Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

A tarde passou sem grandes acontecimentos. Anny arrumava suas coisas para ir embora enquanto conversava com Bia. Desligou seu computador e saiu de sua sala acompanhada pela garota. “Chamou” o elevador e ficou o esperando.


Anny: não se preocupe. Eu disse pra você vir só quando estivesse melhor
Bia: eu sei. Mas ficar em casa trancada já estava me sufocando (rsrs)
Anny: imagino (rsrs) mas se amanha você não estiver se sentindo bem, pode ficar em casa
Bia: eu ja to bem melhor. Não vim hoje porque tinha medico agora a tarde – nisso o elevador chegou
Chris: oxe...o que você faz aqui?


Anny e Bia entram no elevador. Bia da um selinho em Chris.


Bia: eu sai do medico e vim trazer uma matéria pra Anny ler (rsrs)
Anny: isso se chama fobia de ficar em casa (rsrs)
Bia: pior que eu to realmente cansada de ficar em casa. Doida pra voltar a faculdade e pra editora. Amanha sem falta eu venho
Chris: mas o medico já te liberou?
Bia: ele disse que se eu me sentir melhor, sem problemas
Anny: trabalho você terá de sobra (rsrs)
Bia: que bom (rsrs)


O elevador chegou ao térreo e eles saíram. Caminharam juntos até o estacionamento.


Anny: bom...entao se você se sentir melhor, te esperamos aqui amanha
Bia: eu venho sim. Amanha sem falta volto ao trabalho
Chris: voltara se tiver melhor
Bia: eu to melhor, seu bobo – ela da um selinho nele – e não quero abusar. O que a Anny vai pensar de mim?
Anny: oxe..eu não vou pensar nada. Todo mundo fica doente
Bia: mas eu fico sem graça. Mal comecei e já to faltando ao trabalho

Anny: nada a ver. Venha se estiver melhor, já disse. Bom...eu já vou. Até amanha pra vocês, pombinhos
Chris: até amanha ex e futura chefinha (rsrs)
Anny: falar em futura chefinha, quando você volta pra Estilo?
Chris: estamos terminando a nova edição da Feminina. Em uma semana eu to de volta
Anny: acho bom mesmo (rsrs) tchau pra vocês


Anny foi para o seu carro e foi embora.


Chris: e a senhorita, dona teimosa?
Bia: o que tem eu?
Chris: quer carona?
Bia: acho que vou aceitar (rsrs)
Chris: vamos...eu te levo


Bia passou seu braço pelo braço de Chris e eles caminharam até o carro dele. Chris abriu a porta pra ela, mas antes de entrar, Bia lhe deu um beijo. Sentira saudade do namorado. Chris, no começo, pensou em se afastar, não estava certo se devia continuar com ela, mas depois se lembrou das palavras de Dulce e se entregou ao beijo. Nunca teria nada com Dulce e não sabia se estava disposto a esperar que ela se decidisse. Bia era uma pessoa maravilhosa e sabia que poderia ser feliz ao lado dela. Se seria pra sempre ele não sabia dizer, mas pelo menos queria que fosse legal enquanto durasse.

Se separaram quando o ar faltou com seguidos selinhos. Eles sorriram e depois entraram no carro. De longe, uma pessoa observava a cena e se sentia mal. Se incomodara depois com o que vira, mais do que queria e do que esperava. Dulce via a cena do beijo e sentia uma pontada de ciúmes lhe invadir. Não podia pedir nada dele e muito menos que ele terminasse com Bia depois que os dois ficaram, afinal quem disse que não queria nada fora ela.

Enxugou com rapidez uma lagrima solitária que caiu teimosa por sua face e depois caminhou para o seu carro.


Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Crist tinha acabado de chegar no hospital. Foi até o quarto de Mari e deu um beijo na prima. Mari dormia tranquilamente. Anny chamou o primo para irem até a lanchonete. Eles pediram um lanche e se sentaram. Anny ficou observando Crist em silencio.


