Fanfics Brasil - 109 UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]


Capítulo: 109

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Anny e Maite conseguiram levantar Dulce com muito custo e a colocaram deitada na cama. Maite correu, pegou o telefone e ligou para o médico.


Anny: O médico já vem. Calma!


Anny sentou-se junto a Dulce e não sabia o que fazer direito. Maite gritou por Lupe e esta veio correndo.


Lupe: O que foi? O que aconteceu?
Maite: Ela não tá bem!
Dulce: eu vou perder ele. (chorando) Eu não quero perder.
Anny: Vc não vai perder! Desculpa! (passando a mão na cabeça de Dulce) eu não sabia.
Maite: O médico tá vindo. Calma, Dul! Vai dar tudo certo.


Maite também já não conseguia mais se conter. As lágrimas começaram a cair.


Lupe: O que está acontecendo?
Anny: Ela tá grávida.
Lupe: Hã? Como assim? Vc está grávida, Dulce?


Dulce só fez que sim com a cabeça.


Lupe: Ai meu Deus! Por que vc não nos contou isso?
Anny: eu a empurrei. Eu a joguei no chão!
Lupe: Já chamaram o médico? Chamem o médico da família.
Maite: Eu já chamei. Ele já vem.
Lupe: Minha filha, por que vc não nos contou isso.


Dulce não conseguia falar nada. Estava com muito medo. A dor estava aumentando. Ela se encolheu na cama e segurava a barriga.


Maite: Calma, Dulce! (limpando o rosto)
Anny: Me desculpa! Eu não sabia! Me desculpa!


Dulce que estava em dúvida se teria esse filho ou não, agora tinha muito medo de perdê-lo. Não queria abortar. As lágrimas caiam e ela não conseguia falar nada.


Maite: cadê esse médico que não chega!
Anny: Vc está sangrando? Dulce?
Dulce: Não sei! Tô com medo!
Lupe: Calma, minha filha! Vai dar tudo certo. Deixa eu ver se o médico chegou.


Lupe desceu e foi ver se o médico havia chegado, mas nem sinal dele. Foi até a cozinha e pediu a Poliana que assim que o médico chegasse que o levasse ao quarto de Dulce. Pegou um copo d’água e levou para Dulce. Anny e Maite continuavam ao lado dela tentando passar força para a irmã.


Maite: Ele já chegou?
Lupe: Ainda não!
Dulce: Eu vou perder! Tá doendo muito!
Maite: Vc não vai perder não.


Depois de alguns minutos o médico já estava entrando pela porta do quarto de Dulce, sendo trazido por Poliana. Maite que já o conhecia foi cumprimentá-lo.


Maite: Obrigada por vir, doutor. Minha irmã não está bem!
Médico: o que foi que aconteceu? (aproximando-se da cama)
Maite: Ela tomou uma queda e também estava muito nervosa. Está sentindo muita dor.
Dulce: eu vou perder o bebê.
Anny: Não vai não! O médico já está aqui.


O médico se aproximou mais de Dulce e Anny e Lupe se afastaram.


Médico: Vc está com quantas semanas?
Dulce: Eu não sei. Acho que quatro ou cinco. Não sei.
Médico: Eu vou examiná-la. Nos deixem a sós um instante.


Elas saíram e o médico examinou Dulce. Percebeu que tinha um pouco de sangramento, mas segundo ela, as dores haviam diminuído um pouco. O médico fez os exames possíveis ali e pediu a Dulce que ficasse em repouso absoluto pelo menos por doias dias. Recomendou também que ela fosse fazer uma ultrassom e procurasse sua ginecologista o quanto antes para que ela pudesse acompanhar a gravidez.


Médico: Se vc sentir mais alguma coisa, me ligue o mais rápido possível, pois aí terei que lhe levar para o hospital.
Dulce: Sim senhor!
Médico: Siga as minhas recomendações. Nada de ficar andando por aí. Fique deitada e de repouso. Nada de passar raiva ou nervoso. Vc precisa de tranqüilidade. Vou chamar suas irmãs para explicar tudo a elas.


