Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Um mês havia se passado desde aquela manha.

A cirurgia de Marichello fora um sucesso e dentro de uma semana os médicos deram o prognostico dela em relação ao tratamento. Ela poderia sim fazer o tratamento. Se esse teria resultado 100% positivo eles não poderiam garantir, mas haveria uma chance. Ela já havia voltado pra casa, mas 3 dias da semana passava praticamente todo o dia na clinica.

Seu tratamento estava sendo pago com o dinheiro da herança que Anny iria receber, pelo menos era assim que ela pensava. Poncho pegava o dinheiro que era autorizado a pegar sem o conhecimento das outras duas irmãs e o restante ele pagava de seu próprio bolso. Não poderia mexer na herança das irmãs Brachos sem que elas soubessem e não ia deixar Anny na mão na hora que ela tanto precisava de sua ajuda. Mesmo que ela não tenha te pedido isso, ele quis ajuda-la.

Os dois estavam cada vez mais próximos. Haviam criado uma amizade. Poncho estava dando total apoio a Anny e ela estava ficando cada vez mais encantada por ele. Não havia acontecido nada entre os dois já que ambos estavam se dando uma verdadeira oportunidade de se conhecer e Poncho também não queria tentar nada agora. Sabia que a maior prioridade de Anny naquele momento seria sua mãe.

Dulce havia se dedicado por completo ao seu trabalho. As vezes ainda ficava com Rodrigo, mas havia se distanciada cada vez mais dele. Não queria nada serio com ninguém, muito menos com ele. Ainda ficava com ele algumas vezes talvez por carência e por tamanha insistência dele. Encontrara algumas vezes com Chris na editora, mas ela sempre fugia dele. Não queria conversar. Seu maior medo era voltarem àquela noite e ela cair novamente em tentação. Aquela noite ainda a atormentava. Não conseguia se esquecer do intenso prazer e amor que Chris lhe proporcionara.

Mas tudo aquilo era passado. Ele ainda estava com Bia e sempre que os via juntos pareciam muitos felizes. Parece que pra ele aquela noite havia sido esquecido. Agora, quem com certeza tinha o calor daqueles beijos, o gosto daquela boca, o toque daquelas mãos, era Beatriz. Era ela que tinha todas as coisas que Dulce amara tanto ter por pelo menos uma noite.

Maite até que conseguira levar bem o fim de seu namoro com Cristian. Algumas vezes ainda se pegava pensando nele. Nunca mais o vira e talvez isso tenha a ajudado. Preferiu também não falar sobre esse assunto com ninguém, não queria ficar remexendo no que já tinha acabado. Ele também não a procurara, então é porque ele realmente a tinha traído. Não tinha mais nada a se resolver. Acabou e pronto.

Por outro lado, ficava cada vez mais desconfiada de Anny. Se pegava sempre pensando onde a irmã dormia toda vez que não voltava pra casa. Ela dizia que estava com o primo, mas será que isso era verdade? Pegara Anny muitas vezes em contradição quando ela dizia que estava na editora e Mai sabia que isso não era verdade. Ela guardava essas desconfianças pra ela mesmo, mas não ia negar que isso a intrigava cada vez mais.

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Anny tinha acabado de sair da editora. Passou no supermercado e comprou algumas coisas pra levar pro apartamento da mãe. Ia jantar com ela e queria fazer alguma coisa especial. Quando chegou no ap, Crist estava chegando do trabalho também e a ajudou. Os dois, acabaram indo pra cozinha e preparam o jantar.

Os três comeram juntos. Mari ficava muito feliz quando podia ter sua filha com ela. Sabia que Anny não podia ficar todo o tempo presente, mas era bom tê-la as vezes ao seu lado. Foram pra sala ver um pouco de TV e depois Mari foi se deitar.


