Fanfic: A Dívida 1ª e 2ª temporada(Terminada) | Tema: Drama/Romance/Policial

 Para começar, eu puxei a ficha completa da vitima. Seu nome era Quinn Adams, 32 anos, vivia na parte nobre da Califórnia, com seu marido Ronie Adams de 35 anos e seu filho Oliver Adams de 10 anos. 
      Em 1952, um apagão que durou 40 minutos, causou tumulto na cidade. Misteriosamente, Quinn desapareceu, e depois de 2 dias, seus familiares fazem o registro na delegacia local. 
A perícia fizera os exames no cadáver de Quinn e reconhecera o motivo da morte: Estrangulamento. E um dedo de sua mão esquerda estava quebrado. 
Agora as perguntas surgiam: Porque eles demoraram dois dias para fazer o registro de desaparecimento? E porque um simples apagão causaria tamanho tumulto? 
Bom, esse era o meu trabalho. Descobrir quem matou Quinn Adams. 


    E assim como eu, Nathan Felton também parecia bem focado no que fazia. Sentado na mesa ao meu lado, ele vasculhava atentamente o computador que pertencia a Jake, tentando achar alguma coisa. Claro, em vão. Eu mesma apaguei toda a investigação que ele estava fazendo sobre as mortes de milionários. 


                    Jennifer: Quer ajuda?

                    Nathan: Eu pedi ajuda?

                   Jennifer: Foi só uma pergunta.
                    Nathan: Não. 
                    Jennifer: Quer um conselho?

                    Nathan: Dispenso.
                    Jennifer: Não vai achar nada. – Respondi mesmo assim. 


  Ele desdenhou a informação e continuou procurando alguma coisa. Dei de ombros e deixei o ogro quebrar a cabeça. 
Fiz uma pesquisa superficial sobre a vida de Ronie Adams na internet e descobri que ele era dono de uma fábrica de jóias na época. Com a morte de Quinn, a fábrica fechou e ele se mudou para a Carolina do Norte. 10 anos depois, ele retorna a Califórnia e reabre a fábrica. 

   Não se casou novamente e criou o filho Oliver sozinho. 
Fiz uma busca na lista telefônica e por sorte, descobri que a fabrica ainda funcionava. E que ficava a 20 minutos dali. O atual dono era o filho do casal, o menino Oliver, que pelas minhas contas, agora tinha 60 anos, e seu pai, agora tinha 85. Isso se ainda estivesse vivo.
     Não pensei duas vezes antes de juntar meu distintivo e meu bloco de anotações antes de deixar o escritório, rumo a fábrica.

 Quando estacionei em frente a fábrica, fiquei um tempo olhando para a fachada. Tentando resgatar na mente, de onde eu conhecia aquele nome. ‘Quinnis’. Esse era o nome da fábrica. 
Pensei, pensei e pensei. Nada. Então, tomei iniciativa e entrei no lugar.
    Era enorme e tinha muitos funcionários trabalhando. O cheiro não era muito agradável, mas nada me faria sair dali sem uma boa informação sobre Quinn. Logo, um funcionário me abordou e eu me identifiquei, pedindo para falar com o patrão dele. 
    Ele me guiou ate o escritório e anunciou minha presença. É logico, Oliver autorizou minha entrada. 


                Oliver: Boa tarde!


   Ele sorriu, se levantando da cadeira com um pouco de dificuldade. Deu a volta na enorme mesa e caminhou ate mim. Era um homem alto, de cabelos brancos e olhos verdes. Tinha um óculos tão grande que mais se parecia uma lupa.


               Oliver: Senhora Donavan, que honra tê-la na minha fábrica. 
              Jennifer: É mesmo? – Sorri confusa. 

               Oliver: Certamente. Eu diria que as nossas famílias tem uma tradição longa e antiga.

    Assim que ele disse isso, eu me lembrei de onde eu conhecia o nome Quinnis. Era a marca do anel de casamento que Michael me deu. Que era o mesmo anel que Olivia Donavan, minha suposta mãe, ganhou de Jhonnatan Donavan, meu suposto pai. 


                Oliver: A muitos anos os Donavan compram minhas joias para presentear suas esposas. – Ele olhou para o meu anel de casamento e abriu um sorriso largo. - Me lembro muito bem desse. Eu mesmo fiz. 

               Jennifer: É um belíssimo anel, Senhor Adams. – Sorri, concordando. 

               Oliver: Mas não acredito que seja esse o motivo de sua visita, não é?

     Ele perguntou, indicando a cadeira para que eu me sentasse. Eu o fiz e logo ele também se sentou. 


                Jennifer: Bom, sei que depois de tanto tempo, voltar a falar nisso, pode trazer memorias não muito agradáveis. 
               Oliver: Não entendo. 

              Jennifer: Eu trabalho no departamento de homicídios da Califórnia. E em torno de uma semana, foi encontrados fosseis humanos em um campo de futebol não tão longe daqui. A perícia fez a analise e constatou que se tratava de Quinn Adams. 

    Conforme eu fui falando, a expressão suave e paciente dele foi se petrificando, dando lugar a um homem serio e confuso. 


                Jennifer: Sua mãe foi assassinada, Senhor. Ela não desapareceu misteriosamente. 
                Oliver: Minha mãe... – ele sussurrou. Talvez lembrando-se da mulher que lhe deu a vida. 

                Jennifer: 50 anos se passaram. Talvez seja hora da Senhora Adams descansar em paz, finalmente.

     Ele ficou um bom tempo em silencio. E eu respeitei isso. Cinquenta anos é muito tempo. E ele só tinha 10 anos. Era uma criança. 


                 Oliver: Conte comigo senhora Donavan. Minha mãe merece isso.