Fanfic: ♥ A Prisioneira do Pirata - Adaptada ♥ Finalizada ♥ | Tema: Vondy
Já tinha amanhecido quando Dulce acordou. Finalmente tinham aberto as persianas de seu quarto e o sol entrava aos borbotões. A sensação de paz e felicidade que tinha sentido antes de cair esgotada voltavam agora enquanto sentia mover-se a sua filha na cama junto a ela. Na meia hora seguinte, experimentou o prazer de todas as mães ao poder alimentar a sua filha com seus seios inchados. Enquanto sustentava ao bebê nos braços, a criatura parecia dormir se não fosse pela constante sucção de sua boquinha.
Christopher entrou no quarto um momento depois e se sentou na borda da cama, tomando a mão de Dulce entre as suas, seus olhos eram ternos enquanto olhava a Dulce e a sua filha adormecida.
- Como se sente? - perguntou ele.
- Feliz.
- Não me referia a isso, e você sabe - disse ele com uma voz que tratava de fazer parecer severa, sem consegui-lo.
- Estou bem, realmente - disse ela com um cálido sorriso, e viu que a tensão desaparecia do rosto dele. Mas então lhe tocou ternamente a face -. Christopher o que disse a Bastida, aconteceu realmente?
- Sim - respondeu ele, e em seus olhos já não tinha ódio como sempre que mencionava o nome de Bastida.
- Deve ter sido terrível viver todos estes anos com essa recordação, e era tão pequeno quando aconteceu. Como se arrumou depois disso... Ou prefere não falar disso?
- Já não me importa falar disso, mas creio que agora deve descansar - replicou ele.
- Não quero descansar!
Ele sacudiu a cabeça ante sua teimosia, mas ela sorriu. Esta era uma parte de Dulce que sempre estaria ali, como seu terrível gênio. Mas eram características suas que a convertiam no que era... A mulher que ele amava.
- Muito bem, pequena. Eu conhecia Christian desde sempre, porque vivia sozinho na casa junto à nossa, já que seus pais tinham morrido uns anos antes. Felizmente, essa noite estava longe da costa e quando voltou, converteu-se em meu guardião. Ajudou-me a enterrar minha dor, mas nada pôde fazer com o ódio que ficou dentro de mim. Dois anos mais tarde, ele e eu saímos do povoado e viajamos para o norte até chegar a uma grande cidade da costa com um porto cheio de barcos de países amigos. Christian queria ir para o mar, e a única coisa que eu desejava era encontrar a Bastida. De maneira que nos enrolamos no primeiro barco que partiu, que era um navio inglês.
- E agora sua busca finalmente terminou.
- Sim, mas já tinha terminado antes que chegasse aqui. Nunca fui a Espanha. Depois de estar sozinho uma semana e meia no mar, dei-me conta de que podia esquecer o passado, esquecer Bastida. Virei para voltar para casa. Sabia que era a única que me importava. Amo-a, Dulce, tanto que é como uma dor. Teria que me ter dado conta disso a primeira vez que a deixei, quando não senti desejo por nenhuma outra mulher que não fosse você. Converteu-se numa parte de mim, e não posso viver sem você.
- Ai, Christopher, quanto roguei para ouvi-lo dizer isto! - gritou Dulce, com lágrimas de alegria nos olhos -. Quando me trouxeram aqui, pensei que talvez não voltasse a vê-lo nunca mais. E agora está aqui e me diz que me ama e eu te amo.
- Nunca se libertará de mim, pequena. Fui um tonto ao deixá-la para ir em procura de Bastida; só me dei conta quando era demasiado tarde. Christian veio atrás de mim no barco do seu pai e me encontrou a caminho de casa. Quando me disse o que tinha acontecido, viemos aqui de imediato. Durante dois dias só pude pensar em matar Bastida. Mas depois meus pensamentos foram substituídos pelo temor de que pudesse machucá-la, ou de que talvez não estivesse aqui. Ainda então, sabendo que estava a ponto de enfrentar finalmente a Bastida, só podia pensar em você. Mas agora tudo terminou. O passado está morto. Nunca voltaremos a separar-nos, minha pequena flor francesa, e nos casaremos quanto chegarmos em casa
Não chegaram a sua ilha até finais de outubro, porque Christopher demorou a partida desde Santo Domingo até que Dulce recuperou suas forças. Detiveram-se num lugar, no entanto, para comprar o que se precisava para a plantação de açúcar, porque Christopher não pensava sair da ilha durante muito tempo.
