Fanfics Brasil - 145 UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]


Capítulo: 145

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As horas, os dias, a semana que seguiu, pareciam intermináveis. Nenhuma notícia de Dulce, a polícia trabalhava tentando encontrar alguma pista, mas nada foi encontrado. Ninguém a vira, ninguém sabia de nada. Maite e Anny já estavam desesperadas. A notícia do sumiço de uma das herdeiras Bracho chegou á imprensa. Lucrécia ria à toa e fingia que não sabia de nada para não deixar Rodrigo nervoso. Este continuava mantendo Dulce em cárcere. Ela pedia a ele todo dia, implorava, mas Rodrigo não permitia que ela saísse. Dulce já estava com medo. Não pensou que Rodrigo fosse capaz de mantê-la ali presa. Achava que ele só poderia estar doido. Uma pessoa em sã consciência não faria aquilo. O pior é que tentara persuadir a mulher que tomava conta da casa a soltá-la, mas a mesma não cedia. Dizia que não podia fazer nada para ajudá-la. Dulce já não se sentia bem com aquilo tudo. Não tinha vontade de se alimentar e nem dormia direito Tinha medo de acontecer algo com a sua filha. Tentava comer mesmo sem ter vontade, mas tinha vezes que não conseguia.


Na casa das Brachos qualquer telefonema era motivo de ansiedade, mas acabavam decepcionados, pois não tinham notícias de Dulce.

Poncho era um dos mais preocupados. Em dois dias terminaria o prazo para o término do ano estipulado por Daniel Bracho. As três irmãs teriam que estar juntas, caso contrário, nenhuma delas receberia a herança deixada pelo pai. Tinha medo que Dulce tivesse desistido realmente, tinha medo dela não aparecer.


X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Anny estava sentada na sala quando Poncho chegou. Imediatamente se dirigiu ao namorado querendo saber se tinha alguma notícia. Mas se decepcionou logo em seguida quando ele disse que não.

Anny: eu quero a minha irmã de volta, Poncho. – disse se entregando as lágrimas e foi amparada por ele.
Poncho: calma, pequena. Ela vai aparecer. – já não sabia mais o que falar. Isso parecia cada vez mais distante. – Senta aqui. Preciso conversar com você.
Anny foi guiada por Poncho e sentou no sofá, limpando em seguida algumas lágrimas: o que foi?
Poncho: eu sei que tudo isso que vocês estão passando é muito difícil. Essa falta de notícia é angustiante. Só que infelizmente tem um assunto sério que preciso tratar com vocês. – fala um pouco constrangido. – É um péssimo momento, mas é algo inadiável.
Anny abaixa a cabeça e depois o encara: amanhã é a leitura da outra parte do testamento. – ela termina de falar e levanta do sofá.
Poncho: é isso mesmo.
Anny: Eu não consegui pensar em outra coisa essa noite. As coisas começam a surgir na minha cabeça. Me lembro das coisas que a Lucrecia disse. E se ela tiver mesmo ido embora, Poncho? E se ela tiver desistido de tudo? – ela olhou pra ele com os olhos marejados.
Poncho: eu não acredito que a Dulce tenha desistido de tudo, mas se for realmente isso, vocês sabem quais as conseqüências.
Anny caminha até o sofá novamente e senta na mesinha de centro, ficando de frente pra Poncho: não me importa a herança, não me importa o dinheiro. Eu só quero a minha irmã de volta! Ela é minha irmã! Ela não pode ter desistido de mim e da Maite assim, Poncho. – o olhou em tom de suplica, como se ele pudesse trazer Dulce de volta.


As lágrimas caíram quente e dolorosamente por sua face. Poncho não se segurou ao ver o sofrimento de Anny, ali a sua frente, e a abraçou. A segurou com força em seus braços. Anny abraçou Poncho e chorou copiosamente. O medo que Dulce as tivesse abandonada estava lhe deixando com o coração destroçado. Era como se a decepção fosse tomando conta de tudo. Se Dulce foi mesmo embora, era porque elas não eram importantes pra irmã. Dulce não se importava com elas.

Anny falou em meio a soluços: ela não pode! Não pode ter desistido da gente.
Poncho: sihh!! – ele acariciava os cabelos de Anny. – Fica calma. Dulce ama vocês assim como vocês a amam.

X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Cláudia: a senhorita Dulce está chamando o senhor. Disse que não está se sentindo muito bem.
Rodrigo: o que ela tem? – levantou rápido do sofá, preocupado.
Cláudia: ela disse que está se sentindo indisposta.
Rodrigo: vou até lá ver o que ela tem.

Rodrigo caminhou rapidamente até o quarto que mantinha Dulce trancada. Assim que entrou, a viu toda encolhida na cama. Sentou ao lado de Dulce e passou a mão em seu braço.