Crist: o que foi? Oo

Anny: você ta bem?
Crist: oxe..pq ta perguntando?
Anny: porque eu to tentando entender uma coisa
Crist: o que?
Anny: porque não me contou sobre você e a Maite
Crist: ela te contou? =/
Anny: me falou que vocês terminaram, mas não quis me falar sobre. O que aconteceu?


Crist se sente encurralado. Se falasse que Mai achou que ele a traiu, teria que falar do porque ela achar isso. Mas não achava o momento oportuno pra falar isso com a prima. Sabia como ela estava mal com toda essa historia de sua mãe. Mari iria ser operada no dia seguinte e não queria que a prima se sentisse mal também por seu fim de namoro. Pensara sim em falar com Anny e pedir que ela contasse a Maite a verdade, mas aquele não era o momento.


Crist: não aconteceu nada demais. Resolvemos terminar
Anny: tem certeza? – não acreditando muito no que ele fala
Crist: absoluta
Anny: eu não sei porque, mas não acredito em você
Crist: oxe...é verdade. Não aconteceu nada. Só vimos que não era o que queríamos
Anny: mas vocês estavam indo tão bem
Crist: estávamos, mas acabou
Anny arqueia a sobrancelha: você não traiu ela não neh?
Crist: não senhorita...eu não trai sua irmã e nem tinha intenção de fazer isso
Anny: então me fala o motivo
Crist: não teve motivo. A gente viu que não ia dar certo nós dois e terminamos...só isso


Anny pensou em falar mais alguma coisa, porque não estava engolindo a historia do primo, mas de nada ia adiantar ela ficar falando que não acreditava. Ele não ia lhe falar nada. Se não tivesse tão preocupada com a cirurgia que sua mãe faria no dia seguinte, ela se empenharia em descobrir o real motivo do termino dos dois. Ia esperar sua mãe fazer a cirurgia e saber que ela estava melhor, ai sim ia voltar a falar sobre essa historia com ele. Não era egoísmo de sua parte, mas naquele momento ela não conseguia pensar em nada mais alem da saúde de sua mãe.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


O dia mal amanhecera e as enfermeiras já preparavam Marichello para fazer a cirurgia. Anny se despediu da mãe e ela foi levada pra sala de cirurgia. Seria uma manha longa. Os médicos disseram que a cirurgia seria demorada. A esperava seria angustiante, mas ela não sairia dali até ver sua mãe bem no quarto novamente. Sentou no sofá do quarto e afundou o corpo no encosto. Estava cansada. Não conseguira pregar os olhos naquela noite de tanto pensar na cirurgia da mãe. Olhou pro quarto a sua volta e sentiu um arrepio por estar ali sozinha. Crist tinha que ir trabalhar e não pode ficar com ela. Pensou em ligar pra Poncho. Mas logo desistiu.

Não entendia porque sempre tinha que pensar nele. Agora, toda vez que queria falar com alguém, se sentia bem falando com ele. A antipatia que tinha criado dele, acabou por completo. Essa chance que eles estavam se dando de se conhecerem melhor estava lhe fazendo bem. Ela estava descobrindo nele um grande amigo. Amigo. As vezes ela não conseguia o ver como amigo, mas assim deveria ser. Ele era um homem comprometido e ela não queria se envolver com alguém assim novamente.

E sempre se perguntava também se ela realmente queria se envolver com alguém no México. Era um ano apenas, depois que tudo acabasse ela iria embora. Iria, não? Por um lado pensava sim em ir embora. Mas depois se lembrava das coisas que estava vivendo ali. Ela balançou a cabeça tentando espantar os pensamentos. Não queria pensar nisso agora. Ainda tinha alguns meses a frente antes do final do um ano. Quando tudo acabasse, ela tomaria sua decisão.

Fechou os olhos e aos poucos foi adormecendo. Um sonho surgiu em sua mente. Não sabia se estava acordada e lembrando do seu sonho ou se estava dormindo e sonhando novamente com a mesma coisa. Abriu os olhos assustada quando ouviu o barulho da porta se abrindo. Olhou pra pessoa a sua frente e não sabia o que pensar. Seria aquilo um sinal? Pensara ou sonhara no homem de seu sonho e em seguida ele aparece ali, na sua frente. Não! Era apenas coincidência.


