Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Querido diário!

Que fofo! Adorei a idéia da Anny de fazer um diário para que pudéssemos contar sobre a nossa história. A Dulce não gostou muito da idéia, mas eu e a Anny convencemos ela. Por mais que ela seja implicante e teimosa, eu e a Anny sempre com jeitinho dobramos a Dulce. – rsrsrsrsrsrs – No fim, ela acaba fazendo o que a gente quer.

É difícil convencê-la. Mas eu e a Anny temos bons argumentos. Principalmente quando se tem a Aninha no meio. – rsrsrsrs.

Como conseguimos convencer a Dulce, aqui estou eu escrevendo as primeiras linhas do meu diário. Tipo... Eu não sei por onde começar. Nunca cheguei a escrever um diário. Quando eu era mais nova até já escrevi umas coisas, uns textos, mas um diário eu nunca escrevi. Escrevia outras histórias, sobre outras pessoas, muitas vezes até me imaginando no lugar delas. Mas agora é diferente. Escreverei sobre mim, sobre a minha vida e a vida com as minhas irmãs.

Engraçado isso! oO Hoje é tão fácil falar MINHAS irmãs. No início era MUITO complicado.

Lembro-me como se fosse hoje o dia que eu as conheci. Elas me pareceram duas intrusas. Chegaram na minha casa e aqui se instalaram. Elas começaram a tomar conta de um lugar que era meu, e o pior, elas não gostavam do meu pai. Falavam mal dele. Tipo... Eu sei que ele não foi um pai tão legal assim. Principalmente para elas. Ele nunca procurou saber das duas. Pelo menos eu posso dizer que tive ele por perto. Mesmo ele não me dando atenção.

Minhas irmãs sentiam uma grande mágoa dele, e me doía quando elas falavam do meu pai. Mas creio que hoje essa mágoa tenha se dissipado. Acho que elas o perdoaram. Ainda mais, porque foi por causa dele que nós acabamos nos unindo. Foi ele que deu essa oportunidade pra gente. Tudo bem que no início achávamos que era uma idéia maluca. Mas deu certo. Depois de tudo o que passamos, o que meu pai queria, acabou acontecendo. Nós nos unimos. Aos trancos e barrancos, mas nos unimos. – rsrsrsrs.

Na verdade, acho que tudo isso foi a coisa mais incrível que me aconteceu. Eu passei por momentos em minha vida, que ficarão marcados em mim para sempre. Eu mudei! Tudo o que passamos juntas, eu e as minhas irmãs, me ajudaram a crescer. Aprendi muito com elas, mas creio que o que mais aprendi foi a ter confiança em mim mesma.
Eu sempre fui muito insegura, não tive a minha mãe ao meu lado para me apoiar e me ensinar as coisas. A única pessoa que eu tinha era a Lupe. A minha Lupita, minha mãezinha do coração. Ela sempre esteve comigo, mas não era a mesma coisa. Tinha certos assuntos que eu ficava sem graça em falar com a Lupe. Sempre fui muito na minha. Muito fechada. Não tinha com quem compartilhar as minhas coisas. Mas hoje não.

Hoje eu as tenho. Por isso que digo: Essa vida é engraçada.

No começo eu nem queria me aproximar das duas, e hoje somos um grude. – rsrsrs – Me aproximei primeiro da Anny. Quer dizer, ela que se aproximou de mim. Com um empurrãozinho da Lupe, é claro.

Eu sempre fui muito tapada pra essas coisas de moda, e a Anny com o jeitinho, como diria a Dul, Barbie dela foi me ensinando uns truquezinhos. Foi assim que a gente começou a se aproximar. Aos pouquinhos íamos nos tornando amigas. Sem falar que ela me deu o maior apoio em relação ao abestalhado do Caio. Ela me disse umas coisas que me fizeram ver que não podia ficar de coitadinha sempre. Sempre me arrastava pras festas ou pra sair. Nunca tive amigas. Tinha colegas, mas amigas de verdade não. E a Anny foi a primeira que tive.

A Dulce era mais afastada da gente. Até que ela não implicava muito comigo, mas demorou mais da gente se dar bem. Principalmente quando ela viu que eu e a Anny estávamos nos aproximando. Porém, apesar de tudo, me emocionou muito quando as duas se uniram, apesar de todas as implicâncias entre elas, para me ajudar. Foi tão legal aquele dia, foi tão legal trabalharmos juntas. Ali nós pudemos perceber que sabíamos trabalhar em equipe, que formávamos uma boa equipe.