Anny: to achando você tão pra baixo
Crist: eu?
Anny: ta vendo mais alguém aqui na sala? ¬¬
Crist: eu não to pra baixo. Só to cansado. Trabalhei muito hoje
Anny: sei...eu já percebi isso faz alguns dias. Todos os dias era cansaço?
Crist: impressão sua, eu to ótimo
Anny: não foi nem um pouco convincente nesse seu eu to ótimo. Desde quando você começou a querer mentir pra mim?
Crist: não to mentindo, prima. É serio, não é nada
Anny: não costumo acreditar nas pessoas que falam as coisas e não olham nos meus olhos. E em nenhum momento você me olhou nos olhos
Crist: ta legal! Eu não to muito bem, mas nada que o tempo não resolva
Anny: e porque você não ta bem? Me fala! Talvez eu possa te ajudar
Crist: ah Anny...são algumas coisas atoas – fala tentando desconversar, não queria falar com a prima sobre aquele assunto
Anny: se fossem atoas, elas não estariam te deixando assim. O que é? Ta com problemas no trabalho?
Crist: não!
Anny: ta precisando de alguma coisa? Grana?
Crist: não é isso
Anny: então me fala o que é, criatura!
Crist: deixa esse assunto pra la. Isso já é passado

Anny: ¬¬ se a te deixando mal ainda, é porque não é passado – ela o fita e depois arqueia a sobrancelha – Maite!
Crist: ela não tem nada a ver com isso – fala tentando fugir do assunto
Anny: ela É o que ta te deixando mal. Olha só.quando vocês dois terminaram, eu estava super mal com a historia da minha mãe. nem falamos direito sobre isso, mas não nego que não engoli aquela de “vimos que não ia dar certo e terminamos”
Crist: =/
Anny: qual foi o real motivo pra vocês terminarem?
Crist respira fundo se dando por vencido, talvez realmente o melhor a se fazer seria se abrindo com a prima: ela acha que eu a trai
Anny: Oo ela acha ou tem razão?
Crist: acha! Eu não a trai. Eu tava realmente gostando da sua irmã, não ia fazer isso com ela
Anny: e como foi isso? Porque ela acha que você a traiu?
Crist: foi tudo um mal entendido
Anny: e você tentou se explicar?
Crist: mais ou menos
Anny: oxe...como assim mais ou menos
Crist: porque eu não podia contar a ela nada do que realmente acontecia
Anny: não to entendendo nada – fala confusa
Crist: Anny...a Mai ligou no meu celular. Eu não estava com ele, tinha esquecido aqui em casa. A Joana atendeu e disse a ela que eu tinha saído. Nessa mesmo dia, só que mais cedo, eu tinha dito a ela que não poderíamos nos ver porque eu estava cansado e ia dormir
Anny: e onde então você estava?
Crist: eu estava com você no hospital. A Joana disse que não sabia onde eu estava, mas que com certeza eu deveria ter saído pra ver a Mari...
Anny: ai meu Deus
Crist: a sua irmã acha que Mari é alguma garota que eu fui encontrar
Anny leva a mão a boca: e você não se explicou porque senão teria que contar a verdade sobre a minha mãe
Crist: sim =/
Anny: porque você não me contou isso antes?
Crist: eu pensei em falar com você, mas você estava mal. Tinha a cirurgia da Tia Mari, o tal tratamento. Não queria te encher com mais coisas
Anny: mas...

Anny não sabe o que falar. Maite havia terminado com seu primo por um engano. Um engano que jamais teria acontecido se suas irmãs soubessem da verdade sobre sua mãe. Ela começava a se sentir mal com a situação. O primo sofrera todo aquele tempo calado para não contar a verdade sobre sua mãe. Seria justo ela deixar Maite continuar achando que foi traída? Seria justo ela deixar que o primo continuasse sofrendo pela mulher que ele estava gostando, sendo que ela tinha nas mãos o poder de fazer isso terminar?


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Lupe: Oxe! Não teve aula não?
Dulce: Teve! (sentando-se no sofá da sala de TV junto a Lupe) Mas eu não quis ficar.
Lupe: O que foi?
Dulce: Eu tô cansada, com dor de cabeça... Tô com sono.

