Fanfic: UNIDAS PELO DESTINO AYA DYC MYC [FINALIZADA]

Já passava das quatro horas da madrugada quando Dulce despertou. Será que tudo aquilo que tinha vivido fora um sonho? Não, não era um sonho. Aquele braço em volta da sua cintura parecia ser bem real. Tentava clarear sua mente. O que tinha feito? Ela não podia ter se deixado levar daquele jeito. Mas como resistir a ele? Como não se entregar assim àquele homem?

Chris a braçou mais forte e ela resolveu parar de pensar em tudo aquilo. Queria apenas curtir aquele momento. Aninhou-se mais nos braços dele e fechou os olhos, voltando a dormir.

Nos primeiros raios solares da manhã, Chris acordou. A claridade invadia o quarto. O dia estava claro e limpo. Olhou para a mulher que dormia em sua cama. Ela nem parecia aquela ruiva autoritária e dona de si. Parecia tão calma... naquele momento, um tanto desprotegida. Acariciou os cabelos dela, e sorriu sozinho. Aquela noite foi mágica. Nunca iria esquecer. Como esquecer uma mulher como aquela? Como esquecer momentos como aquele?

Levantou-se sem fazer barulho, cobriu-a melhor com o lençol e foi até o banheiro para tomar seu banho.

Enquanto Chris estava no banheiro, Dulce acordou. Espreguiçou-se na cama e notou que ele não estava mais lá. Abraçou o travesseiro novamente e fechou os olhos. Imagens da noite anterior passavam pela sua mente. Nos lábios um sorriso. Ouviu o som do chuveiro e supôs que Chris estivesse lá. Tinha vontade de levantar e ir até ele. Mas não faria isso. Já agira muito segundo os seus instintos. Resolveu se levantar e procurar as suas roupas. Enrolou-se no lençol e as encontrou jogadas pelo quarto. Pegou as peças e se vestiu. Estava terminando de se vestir quando Chris apareceu na porta do banheiro, apenas com uma toalha em volta de sua cintura.

Que visão era aquela? Como ele poderia ser tão perfeito?


Chris: Bom dia! (secando os cabelos)
Dulce: Bom dia!
Chris: Acordei vc?
Dulce: Não! (passando as mãos pelos cabelos e prendendo-os) Eu não devia ter dormido aqui. Devem estar preocupados lá em casa.
Chris: Arrependida? (aproximando-se dela)
Dulce: Não me arrependo das coisas que faço.
Chris: Ainda bem.


Ele aproximou-se mais dela e lhe deu um selinho.


Dulce: Tenho que ir. (afastando-se)
Chris: Tá cedo. Come alguma coisa.
Dulce: Não! É melhor eu ir mesmo. A Lupe deve está preocupada. Eu não trouxe meu celular, não avisei nada.
Chirs: Liga daqui.
Dulce: Não! Eu tenho que ir, mesmo.
Chris: O que foi, Dulce?
Dulce: Nada. (calçando seus sapatos)
Chris: Vc está tão fria. Nem parece a mesma de ontem à noite.
Dulce: Eu já disse. Tenho que ir embora.


Procurou por sua bolsa, mas não a encontrou no quarto. Foi até a sala e a encontrou em cima do sofá.


Chris: Cara, eu não entendo vc. Ontem estava super-carinhosa, a gente estava tão bem, e hoje vc age dessa maneira.
Dulce: Que maneira? Eu só estou me arrumando para ir para casa.
Chris: Mas assim? Depois de tudo o que aconteceu com a gente?


Dulce respirou fundo, encarou Chris e começou a falar.

Dulce: Olha só, a noite de ontem foi maravilhosa. Foi perfeita. Mas foi só uma noite. A gente se curtiu, deixamos nos levar. Mas isso não quer dizer nada. Vc tem namorada. Tá... eu também tô de rolo com o Rodrigo... (confessando) A gente acabou se levando pelo momento, pelos instintos...
Chris: Instintos? Vc chama o que a gente viveu ontem de instintos?
Dulce: Ok! Me expressei mal... Mas não teve nada demais, Chris.
Chris: Sinceramente? Não entendo vc. Não entendo como uma pessoa pode se entregar tanto a outra numa noite, e no outro dia dizer que não foi nada demais. Vc tem sentimentos Dulce Maria? De que vc é feita afinal?
Dulce: Vc está me ofendendo Christopher!!
Chris: Eu lhe ofendendo? Vc trata o que passamos juntos ontem como nada. Como sexo apenas. Como se não houvesse sentimento algum.
Dulce: Não é isso. Eu já disse. Foi maravilhoso! Perfeito! Mas isso não significa que eu vá ficar igual uma adolescente apaixonada com cara de idiota, falando coisas melosas pra vc. Isso não faz o meu tipo Christopher. Foi bom, foi legal, rolou química entre a gente. Mas é só isso. O mundo não vai parar, as nossas vidas não vão mudar por causa disso. Vc vai voltar pra sua namorada, eu vou voltar para a minha vida.
Chris: E não podia ser diferente?
Dulce: Creio que não.
Chris: Do que vc tem medo? Me diz.
Dulce: Não tenho medo de nada. (pegando sua bolsa)
Chris: Dificil de entender vc.
Dulce: Eu acho que isso já está indo longe demais. Já estou indo.