O médico chamou Anny e Maite e passou todas as recomendações que tinha feito a Dulce. Passou alguns medicamentos e entregou a receita a Maite. Pediu que elas mantivessem Dulce em repouso e que qualquer coisa, o comunicasse.


Dulce: Eu vou perder o meu filho?
Médico: Se vc cumprir todas as minhas recomendações, não vai perder não. Se cuide.


Lupe: Pode deixar que ela vai cumprir sim. Ela não sai dessa cama depois de dois dias.
Maite: Nem que a gente tenha que amarrar ela aí. (rs)


O médico despediu-se delas e Lupe o acompanhou até a saída.


Maite: Vc quer matar a gente de susto?
Dulce: O que foi?
Maite: Vc tá esperando um bebê e não falou nada.


Dulce desviou o olhar e ficou calada. Não queria que elas soubessem. Muito menos dessa forma.


Anny: Desculpa, Dulce. Eu não sabia. Nossa! Eu me sinto tão mal.
Dulce: A culpa não foi sua.
Anny: Eu te empurrei.
Dulce: Eu também te empurrei.
Maite: Vamos deixar esse assunto pra lá. Já tá tudo bem. (sentando-se na cama junto a Dulce) O que eu quero saber mesmo é o porquê vc escondeu que estava grávida.
Dulce: Eu não queria que ninguém soubesse por enquanto. E também eu só soube ontem. =/
Anny: vc vai ter um bebê! Que fofo! *_* (passando a mão na barriga de Dulce)
Dulce: Parece que sim. (esboçando um sorriso tímido)
Maite: ahhhhhhhh! Como foi que isso aconteceu?
Anny: Maninha Maite! (rsrs) Eu vou te contar uma historinha... O homem coloca uma sementinha na barriga da mulher... (rsrsrsrs)
Maite: Ah pára Anny! (rsrs)


Dulce não agüentou e começou a rir.


Anny: ôôô! Vc quer que ela te conte os detalhes? (rsrsrs)
Maite: Não é isso. (rsrs) Vcs me entenderam.
Anny: Ahhh sim. (rsrs)
Maite: Aiiii! Vc vai ser mamãe! (rs)


Dulce: Isso dá medo!
Anny: vc com medo?
Dulce: humrum...
Maite: Mas os bebês são tão lindos!
Anny: Mas não vamos negar que dão muito trabalho. Cara, a Cabeça de Fogo vai ser mãe. (rs) Isso é inacreditável.
Dulce: ¬¬
Anny: Mas é verdade! (rs) Difícil de te ver como mãe.
Dulce: Vcs podem deixar de falar a palavra mãe um pouquinho? Eu ainda não tô preparada pra isso.
Maite: Por isso que vc estava toda esquisita. Cheia de segredos. Cara, eu tenho até medo da próxima que vcs vão aprontar. Cada hora uma me sai com uma coisa.
Anny: Da minha parte, não aprontarei mais nada.
Dulce: Acho bom! A gente ainda tem que conversar seriamente.
Maite: Não vamos brigar de novo, tá? O médico disse que vc não pode ficar nervosa. Por causa do bebê. *_* (passando a mão na barriga dela)
Anny: Eu vou explicar tudinho. Eu não fiz por mal.
Maite: Vc quer menino ou menina? (tentando mudar de assunto)
Dulce: Hã?
Maite: Menino ou menina? Ahhhhhhh Ia ser tão fofo uma menininha! Eu posso escolher o nome? *_*
Dulce: Mai, vc bebeu?
Anny: ahauhauahauaha Ela se empolgou!
Maite: Ah gente! É que eu amo crianças.
Anny: Elas são fofas! Imagine quando ela tiver andando aqui pela casa. Tem que ser uma menina. Se bem que já tem tantas mulheres nessa casa. Podia vir um garotinho.
Maite: Ah não! Menina é mais fofo! A gente vai poder arrumar ela.
Anny: Sim! A gente coloca umas Maria-chiquinhas, um vestidinho rosa muito fofo.


Dulce olhava para as duas com uma cara de espanto.


Maite: Aqueles vestidinhos cheios de babados. Vai ficar muito linda!
Dulce: Vcs tão malucas?
Maite: E quando ela começar a falar? Ahhh nós vamos ser tias.
Anny: Eu sempre quis ter uma sobrinha. Ahhh que fofo!
Dulce: Sim! Estão malucas.
Anny: Oxe! Não estamos malucas nada.