Falando isso, Dulce deitou-se no sofá colocando a cabeça no colo de Lupe.

Lupe: Quer comer alguma coisa? (passando as mãos pelos cabelos dela)
Dulce: Não! Só quero ficar um pouquinho aqui. (encolhendo-se no colo de Lupe)
Lupe: Fica aqui comigo então. (fazendo carinho nela) Vc esses dias está tão tristinha.
Dulce: Eu queria minha mãe. =/
Lupe: Não posso trazer sua mãe de volta. Mas se precisar de alguma coisa, pode contar comigo.
Dulce: Eu quero colo.
Lupe: Ô gente! Fica assim não, menina. O que foi que aconteceu?
Dulce: Nada. Não aconteceu nada. Eu só tô cansada.
Lupe: Vc está carente. Cadê seu namorado?
Dulce: Não tenho namorado.
Lupe: E o Rodrigo é o quê?
Dulce: Nada! A gente só fica de vez em quando. Mas não é nada.
Lupe: Eu hein! Vcs são muito moderninhas. No meu tempo não era assim não.


Dulce sorriu e continuou com a cabeça no colo de Lupe. Esta voltou sua atenção para a novela e Dulce fez o mesmo. Minutos depois Anny chegou em casa. Foi para a sala de TV e encontrou as duas lá.


Anny: Boa noite!
Lupe: Boa noite! Eu te esperei pra jantar e a senhorita não apareceu.
Anny: Eu estava na casa do meu primo. (sentando-se na poltrona) Cadê a Mai?
Lupe: Tá na faculdade.
Anny: Vc não estuda não, ser?

Dulce: Não tava com vontade. ¬¬
Anny: Eita! Deixa eu subir. Vou tomar banho. (levantando-se)
Lupe: Vai querer comer alguma coisa?
Anny: Não! Já jantei! Brigada!


Anny saiu da sala e foi para o seu quarto. Dulce ficou mais um tempo com Lupe e depois também foi para o seu quarto. Tirou a roupa, tomou um banho quente e deitou-se. Não estava se sentindo muito bem. Queria dormir. Quase não se agüentava em pé direito.

Quando Maite chegou em casa eram quase onze horas da noite. Ela foi até a cozinha tomou uma água e depois foi para o seu quarto. Tomou um banho rápido, vestiu a camisola e já estava se preparando pra deitar quando ouviu alguém batendo a sua porta.


Maite: Entra.
Anny: Oi! (entrando)
Maite: Oi Anny!
Anny: Mai, eu queria falar com vc.
Maite: O que foi?
Anny: É sobre o Cristian.
Maite: Eu não quero falar do seu primo. (sentando-se na cama)
Anny: Me escuta, tá? (sentando-se junto a ela) Eu acho que eu te devo uma explicação.
Maite: vc não deve explicação nenhuma, Anny. Eu e o seu primo terminamos, não tem mais nada o que falar.
Anny: Tem sim! Vcs terminaram, de certa forma, por culpa minha.
Mai: Culpa sua? (não entendendo) Anny, seu primo me traiu. Nós terminamos porque ele tem outra. Vc não tem culpa nenhuma disso.
Anny: Ele não te traiu, Mai. Foi tudo um engano.
Maite: Não foi engano. Ele mentiu pra mim. Disse que iria dormir, que estava cansado, mas na verdade, ele estava com outra.
Anny: Não foi bem assim, Mai.
Maite: Olha, eu entendo que vc queira defendê-lo. Ele é seu primo. Mas não adianta.