Rodrigo: o que você tem, minha ruiva?
Dulce: eu não sei. Só sei que não estou me sentindo bem. – ela segurava a barriga e falou com um pouco de dificuldade.
Rodrigo levantou da cama e ficou alguns segundos em silêncio fitando Dulce: isso por um acaso é alguma desculpa pra eu te levar a um hospital e você tentar fugir de mim? – perguntou desconfiado.

Dulce segurou um grito de raiva quando ouviu as palavras de Rodrigo. Afundou a cabeça no travesseiro e sentiu os olhos marejarem. Mais uma vez tinha aquela ânsia de vômito. Levou a mão à boca imediatamente.

Rodrigo: Dulce?? – a chamou diante de seu silêncio.


Dulce continuou em silêncio por mais um tempo e quando passou a ânsia encarou Rodrigo com ódio: escuta bem o que vou te falar agora. Caso aconteça alguma coisa com a minha filha, eu JURO que te mato! Você torce pra que o que eu tô sentindo agora seja coisa normal de gravidez. Porque se isso for algo que venha a prejudicar a minha filha, te garanto que você é um cara morto. E pelas minhas próprias mãos!
Rodrigo: hei! Nada vai acontecer a nossa menininha. Eu não quero que nada aconteça a nossa filha! Não se esqueça que com ela vamos ter a nossa tão sonhada família. – ele se aproxima novamente de Dulce.
Dulce ouvia as coisas que ele falava, mas nem sequer tinha ânimo e força pra discutir: me leva a um médico, Rodrigo, por favor. Eu não sei o que é isso. Tá ruim e não passa.
Rodrigo: não posso te levar a um médico! – disse um pouco alterado. – Você vai abrir a boca e contar que estou te mantendo em algum lugar contra sua vontade. E eu não vou te perder, Dulce.
Dulce: que droga, Rodrigo! – ela explode. – Esquece pelo menos uma vez na vida essa sua obsessão por mim, em me ter! Se você realmente me ama, me leva a um hospital ou chama um médico pra que ele possa me examinar.
Rodrigo: você promete pra mim que se eu chamar um médico não vai contar nada a ele?
Dulce: prometo, Rodrigo. Eu só quero ter certeza que está tudo bem com a minha filha.
Rodrigo: tudo bem! Eu vou até a cidade buscar um médico pra te examinar. – ele se abaixou e deu um beijo na cabeça de Dulce. – Você já se deu conta que o seu lugar é ao meu lado, não é?


Dulce não disse nada, mas depois achou melhor afirmar.


Rodrigo: sabia que isso logo ia acontecer. Vamos ser felizes juntos, Ruivinha. – falou feliz e depois saiu do quarto.

Dulce fechou os olhos e sentiu as lágrimas caindo por sua face. Não sabia por mais quanto tempo ia conseguir agüentar tudo aquilo. Mas precisava ser forte. Por sua filha. Tinha medo de aquela indisposição ser sinal de algum problema com a gravidez. Sentia o coração bater apertado cada vez que isso vinha em sua mente.
Sentia falta de casa, dos cuidados excessivos das irmãs. Anny e Maite. Como será que elas estariam? Deveriam estar desesperadas com o seu sumiço. Novamente tentava imaginar uma forma de sair dali, mas isso parecia cada vez mais distante. Rodrigo a mantinha trancada as 24 horas do dia naquele quarto.

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Maite: Oi, Poncho! – ela deu um beijo nele e na irmã que tinha a cabeça escorada no ombro dele. – Nada? =/
Poncho: infelizmente não, Mai.
Maite sentou no sofá: essa situação está se tornando um martírio. Eu já não agüento mais essa falta de notícia. Aconteceu alguma coisa com ela, eu sinto isso. E isso me apavora. – fala angustiada.
Poncho: meninas... Eu sei que angustia vocês tanto o fato de ter acontecido algo com ela como também o medo da Dulce ter ido embora. Mas desistam dessa idéia que ela foi embora. Vocês duas já reviraram o quarto dela. Dulce não levou roupa, jóia, pertences pessoais. O carro está na garagem, consegui uma ordem pra pegar um extrato da conta dela e está tudo lá. Como Dulce sobreviveria sem dinheiro?
Maite: eu não sei se pensar nisso me alivia ou me deixa pior. Por um lado é reconfortante saber que Dulce não nos abandonou, sabe? Mas é doloroso imaginar que algo ruim aconteceu a ela.
Poncho: nós vamos encontrá-la. Dulce não pode ter sido tragada pelo chão dessa forma.
Anny: você acha que pode adiar a leitura do testamento, Poncho?
Poncho: eu vou tentar fazer isso. Vou agora mesmo até o fórum resolver esse assunto. Você vai ficar bem? – ele passa a mão pelo rosto dela.
Anny: humrum.


