Fanfic: A Dívida 1ª e 2ª temporada(Terminada) | Tema: Drama/Romance/Policial

  Eu resolvi afastar um poucos aqueles pensamentos de mim, o dando um abraço forte, e ele não recusou. Ele me pegou no colo dele, fazendo minhas pernas cruzarem na cintura dele, e eu o beijei, suavemente. 
Mas era o meu beijo, um beijo sincero, por livre e espontânea vontade, um beijo que diria: ‘Se fosse em outra ocasião, sim, eu me apaixonaria por você’ , mas ele logo interrompeu o beijo:
                      Michael: Uma dívida.
                     Jennifer: Hãm?
                     Michael: Por isso você está aqui, nesse exato momento. – Ele sussurrou.- Você é o pagamento. 

   Eu me segurei nele com mais firmeza, mas o olhei fixamente, não entendendo nada:

                   Jennifer: Do que você ta falando, Michael?

                   Michael: Seu pai...Devia 2 milhões de dólares, para o meu pai. É uma história longa, e muito complicada. 

   Eu me joguei do colo dele, descendo brutamente.

                  Jennifer: Como assim ele devia 2 milhões de dólares? Quando ele pegou esse dinheiro?

                  Michael: Tecnicamente, ele não pegou o dinheiro. Mas seu bisavô sim. 
                  Jennifer: Bisavô? – eu franzi a testa. – Do que você ta falando, Michael?

                   Michael: Seu bisavô pegou 2 milhões de dólares com a minha família. 

                  Jennifer: Mas eu nem conheci o meu bisavô, nem sei quem era. E aliás, o que meu pai tinha a ver com isso?

                   Michael: Seu bisavô assinou um contrato, Jennifer. Esse papel vale por gerações, conseqüentemente a dívida também. – Ele me olhou nos olhos. – Você é o pagamento.

  Eu o olhei, completamente confusa: 
                         Jennifer: Me explica, Michael. Que dívida é essa?
                        Michael: É uma história de família, eu não posso falar, mas eu lhe juro que eu não entrei na sua casa de propósito. Eu entrei porque eu devia fazer isso. 
  Eu o olhei com raiva:

                        Jennifer: Então você tinha o ‘Dever’ de matar meu pai? É isso?
                        Michael: Não necessariamente, querida...

                       Jennifer: NÃO ME CHAMA DE QUERIDA. – Eu gritei. 

                       Michael: Foi preciso.
   Ele me olhava, totalmente sem chão, e eu me virei de costas, tentando raciocinar sobre aquilo. Então eu estava ali por uma coisa que aconteceu a milhares de anos atrás? E meu pai morreu por uma coisa que ele nem fez?
                      Jennifer: Como é que você teve coragem de entrar na minha casa e matar meu pai, Michael? – eu o olhei.
                      Michael: Eu não matei seu pai. 

                     Jennifer: Ah, é? E você fez o quê para impedir?

                     Michael: Eu não o matei. Não necessariamente.
                     Jennifer: Vai se ferrar, Michael. Você matou o meu pai por uma coisa que ele não fez. Você tirou de mim a minha família por uma coisa que já tinha passado. – Eu o olhei fixamente.- Você precisava desses 2 milhões de dólares, Michael? Você precisava tanto desse dinheiro a ponto de matar um professor?

  Eu sabia que aquelas palavras o machucavam, mas aquilo me feria mil vezes mais. Era do meu pai que estávamos falando. Era de toda a dor e a angustia que eu senti quando tive que ver meu pai se assassinado:

                       Jennifer: Você fala de amor, de paixão, de querer ter uma família comigo...Você se esqueceu de tudo, Michael? Você se esqueceu de como tudo começou? – eu o olhava perplexa. – Você se esqueceu da invasão, do tiro, dos puxões de cabelos que seus capangas me davam, esqueceu de ter me visto implorar por piedade...Você realmente não se lembra disso?
    Ele me olhava ereto, seu rosto estava petrificado. Provavelmente fervendo por dentro, mas mantinha a aparência rude:

                       Michael: Eu me lembro disso todas as noites, Jennifer. Eu nunca vou me esquecer.
    Eu não conseguia mais pensar, era tudo ridículo. Aquela conversa não tinha o menor cabimento...Aliás, aquele casamento não tinha cabimento. 
Eu me virei de costas pra ele novamente e cobri o rosto com as duas mãos, tentando saber se realmente realidade, ou não passava de um pesadelo, até ele encostar a mão no meu ombro:

                      Michael: Jennifer.
   Eu me virei imediatamente pra ele e ele não perdeu tempo, pegando rapidamente em uma das minhas mãos e a encostando no peito dele.

                    Michael: Eu tenho um coração aqui dentro.
                   Jennifer: Será mesmo que você tem, Michael?
                    Michael: Pode ter certeza que sim. E ele é seu. – Ele me olhou fixamente. – E enquanto ele bater, eu vou lutar pra fazer você gostar de mim.

Eu retirei minha mão imediatamente:
                     Jennifer: Não se trata de gostar, Michael. Se trata de leis, de respeito, de princípios. – E o olhei fixamente. – Eu vou te fazer uma pergunta e quero que você me responda.
                     Michael: Faça.

                     Jennifer: Quem é Michael Donavan?
                      Michael: É o seu marido!
                     Jennifer: Eu quero saber, quem é Michael Donavan quando não está comigo. 

  Ele engoliu seco, apertando os olhos em cima de mim.
                    Michael: Acho que está na hora de irmos. – ele me deu as costas, mas eu retruquei. 
                   Jennifer: É assim que você espera confiança da minha parte? Fugindo?
                    Michael: Eu não estou fugindo. – ele rebatei ainda de costas. 
                   Jennifer: Ah, não? E ta fazendo o quê então? Pra mim deu, Michael. É muito pra mim. 
  Ele se virou bruscamente dentro d’agua e antes que eu pudesse me proteger, ele me puxou pra cima dele violentamente, apertando minha cintura com força com uma mão e segurando meu rosto bem perto dele com a outra: 
                     Michael: Você ainda não sabe de nada, Jennifer. 

   Eu fiquei com medo, confesso. 

                  Jennifer: Então me conta! 

  Ele chegou perto de mim e sussurrou:
                  Michael: Eu teria que te matar depois!