Maite: Verdade. (rs)
Dulce: Imagine. Vcs são duas malucas. Já ficam aí pensando no que vai acontecer. Que vão colocar roupa tal, e não sei o que mais lá... Se for menina, ela não irá ser uma miniatura da Barbie não.
Maite: Vai me dizer que vc não fica aí imaginando? Já comprou alguma coisa pra ela?
Dulce: Eu não. Cara, eu soube disso ontem. Minha cabeça tá uma confusão danada.
Anny: Assim... sem querer ser inxirida. Vc não planejou isso não?
Dulce: Não! Claro que não. Eu não queria esse filho.
Maite: Mas assim Dulce... Vc... Já que vc não queria, por que não se previniu?
Dulce: esqueci. =/
Anny: Isso é o que dá ir com muita sede ao pote. (rsrs) Olha aí o resultado.
Dulce: ¬¬
Anny: Cara, agora sem brincadeira. Vc já pensou na mudança que vai ocorrer com a sua vida? Vc vai ter um filho.
Dulce: Já...


Nisso Lupe voltou para o quarto e trouxe um suco pra Dulce.


Lupe: Toma esse suco que a senhorita não tem se alimentado direito esses dias. Eu já comecei a fazer uma sopa e vc vai ter que tomar tudinho.
Dulce: Humrum... (tomando o suco)
Lupe: A sehorita é fogo, não é dona Dulce Maria? Grávida?
Dulce: Lupe... (com vergonha)
Lupe: Não adianta ficar com vergonha agora. Na hora de fazer todo mundo soube. Tava bom, não tava? (olhando séria pra Dulce) Bom! Mas eu não vou dar sermão agora. Vc não está em condições para isso. Depois a gente conversa. Eu vou lá terminar a comida. (pegando o copo) E vcs duas. (apontando pra Anny e Maite) Cuidem dela. Ela agora é responsabilidade de vcs. Não deixem ela sair dessa cama e nada de brigas mais por hoje. Senão eu bato nas três.
Anny: Pode deixar, Lupe.
Maite: Sim senhora!


Lupe desceu e foi terminar o jantar. Assim que ela saiu Anny começou a rir.


Anny: Que brava ela. (rsrs) Maite: Tem horas que ela me assusta. (rsrs)
Dulce virou-se de lado e algumas lágrimas começaram a cair. Ela não estava se sentindo bem com aquilo tudo. Estava confusa, muito confusa. A única coisa que ela tinha certeza agora era o medo de perder seu filho. Ela que não tinha certeza se o queria ou não, agora tinha medo de perdê-lo. Talvez até porque estava correndo esse risco.


Maite: Hei! Não fica assim. Vai ficar tudo bem. (passando as mãos nos cabelos dela)


Anny ficou observando a irmã. Nunca a tinha visto assim tão frágil. Dulce sempre se mostrara a forte, a decidida. E agora lá estava ela. Chorando igual uma criança desamparada. Era difícil ver a irmã daquele jeito. Sabia que todos tinham momentos de fraqueza, mas nunca tinha imaginado Dulce assim.


Maite: Nós estamos com vc. Não é Anny?
Anny: Humrum...


Dulce limpava as lágrimas que persistiam em cair. Não gostava de demonstrar fraqueza. Não queria que elas pensassem que ela não sabia lidar com aquilo. Queria parar de chorar, mas não conseguia.


Anny: Chora. (vendo a tentativa da irmã em parar de chorar) Bota pra fora. Às vezes chorar faz bem. Desabafa.


Foi ai que Dulce não conseguiu se conter mesmo. Tudo o que ela estava guardando ali dentro, ela colocou para fora. Chorava copiosamente de soluçar.


Maite: Nós estamos aqui com vc.


Dulce colocou as mãos no rosto e continuou a chorar. Maite fazia carinho nos cabelos dela como que para consolá-la e passar-lhe segurança.


Dulce: Eu... eu não sei o que fazer. Eu não vou saber cuidar de uma criança.
Maite: Vc vai saber sim. Vc aprende.


