Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Poliana: Pois é dona Lucrécia. A senhorita Dulce sumiu. Todos estão aqui muito preocupados.
Lucrecia: Sumiu? Quando isso?
Poliana: Ontem! Ela saiu da editora antes do meio-dia e não voltou mais. Ninguém sabe do paradeiro dela.
Lucrecia: Não me diga, Poliana. Quer dizer que a Dulce Maria sumiu sem deixar pistas.
Poliana: Já botaram até polícia atrás dela.
Lucrécia: Eles estão achando que aconteceu o que?
Poliana: Estão achando que foi um seqüestro, mas ninguém ligou ainda. Eu acho que dona Dulce deu foi no pé. Ela não gostava muito daqui não. A dona Lupe sempre dizia que um dia ela poderia acabar indo embora.
Lucrecia: Do jeito que aquela lá é doida, deve ter ido embora mesmo.
Poliana: isso seria ótimo para a senhora, não? Esse sumiço da dona Dulce será ótimo para a senhora.
Lucrecia: Não estou entendendo as suas insinuações, Poliana.
Poliana: A senhora sabe do que estamos falando.
Lucrecia: Deixe de ser insolente. Daqui a pouco eu estarei aí. Vou visitar minhas queridas sobrinhas. Imagino o quanto elas devem estar preocupadas com o sumiço da irmã.
Poliana: E estão mesmo.
Lucrecia: Até daqui a pouco. – fala desligando o telefone.

Lucrecia sentou-se no sofá e deu um leve sorriso. Ele conseguira. Nem ela acreditava que ele teria coragem para tanto. Mas o que o amor e uma boa pitada de influência não fazia? Ele conseguira. Superara o medo e levou Dulce consigo.
Bem que achou estranho o filho não dormir em casa. Quando ele aparecera na noite anterior, parecia nervoso, assustado. Agora ela entendia o porquê. Só esperava que Rodrigo não estragasse tudo. Ela tinha que ajudá-lo a esconder aquela história. Do jeito como o filho era tapado, poderia acabar colocando tudo a perder. Ela não poderia permitir aquilo. Agora que conseguira que ele afastasse Dulce das irmãs, não ia permitir que por alguma bobagem de Rodrigo todo o plano dela fosse por água abaixo. Tinha que fazer o filho levar Dulce para um lugar distante e mantê-la presa até pelo menos a leitura do testamento. Faltava poucos dias. Faltava poucos dias para tudo ser dela. E não ia deixar que ninguém estragasse aquele momento. Levantou-se e foi até o seu quarto. Trocou de roupa, ligou para o celular de Rodrigo que atendeu prontamente.
Rodrigo: Oi mamãe!
Lucrecia: Onde você está, meu filho? Preciso de você aqui.
Rodrigo: Aconteceu alguma coisa?
Lucrécia: Parece que a sua prima sumiu. A Dulce Maria. Eu estou indo na casa Bracho e quero que você venha comigo.
Rodrigo: Não posso ir.
Lucrecia: Claro que você vai! Você tem que prestar solidariedade às suas primas. A Dulce Maria sumiu. Elas devem estar muito preocupadas. Temos que ir até lá.
Rodrigo: Tenho que trabalhar.
Lucrécia: Imagine se alguém vai ter cabeça pra trabalhar com a Dulce desaparecida. Nós temos que ir até lá. Estou esperando você aqui em meia-hora. Venha rapidamente.
Rodrigo: Sim, senhora!

Ele desligou o telefone e foi até o quarto onde Dulce estava. Esta se encontrava deitada na cama.

Rodrigo: Vou até a cidade. Você quer alguma coisa de lá?
Dulce: Eu quero voltar pra casa, Rodrigo. Deixa de maluquice. Não agüento mais ficar aqui. Minhas irmãs devem estar preocupadas. Por favor!
Rodrigo: Sinto muito, Ruivinha! Mas você não sairá daqui.
Dulce: Você só pode estar louco!! Quanto tempo acha que vai me deixar aqui? Você não pode fazer isso. Eu tenho consulta com o médico depois de amanhã. Tenho que fazer meu pré-natal.
Rodrigo: Creio que está tudo bem com o seu bebê. Eu vou cuidar dele também. serei como um pai para ela. É uma menina, não é? – passando a mão no rosto de Dulce – Eu vou cuidar dela também.
Dulce: ela já tem um pai! – batendo na mão dele – Você não vai encostar um dedo na minha filha. Quero sair daqui! me tira daqui! cadê meu celular?
Rodrigo: Fique quietinha! Seja uma boa menina que eu trago algo pra você da cidade. Eu te amo Dulce!
Dulce: Vá pro inferno você e o seu amor!!! Não me toque, seu idiota! Suma daqui! – jogando uma almofada nele – Vai embora daqui!!!!

Rodrigo saiu do quarto e Dulce voltou a se deitar. Estava muito nervosa e isso não era bom para a sua gravidez. Tinha medo por ela, mas tinha mais medo pela sua filha. Não queria ter o bebê antes do tempo. Não poderia prejudicar a sua menina. Abraçou-se ao travesseiro e chorou baixinho. Tudo o que queria era sair dali. queria voltar pra casa, para as suas irmãs e para Chris. Como queria que ele estivesse ali. Tinha certeza de que se ele soubesse o que Rodrigo estava fazendo iria até lá e levaria ela de volta pra casa. Faria isso por sua filha. Faria isso por Ana, mas lá no fundo, ela sabia que ele faria por ela também.

Lucrécia: O que vocês acham que aconteceu?

