Fanfic: Lifelynne - The Endless Loop of Life and Death.
AN: Desculpem pela demora, mas minha internet não quis cooperar comigo :V Gostaria de agredecer muita a LeRilque pela review, obrigada por dar essa história uma chance <3 E sem mais delongas, aqui está o capítulo.
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Capítulo 1 – Nuvens de Chuva.
Havia sangue e havia gritos. O barulho era tão intenso que ele provavelmente não teria conseguido ouvir seus próprios pensamentos se sua mente estivesse em condições de produzir alguma coisa coerente.
Pessoas de trajes brancos o levantaram – quando ele havia caído mesmo? Antes ou depois de ser empurrado? – pelos braços, colocaram uma coberta sobre si e o forçaram a sentar em um banco – de uma ambulância? – e perguntaram se ele estava bem.
“Se eu estou bem?” Pensou sem dizer, “Bom, eu não sou a pessoa que está estirada no asfalto quase morrendo por perda de sangue, sou?” Respondeu:
-... Acho que um chocolate quente cairia bem.
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Segundos antes de o alarme tocar sua mão já havia batido no mesmo – e talvez, só talvez, ele tenha usado um pouco mais de força do que era necessário – efetivamente o desligando e impedindo o irritante som.
Abriu os olhos lentamente e encarou o teto branco de seu quarto. Nada como um sonho agradável para começar o dia, pensou sarcasticamente.
Massageou seus olhos cansados por detrás das pálpebras e finalmente olhou para o relógio. Três números vermelhos vibrantes o encararam de volta. Cinco e trinco cinco da manhã.
Bom, pelo menos ele havia conseguido umas 4 horas de sono dessa vez.
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A primeira coisa que viu quando saiu de casa foi um par de brilhantes olhos amarelos o encarando. Piscou algumas vezes, e depois de alguns segundos percebeu que o gato preto de pé no muro de sua casa o estava encarando intensamente.
Ele deu alguns passos para frente, e os olhos do gato o seguiram. Retrocedeu os passos, e novamente os olhos acompanharam o movimento. Balançou a cabeça e resolveu seguir em frente, afinal, ele tinha coisas mais importantes a fazer do que se incomodar com um gato.
Mesmo estando de costas, ele quase podia sentir um par de olhos felinos grudado em si. O gato não o seguiu.
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Estava encarando uma porta de madeira enquanto aguardava o professor terminar de falar. Era impressionante notar o quando uma pessoa podia enrolar antes de chegar direto ao ponto. Uma olhada para o seu relógio de pulso indicou que ele estava esperando há cinco minutos.
Depois de alguns segundos, finalmente escutou o professor dizer que teriam um aluno transferido naquela sala a partir de hoje. Foi nesse momento que entrou na sala, deu um pequeno aceno com a cabeça para o professor e virou-se para encarar a turma.
Alguns olhavam para ele com curiosidade, afinal, era estranho alguém se transferir quase no final do ano letivo. Bom, estava na hora de acabar com essa curiosidade, gerar atenção para si apenas criaria problemas indesejáveis.
Curvando um pouco a cabeça para criar a ilusão de um garoto tímido e inofensivo, disse em uma voz fraca:
- Prazer... Meu nome é Lynne Hywell.
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Havia sido fácil acabar com qualquer interesse que seus colegas de classe tinham sobre si. Ele apenas tinha mantido a cabeça baixa e dado respostas curtas para as perguntas que recebeu, o que foi mais do que suficiente para fazer com que seus colegas achassem que ele era apenas um adolescente chato sem nada de interessante.
A única pessoa que havia tentando realmente se aproximar de si fora uma garota de cabelos loiros curtos e cacheados que atendia pelo nome de Blair. Ela, aparentemente, era a representante de classe e queria ter certeza de que o aluno novo iria se enturmar com os outros sem nenhum problema.
Lynne continuava a fingir ser um adolescente que tinha medo da própria sombra, fazendo com que pouco a pouco, a representante ficasse completamente frustrada com ele.
