Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

O dia amanhecera ensolarado. Estava um dia agradável. Pena que era dia de trabalho. As irmãs Bracho já estavam a mesa tomando café da manha para ir pra editora. Estavam em silencio, cada uma em seu canto. Dul olhava insistentemente para Mai como se quisesse dizer algo. Mai percebe o que ela queria e ri sozinha.

Mai: Anny...como vão as coisas do processo?

Anny: na mesma...estamos tentando achar provas de que o Chris não inventou a reportagem
Mai: e como ele está? - olhando pra Dul
Anny: mal...ele está decepcionado por causa disso, se sentindo meio frustrado. Ele só poderá voltar quando o processo estiver resolvido
Mai: que chato. Imagino como ele esteja. Ele ama o que fazia
Anny: sim... estamos correndo contra o tempo pra conseguir provar a inocência dele, mas não será nada fácil

O assunto foi encerrado. Elas continuaram em silencio. Anny foi a primeira a se retirar. Foi até seu quarto, pegou suas coisas e saiu. Dul e Mai ficaram na mesa conversando com Lupe, que acabara de chegar. Quando Lupe saiu, Dul se virou pra Mai.

Dul: escuta...a Barbie disse que ele não pode mais trabalhar, mas é em qualquer revista ou só na Estilo?
Mai: oxe...sei la. Porque não perguntou a ela? Você estava presente quando ela falou
Dul: não to falando com ela
Mai: até quando vocês vão ficar com essa bobeira? Você ta doida pra ajudá-los, pra apóia-los e fica nisso
Dul: não é nada disso. É que...ah deixa pra la - saindo da sala
Mai: hei hei - ela segura o braço dela - agora fala
Dul: eu pensei que assim...ele está sendo processada por causa da Estilo, ele só não pode fazer reportagens la ou em qualquer revista? Se puder fazer em outra, ele podia trabalhar em alguma outra revista da editora...pelo menos até isso se resolver
Mai: verdade. Poderia trabalhar na Feminina ou até mesmo na Contemporânea
Dul: não...na minha revista não. Na editora existe muitas revistas, não precisa ser na minha
Mai ri dela: ta bom. Eu vou falar com a Anny...saber se ele pode trabalhar
Dul: só mais uma coisa
Mai: hum
Dul: não fala que eu dei a idéia não
Mai: hauahauahau pode deixar

Mai ficou ali rindo de Dul. Ela se irritou e foi pro seu quarto. Mai sabia como ela estava com vontade de ajudar, mas o orgulho falava mais alto. Queria que elas voltassem a se dar bem como estavam antes, mas com todo o orgulho que ambas demonstravam ter, seria difícil. Pensou no que Lupe lhe disse e decidiu tentar ajuda-las a se falarem novamente.

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Anny saiu de sua sala e foi até a mesa de Camila. Tinha terminado de ler a matéria que ela lhe entregara e tinha ido até sua mesa conversar com ela.

Camila: eu também pensei nisso...de dermos mais destaque a essa parte, faria essa ala de reportagens ficar mais chamativas
Anny: gostei da idéia Camila. Faremos isso essa semana, se der resultado reprojetamos essa parte. A matéria que você fez ficou muito boa
Camila: obrigada...vou falar com o Jorge, ele está com a outra matéria dessa coluna. Vou ver como elas ficarão juntas
Anny: isso
Camila: deixa eu te mostrar o projeto que fiz

Camila se sentou de frente a seu computador e abriu a pasta. Estava mostrando a Anny o que tinha preparado pra revista. Anny observava tudo atenta. Levantou o olhar por um segundo, voltar a olhar para o computador, mas logo em seguida levantou o olhar. Seu coração disparou. Ficou o encarando. Poncho ainda não a tinha visto. Caminhava meio sem graça pelos corredores da Estilo. Sabia que ia se encontrar com Rebeca e não sabia como encara-la depois de te-la traído.
Respirou aliviado quando viu que ela não estava em sua mesa. Com sorte, sairia dali sem vê-la. Ao longe, viu Anny virada pra ele, o olhando. Sorriu ao vê-la. Ela estremeceu com aquele sorriso. Ficou absorta em seus pensamentos, sentia seu coração se acelerar a cada passo que ele dava em sua direção. Foi tirada do transe por Camila.

Camila: o que achou?

Anny: hã? - ela se vira sem graça - ah desculpa Camila, acabei me distraindo. Grava no cd e manda pra minha sala, assim posso analisá-lo com mais calma
Camila: ok...vou gravar e já mando pra sua sala
Anny: obrigada

Anny queria ter saído dali antes de Poncho conseguir chegar até elas. Mas assim que se virou deu de cara com ele. Ficaram sem palavras. Ela não conseguiu suportar a firmeza do olhar dele e abaixou a cabeça. Só o fitou novamente quando ouviu o som da voz dele.

