Fanfic: Vizinhos Íntimos-AyA {Finalizada} | Tema: AyA
Talvez Maite tivesse razão. Alfonso sempre cuidava de sua privacidade como uma maneira de se auto-preservar. Ele achava que todos agiam a seu favor, compreendendo sua necessidade de morar sozinho, e interpretavam a atitude como uma retratação da sociedade em geral.
Jamais pensara em si como um eremita.
Mas talvez fosse a mais pura verdade. Talvez se mantivesse fora do curso normal de vida. Talvez estivesse se escondendo e todos estivessem certos. Porque, de repente, com a chegada de Anahí e das gêmeas, sua vida tomara um novo rumo. Algo imprevisível. A qualquer hora alguém poderia distraí-lo, interrompê-lo, aproximar-se... tocá-lo.
Se fosse algum tempo atrás, essa agitação de gente, ou melhor, de mulheres em volta de sua casa o teria levado às raias da loucura. Quem sabe não estaria ficando louco, mesmo? Mas, junto com essa possível insanidade, vinha um novo significado de vida. Seu coração batia mais depressa havia um certo tempo. Para falar a verdade, desde a primeira vez que olhara para Anahí. Sentimentos incontroláveis tomavam conta de suas ações. Percebia que estava mudando... Nunca mais seria como antes do acidente, mas notava que as mudanças eram mais profundas, internas.
E agora, depois da última noite, seria pior ainda. Algo além de apenas sexo acontecera. Ele se entregara por completo, de corpo e alma, a Anahí, fato que jamais experimentara.
Será que os elementos da natureza, raios, trovões, chuva, tinham tido alguma influência na maneira como Anahí se aproximara e se oferecera? Para Alfonso, ter feito amor com ela tinha sido quase uma experiência espiritual.
Estava chocado consigo mesmo. Anahí representava a doçura e a luz, enquanto ele só se mostrava à noite, quando podia controlar a luz e fingir que suas cicatrizes não existiam.
Mas ela o conhecia e o queria tanto de dia quanto à noite. A prova estava no que acontecera no dia anterior. Anahí tinha ido até o lago apenas para encontrá-lo.
Era impossível, e Alfonso não via sentido em suas atitudes. Anahí podia ter qualquer homem que desejasse. E, por mais que apreciasse os prazeres da noite anterior, Alfonso ainda estava confuso.
Por que ele?
Era bom saber que estava ali, em seu quarto, seguro e a salvo. A idéia de se reintegrar ao mundo, entretanto, ainda não o atraía. Na verdade, não gostava nem de pensar em voltar a assumir compromissos sociais.
E estava disposto a aceitar tudo o que Anahí tinha a lhe oferecer e aproveitar enquanto durasse. Sabia que não seria para sempre. Assim que ela compreendesse a verdadeira extensão de suas necessidades, o tamanho de seu desejo, sairia correndo tão depressa que eles nunca mais se veriam. Além disso, quanto mais Anahí se envolvesse com a comunidade, menos precisaria de Alfonso. Conheceria outros homens que lhe ofereceriam o mundo.
"Ela se encontrará com outros homens." O pensamento o deixou bastante perturbado. “Não pense nisso”...
Respirou fundo e decidiu tomar um banho. A noite fora fantástica, e agora tudo dependia de Anahí. Ela o escolhera como amante e ainda tinha de decidir se continuaria a desejá-lo ou não. Alfonso não tinha condições para isso. O desejo ultrapassava a razão, e ele já havia resolvido seguir as regras do jogo.
"Estou aqui, Anahí. Faça o que você quiser... "
Deixou a água gelada escorrer por seu corpo.
"A qualquer hora. Em qualquer lugar."
- Saúde, filha - disse Marichelo. - Espero que você não pegue uma daquelas terríveis gripes.
- Não, mamãe. - Espirrou de novo. - Tomara que não...
- Bem, pelo menos a chuva de ontem à noite fez baixar a temperatura. Cuide-se bem para não ficar doente, filha.
Anahí estava péssima, para falar a verdade. Depois de ter saído da jangada, ela e Alfonso nadaram de volta para o cais, e a brisa quente foi substituída por outra gelada. Anahí tremia sem parar enquanto se despedia dele. Não queria deixá-lo, mas o frio falava mais alto. Fora convidada para passar a noite aninhada nos braços quentes, mas o bom senso disse que não.
Então, se separaram.