Depois de mais algumas perguntas que foram simplesmente respondidas com “sim” ou “não”, Blair alcançou seu limite e disse mal humorada:
- Qual é o seu problema, hein? Seus pais não te ensinaram que é falta de educação não olhar nos olhos de uma pessoa quando está falando com ela?
Foi nesse momento que Lynne levantou a cabeça e capturou os olhos azuis da garota com os seus. Blair sentiu todo o ar de seus pulmões fugir quando se viu encarando um par de olhos cor de esmeralda vibrantes que a fitavam friamente. O tom com que Lynne respondeu foi gélido:
- Eu acredito que não é da sua conta o que meus pais me ensinaram ou não.
Blair engoliu a seco e sentiu pequenos arrepios, porém, quando voltou a si, Lynne estava novamente com a cabeça abaixada, fazendo algumas anotações em silêncio e ignorando Blair completamente. Ela não pode deixar de ficar em duvida se havia imaginado o que acabara de acontecer ou não.
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Airom Online era o jogo de RPG online mais famoso no momento. Comerciais sobre o mesmo estavam passando em praticamente todos os canais, e apesar de ter sido lançado há apenas uma semana o número de jogares já ultrapassava 10.000!
Honestamente, Lynne não queria ter nada haver com o jogo. Principalmente porque o RPG foi produzido pela empresa daquele homem, e quanto menos se envolvesse com coisas que tinham haver com ele menor...
E era exatamente por essas razões que ele não tinha a menor ideia do que estava fazendo com uma cópia de Airom Online em suas mãos. Se fosse sincero consigo mesmo, admitiria que suas memórias estavam um pouco nubladas.
Ele havia visto o jogo na vitrine de uma loja no caminho de casa, quando estava prestes a continuar caminhando sentiu alguma coisa o puxando em direção a loja e quando finalmente voltou a si, estava com o jogo guardado em uma sacola de plástico pendurada em seu braço.
Virou a caixa do jogo entre as mãos. Bom... Ele tinha comprado o jogo, mesmo que não se lembrasse exatamente disso. Eram dez horas da noite e levando em conta sua insônia, não conseguiria dormir antes de uma da manhã.
Entediado, sem sono e sem nada para fazer, Lynne decidiu dar uma chance ao RPG. Tirou o DVD da capa protetora, e depois de alguns minutos o jogo estava instalado em seu computador.
Ouviu o som de um trovão, e não pode deixar de olhar de olhar para a janela com uma de suas sobrancelhas levantadas. Estranho... Tinha certeza de que a previsão do tempo para hoje era de tempo seco.
Deu de ombros e resolveu iniciar o jogo. Se registrou rapidamente no site oficial de Airom, escolhendo LVH como nome de usuário e uma palavra aleatória como senha.
Quando a tela de login finalmente apareceu, Lynne bocejou e piscou algumas vezes para processar o que havia acabado de acontecer. Uma rápida olhada no relógio de seu computador o informou que ainda eram dez e meia da noite, e com ou sem insônia, era cedo demais para estar com sono.
Resolveu continuar mesmo assim, deixando o evento estranho de lado. Clicou no botão que permitiria que criasse um novo personagem, e conforme foi modificando o sprite que o representaria sentiu seus olhos ficando mais e mais pesados.
Aos poucos, sentiu sua visão e sua mente ficarem nublados. Continuava a colocar todas as informações necessárias para a criação de um novo personagem como se estivesse se movendo em piloto automático. Estranho... Era como ele soubesse exatamente onde deveria clicar e o que deveria modificar... Como se já tivesse feito isso várias vezes antes.
Quando terminou uma figura de cabelos negros e olhos verdes o encarou da tela do computador. A semelhança entre si e o sprite que acabara de criar era levemente perturbadora... Ou pelo menos, ele acharia isso se pudesse pensar coerentemente.
As únicas diferenças visíveis entre os dois eram as roupas, a falta de óculos e o cabelo do sprite, que era um pouco mais comprido que o seu.
