o com os punhos, e você me abriu a face com a ponta da espada e me deu um pontapé que me fez cair ao solo, a poucos passos do lugar onde jazia meu pai, dizendo-me que eu não podia aborrecer-lhe. Agora sabe por que jurei matá-lo, Bastida. Quando você assassinou a meus pais, foi um erro deixar-me vivo - disse Christopher, enquanto os fogos do passado brilhavam em seus olhos -. Agora meus pais serão vingados!

- Ou irá reunir-se com eles - replicou calmamente do Miguel.

- Agora se recorda?

- O que me descreveu sucedeu em muitas oportunidades. Não lhe recordo, mas recordo vagamente de ter matado a uma mulher loira que se lançou sobre mim com uma faca, confesso que levei uma vida pecadora, mas, talvez sou diferente de você? - perguntou dom Miguel, com uma careta -. Não violou Dulce Saviñon?

- Talvez a violei, mas não matei seu marido para possuí-la, nem a compartilhei com minha tripulação nem a matei depois. Conservei-a comigo, e terá meu filho e será minha esposa!

- Que bom - riu dom Miguel com sarcasmo -. Mas se faz questão de pôr-se a minha altura, provavelmente nunca será sua esposa. Talvez eu tenha levado uma vida cruel, mas não penso que termine hoje.

Bastida se acercou, com o braço estendido, e as espadas chocaram. Bastida não tinha alardeado falsamente de sua capacidade, e com rápidos golpes e movimentos; imediatamente pôs Christopher à defensiva. Mas a Christopher não lhe faltava habilidade, e rapidamente enfrentou a espada de Bastida até que o velho, com um rápido movimento de seu pulso, derramou sangue pela primeira vez.

Bastida retrocedeu um passo, com um sorriso nos lábios, ao ver o sangue que manava do peito de Christopher. Os dois homens descreveram círculos cautelosamente; depois o choque das espadas ressoou outra vez no ar. Christopher tomou a ofensiva, forçando Bastida a retroceder até o outro extremo da sala com um furioso ataque. Bastida se cansava rapidamente, e a espada de Christopher acertou-o uma e outra vez.

Christopher era como um touro selvagem que se lança sobre a capa do toureiro, que era a camisa de Bastida, tingida de vermelho por seu próprio sangue. Tinha a força da juventude e a rapidez de uma cobra, e com um repentino movimento para frente, arrancou a espada de Bastida de sua mão.

A ponta da espada de Christopher se apoiava contra o peito do homem maior, e por um momento brilhou uma loucura em seus olhos que congelou o sangue de dom Miguel. Mas antes de inclinar-se para frente para pôr fim à vida do homem que o tinha torturado, Christopher se distraiu por um gemido angustiante que vinha do quarto contíguo.

Seu rosto ficou sem cor, e começaram a tremer-lhe as mãos. Esquecendo de Bastida, que o olhava com os olhos muito abertos, Christopher se voltou e correu para a porta do quarto onde estava Dulce. A suas costas, vendo uma possibilidade de vencer, Bastida sacou sua adaga e levantou os braços para lançá-la contra as costas de Christopher.

De repente houve uma explosão de pólvora na sala. Christopher deu a volta e viu cair ao solo Bastida, com a adaga ainda na mão. Depois seus olhos se voltaram para a porta que tinha ficado aberta, e viu a figura corpulenta de Christian Chávez parado ali, com sua grande pistola fumegante.

Christopher sorriu debilmente.

- Suponho que devo agradecer-lhe por esta vez ser o francês teimoso que se nega a obedecer ordens.

- Realmente creio que deve estar agradecido - grunhiu Christian enquanto passeava pela habitação -. Tinha-o a sua mercê, e em lugar de atravessá-lo com a espada como merecia, dá-lhe as costas como esplêndido alvo. Neste momento deveria estar no meio de um charco de sangue. Perde a cabeça de tal maneira com essa moça que corre quanto ela grita. Essa moça o levará à morte.

- Christopher!

O grito de Dulce foi como uma faca que atravessou o coração de Christopher; esqueceu completamente de Christian e entrou no quarto. A cama estava vazia e olhou freneticamente a seu arredor.

- Mãe de Deus!

