Fanfic: Além da Meia-Noite (Vondy e Ponny) | Tema: Vondy

POV DULCE

- Terra chamando Dulce Maria.

Pisquei algumas vezes percebendo que Any balançava a mão repetidamente em frente ao mesmo rosto. Eu definitivamente estava fora dali. Tanta coisa tinha acontecido ontem e hoje. Não havia conseguido me concentrar nas primeiras aulas e agora não estava nem conseguindo prestar atenção no que as meninas diziam.

- Anh.. eh.. do que vocês estão falando? – tentei disfarçar fingindo curiosidade e mirei as garotas com atenção.

- Anda garota fala, você não me engana não, abre logo o jogo. - disse May.

Suspirei. Só queria esquecer de tudo. Estávamos no intervalo sentadas em uma mesa qualquer do pátio e a qualquer momento o filho da puta da noite anterior poderia aparecer e eu só queria me esconder, não sentia vergonha pelo que tinha acontecido, mas uma pontada de vergonha pelo como havia sido tratada não por um, mas por dois garotos.

Afundei o rosto entre as mãos balançando a cabeça, uma hora ou outra iria ter que contar para elas.

- O Bruno está louco e eu dei pro Ucker. - disse ainda com a cabeça entre as mãos o que fez com que minha voz saísse abafada.

Ótimo, um bom resumo do dia anterior, eu não queria mesmo estar ali. Não queria entrar em detalhes. Não queria falar sobre aquilo.

- O bruno sabe que você e o Ucker..?

- Meu deus, você deu pro Ucker.

-Quando vocês dois tiveram tempo? Quando ficaram juntos?

As duas faziam uma pergunta atrás da outra e eu não sabia qual responder primeiro, suspirei novamente, tentei começar a explicar melhor o que tinha acontecido.

- Ontem quando vocês foram embora...

- Mas calma aí, você não odeia o Ucker? – perguntou May, senti ela varrer o pátio com os olhos em buscar do rapaz.

- Eu queria poder não ver a cara dele nunca mais.

- Mas por que? O sexo foi ruim? Não me diga. Ele tem cara de que fode tão bem. E aquela bunda, eu quero apertar aquela bunda.

- Foi intenso, o Ucker é muito gostoso. –

 Mordi o lábio lembrando dele afundando o pau em mim, minhas mãos em seus cabelos, mas rapidamente dispensei aquele pensamento isso era tudo que eu não precisava agora. Tratei de contar a elas o que havia acontecido sem me alongar muito, falar aquelas coisas foi um pouco doloroso, principalmente sobre o bruno.

- E você já sabe quando vai conversar com ele? – Any franziu o cenho e perguntou preocupada sabia o quanto minha relação como Bruno era complicada.

- Quero adiar isso o máximo que eu puder, esperar ele ter tempo para se acalmar um pouco. – fechei os olhos por um segundo lembrando do feição dele. - Vocês não reconheceriam ele nem um pouco. Em pensar que ele sempre me apoiou, me salvou, sempre esteve ali para mim.