Anny: Ninguém nasce sabendo. Vc vai aprender a lidar com tudo isso.
Maite: E tipo... A gente tá aqui. Vamos te ajudar a cuidar dela. Eu vou ser uma tia muito coruja. (rsrs)
Dulce: Vc nem sabe o que é ainda. (sorindo em meio as lágrimas)
Maite: Vai ser menina. Vcs vão ver. (rsrs)
Anny: Essa aí vai estragar o bebê. (rsrsrs) ô pessoa empolgada!
Maite: =P Tô empolgada mesmo. (rsrs) Dulce, vc deixa eu levar ela pra passear? Deixa eu fazer Maria-chiquina nela? (com cara de pidona)
Dulce: Eu deixo. (rsrs) (limpando as lágrimas)
Anny: Se ela pode eu também quero. Vou levar ela pro shopping. *_*
Dulce: Hei! Nada de outra Pequena Patty aqui. (rsrs)
Anny: Ela vai ficar tão fofa! *_*
Dulce: Só quero ver se for um menino.
Anny: A gente vai mimar do mesmo jeito. (rs)
Maite: Pode ter certeza. (rsrs)
Anny: Cabeça de Fogo, desculpa ser inxirida de novo. Mas o pai já sabe?


Dulce ficou calada e virou o rosto novamente.


Anny: Pelo jeito não... Foi mal.
Maite: Vc não contou nada pro Rodrigo ainda? Ele vai ter que assumir.
Dulce: Eu não quero falar disso.


Bateram na porta, e Lupe entrou.


Lupe: O Poncho tá aí. Eu mando subir?
Maite: É melhor não. Depois a gente conversa com ele.
Dulce: Não! Manda ele subir. Vamos resolver tudo logo.
Lupe: Já avisei que não quero brigas.
Anny: Não se preocupe Lupe. Nós não vamos brigar. Também acho melhor a gente resolver isso logo.


Lupe desceu e foi falar com Poncho.


Lupe: Pode subir, Poncho. Elas estão no quarto da Dulce. Segundo a direita. Se elas começarem a brigar, vc me chama que eu vou lá.
Poncho: Pode deixar, Lupe.


Ele subiu e foi até o quarto de Dulce. Bateu na porta e Maite pediu que ele entrasse.


Poncho: Boa noite!
Anny: Entra, Poncho. As meninas querem falar com vc.
Poncho: O que foi?


Maite: Senta. (pegando a cadeira pra ele)
Poncho: aconteceu algum problema? – pergunta enquanto se sentava e depois encara as meninas
Dulce: sim! E acho bom você e a Barbie terem uma boa explicação – fala brava
Maite: calma, Dulce! Você ouviu o medico e se for pra essa conversa deixar você nervosa é melhor deixar pra outro dia
Dulce: quem disse que eu to nervosa? – fala olhando pra Maite
Poncho: eu to meio perdido. Quem vai me explicar o que aconteceu? – fala sem entender nada do porque estava ali
Anny: acho que pra começar, eu tenho algumas coisas pra explicar – ela se levanta e vai até a janela – o Poncho não tem culpa de nada. A única coisa que ele fez foi me ajudar
Dulce: não sei quem vai falar, só quero que me expliquem e quero a verdade – fala encarando Anny
Anny respirou fundo e começou a falar: o único motivo por eu estar aqui hoje é a minha mãe. Foi por causa dela que eu aceitei a tal condição de viver nessa casa, nessa cidade por um ano
Dulce: achei que fosse por causa do dinheiro
Anny: todos acharam isso. De certa forma era, mas não pelo motivo que todos pensam. Não aceitei essa condição pra no fim ficar rica, pra ter minha parte na herança e poder ostentar o dinheiro que ganhei. Eu queria o dinheiro pra ajudar a minha mãe


Maite e Poncho escutavam Anny em silencio. Maite já conhecia parte da historia, então ficou calada. Poncho olhava Anny e sentia vontade de ir até ela e abraça-la. Podia imaginar como aquele momento estava sendo difícil pra ela. Sempre fugiu de falar da mãe e agora estava revelando toda a verdade as irmãs. Não sabia o que tinha acontecido naquela casa, mas algo grave foi, ainda mais pra ele ser chamado ali e pra Anny estar revelando sobre sua mãe.