A essa altura, Lynne tinha certeza de que se fechasse os olhos, não voltaria a abri-los tão cedo. Apesar de seu estado, sua mão se mexeu como se tivesse vida própria, e finalizou as etapas necessárias para validar o personagem que acabara de criar.
Quando a tela usada para escolher o nome do personagem surgiu, Lynne já não estava mais certo se estava acordado ou dormindo, e a última coisa que fez antes de fechar seus olhos e perder totalmente a consciência, foi digitar quatro letras distintas: R-A-I-N.
Em um mundo totalmente tomado pelas trevas, sentiu uma voz ecoando em seu subconsciente:
“Bem vindo a Airom novamente... Rain.”
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A primeira coisa que viu quando abriu os olhos foi uma lâmina de aparência bem afiada vindo em direção a seu pescoço. Jogou-se no chão rapidamente, evitando a lâmina bem a tempo, e após dar uma cambalhota para se afastar do alcance da espada deu uma olhada ao seu redor.
Estava cercado por criaturas humanóides, com a pele esverdeada, olhos amarelos sem pupilas e narizes que lembravam aos de porcos. O que viu foi confirmação suficiente, ele estava em Airom... De novo, e para melhorar as coisas ainda mais, estava cercado de inimigos que tinham no mínimo uns cinco níveis a mais que si próprio.
Seu primeiro pensamento foi: “Típico, a primeira coisa que tenho que fazer quando acordo é lutar por minha vida.”, e depois de desviar de mais algumas lâminas que eram brandidas em sua direção pensou: “Moira, se você estiver me ouvindo, vá pro inferno.”
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A primeira coisa que Blair disse quando abriu seus olhos foi: “Wow, esse lugar é incrível!”. Tinha acabado de instalar o jogo em seu computador e a adolescente tinha que admitir, apesar de ser caro, Airom Online valia cada centavo.
Ela estava no meio de uma cidade que lembrava a idade média, com grandes castelos e diversos mercadores pelas ruas vendendo todos os tipos de bugigangas imagináveis, desde comida para gosmas – é, ela definitivamente iria passar bem longe dessa barraca – até itens considerados lendários no jogo.
Havia acabado de criar seu sprite, que era bem diferente de sua aparência normal, e estava na primeira cidade do jogo: Rrol. O nome da cidade era um pouco estranho, mas isso, ela decidiu, apenas contribuía para aumentar o clima de fantasia que o jogo já tinha.
Seu sprite possuía cabelos cor de lavanda, presos em um coque baixo por uma pequena fita amarela, deixando algumas mechas de cabelos lhe adornarem a face. Tinha olhos castanhos, assim como na vida real, e sua pele era branca. Usava uma armadura genérica de prata, com um protetor de peito e de braços. Havia uma espada de tamanho médio presa a sua cintura e calçava um par de botas de cor castanha.
Escolhera como classe Knight, especializando-se no ataque e tendo acesso às armas que causavam a maior quantidade de dano em todo jogo. Claro, sua habilidade com magia era mínima. Talvez aprendesse alguns buffs básicos que aumentariam sua agilidade ou ataque, mas magias de cura ou ataque estavam fora de sua liga.
Bufou despreocupada. Quem precisa de magia quando se pode cortar seu oponente ao meio em apenas um golpe? ... Bem, ela ainda não podia fazer isso, mas ouvira falar de alguns jogadores mais avançados que matavam dragões e outros monstros poderosos com apenas o rodar de seus pulsos, e ela mal podia esperar para ser capaz de fazer o mesmo.
Estava ansiosa para começar a explorar as áreas do jogo e derrotar monstros, mas no momento esperava uma amiga. Blair havia convencido – depois de muitas de lagrimas de crocodilo e promessas de parar de ficar no computador até tarde – sua melhor amiga a jogar, e no momento esperava Rin impaciente.
Rin era um pouco, mas ela e Blair eram amigas desde que a menina havia se transferido para sua escola há três anos. Apesar de ser tímida e educada, Rin dava um pouquinho de medo quando estava com raiva. Como diziam, as pessoas educadas eram as mais perigosas.