Anny: Não é isso. Se ele tivesse te traído, eu seria a primeira a recriminar ele. Eu sempre falei com ele, pra não te machucar.
Maite: Anny, suas intenções são boas, mas não adianta. Seu primo nem se quer se defendeu.
Anny: Mai... Ele não te traiu. Acredita em mim.
Maite: E quem é a tal da Mari? Ele estava com essa mulher.
Anny: Não é nada do que vc está pensando.
Maite: Vc conhece?
Anny: Conheço. (abaixando a cabeça)
Maite: Vc sabia que ele tinha outra e não me falou nada?
Anny: Mai, a Mari é a minha mãe.
Maite: hã? (balançando a cabeça) Como assim?
Anny: A Mari que falaram que o Crist estava, é a minha mãe.
Maite: Ah Anny! Pára com isso! (levantando-se)
Anny: É verdade!
Maite: Mas sua mãe nem aqui está. Vc mesma disse que ela está em NY.
Anny: Eu menti. Minha mãe está aqui no México. Já tem um bom tempo que ela mora aqui.
Maite: Por que vc mentiu? (sentando-se novamente ao lado da irmã)
Anny: Eu tenho os meus motivos.
Maite: Eu não entendo. Realmente, não entendo. Por que o Cristian não me contou a verdade? Por que ele não se defendeu então?
Anny: Eu que pedi. Pedi a ele que não falasse nada da minha mãe. Ele não te contou, por fidelidade a mim.
Maite: E por que vc não quer que ninguém saiba que sua mãe está aqui? O que é que tem de mais?
Anny: É uma longa história.
Maite: Se vc não confia em mim para contar...
Anny: Não é isso. (levantando-se) É que...
Maite: Tudo bem, Anny. A gente nem é tão chegada assim. Tem pouco tempo que nos conhecemos, que estamos convivendo... Vc tem todo o direito.
Anny: Mai, apesar do pouco tempo que estamos convivendo, já te considero uma amiga. Vc é minha irmã. E eu já posso afirmar isso com toda a certeza. Aprendi a gostar de vc de verdade.
Maite: Eu também aprendi a gostar de vc. Nunca pensei que ia acabar gostando de vcs tanto assim. Chegaram aqui como duas estranhas, mas aos pouquinhos a gente tá se entendendo.
Anny: Menos a Maria. (fazendo uma careta) (rs)

Maite: Ah... Ela tem aquele jeito todo explosivo, mas ela é legal. (rs) Vcs que implicam muito uma com a outra.
Anny: A Maria às vezes me estressa. (rs)
Maite: Vcs são muito implicantes. (rs) Quando estava tudo bem entre vcs, até que foi divertido.
Anny: Quando ficou tudo bem entre a gente?
Maite: Quando vcs se uniram para me ajudar. No dia do parque. Aquele dia foi muito legal!
Anny: Verdade! (sentando-se de novo)

As duas ficaram caladas e lembraram-se do dia do parque. Aquele dia elas se divertiram muito. Ali elas se uniram como verdadeiras irmãs.
Anny voltou sua atenção para Maite. Alguma coisa dizia a ela que poderia confiar na irmã.

Anny: Mai... Eu vou te contar o que aconteceu.
Maite: Se vc não quiser, não precisa.
Anny: Não! Eu acho que isso vai me fazer bem.
Maite: Vc que sabe...
Anny: Bom... A história é a seguinte: Minha mãe veio para o México junto com o Cristian. Na verdade, ele só veio por causa dela. Eu precisava dele aqui no México pra cuidar da minha mãe.
Maite: Cuidar da sua mãe?
Anny: Humrum... Ela sofreu um acidente de carro lá em NY. Ela perdeu os movimentos das pernas.
Maite: Nossa! (colocando a mão na boca) Sinto muito!
Anny: Eu não podia deixar minha mãe sozinha lá. Daí, resolvi trazer ela pra cá. Aluguei um apartamento e instalei minha mãe aqui na cidade. Porém, como ela precisava de cuidados, eu pedi ao meu primo pra vir com ela. Nós sempre fomos muito unidos. Ele tem a minha mãe como a mãe dele também. Ele largou tudo dele lá em NY e veio.

Maite ouvia atenta a explicação de Anny.