Ancoraram o barco numa pequena entrada, seguidos de perto pelo barco de Casey. Dulce estava na coberta do "Dama Alegre”, e o braço de Christopher rodeava sua cintura. A garotinha, Laura, dormia em seus braços. Dulce olhava a montanha ao longe, porque era como se a visse pela primeira vez, envolvida em espessas nuvens cinzas, mas com um raio de sol no centro, sentia que a montanha lhe dava as boas vindas a seu regresso ao lar, dizendo-lhe que só encontraria felicidade na pequena ilha sorriu e se apoiou um pouco mais em Christopher.
Casey e Blanca os receberam antes que chegassem à casa. Blanca deixava escapar lágrimas de alívio, e Casey deu palmadas nas costas de Christopher, dizendo-lhe que, sempre confiou que sua filha se salvaria, o qual não era verdade, porque tinha estado horrivelmente preocupado.
Laura acordou com todo o ruído, e começou a gemer atraindo a atenção de todos. Blanca tomou sua neta dos braços de Dulce e exclamou que era uma beleza. E era realmente um formoso bebê, com cachos dourados na testa e grandes olhos azuis da mesma cor do céu da manhã.
- Se parece com seu pai - comentou Casey, olhando por cima do ombro de Blanca a Laura enquanto Blanca os levava ao salão. Voltou-se para Christopher, que vinha atrás com Dulce -. Soube que durante um tempo pensava que o bebê não era seu - riu Casey, com uma piscada em seus olhos verde claro -. Ainda duvida?
- O bebê é tão meu como a mãe - replicou firmemente Christopher.
Blanca sorriu. Via que orgulhoso estava Christopher de que Laura tivesse sua cor de cabelo e de olhos. Não tinha ânimo para dizer-lhe que quando era menina, Dulce tinha os mesmos cabelos de cor dourada antes que se tornassem avermelhados uns meses depois de seu nascimento. Mas ao menos os olhos, inconfundivelmente, eram os de Christopher.
Madeleine veio correndo da cozinha e explodiu em lágrimas ao ver Dulce com seu bebê. Mayte se reuniu com eles, trazendo seu bebê nos braços, e Christian, depois de saudá-la, desceu ao porão para trazer bebidas para celebrar a chegada. Dulce não desejava afastar-se do alegre grupo, mas Laura começava a pedir seu alimento. Tomou-a dos braços de Blanca, que sentiu pena por ter que dá-la tão cedo; depois Dulce começou a subir a escada dizendo a Christopher que não demoraria.
Christopher a olhou ir, com os olhos brilhantes de amor. Mas então Casey lhe pôs um copo de rum na mão rindo com vontade.
- O adverti que talvez teria uma filha, não é verdade? - disse Casey -. Quiçá possa entender agora por que o mantinha afastado de Dulce, mas talvez seja demasiado cedo para que sinta o que um pai sente por sua filha, e ademais, talvez não veja crescer à pequena - sorriu Casey -. Estará aqui para perseguir aos moços que desejem Laura, ou deixará isso a meu cargo para que cumpra com essa tarefa em minha velhice?
- Estarei aqui, sua raposa velha - replicou Christopher, sorrindo -. E serei pior do que você quando se tratar de proteger a honra de minha filha. Deixa de preocupar-se, porque hoje me casarei com ela.
- Sabia que o faria, moço - disse Casey com um sorriso. Depois se voltou para sua esposa - Ouviu isso, Blanca? Se casarão hoje!
- Mas Dulce não tem traje de noiva! - disse Blanca -. Quero que minha filha tenha um casamento que sempre possa recordar.
- Eu me ocuparei do vestido - disse Christopher.
- Bem, então, tudo fica arrumado.
- Mas há tanto que fazer! - protestou Blanca, considerando que as coisas iam com demasiada rapidez -. O casamento pode esperar... Ao menos uns dias... Para dar-me tempo...
- Não! - disse Christopher, implacável, fazendo Casey rir.
- Bem - suspirou Blanca, fazendo um gesto de resignação. - Só me fica ocupar-me dos preparativos para a festa.
Então Blanca sorriu, porque ainda que esse dia não era como ela sempre o tinha sonhado, de qualquer jeito era o que sua filha desejava. Dulce se casaria com o homem escolhido por ela, e seria feliz. Isto era o que importava.