Poncho: desculpa se te assustei
Anny: não, é que eu tava meio dormindo, meio acordada (rsrs) ai ouvi o barulho da porta e me assustei
Poncho: sua mãe já está na sala de cirurgia?
Anny: sim...daqui a pouco já vai fazer uma hora
Poncho: você está aqui sozinha?
Anny: sim sim – ela se ajeitou no sofá e deu espaço pra ele sentar ao seu lado
Poncho: achei que seu primo estivesse aqui com você
Anny: ela tinha que trabalhar hoje
Poncho: você podia ter me ligado. Imagino que ficar aqui sozinha a espera se torna mais angustiante
Anny: não queria incomodar
Poncho: já cansei de te dizer que você não me incomoda
Anny: ah, mas sei la, Poncho. Eu fico sem jeito. Você tem sua vida, seu trabalho, sua... – ela olha pra ele meio perdida e se cala
Poncho: minha? – pergunta arqueando a sobrancelha
Anny: você sabe do que to falando. E eu me sinto meio estranha de ficar te ligando. Não quero atrapalhar sua vida
Poncho: você jamais atrapalharia a minha vida

Anny não queria tocar no nome de Rebeca, pois antes, sempre que queria ser irônica com ele, tocava no nome dela e agora não queria que fosse assim. Não queria que suas palavras soassem como ironia, mas ele não lhe deu outra saída.


Anny: ta...e o que sua namorada acha disso? Ela sabe que você tem passado grande parte do seu tempo comigo?
Poncho: não – fala tranquilamente
Anny se levanta do sofá e depois o encara: como assim não?
Poncho: primeiro e principal motivo: você confiou a mim algo sobre sua vida e eu não vou revelar isso a ninguém. Segundo motivo: eu não tenho namorada pra dar nenhuma satisfação de onde eu estou
Anny: como é que é?
Poncho: como é que é o que? – pergunta achando graça da cara de assustada dela
Anny: ¬¬ o seu segundo motivo. Como não tem namorada? A Rebeca é o que sua?
Poncho: minha EX namorada
Anny: vocês terminaram?
Poncho: sim
Anny: quando? Porque na festa vocês dois ainda estavam juntos
Poncho: na manha seguinte da festa
Anny fecha os olhos: vocês brigaram porque você sumiu da festa
Poncho: também
Anny: vocês terminaram por minha causa
Poncho se levanta e vai até ela: hei...hei. Não terminamos por sua causa, não diretamente
Anny: como assim não diretamente?
Poncho: nós brigamos sim porque eu sumi da festa, mas esse não foi o real motivo por termos terminado. Foi apenas mais um motivo, mas não o principal, pelo menos não pra mim. Meu relacionamento com a Rebeca estava desgastado, não éramos mais um casal de namorados. Talvez tenhamos demorado pra perceber isso, mas não tinha mais como continuarmos juntos
Anny: e ela sabe que você sumiu da festa por minha causa?
Poncho: não...eu disse que estava falando com um amigo, o que não deixa de ser um pouco de verdade (rsrs)
Anny: virei homem agora, é?
Poncho: por favor, nunca faça isso. Você é uma loirinha linda e não ficaria nada bem como homem (rsrs)
Anny: ¬¬