Anahí demorou bastante para dormir. Inúmeras perguntas não paravam de rondar-lhe a mente. Como, por exemplo, por que o seguira? Por que se entregara a Alfonso?
Fizera a maior loucura de sua vida, disso não tinha sombra de dúvida, mas estava contente e realizada.
- Você está bem, filha? Parece um pouco abatida.
- Não dormi direito - admitiu.
Jamais revelaria a terrível dor nas costas, muito menos a lasca de madeira encravada na nádega. Sabia que a mãe ficaria curiosa em saber como conseguira tal proeza.
- Você poderá cochilar quando nós voltarmos.
- Voltar? De onde?
- Da igreja, filha!. Pelo amor de Deus, sua memória está pior do que a minha.
- Ah, a audição! Eu me esqueci!
Anahí apoiou a cabeça nas mãos. Fechou os olhos e tentou afastar todos os pensamentos e sons, em especial as instruções da mãe. De nada adiantou.
- Sim, você deve ir muito bem vestida. Por que não usa aquele vestido azul que ganhou da mãe de Kuno no Natal do ano passado. É fresco e adequado para encontrar-se com o reverendo.
Anahí nem ao menos se mexeu.
- Filha, já é meio-dia. É melhor você começar a se arrumar
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Marichelo continuou a tagarelar sem parar. Anahí, entretanto, decidiu ignorá-la. Queria sonhar um pouco mais. Todavia, as obrigações a impediam. O reverendo Thompson telefonara na semana anterior para se apresentar e avisar que começaria a fazer os testes para a nova organista da igreja. E Anahí prometera passar na casa dele essa tar ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2352
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annypoyson Postado em 26/01/2016 - 19:43:28
Li a fic em apenas uma tarde, muito perfeita
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bia_herrera Postado em 12/05/2015 - 22:11:54
Socorro! Li sua fanfic em três dias! Melhor fanfic! Amei mesmo, uma história linda <33333 Parabéns
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rafaaya_ Postado em 23/12/2014 - 10:38:20
Web maravilhosa, ameeei 💜
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Angel_rebelde Postado em 02/06/2014 - 19:52:45
Leitora fantasminha q leu a fic depois q já tinha acabado a mto tempo ! hehehehe. Ameei sua fic. *---* Uma amiga me deu o link e simplesmente a li do começo ao fim me encantando por cada palavra. Muito delicada, mostrando o lado humano de quem deixa de viver a vida da maneira mais plena e se prende aos conflitos da vida. A maneira como Annie trouxe Poncho de volta a realidade, a 1a impressão q teve dela e o imenso carinho tão instantâneo q adquiriu pelas gêmeas q gostaram dele logo de cara apesar do medo inicial q tentou passar pras crianças. O que mais gostei foi o fato de principalmente a Anny ser mais madura e não deixar q implicâncias ou desentendimentos momentâneos afetassem o carinho q passou a ter por Poncho. Ela ter enfrentado a mãe do jeito q fez e mostrado o qnto precisava de sua liberdade foi lindo de ver. Ambos se ajudaram a seguir em frente de formas diferentes se completando ao mesmo tempo. Parabéns pela história. =D
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ponnyaya Postado em 16/01/2013 - 14:20:37
foi muito bonito o fim carol amei mesmo! besos
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ponnyaya Postado em 16/01/2013 - 14:20:37
foi muito bonito o fim carol amei mesmo! besos
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ponnyaya Postado em 16/01/2013 - 14:20:36
foi muito bonito o fim carol amei mesmo! besos
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 13:56:27
meninas vcs viram a hangout do poncho hj de madrugada? primeiro teve alguns probleminhas tecnológicos e demorou um pouco pro poncho conseguir falar com todos mas depois foi incrível, ele lindo e fofo como sempre, tem a túlia no vídeo(a cachorrinha dele) e tá bem legal, vejam - Hangout on Air Alfonso Herrera - http://www.youtube.com/watch?v=-5ZQ5Gjt5Po
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 13:56:27
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 13:56:27
meninas vcs viram a hangout do poncho hj de madrugada? primeiro teve alguns probleminhas tecnológicos e demorou um pouco pro poncho conseguir falar com todos mas depois foi incrível, ele lindo e fofo como sempre, tem a túlia no vídeo(a cachorrinha dele) e tá bem legal, vejam - Hangout on Air Alfonso Herrera - http://www.youtube.com/watch?v=-5ZQ5Gjt5Po