Ela encaminhou-se até a porta e a abriu. Chris não saiu do lugar que estava. Dulce saiu sem dizer mais nada. Fechou a porta e “pegou o elevador”.

Assim que entrou no elevador, encostou-se na parede do mesmo e colocou suas mãos sobre a cabeça. Como era difícil tudo aquilo. Como era difícil tratar como algo qualquer uma coisa que fora to importante para ela.

O elevador chegou ao térreo e ela saiu. Foi até a rua e procurou um taxi. Entrou em um e foi para casa. Durante o caminho, olhava pela janela. Seus pensamentos estavam longe. O táxi parou em frente a casa, pagou ao taxista e desceu. Pegou as chaves na sua bolsa e abriu o portão de casa. Foi caminhando pelo jardim, até chegar à porta. Abriu, e ao entrar foi logo recebida por Lupe.


Lupe: Onde vc estava menina?
Dulce: Bom dia Lupe!
Lupe: Vc quer me deixar doida? Fiquei preocupada com vc. Dorme fora e não avisa pra ninguém. Nem avisou às suas irmãs que iria sair da festa. Pensamos que poderia ter lhe acontecido algo de mal.
Dulce: Não se preocupe! (dando um beijo na bochecha dela) Vaso ruim não quebra. (rsrs) Preciso de um banho.
Lupe: Vc ainda está com a roupa de ontem. Onde vc dormiu hein?
Dulce: Na casa de uma amiga. Lupita, é sério. Eu preciso de um banho. Depois a gente se fala.


Dulce subiu as escadas correndo e foi para o seu quarto. Lupe não entendeu nada. Ia voltando pra cozinha quando ouve a porta se abrindo. Era Anny.


Anny: bom dia Lupe
Lupe: bom dia, Anny. Sera que vocês poderiam me avisar quando forem dormir fora de casa?
Anny: desculpa, Lupe. Eu nem me lembrei de avisar
Lupe: eu fiquei preocupada. Hoje de manha só estava a Maite nessa casa. Ela me disse que a Dulce tinha sumido e você veio pra casa com o Poncho. Mas você ta chegando agora em casa, onde esteve?
Anny: eu tava com a minha mãe. Que horas a Dulce chegou?
Lupe: acabou de chegar
Anny: onde ela estava?
Lupe: disse que dormiu na casa de uma amiga, mas eu não acreditei muito não
Anny: eu fiquei esperando ela um tempão la na festa, mas ela tinha sumido. Depois eu tive que ir embora, nem me lembrei dela
Lupe: hei...o que aconteceu? Você me parece abatida

Anny: ta tudo bem. Só estou um pouco preocupada. É que minha mãe está no hospital =/
Lupe: o que houve?
Anny tenta arrumar uma desculpa, já que Lupe também não sabe da real condição de sua mãe: ahh...ela passou mal. Foi por isso que fui embora. Como eu tava nervosa o Poncho me levou
Lupe: Anny, posso te perguntar uma coisa?
Anny: claro Lupe
Lupe: porque você não quer contar pras suas irmãs que sua mãe está no México?
Anny: ahh...pq...pq elas não tem porque saber - fala se enrolando toda
Lupe: e não tem algum motivo desse “porque elas não terem porque saber”?
Anny: ai Lupe. Você ta cheia de pergunta hoje. Eu vou subir. Preciso tomar um banho e voltar pro hospital


Lupe não fala nada e deixa Anny subir, mas ela sabia que alguma coisa tinha. Não pensava nada de mal, mas alguma coisa tinha por trás dessa decisão da Anny não contar da mãe. Foi para a cozinha terminar seu serviço.