Impaciente, Blair começou a bater o pé no chão fazendo um leve som de tap-tap-tap, e depois de alguns minutos resolveu seguir em frente, Rin estava demorando demais.
Quando chegou ao portal que a levaria para os campos onde estavam os monstros e os tesouros, distraidamente lembrou que não havia lido o manual de instruções e que não tinha muita de certeza de como as coisas funcionavam por aqui.
Bom, ela apenas iria fazer as coisas do seu jeito. Afinal, era apenas um jogo online, o que poderia dar errado?
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Enterrou sua adaga no pescoço do goblin, que a um segundo atrás havia tentando lhe atacar por trás, e com um rápido movimento de seu pulso, arrancou a cabeça do mesmo. Abaixou bem a tempo e evitar que uma clava se chocasse contra seu crânio, rolou para o lado e deu uma rasteira, fazendo com um dos inimigos perdesse o equilíbrio. Aproveitou e deu uma cotovelada no mesmo, fazendo o mesmo cair e levar consigo o outro goblin a seu lado.
Pisou no pulso do inimigo que estava no chão e roubou sua espada, usando a mesma para terminar com os oponentes que estavam caídos. Desviou por um fio de uma lança que teria sido cravada em seu estômago, porém não foi rápido para evitar com que outra clava o acertasse de lado, fazendo com que fosse arrastado para trás graças à força do golpe.
Soltou um palavrão. Tinha certeza de que se estivesse no mundo real estaria com um braço quebrado e com algumas costelas quebradas. Isso é claro, não fazia a dor que estava sentindo diminuir.
Deu uma olhada em seu HP e notou que se levasse mais um ou dos golpes morreria... De novo.
Mal teve tempo para recuperar o fôlego e foi forcado a desviar de outra lança que vinha em sua direção rolando para a direita. Pôs-se de pé com um pouco de dificuldade e começou a analisar sua situação. Goblins, apesar de ainda serem alguns níveis mais altos que si próprio eram extremamente estúpidos. Se conseguisse arranjar algum tipo de distração para reuni-los em um único lugar poderia acabar tudo com um único golpe...
O problema era arranjar uma distração.
Falou outro palavrão e desviou de duas espadas que vinham a seu encontro de posições diferentes. Conseguiu colocar-se atrás de um de seus atacantes, e antes do mesmo poder se virar chutou-o, fazendo com que ele e o outro goblin correndo em sua direção atingissem um ao outro com sua espadas.
“Menos dois...” Pensou enquanto olhava a área a seu redor “Agora só faltam trinta.” Sorriu sarcasticamente.
Enquanto de desviava de golpes potencialmente fatais e matava mais alguns goblins com sua adaga e a espada roubada não pode deixar de dizer baixinho para si mesmo:
- Pelo menos não tem como ficar pior...
Foi como se Murphy tivesse lhe ouvido, pois no segundo seguinte, um grito feminino de surpresa ecoou pela clareira onde estava, e por puro reflexo, ele olhou na direção do som.
Nesse instante duas coisas aconteceram. A primeira foi a sensação de uma lamina afiada se fincar firmemente em seu braço esquerdo – o que doeu, e MUITO, mas para seu credito, conseguiu reprimir sua reação a uma mera careta – e a segunda foi a reação da garota de cabelos cor de lavanda, que ao ver tantos inimigos agrupados em um lugar só começou a entrar em pânico, e começou a balançar sua espada em torno de si sem nenhuma coesão, na esperança de manter os goblins afastados.
Nesse momento um único pensamento passou pela sua cabeça:
“Mas que *****.”
Autor(a): Silyn
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1
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LeoRilque Postado em 07/01/2013 - 02:25:30
Cara tah mt bom o prologue, me interesei pela historia, quero logo saber oq vai rolar kkk, bom continue assim e n desita, ate onde notei da pra notar que sera uma boa historia ^^.. deh uma olhadinha na minha fic axo q vc vai se interessar bastante ainda mais se vc for otaku: http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=18248