Dulce: sua mãe está doente e ta fazendo tratamento. Agora, tratamento de que?
Anny: logo depois da abertura do testamento que eu voltei pra NY, eu e minha mãe discutimos
Dulce: por quê? – depois de perguntar, percebe o olhar de Maite – o que foi? Já que ela ta contando, que conte tudo
Anny: tudo bem, Mai (rs) assim como a Maria disse, acho melhor já contar tudo pra não ficar nada pra trás
Dulce: também acho. Continue!
Anny: nós discutimos exatamente por causa do testamento. Contei a minha mãe sobre a exigência para se ter a herança e quando disse a ela que não aceitaria, ela me contou sobre a nossa real situação financeira. Minha mãe achou que isso seria a solução dos nossos problemas, mas eu não estava disposta a deixar minha vida la em NY. Disse a ela que a ajudaria, arrumaria um trabalho pra mim, íamos conseguir de outra forma, desde que não fosse eu vir pro México. Minha mãe saiu nervosa de casa e bateu o carro =/
Dulce: vixe! – exclamou levando a mão a boca
Anny: por causa do acidente, ela perdeu o movimento das pernas. Estava condenada a viver em uma cadeira de rodas. Eu me vi perdida alem de me sentir culpada pelo acidente. Alem das outras dividas, agora tinha as despesas com o hospital, remédio, tratamento. Procurei incansavelmente por trabalho la em NY, mas não consegui
Dulce: então você aceitou a exigência
Anny: humrum...eu aceitei pra ajudar minha mãe. Sem essa herança eu não tinha nenhuma possibilidade de ajudá-la. Eu sabia que não poderia pegar minha parte toda antes de um ano, mas durante esse ano eu teria dinheiro pra pagar o tratamento. A gente recebe bem pra trabalhar na editora.


Maite: então grande parte do seu dinheiro você gastava com sua mãe
Anny: a maioria dele
Dulce: sua mãe veio com você?
Anny: não. Eu vim primeiro e depois de alguns dias eu resolvi trazê-la. Minha mãe estava muito mal com o que tinha acontecido e eu não queria me afastar dela. Procurei saber se aqui ela poderia continuar o tratamento e descobri que sim Então a trouxe
Dulce: e porque nunca nos falou dela? Qual o problema?
Anny: Dulce...minha mãe sempre foi uma mulher batalhadora, trabalhou a vida toda pra nos sustentar sem precisar da ajuda de ninguém, era uma mulher cheia de vida, de alegria e depois do acidente...ela simplesmente perdeu o brilho. Não poder andar foi um choque pra ela. Hoje pode ser que ela esteja mais conformada, mas antes não. Ela não gostava de sair de casa pra que as outras pessoas não ficassem a olhando. Não gostava que ninguém soubesse de sua condição pra que não sentissem pena dela. Por mais que as pessoas digam que não, essa é a primeira coisa que se passa na cabeça de todos. Passou isso na minha. Senti pena da minha mãe a primeira vez que a vi na cadeira de rodas


Nesse momento uma lagrima rola solta pela face de Anny e ela se cala. Maite vê que a irmã começava a chorar, se levanta e vai até ela. Anny sorri ao sentir a mão dela sobre seu braço. Pousa sua mão outra mão sobre a dela e aperta com força. Respirou fundo e voltou a falar.


Anny: minha mãe não queria que ninguém soubesse. Não queria que as pessoas sentissem pena dela, a olhassem com compaixão pelo que lhe aconteceu. Uma das primeiras coisas que ela me pediu foi pra não contar a ninguém. Se ela não queria, eu não iria contrariá-la. E a gente também nem tinha proximidade, não nos falávamos direito, não tinha porque falar da vida da minha mãe pra vocês


