Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Anny passou o restante do dia trancada em sua sala. Não estava com animo pra nada. Isso da revista ser processada a pegou completamente de surpresa. Não seria nada bom para o nome da Estilo e muito menos para o da Editora. Estava se sentindo meio fracassada em seu trabalho. Não queria se sentir assim, já que confiava em Chris, mas estava sendo mais forte que ela.
Chris tinha sido dispensado. Anny sabia que ele estava precisando ficar sozinho um pouco e também de relaxar. Ele precisava estar bem para encarar esse processo e também ter forças para provar sua inocência.
Dulce estava ansiosa. Queria chegar logo em casa e ter noticias de como estava tudo. Só não sabia como faze-lo. Ela não queria demonstrar que estava se importando com o que estava acontecendo, mas ela não conseguira se concentrar o dia todo por causa disso. Iria indagar Maite sobre o que aconteceu.

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Os dias daquela semana demoraram a passar para Anny e Chris. Eles estavam abatidos e muito tristes. Chris fora trabalhar apenas na quarta feira. Escreveu a matéria se desculpando com Colunga e depois foi dispensando. Não tinha mais nada o que fazer ali, não podia mais escrever matérias até tudo se resolver e isso o deprimia.

Dulce ficava sabendo de tudo através de Maite, que já desconfiava que ela estivesse preocupada, mas não queria dar o braço a torcer. Então lhe contava tudo antes mesmo dela perguntar. Pelo menos as brigas de Anny e Dulce haviam parado. Se bem que as duas pouco se viam. Anny passava o tempo todo enfiada em sua sala na editora e estava sempre na casa da mãe. Precisava de colo, precisava de carinho e nada melhor que sua mãe para isso.
Ao lado da mãe ela se sentia bem melhor. Crist também lhe ajudava muito. Conversava sempre com ela, tentando levantar seu astral. Ia todas as tardes na editora falar com a prima e ficava bravo quando chegava e via Anny triste. Maite e Crist estavam a ajudando muito. Isso fazia também com que os dois se tornassem amigos. Juntos, eles apoiavam Anny.
Poncho já sabia que essa aproximação com Anny não lhe faria bem. A cada minuto que passava ao lado dela, ele se sentia ainda mais atraído. Chegou a sonhar com ela em seus braços, mas não se sentia bem com isso, afinal namorava Rebeca. Rebeca. Estava cada dia mais distante de sua namorada. Não se sentia mais tão bem ao lado dela, nem se sequer sentia vontade de vê-la. Era Anahí que lhe fazia falta agora. Todos os dias estava arrumando motivos para ir até a editora. Não sabia se era certo, mas acabara marcando um jantar com ela alegando se tratar de assuntos do processo.

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Lupe: vai sair minha filha? - pergunta a Anny quando ela entra na cozinha
Anny: vou sim. Vou resolver algumas coisas do processo
Lupe: mas na sexta a noite? Vocês já não falaram desse processo a semana toda?
Anny: sim Lupe, mas eu to vivendo nesse processo agora. Temos um milhão de coisa pra resolver, temos que arrumar soluções
Lupe: mas dessa forma você vai acabar ficando doente
Anny: eu to bem - forçando um sorriso
Lupe: não se deixe abater dessa forma, minha filha. Você vai ver que vocês vão resolver isso
Anny: Deus te ouça

Anny da um beijo em Lupe e depois bebe um copo de água. Vai até seu quarto pegar sua bolsa e a chave do carro. Sai em seguida rumo ao lugar que tinha marcado com Poncho. Quando chegou lá foi encaminhada pelo garçom até a mesa onde ele já a esperava. Assim que ele a viu, se levantou e sorriu. Ela estava linda. Os cabelos soltos e levemente cacheados lhe davam um ar angelical.

Poncho: boa noite
Anny: boa noite Alfonso
Poncho: por favor, sente-se

Anny se sentou e Poncho se sentou a sua frente. Ele sorria todo bobo olhando pra ela. Sentiu um frio na barriga e estava um pouco nervoso. Anny olhou pelo restaurante. Era um local muito aconchegante, não era nenhum daqueles restaurantes de luxo, mas era um lugar muito bonito. Voltou seu olhar para Poncho

Anny: o Chris ainda não chegou?
Poncho: é...o Chris não vem - meio sem graça
Anny: porque?
Poncho: na verdade, ele nem sabe disso aqui. Eu queria falar com você a sós
Anny: e porque não pode ser na editora?
Poncho: porque não achei la o lugar mais apropriado. Quando te explicar a situação, talvez você me entenda
Anny ri: posso antes te fazer uma pergunta?
Poncho: claro

Ela ia perguntar, mas o garçom os interrompeu para anotar os pedidos. Eles olharam o cardápio e cada um pediu o que iria querer pra comer e beber. Assim que o garçom saiu, Poncho olhou para Anny, ansioso por sua pergunta. Ela entendeu o recado e foi direto ao ponto.