Poncho passa seu braço pelo ombro dela: fica tranqüila. Eu ter sumido da festa com você não foi a causa da gente ter terminado. Não tinha mais amor, não tinha então porque continuarmos juntos. Talvez eu tenha percebido um pouco tarde, mas não queria mais continuar com isso. Por mim e por ela. Eu quero ser feliz ao lado de uma mulher que eu realmente amo – ele olha pra Anny e percebe o olhar dela brilhando sobre o seu – e espero que a Rebeca também encontre alguém que a faça feliz
Anny: isso soou tão romântico
Poncho senta novamente no sofá e puxa Anny com ele: eu sou um cara romântico
Anny: você? (rsrs)
Poncho: sou sim...eu só nunca achei uma mulher que gostasse disso. Então nunca o deixei viver, ele fica sempre adormecido
Anny: suas namoradas não gostavam que você fosse romântico?
Poncho: a Rebeca falava que romantismo era coisas de filme. Antes dela não tive muitos namoros sérios, apenas casos sem importância e na minha adolescência, assim como a maioria dos garotos, não demonstrava esse meu lado por achar que isso mancharia minha imagem com meus amigos (rsrs)
Anny: homem é tudo igual mesmo. Sempre pensando no que os amigos podem achar se agirem de forma educada, delicada e romântica com uma garota
Poncho: mas todo adolescente é assim (rsrs)
Anny: há exceções
Poncho: muito poucas
Anny: mas há (rsrs)
Poncho: mas eu tenho certeza que ainda vou achar a garota dos meus sonhos. Aquela a qual ira despertar todo o meu lado romântico
Anny: garota dos seus sonhos – fala em voz alta e se lembra do seu próprio sonho
Poncho: sim. Eu sei que ela existe e pode estar bem próxima a mim – fala fitando Anny
Anny sente o coração acelerar com a firmeza do olhar dele: quem sabe
Poncho: você não tem o garoto dos seus sonhos, não?
Anny começa a rir: estava sonhando ou pensando nele, não sei, quando você entrou
Poncho: iii atrapalhei seu sonho se amor (rsrs) se quiser dormir de novo, pode dormir. Prometo que dessa vez fico quietinho e deixo você pensar no seu príncipe encantado

Anny: deixa de ser bobo (rsrs)
Poncho: deixando a brincadeira de lado, porque você não tenta dormir um pouquinho? Pela sua cara percebe-se que não dormiu bem a noite
Anny: não dormi mesmo, mas eu quero esperar a minha mãe voltar pro quarto
Poncho: quando a cirurgia acabar, vão vir aqui avisar, eu te acordo
Anny: e você vai ficar aqui? Trabalha mais não?
Poncho: remarquei minhas reuniões de hoje pra amanha. Você terá que me agüentar o dia todo ao seu lado xD
Anny: não seria nada mal te agüentar, mas depois do almoço eu tenho uma reunião inadiável na editora
Poncho: sem problemas...te espero aqui. Fico com sua mãe e você me agüenta até o final do horário de visitas


Anny sorri. Ele estava sendo tão fofo com ela. Isso mexia com ela e balançava seu coração. E agora tinha a historia que ele estava solteiro, isso sem duvida a deixou contente. Seus pensamentos foram espantados, quando sentiu Poncho a puxando.


Anny: hei...endoidou?
Poncho: não. Você vai deitar e descansar
Anny: eu não vou conseguir dormir
Poncho: pelo menos deita e descansa o corpo, já ajuda a repor as energias
Anny: eu vou deitar e você vai ficar me olhando?
Poncho: sim. Vou velar teu sono. E aproveita que to bonzinho e vou te dar colo
Anny: eu? Dormir no seu colo? Oo
Poncho: qual o problema? Garanto que você vai gostar – ele ri e faz Anny rir também – vem...deita


Poncho a puxou e fez ela deitar em seu colo. Anny ficou um pouco sem graça, mas logo se aconchegou no colo dele. Ela começou a rir quando se lembrou do que ele falou: garanto que você vai gostar.


Poncho: do que você ta rindo?
Anny: de nada (rsrs)
Poncho: sei...agora fecha os olhos e descansa

Anny: ta bom papai
Poncho: boa menina xD


Anny começou a rir e depois fechou os olhos. No seria nada mal mesmo descansar um pouco. A tarde ainda teria que ir pra editora. Tentara remarcar a reunião, mas não podia. Abriu os olhos quando sentiu as mãos de Poncho deslizando por seus cabelos. Ela o encarou e ele sorriu. Anny sorriu de volta, fechando os olhos em seguida. Acabou adormecendo no colo dele.