Poncho dá um selinho nela: assim que resolver tudo lá eu volto.

Ele despede de Maite e vai para o fórum. Assim que ele saí, Maite levanta do sofá que estava e senta ao lado de Anny. As duas se olham e ficam em silêncio. Maite coloca a mão sobre a perna de Anny e esta sorri, juntando sua mão a da irmã.

Maite: vamos ter nossa irmã de volta. Você vai ver!
Anny: é o que mais quero, Mai. É ruim sem a presença dela. Falta algo. Sinto um vazio enorme.
Maite: eu também sinto isso. Parece que o fato de não tê-la ao nosso lado deixa o dia incompleto. É como se sempre tivesse faltando algo.
Anny: falta ela! Falta a nossa irmã do meio. A cabeça de fogo mais teimosa que eu conheço.

Maite deu um leve sorriso ao ouvir as palavras de Anny e logo uma lágrima percorreu solitária por sua face. Aquilo tudo machucava. A falta de notícia parecia esmagar seus corações.

X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Médico: o que a senhorita está sentindo?
Dulce: é um mal estar, doutor. Tô sentindo enjôo e tenho algumas pontadas leves na barriga de vez em quando.
Médico: você está com quantos meses?
Dulce: sete meses
Médico se vira pra Rodrigo que observava tudo: você poderia nos dar licença pra que eu possa examiná-la?
Rodrigo: eu não vou deixar minha mulher sozinha. – fala mais que depressa.
Médico: é preciso, senhor. Não vai demorar muito. Espere-nos lá fora.
Rodrigo: não mesmo! – fala e olha pra Dulce, furioso.
Dulce: ele pode ficar, doutor. Eu só quero que o senhor me examine e diga logo que minha filha está bem.
Médico: ok!

Rodrigo ficou escorado perto da porta e observava cada pergunta que o médico fazia a Dulce e principalmente as respostas que ela dava.


Médico: ao que tudo indica não passou realmente de um pequeno mal estar. Vou passar um remédio que vai melhorar os enjôos.
Dulce: e essas pontadas que eu sinto de vez em quando?
Médico: se você tiver passando por alguma tensão, ou excessivo estresse sua filha pode sentir isso e dar recados, como essas pontadas. Você precisa se alimentar direito e evitar ter muitos aborrecimentos. Nessa fase da gravidez é quando os bebês mais sentem as emoções da mãe.
Dulce: ter um final de gravidez tranqüila vai ser difícil. – fala entre dentes, mirando Rodrigo que imediatamente a fuzilou com o olhar.
Rodrigo: eu vou continuar cuidando bem de vocês duas e não vai haver nenhum problema, meu amor. – fala sentando na cama e pegando a mãe de Dulce, que logo a puxa.
Médico: você não deve passar muito tempo nesse quarto. Lá fora, pelo que pude observar, tem um lindo jardim. Seria bom se você ficasse pelo menos uma hora do seu dia tomando um pouco de sol e ar puro. Caso as pontadas não cessem, vá até minha clinica que precisaremos fazer alguns exames.
Dulce: ok.

O médico entregou uma receita para Rodrigo.

Médico: aproveite agora e vá dar uma volta lá fora. Vai fazer você se sentir um pouco melhor.
Rodrigo: vou passar na cozinha quando estiver saindo com o doutor e chamarei Cláudia pra te acompanhar num passeio.

Dulce deu um longo suspiro ao ver Rodrigo saindo acompanhado do médico. Se escorou na cabeceira da cama e ficou passando a mão na barriga. Algumas lágrimas surgiram inesperadamente e percorreram sua face.

Dulce: nós vamos sair daqui, pequenina. Você se comporta direitinho e nada de nascer antes da hora e nem dar susto na mamãe. – ela passou a mão no rosto, limpando as lágrimas e depois olhou a sua volta. – Vamos sair daqui, só não sei ainda como. =/


Rodrigo passou na cozinha e pediu a Cláudia que levasse Dulce pra dar uma volta, mas que por motivo algum a deixasse sozinha. Ia levar o médico de volta pra cidade e logo estaria de volta. Dulce, ao chegar no jardim, olhou pro céu e respirou fundo. Era bom poder sentir o sol batendo em seu rosto. Não agüentava mais ficar trancada naquele quarto.

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Autor(a): anyponcho

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 487



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  • franmarmentini Postado em 06/11/2013 - 10:35:13

    nossa chorrei muito tambem...agora vou começar a ler a sua nova web...parabéns vc consegue escrever maravilhosamente bem!!!

  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:03

    amei o final dessa web, foi tudo muito lindo e chorei mmo aki lendo, foi mtooooo lindoooo

  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:02

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:02

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:01

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:40:00

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:39:59

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  • elizacwb Postado em 22/01/2013 - 12:39:59

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