Anny: sua namorada sabe desse encontro?
Poncho: porque a pergunta?
Anny: por dois motivos (rsrs) o primeiro pra não dar bobeira na frente dela de novo e segundo porque se ela sabe, ela deve estar soltando fogo pelas ventas uma hora dessas, porque ela não vai muito com a minha cara
Poncho: ela não sabe - meio sem graça - eu apenas disse que tinha um assunto pra resolver
Anny: prometo não te deixar em maus lençóis dessa vez (rsrs)
Poncho: vamos deixar a Rebeca de lado - fala meio bravo com a insinuação dela e também porque a ultima pessoa que queria falar naquele momento era de Rebeca - eu te convidei para jantar porque queria falar sobre o processo do Chris
Anny: tudo bem...deixemos a Beca de lado - fala irônica - o que tinha para me falar que não podia ser na editora?
Poncho: eu estive pensando em algumas coisas essa semana. O Chris me passou uma relação de reportagens que a tal fonte já o passou. Olhando elas não temos motivos para desconfiar dele
Anny: mas ele sumiu. O Chris tem tentado falar com ele desde terça e nada. Ele não atende o celular, na casa dele ninguém sabe de seu paradeiro
Poncho: é isso que está estranho. O Chris sempre pagou ele pelas informações. Ele não tinha motivos para engana-lo apenas por vingança

Anny: ele podia estar precisando de dinheiro, então vendeu essa informação falsa
Poncho: pode ser...pq ele sabia da confiança que o Chris tinha nele. Mandarei investigar a vida dele, pode ser uma boa pista. Eu pensei também na possibilidade de alguém dentro da revista estar envolvido
Anny: por isso do jantar?
Poncho: sim
Anny: pode ser...mas assim de imediato não consigo imaginar em alguém que tenha feito isso. Eu sei que precisamos provar que o Chris não mentiu - fala meio aflita
Poncho: você gosta muito dele neh?
Anny começa a rir: a Beca já te falou?
Poncho: me falou sobre o que? - se fazendo de desentendido
Anny: que eu e o Chris estamos juntos
Poncho: então vocês estão mesmo juntos - se entristecendo
Anny balança a cabeça meio decepcionada: então ela te falou. Vejo que essa noticia correu muitos lugares. Acredita mesmo que estamos juntos?
Poncho: nesse casso, não é minha opinião que mudaria algo
Anny: pelo contrario. Sua opinião mudaria muita coisa. Quero saber sua opinião sobre isso, você acredita mesmo que eu o Chris temos um caso?
Poncho: não sei
Anny: sim...vc sabe. Mas ficou sem graça de me falar o que realmente pensa. Aquele dia que você chegou na editora e me viu abraçada com o Chris, eu pude perceber em seu olhar um sentimento de condenação, como se achasse nós dois culpados por termos “um caso”
Poncho: andou me analisando?
Anny: naquele dia sim, ainda mais depois da forma como você nos olhou. Parecia que estávamos fazendo algo de errado
Poncho: vocês são solteiros, não? podem fazer o que quiser - um pouco ríspido
Anny: sim...somos solteiros e AMIGOS...vc sabe o que significa a palavra amigos, Alfonso?
Poncho: sim

Anny: pois não parece. Você pode não acreditar no que vou te dizer, mas eu e o Chris não somos nada mais que amigos. Nunca tivemos nada e nem nunca vamos ter. o que sinto por ele não passa de carinho de irmão. A amizade dele me faz bem, pena que algumas pessoas não saibam entender isso - fala olhando diretamente pra ele

Poncho ficou meio sem palavra. Abriu a boca para responde-la, mas o garçom chegou trazendo seus pedidos. Eles começaram a comer e Poncho preferiu ficar em silencio. Mas as palavras de Anny martelavam em sua mente. No fundo ficara feliz em ouvir da boca dela que ela não estava com Chris, ainda mais podendo olhar no fundo daqueles olhos azuis, onde via muita sinceridade.

Anny: as pessoas são maldosas, Alfonso. Esse comentário que saiu na editora machucou muitas pessoas. Principalmente ao Chris, já que acabou sendo condenado por minha irmã e também pelas pessoas la da revista. Me preocupo em provar a inocência dele nessa matéria do Colunga, porque já estão começando os comentários maldosos
Poncho: eu sei...eu mesmo ouvi essa semana. Eu sei da capacidade do Chris, ele sempre foi um ótimo profissional e em momento algum eu julguei que as capas da Estilo eram dele por vocês estarem juntos. Eu sei também que você não faria isso, ainda mais sabendo que o que estaria em risco eram as vendagens da revista
Anny: posso nunca ter trabalhado nessa área de publicações, mas eu sei reconhecer um bom trabalho e sei também quando estou me excedendo em elogios. E no caso do Chris eu sei que nunca me excedi
Poncho: nós não vamos descansar até provarmos a inocência dele
Anny: pelo menos nisso você acredita nele - irônica
Poncho: porque você é sempre ríspida e irônica quando fala comigo?
Anny: impressão sua - não dando muita importância a pergunta dele, volta a comer

Ele preferiu deixar quieto. Ficou calado também e eles continuaram a comer. Falaram mais algumas coisas a respeito do processo e tentavam arrumar alguma maneira de arrumar provas que ajudassem Chris. Poncho pagou a conta e eles foram saindo do restaurante.

Anny: você leu a reportagem com o pedido de desculpas que o Chris fez?
Poncho: sim...ele me mostrou ontem. Ficou muito boa, ele conseguiu se desculpas sem dar mais detalhes do que realmente estava acontecendo
Anny: até isso ser resolvido ele não pode mesmo trabalhar?
Poncho: não...por enquanto as reportagens dele estão vetadas
Anny: isso será sem duvida nenhuma uma baixa muito grande na revista Estilo. Ele era um dos meus melhores repórteres