Poncho: bom dia
Anny: bom dia
Poncho: como você está? - meio sem graça
Anny: bem e você?
Poncho: mais ou menos..eu queria conversar com você
Anny meio temerosa da resposta: sobre o que?
Poncho franze a testa: sobre ontem
Anny: eu acho melhor...

Anny não conseguiu terminar de falar. Foi interrompida pela chegada de Rebeca, que assim que chegou onde eles estavam, deu um selinho em Poncho e pegou na mão dele. Anny ao ver a cena sentiu seu coração doer. Não entendia porque estava sentindo aquilo, afinal ele não era nada seu e nem gostava dele. Foi apenas dois beijos que trocaram na noite passada. Dois beijos que agora não saiam mais de sua cabeça. Desviou o olhar sem graça. Poncho foi pego desprevenido. Não queria que isso tivesse acontecido. Não era pra Rebeca ter chegado naquele momento e muito menos lhe dando um beijo na frente de Anny. Olhou pra ela meio perdido, como se pedisse desculpas por estar a fazendo passar por isso, mas sabia que ela não entenderia o que tentou dizer com o olhar. Deveria estar o odiando.

Rebeca: oi amor...nao sabia que você estava aqui
Poncho: é..acabei de chegar
Rebeca: e sobre o que conversavam? Sobre o processo?
Anny: na verdade, sobre nada. Seu namorado acabou de chegar
Poncho: sim...eu vim entregar alguns papeis a Anahí
Rebeca: e como anda o processo?
Anny: muito bem
Rebeca: vocês acham que conseguiram provar a inocência do Chris?
Poncho: temos certeza
Rebeca: vai ser difícil neh amor? Depois da matéria que ele escreveu. Não esperava isso do Christopher - fala cínica - mas no que eu puder ajudar
Anny se irrita com o comentário dela: olha só Rebeca...eu sei que você é namorada do Alfonso, mas é uma simples funcionaria da Estilo. Assim como qualquer outra pessoa que trabalha aqui dentro você ficara alheia a tudo que acontece. Não terá privilégios sobre o processo, já que não lhe diz respeito. Seu namorado, sendo um profissional, sabe que o caso deve ser mantido em sigilo e se tiver ética saberá que falo a verdade

Rebeca fuzilou Anny com o olhar. Poncho a olhou meio sem graça, mas aprovara o que disse. Sempre que Rebeca falava do processo ela vinha com piadinhas e ele não gostava disso. Depois do que Anny falara, o ajudara a mantê-la longe do assunto. Anny sentiu suas mãos começarem a tremer. Estava nervosa. Sabia que podia ter se excedido, mas não gostava do cinismo nas palavras de Rebeca.

Anny: você me trouxe os papeis Alfonso?

Poncho: sim...aqui estão - entregando a pasta a ela
Anny: obrigada...vou pra minha sala
Poncho: mas eu preciso conversar com você
Anny: agora não...estou ocupada

Anny saiu dali sem deixar ele falar nada. Assim que ela saiu Rebeca fez careta.

Rebeca: grossa
Poncho: ela só disse a verdade Rebeca. Não é porque você é minha namorada que tem o direito de saber do processo. Tenho uma coisinha que se chama ética profissional
Rebeca: não precisava ser grossa. Eu só queria saber se vocês conseguiriam ajudar o Chris - fala se fingindo de magoada
Poncho: eu sei Beca. Mas não se preocupe, vamos ajudá-lo sim
Rebeca: que bom amor - fala falsamente
Poncho: eu já vou Beca - não queria ficar ali perto de Rebeca não estava se sentindo bem - vou trabalhar
Rebeca: nos vemos a tarde
Poncho meio contrariado: claro

Ele deu um rápido selinho nela e foi embora. Queria ter conversado com Anny. Não queria que ela pensasse mal dele, que ele quisesse se aproveitar dela, porque não era isso. Ele estava se sentindo atraído por ela, não entendia esse sentimento, só sabia que era muito forte e parecia só aumentar a cada dia.
Anny se trancou em sua sala e foi trabalhar, ou pelo menos tentar. A imagem de Rebeca e Poncho juntos vinha direto em sua mente, a perturbando. Ela não podia estar se importando tanto com isso. Fora apenas dois beijos. Droga!! Não queria se apaixonar. Não por ele. Ia tirá-lo de sua cabeça. Era só uma atração, uma empolgação. Estava carente, era isso. Então se sentiu bem nos braços dele na noite anterior, mas não era paixão. Isso logo passaria, não precisava se preocupar e tinha que parar de se sentir mal pelo que viu.

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