Fanfic: Vizinhos Íntimos-AyA {Finalizada} | Tema: AyA

Alfonso sorriu para esconder seus pensamentos. Anahí também sorriu. Não adiantou nada. Ele só conseguia imaginar como seria tê-la nos braços, nua. Como seria percorrer os dedos por todos os cantos daquele maravilhoso corpo, pressionar os lábios atrás de sua orelha, senti-la se entregar, penetrá-la até o fundo, estar a possuir Anahí.
O pensamento foi suficiente para excitá-lo. Durante toda a viagem, pensara nela e em como seria tê-la na cama.
Alfonso tinha de terminar o que haviam começado. De uma maneira ou de outra, teria de se controlar, ou se deixar guiar por seus sentimentos. Anahí o levava à loucura total.

O que ela faria se Alfonso pedisse? E se ele não pedisse, apenas agisse? Não ousaria. Será? Fora Anahí quem viera ao seu encontro. Alfonso não se atreveria a bater à sua porta no meio da noite e convidar-se para entrar. O primeiro passo, se é que existiria, teria de partir dela. [Pra variar neh Alfonso?? ¬¬’]

- Você parece cansado.

- Sim, a viagem me deixou exausto - respondeu ele, com uma risada que Anahí não entendeu.

O que faria? Alfonso precisava de um tempo para si e Anahí, e também de espaço. E de privacidade. Quase exteriorizou seus pensamentos. Ali estava Alfonso Herrera, vivendo em um dos lugares mais isolados da região e não encontrava um lugar para ficar sozinho com a mulher que... desejava.

De repente, Wilbur pulou em cima do dono com tanta força que quase o levou ao chão. Anahí deu um passo para trás, então tentou controlar o cachorro, segurando-lhe a coleira.
Tarde demais. A camisa branca de Alfonso, bem como a calça jeans ficaram marcadas pelas patas de Wilbur. As gêmeas apareceram logo em seguida. Cada uma agarrou-se em uma perna de Alfonso e começaram a pular de alegria pela volta do amigo, molhando-o.

- Pelo amor de Deus, crianças! - exclamou Anahí, tentando afastar o cachorro e as filhas.

- Está tudo bem - disse ele.

- Suas roupas ...

- Não faz mal.Venha ver a nossa nova piscina - falou Clara, puxando-o para o lado da casa.

- Sim, venha conhecê-la. Até Wilbur nadou conosco.

- Percebi... - Alfonso tentava livrar-se da festa que o cão fazia, bem como dos apertos das meninas. - Eu já vou.

Alfonso olhou para Anahí.
- Nós nos veremos mais tarde?

- À noite?

Alfonso concordou.
- Em breve - respondeu ele.

- Qual o motivo de tanta bagunça?

Anahí virou-se e deu de cara com a mãe.
- Alfonso voltou de viagem.

- Ah ... Eu devia ter desconfiado. ’

Anahí preferiu ignorar o comentário irônico da mãe.
Estava muito contente para irritar-se e deixar que Marichelo arruinasse a alegria em seu coração. Alfonso estava de volta e se encontrariam naquela noite. Talvez, com um pouco de sorte, conseguissem ficar um tempo sozinhos. A idéia provocou-lhe arrepios.
- Passou a dor de cabeça, mamãe?

- Estava quase passando quando esse barulho começou.

Anahí sorriu e abraçou Marichelo, acompanhando-a até o chalé.
- Vamos, eu lhe preparo um copo de chá gelado.

- Ainda sobrou hortelã? - perguntou, aceitando que a filha a guiasse.

- Acho que sim.

- Tomara. Não consigo beber chá sem hortelã. É tão ácido para o meu estômago ... A hortelã ameniza.

A mente de Anahí estava longe, nem prestava atenção à conversa da mãe. Nada mais importava, a não ser que se encontraria com Alfonso à noite. Ainda não sabia como agiria, mas algo iria acontecer. Algo lhe dizia isso.
Anahí segurou a porta para Marichelo entrar e seguiu-a com um sorriso bobo nos lábios.

"Alfonso voltou!"