Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Poncho viu Anny subindo as escadas e não pôde deixar de reparar na beleza dela. Era uma mulher simplesmente magnífica. Seu corpo, seus cabelos... ela era perfeita. E os olhos? Ah... Poderia se afogar na imensidão daquele azul... Mas tinha alguma coisa neles que escondia uma dor. Não sabia o que era, mas aquele olhar não era o mesmo que vira há duas semanas atrás. Parecia triste.

Rebeca: Poncho?
Poncho: Oi! (voltando a si)
Rebeca: Tava viajando?
Mai: Vem pra terra Poncho. (rssrsr)
Poncho: Desculpem. O que foi?
Rebeca: Vamos?
Poncho: Vamos sim.
Mai: Tá cedo. Fiquem mais um pouco.
Poncho: Não, já está na nossa hora. Depois a gente se vê.

Se despediram e Poncho foi embora com Rebeca. Anny tinha ido direto para o quarto, trancou-se, trocou de roupa e deitou-se. Maite deu boa noite a Dulce e a Lupe e também foi para o seu quarto. Dulce ainda ficou algum tempo lendo o livro. Depois foi para o seu quarto dormir.

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Pela manhã....
Anny acordou bem cedo pra ir pra Nova York. Tomou um banho rápido, desceu e quando já estava quase saindo, alguém a chama.

Lupe: Anahí!!!
Anny: Oii (fala se virando pra Lupe meio sem graça)
Lupe: Não quer tomar café primeiro?
Anny: Não obrigada.
Lupe: Não faça cerimônia... Venha comigo. (ela vai até Anny e pega sua mão)

Anny estava muito sem graça com Lupe pelo ocorrido no dia anterior. Ela não falou por mal, não sabia realmente que Lupe era como se fosse uma mãe pra Mai.

Lupe: Sente-se ai que vou lhe servir um suco.
Anny: Muito obrigada.

Lupe saiu e deixou Anny ali na mesa. Ela pegou uma torrada e comeu. Logo em seguida Lupe chegou com um suco de laranja e a serviu. Quando Lupe ia saindo Anny a chamou.

Lupe: Deseja mais alguma coisa senhorita?
Anny: Na verdade, eu queria te pedir desculpas por ontem... Não queria ser grosseira
Lupe: Já passou... Não se preocupe com isso não. (fala sorrindo)
Anny: (sorri de volta) Deixa eu ir agora... Senão perco meu avião... Até quinta feira.
Lupe: Boa viagem senhorita... Até quinta-feira.

Anny saiu dali e pegou um táxi. Mal chegou ao aeroporto e já embarcou. Estava ansiosa pra chegar em Nova York. Queria ver sua mãe. Não sabia como faria para viver sem ela todos os dias ao seu lado. Iria morrer de saudades.
Quando chegou em casa foi direto ao quarto de Marichello. Ela estava dormindo. Anny preferiu não acorda-la. Apenas lhe deu um beijo e foi pro seu quarto. Começou a arrumar suas roupas e todos seus pertences. Teria que arrumar tudo muito rápido. Ainda tinha que ir à faculdade trancar sua matricula e conversar com Christian sobre ele ir morar com sua mãe.
Anny estava no meio da arrumação quando sente que alguém a observa:
Anny: Oi Crist, quando cheguei vc não estava.
Christian: Oi Anny (dando lhe um beijo no rosto) eu fui ao supermercado, não tinha nada para comer. Já viu a Tia?

Anny: Já a vi, mas ainda não falei com ela, não quis acordá-la. Como ela se comportou?
Cristian: Como estava antes, quase não fala, quase não come. (os olhos de Anny se encheram de lágrimas)
Anny: Precisamos conversa Crist. Aconteceu uma coisa.
Cristian: não me preocupe Anny. O que houve?
Anny: eu vou ter que me mudar para o México...
Christian: como??? Anahí o que deu em vc??? E sua mãe???
Anny: calma Cristian, eu vou te explicar tudo direitinho, depois vc faz todas as perguntas que quiser, ok?
Cristian: Tá Anny. Mas isso não me parece o mais adequado com sua mãe nesse estado.
Anny: Eu sei, mas fazer o que? Eu preciso da herança.
Cristian: Precisa?
Anny: Estamos com dificuldades financeiras, e minha mãe precisa do tratamento, tenho que pagar esse apartamento que daqui a pouco vão vir tomá-lo de nós, Crist, eu preciso fazer isso por mim e por ela. (Anny começa a chorar)
Cristian: mas vc não pode administrar as coisas daqui de NY? Vc não tem as suas irmãs para te ajudar?
Anny: O doido do Sr. Bracho, deixou algumas condições que tem que ser seguidas antes da gente, no caso, eu e minhas irmãs, recebermos a herança.
Cristian: que condições?
Anny: morar juntas durante um ano, sendo que não posso passar mais de uma semana longe daquela casa, por isso estou aqui, vim pegar minhas coisas, e tenho que voltar o mais rápido possível para a Cidade do México, se não perco tudo! Tenho também que cuidar da editora da qual ele era dono.
Cristian: o que aquele cara tinha na cabeça?
Anny: não sei, sinceramente não sei nem como posso ser filha dele, se vc conhecesse as minhas irmãs...
Christian: muito diferentes de vc?