Correu para ela, com o rosto tão pálido como o de Dulce, com um só rápido movimento cortou a corda com sua espada, depois a deixou cair e levantou à moça em seus braços. Ela gritava com os movimentos repentinos, que lhe provocavam fortes dores, mas em dois rápidos passos a levou à cama e a colocou ali com suavidade. Ela abriu os olhos que agora estavam calmos, cheios de alívio, e o olhou.


- Deus meu, Dulce, por que não me disse? Por que deixou que me demorasse tanto com Bastida? - perguntou. Enxugou o sangue do lábio inferior de Dulce, o sangue que ela mesma se tinha feito ao morder os lábios para não gritar.

- Ele queria que ouvisse meus gritos, pensando que se alteraria e que se descuidaria. Não podia permitir que isso acontecesse. Lamento ter gritado quando o fiz, mas eu...

- Deveria ter gritado antes, demônios! Tenho que ir procurar ajuda - disse com severidade, com o rosto cheio de apreensão.

- É tarde para isso, Christopher. Terá que...

Christopher se horrorizou quando os gritos de Dulce encheram novamente o quarto, Christian se acercou ao quarto, mas ao ver Christopher junto à cama, e Dulce agarrando-se a sua mão, fechou a porta sem ruído e os deixou sozinhos. 

Poucos minutos depois, Christopher trouxe sua filha ao mundo.

Dulce olhava maravilhada o diminuto bebê que Christopher lhe tinha posto nos braços. Observou orgulhosamente o cabelo dourado e a cor azul claro de seus olhos que se via entre as pálpebras meio fechadas. Depois levantou o olhar para Christopher e franziu o cenho.

- Ah... Lamento não poder dar-lhe o filho varão que desejava - disse com um rouco suspiro.

Christopher se sentou na borda da cama e se inclinou para beijar-lhe a testa; depois sorriu, sacudindo a cabeça.

- Que importa que nosso primeiro bebê seja uma menina? Terá outros, muitos outros, e eu os quererei a todos. Mas esta, esta menininha diminuta com a carinha vermelha, terá um lugar especial em meu coração.

Dulce via na expressão de seus olhos que não estava desiludido, e que seu coração estava cheio de alegria. Com um suspiro de alívio misturado com satisfação, Dulce dormiu.




Continua...


 



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Autor(a): Christina

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Já tinha amanhecido quando Dulce acordou. Finalmente tinham aberto as persianas de seu quarto e o sol entrava aos borbotões. A sensação de paz e felicidade que tinha sentido antes de cair esgotada voltavam agora enquanto sentia mover-se a sua filha na cama junto a ela. Na meia hora seguinte, experimentou o prazer de todas as mães ao poder a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 253



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  • stellabarcelos Postado em 31/10/2015 - 23:41:46

    Amei amei amei amei

  • robertauckerman Postado em 13/02/2014 - 21:47:24

    OIII QUERIA TE PEDIR UMA COISA... EU QUERIA PERGUNTAR SE VOCE ME PERMITE POSTAR ESSA HISTORIA EM UMA PAG MINHA DO FACEBOOK, CLARO EU COLOCO SEUS CREDITOS, É QUE EU AMO MUITOO ESSA FIC JA LI ELA 3 VEZES E NÃO ME CANSO... VC PERMITE?

  • thatay Postado em 14/10/2013 - 23:27:21

    Que lindo final e que pena que acabou :(, sentirei saudades da web!!!

  • tahvondy Postado em 14/10/2013 - 22:27:52

    ah que pena que acabou mas eu a amei a fic foi perfeita parabens

  • nathy...dyr Postado em 13/10/2013 - 16:26:15

    eita vou senti muitas saudades dessa web,ela foi mais do q perfeita <3 adorei o final

  • raphaelavondy Postado em 01/10/2013 - 19:24:55

    POSTA MAIS PELO AMOR DE DEUS TO VICIADA DEMAIS POSTA

  • thatay Postado em 25/09/2013 - 19:38:32

    Muito boa a web, que pena que ta acabando, mas eu quero mais postes nena :)

  • tahvondy Postado em 14/09/2013 - 21:08:10

    ah que pena que ja esta no fim mas eu to amando a web continua por favor

  • dudasouzavondy Postado em 08/09/2013 - 17:00:15

    ultimos capitulos ? ): aiii eu amei esses cap ! A web é perfeita ! posta mais !

  • nathy...dyr Postado em 07/09/2013 - 23:34:32

    Os últimos capítulos já? :( vou sentir mt saudade dessa Web,Posta mais *-*


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