- Tudo arrumado - disse Christopher ao entrar na habitação e encontrar Dulce brincando com Laura na cama -. Casey foi procurar ao padre Hadrian. - Se sentou junto a ela na cama, com Laura entre os dois, mas ao olhar para Dulce lhe surpreendeu sua expressão entristecida -. Tem dúvidas sobre se quer casar-se comigo, pequena?
- Lógico que não! Sabe quanto o amo.
- Então, por que não está tão feliz como eu?
- Eu estou - disse debilmente ela -. Só que me agradaria levar um traje branco.
- O terá - replicou Christopher, levantando-lhe o lábio com um dedo -. Christian o trará em seguida.
Enquanto lhe dizia, Christian entrou pela porta aberta com um grande baú que deixou aos pés da cama. Dulce reconheceu de imediato seu baú, e se voltou para Christopher, que olhava com fúria para Christian.
- Eu pedi que esperasse até que eu pudesse dizer-lhe, demônios! - disse Christopher, furioso.
- Bem, sua mãe fez questão de que o subisse do porão agora mesmo. Disse que era necessário estender o traje por que tinha rugas - replicou Christian -. Se olhar para Dulce verá que se preocupa por nada.
Christopher se voltou para Dulce e viu a felicidade em seu rosto. Inclinou-se para frente e a beijou com ternura.
- De maneira que mentiu ao dizer que tinha deixado para trás meu enxoval - lhe xingou, com um sorriso nos lábios.
- Só o fiz por você - replicou ele rapidamente -. Precisava um pouco que ocupar-se enquanto estava no barco, e fazer novos vestidos era a solução perfeita.
- Mas, por que não me devolveu meus baús depois de ficar-me aqui?
- Como teria reagido então se eu tivesse feito isso?
Ela riu, sabendo muito bem que se teria posto furiosa.
- Por isso a porta do porão estava sempre fechada... Para que eu não encontrasse ali meus baús.
- Estás irritada?
- Não, querido. Precisava de um vestido, mas não queria atrasar nosso casamento para fazê-lo. Você ia solucionado o problema. Por esse motivo se negou a dar-me o cetim branco quando o pedi?
- Não, simplesmente não suportava a idéia de dar-lhe tecido para um vestido que usaria para casar-se com outro homem. Creio que então já a amava.
- Mas eu fiz este vestido para o mesmo fim. Não o aborrece?
- Fez esse vestido para casar-se com um homem a quem nunca tinha visto. Eu sou esse homem.
Continua...
Autor(a): Christina
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Dulce deixou a celebração para alimentar Laura pela última vez essa noite. Foi ao quarto de Blanca, porque, por insistência da mãe, Laura tinha sido mudada para o quarto de seus avôs por essa noite. Estava muito desperta quando Dulce entrou no quarto, lançando gritinhos de seu berço. Como tinha estado desperta a maior par ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 253
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stellabarcelos Postado em 31/10/2015 - 23:41:46
Amei amei amei amei
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robertauckerman Postado em 13/02/2014 - 21:47:24
OIII QUERIA TE PEDIR UMA COISA... EU QUERIA PERGUNTAR SE VOCE ME PERMITE POSTAR ESSA HISTORIA EM UMA PAG MINHA DO FACEBOOK, CLARO EU COLOCO SEUS CREDITOS, É QUE EU AMO MUITOO ESSA FIC JA LI ELA 3 VEZES E NÃO ME CANSO... VC PERMITE?
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thatay Postado em 14/10/2013 - 23:27:21
Que lindo final e que pena que acabou :(, sentirei saudades da web!!!
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tahvondy Postado em 14/10/2013 - 22:27:52
ah que pena que acabou mas eu a amei a fic foi perfeita parabens
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nathy...dyr Postado em 13/10/2013 - 16:26:15
eita vou senti muitas saudades dessa web,ela foi mais do q perfeita <3 adorei o final
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raphaelavondy Postado em 01/10/2013 - 19:24:55
POSTA MAIS PELO AMOR DE DEUS TO VICIADA DEMAIS POSTA
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thatay Postado em 25/09/2013 - 19:38:32
Muito boa a web, que pena que ta acabando, mas eu quero mais postes nena :)
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tahvondy Postado em 14/09/2013 - 21:08:10
ah que pena que ja esta no fim mas eu to amando a web continua por favor
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dudasouzavondy Postado em 08/09/2013 - 17:00:15
ultimos capitulos ? ): aiii eu amei esses cap ! A web é perfeita ! posta mais !
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nathy...dyr Postado em 07/09/2013 - 23:34:32
Os últimos capítulos já? :( vou sentir mt saudade dessa Web,Posta mais *-*