O outro dia no shopping e no parque, eu nem tenho palavras. Foi simplesmente maravilhoso! Parecíamos crianças. Foi muito divertido! Naquele dia, eu pude perceber o quanto era bom ter irmãs, o quanto seria bom ter elas comigo, pena que depois aconteceu o que aconteceu, e mais uma vez a Anny e a Dul brigaram. Cara, às vezes aquelas duas mereciam umas boas palmadas. Quase que tudo foi por água a baixo de novo. E eu e a Anny acabamos nos aproximando mais. A Lupe até falou que excluíamos a Dulce. Mas não tínhamos essa intenção. Apenas me dava melhor com a Anny no início.

Foi através dela que conheci o meu amor, e foi com a ajuda dela que ficamos juntos. Hoje eu sou uma mulher feliz e realizada. O Cristian me faz bem. Aprendi muita coisa com ele também. Aprendi a viver a minha vida com mais intensidade, sem me preocupar tanto com o que pode vir a acontecer. Estou vivendo o momento. Estou vivendo os nossos momentos.

Estou tentando viver cada dia como se fosse o último. Aproveitando cada minuto, pois não quero me arrepender de algo que eu não fiz. Ou não mostrar às pessoas como elas são importantes para mim.

Queria ter demonstrado mais isso ao meu pai, talvez ele não tivesse sido tão frio como ele era, e queria ter mostrado mais a Lupe o quanto ela era importante na minha vida, e como eu a amava. A minha mãezinha do coração. Ela não me gerou, mas posso dizer que ela me deu a vida, pois se eu sobrevivi, se eu sou o que sou hoje, agradeço à Lupe.

Entretanto, apesar de todas as dores, apesar da perda da minha Lupe, eu estou conseguindo continuar. Conseguindo, inclusive por causa do ombro amigo das minhas irmãs. Elas ficaram comigo, seguraram a barra comigo, me ajudaram a seguir em frente. Doeu muito quando a Lupe morreu, doeu mais ainda quando eu soube que lhe tiraram a vida. Ela poderia estar com a gente aqui hoje, poderia estar vivendo toda essa felicidade conosco. Tiraram a Lupe de mim, e isso eu nunca poderei perdoar.

Pelo menos em meio a tanta dor, veio um anjinho de luz para encher essa casa de alegria novamente. A minha pequenininha! A coisinha mais fofa que Deus poderia ter enviado pra gente. Uma das maiores responsáveis pela nossa união hoje.
Por causa dela a Anny e a Dul fizeram as pazes, por causa dela, nosso elo se intensificou. A Aninha é filha da Dulce, mas parece que ela é um pouquinho filha minha e da Anny também. Nós acompanhamos toda a gestação da Dulce, estivemos sempre ao lado dela, não tem como a gente não amar aquela coisinha fofa!

Hoje nós podemos dizer que vivemos em família. Construímos a nossa família. Não somos mais sozinhas. Temos umas as outras. Nos apoiamos, compartilhamos as nossas alegrias e as nossas tristezas. Pensei, que no dia que o período de um ano acabasse, elas iriam embora e eu voltaria a viver a minha vida como sempre foi. Voltaria a ser o “bichinho do mato” , que se restringia a estudar e ficar em casa. Mas não! Nossa ligação se tornou tão forte, que ficaremos juntas. Não dá mais pra viver sem as minhas irmãs. Queremos aproveitar o tempo perdido, queremos envelhecer juntas, ver nossos filhos e netos juntos, estreitando mais ainda a relação de amizade e fraternidade que construímos hoje.

Creio que o que pensamos que seria apenas por um ano, será pra sempre. Não dá pra destruir um laço tão forte como esse. E mesmo com as implicâncias e brigas, que eu sei que vão continuar (rsrsrs), nós nos amamos. Somos irmãs de verdade. Acima do sangue, acima da genética, somos irmãs de coração. Unidas pelo Destino. Ele nos colocou frente a frente.

Fez com que três mulheres totalmente diferentes conhecessem um homem e engravidasse dele. Cada uma gerou um fruto desse homem, que apesar da tentativa de separar esses frutos, acabou aproximando-as. E o destino, encarregou-se de nos unir. Três pessoas tão diferentes, mas com dores parecidas, com necessidades e carências afins. Pessoas que buscavam apenas serem amadas por aquele que lhes deu a vida. Pessoas que se uniram em busca da realização de um sonho, da busca pela felicidade.

Essa é a nossa história. Hoje contada aqui por mim, apenas uma parte, pois acredito que ela ainda não tenha um ponto final. Temos muito o que viver ainda. Temos muita história pra contar.


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