Anny: a do meio é ruiva, Dulce Maria, muito solta para meu gosto, se acha a rainha da razão. Já a mais nova, Maite, é mais simpática, mas não sei não, é diferente de mim. Acho que não dará muito certo isso, no jantar de ontem já tivemos nossa primeira discussão.
Cristian: já??? Seu recorde hein priminha? Rsrsrs
Anny: elas que não me provoquem muito, e ainda tem aquele advogado, nossa a calma dele me irrita!
Cristian: nossa! Parece que lá são todos chatos hein, como vc vai conseguir viver lá? E sua mãe?
Anny: por isso queria falar com vc. Christian, só vc pode me ajudar, eu não posso deixar minha mãe sozinha, nem quero, vc poderia vir morar aqui com ela, só durante esse um ano que eu vou ficar fora, para garantir nosso futuro. Apenas esse tempo, por favor, Crist, eu não sei o que faço, estou entre a cruz e a espada. (lágrimas escorrem pelo rosto dela)
Christian: calma Anny. (abraçando-lhe) calma priminha! Tudo vai dar certo viu? Eu venho ficar com a Tia, e vc faz sua parte lá naquela cidade.
Anny: eu vou mandar dinheiro sempre, e quando der venho visitar vcs, mas vc já sabe não posso ficar muito tempo.
Cristian: sei linda, mas só uma coisa me preocupa agora.
Anny: o que? (enxugando as lágrimas)
Cristian: como sua mãe reagirá a isso tudo?
Anny: parte da história ela já sabe, agora vamos ver quando eu falar que decidi ir.
Cristian: espero que ela entenda que é para o bem de vcs.
Anny: vamos ver se ela já acordou, preciso falar com ela o quanto antes. Será melhor.

Anny e Christian vão até o quarto de Marichello e ficam a observando pelo lado de fora: Marichello toca as pernas com uma expressão muito triste no rosto e os olhos marejados, falando para si mesma:

Mari: meu Deus!!! Por que comigo? Por que isso tinha que acontecer? Eu preciso ajudar minha filha, ela não pode largar toda a vida dela por mim! Por favor, meu Deus, me ajude a voltar a andar rapidamente.

Anny ao ver a mãe naquele estado começa a chorar novamente, e pede para Cristian para saírem dali. Chegando à sala:
Anny: ai Crist, vc viu como ela está? Eu não vou conseguir deixá-la!
Cristian: Anny, pelo que vc me contou, é necessário isso, não se preocupe, vc tem que ir lá e contar tudo a sua mãe.
Anny: Mas se ela não entender?
Cristian: se ela não entender eu converso com ela, mas não fica assim, a Tia não pode te ver nesse estado, ela precisa de apoio.
Anny: farei o possível!
Anny e Cristian continuam na sala por mais uns 10 minutos até Anny se acalmar e conseguir falar com a mãe. Eles vão até o quarto de Marichello, que também está mais calma:
Mari: filha! Vc já voltou? Como foi lá?
Anny: mãe, como vc está? Senti saudades! (abraçando a mãe, e com os olhos já cheios de lágrimas)
Mari: te conheço D. Anahí, o que aconteceu agora?
Anny: não sei se agora é o momento...
Mari: Anahí, não é porque não posso andar que meu cérebro parou de funcionar, ele está muito bem, vamos fale, o que vc decidiu?
Anny: mamãe, vc sabe que não temos dinheiro, e que precisamos, ainda mais agora... (começou a chorar novamente)
Mari: pule essa parte, vc vai morar no México?
Anny: vou mamãe, me dói muito fazer isso com vc, mas é para o nosso bem, mas não quero te deixar.
Mari: como assim? Eu não vou com vc?
Anny: aqui em NY, tem os melhores tratamentos, e eu não vou tirar vc daqui, para levar ao México, onde a situação não é tão boa.
Mari: vc quer se ver livre de mim Anahí? (se alterando)
Anny: mamãe não é nada disso, vc mesma me disse que se eu aceitasse seria a solução dos nossos problemas...
Mari: não estou falando para vc não aceitar, estou pedindo para me levar junto.
Anny: eu não posso, aqui é o melhor lugar para seu tratamento, tem toda a infra-estrutura que vc precisa.

Mari: adianta ter tudo isso, quando vc não está do meu lado? Anahí, pense muito bem no que vc vai fazer minha filha.
Anny: eu daria tudo para ficar com vc mamãe, mas não posso! Vou salvar nossas vidas, garantir nosso futuro. Eu já pedi para o Cristian ficar com vc durante esse um ano, e depois que tudo se resolver eu volto para cá.
Mari: o Cristian não é o meu filho, ele não tem obrigação nenhuma.
Anny: não fale assim, vc está alterada, fica calma.
Christian: não se preocupe Anny, (ele tinha se mantido calado até agora, mas achou que estava na hora de falar) Tia, eu não vou deixá-la, ficarei com a senhora até a Anny voltar, mas a senhora tem que entender que tudo o que ela tá fazendo é para o bem das duas.
Mari: querido, vc sabe que é como um filho para mim, mas eu não posso fazê-lo ficar aqui, não é sua obrigação. Eu não preciso que cuidem de mim, se ela quiser ir, pode ir, só depois não me venha se arrepender. Agora me deixem sozinha.
Anny: mamãe, eu te amo muito, não fica chateada comigo, mas quando vc parar e pensar na nossa situação, vai ver que é o melhor a ser feito.


Marichello não respondeu, seus olhos estavam marejados e com o pensamento longe, não dizia nada, tinha a respiração até que calma, Cristian pegou Anny pelo braço e a tirou do quarto, deixando a mãe sozinha. Eles foram para a sala, Anny chorava compulsivamente, Cristian a abraçava e pedia que se acalmasse o que era inevitável.

Anny: vc viu no que deu isso? Por que aquele cara tinha que fazer isso com minha família? Hein? Me responde!
Cristian: não sei Anny, se acalma! Por favor!
Anny: o pior é que tenho que voltar para o México amanhã, tenho uma reunião quinta-feira na editora.