Poncho: A polícia acha que pode ter sido um seqüestro.

Rodrigo: Sequestro? – fala visivelmente nervoso – Quem iria seqüestrar a Dulce?

Poncho: Ela é uma uma das herdeiras da maior editora do país.

Chris: Essa falta de notícias está me deixando muito angustiado. – fala andando de um lado para o outro.

Lucrécia: Ah... Você é o pai do bastardinho. Você deveria cuidar mais do seu filho. Veja só no que deu.

Anny: Tia, porque a senhora veio aqui mesmo? Não está vendo que todos nós estamos muito preocupados? E outra, a minha sobrinha não é nenhuma bastardinha. Não fale do que a senhora não sabe! Minha irmã sumiu, e todos nós estamos aqui preocupados com ela. Ela está grávida, já passou por muita coisa nessa gravidez, e sinceramente, não precisamos da senhora aqui pra ficar dando pitaco no que não é chamada, muito menos fazendo comentários maldosos.

Lucrécia: Comentários maldosos? Eu? – colocando a mão no peito – Longe de mim.

Maite: Tia, é melhor a senhora ir embora. Estamos muito nervosos aqui.

Rodrigo: A Maite tem razão, mamãe. É melhor nós irmos.

Lucrécia: Como vocês podem me colocar pra fora da casa do meu irmão? Como vocês podem fazer isso com a tia de vocês. – sentando-se – Eu também estou preocupada, sabia? ela é a minha sobrinha.

Anny: Sei... – fazendo cara de desdém.

Lucrécia: Se bem que eu acho que vocês podem estar se preocupando à toa. Talvez a Dulce tenha cansado disso tudo e tenha ido embora.

Anny: A Dulce não faria isso.

Lucrécia: A Dulce Maria tem um gênio muito forte. Talvez ela tenha resolvido viver a vida dela da maneira que ela quisesse e não ficar presa a uma família que ela nunca desejou, e também que nunca desejou ela.

Maite: Não! A Dulce estava bem aqui! Ela não iria fazer isso.

Lucrécia: Vocês não conhecem direito a irmã de vocês. Vocês nem se conhecem direito.

Poncho: Mas elas já construíram laços fortes. Elas são irmãs.

Lucrécia: Mas será que a Dulce acha que eles são tão fortes assim? Isso é muito estranho. Pode até ter ser um seqüestro, mas se fosse, advogado, não já teriam ligado para pedir um resgate não?

Poncho: Sim! Talvez... – mostrando-se confuso.

Anny: Eu não tenho porque ficar ouvindo essas coisas. – fala saindo da sala.

Lucrécia: Não gosta de ouvir a verdade. Eu sinto muito!

Rodrigo: Eu acho melhor nós irmos, mamãe. Por hoje já chega! – segurando o braço dela.

Lucrécia: Vamos então! Vejo que não sou bem-vinda aqui. A gente nem pode se preocupar com os parentes. – fazendo-se de ofendida – Qualquer notícia nos avise, Maite.

Maite: Ok, tia – suspirando aliviada.



Lucrécia se despediu de todos e Rodrigo fez o mesmo.

Rodrigo: Qualquer notícia me liga! – falando ao ouvido de Mai na hora de se despedir – Estou muito preocupado com ela.

Maite: Pode deixar.



Rodrigo saiu com a mãe e Maite voltou a se sentar no sofá junto ao namorado.



Maite: Será que ela tem razão?

Cristian: Não, meu amor! – abraçando Mai – A Dulce não faria isso.

Maite: Não sei! A Dulce é meio doidinha. =/

Chris: Ela não faria isso. Ela não sumiria assim com a minha filha. Eu não a perdoaria.

Poncho: Eu já estou ficando confuso. Numa coisa a dona Lucrécia tem razão. Se fosse seqüestro, já deveriam ter ligado.

Maite: Eu já não sei o que pensar. Cadê a Anny?

Poncho: Acho que ela subiu.

Maite: Vou atrás dela – levantando-se.

Poncho: Vou à delegacia novamente.

Maite: Ok! Qualquer coisa dá notícia.

Chris: Eu vou com você, Poncho.

Cristian: Mai, eu vou ver a tia mari. Mais tarde eu passo aqui.

Maite: Tá bom, amor! – dando um selinho nele.


Os três rapazes saíram e Maite subiu. Encontrou Anny em seu quarto parada em frente a sacada olhando para o jardim da casa. maite aproximou-se da irmã e ficou olhando para o jardim junto a ela.


Anny: Estava tudo indo bem com a gente. Ela não pode ter ido embora assim.

Maite: Eu não quero acreditar nisso.

Anny: Nós não brigamos, estávamos bem. Estávamos arrumando tudo para o nascimento da Aninha. Ela não pode ter feito isso, Mai. Nós conversamos esses dias e ela disse que ficaria aqui com a gente.

Maite: Eu sei, Anny. Também não quero acreditar que a Dulce foi embora assim sem falar com a gente. – fala abraçando a irmã – Ela é doida, mas eu acho que não tanto, né?

Anny: espero que não. =/

Maite: Eu já me acostumei com as maluquices da Dul. Quero ela de volta. =/

Anny: Também sinto falta daquela cabeça oca. Estou com medo, Mai. Não consigo acreditar que ela tenha ido embora. E isso me faz ter mais medo ainda de que algo grave aconteceu com ela.


Maite abraçou a irmã e algumas lágrimas começaram a surgir nos olhos das duas. O medo e a preocupação era latente ali. Ficar sem notícias de quem gostamos era uma agonia insuportável.


x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x