Dulce: mas a Maite sabia – fala e depois abaixa a cabeça
Anny: eu contei a ela pra desfazer um mal entendido
Maite se aproxima da cama de Dulce e se senta: eu terminei com o Crist porque achei que ele tinha me traído
Anny: e na verdade, ele estava com a minha mãe. Só que não contou isso a Maite por mim. Ele não me revelou nada quando tudo aconteceu e quando me contou essa semana, eu falei a verdade a ela
Dulce: e ele? – fala apontando pra Poncho que estava quieto em seu canto – ele tem que se explicar
Poncho: o que vocês querem saber de mim?
Anny abaixa a cabeça, sem jeito: é sobre o dinheiro que to usando pra pagar o tratamento
Dulce: tudo bem que é sua mãe e você só ta pegando o dinheiro pra ajudá-la, mas vocês não podiam fazer isso nas nossas costas. Vocês tinham o dever de nos comunicar que estavam pegando o dinheiro
Maite: isso eu tenho que concordar com a Dulce. Pegar o dinheiro sem a gente saber ta errado
Dulce: como você deixa ela pegar nosso dinheiro assim, sem nos avisar? Isso é roubo!
Poncho: espera...acho que vocês estão julgando algo que não existe
Maite: como assim? A Anny não está pegando o dinheiro da herança pra pagar o tratamento da mãe dela?
Anny: humrum...mas o Poncho não tem culpa de nada, ele só fez isso porque eu pedi e ....
Poncho: ninguém mexeu no dinheiro da herança


Anny o olha sem entender nada. Não tinha porque ele negar. Ela já havia contado de sua mãe e agora não importava mais se elas soubessem de toda a verdade.


Dulce: oxe! Não adianta você negar agora. A Barbie já disse que ta pegando o dinheiro
Maite: Poncho...não vou negar que acho errado você ter feito isso sem nos comunicar, mas a gente vai entender que você apenas fez isso pra ajudar a Anny
Dulce: eu vou entender, mas saiba que considero um erro gravíssimo o seu
Poncho ri de Dulce e depois encara Anny: eu não peguei o dinheiro da herança. Vocês podem ficar tranqüilas, eu jamais faria isso. Eu só podia mexer no dinheiro com a autorização de vocês duas – fala apontando pra Maite e Dulce – mas a Anny me pediu pra não contar nada sobre a mãe dela
Anny: mas e o tratamento? Quem ta pagando? – pergunta confusa
Poncho se vira pra Anny: sou eu
Anny: você o que? – ela sente a voz tremula e embargada pelo choro
Poncho: sou eu que to pagando o tratamento da sua mãe
Dulce: então...
Poncho: então vocês podem ficar tranqüilas que ninguém está roubando ninguém. O dinheiro da herança, quando preciso em grandes quantias, só pode ser pego com o conhecimento e consentimento das três. Se isso não acontecer, não posso mexer nele
Maite: cara...no fundo eu tinha certeza que você não teria coragem de enganar a gente
Poncho: eu jamais faria isso, Mai. Seu pai confiou a herança de vocês a mim e eu nunca trairia essa confiança dele. Quando a Anny me pediu o dinheiro eu avisei a ela que vocês teriam que ser comunicadas, mas ao ver o sofrimento dela, porque não queria contar a verdade, eu disse que ela teria o dinheiro, mas ela achou que eu estava pegando do dinheiro da herança


Anny estava calada desde o momento que Poncho revelara que ele estava pagando o tratamento. Ela não sabia o que falar. Sentia um nó em sua garganta, uma onda de emoção lhe invadia e ela deixava as lagrimas caírem pela sua face. Poncho a encarou e sorriu, mas Anny estava de cabeça baixa e não viu.



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Autor(a): anyponcho

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Dulce: isso então quer dizer que tudo não passou de um mal entendido? Poncho: eu peguei o bonde andando (rs) mas ao que parece vocês brigaram por causa disso. Do dinheiro da herança Maite: sim. A Dulce veio atrás de mim pra falar que a Anny estava pegando o dinheiro da herança. Eu já sabia da mãe dela, mas não sa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 487



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  • franmarmentini Postado em 06/11/2013 - 10:35:13

    nossa chorrei muito tambem...agora vou começar a ler a sua nova web...parabéns vc consegue escrever maravilhosamente bem!!!

  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:03

    amei o final dessa web, foi tudo muito lindo e chorei mmo aki lendo, foi mtooooo lindoooo

  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:02

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:01

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:39:59

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