Fanfic: A Dívida 1ª e 2ª temporada(Terminada) | Tema: Drama/Romance/Policial

Eu perguntei tranquilamente enquanto voltava para onde estava. 

                         Michael: Você me conhece. Sabe que eu jamais faria uma coisa dessas.

                        Jennifer: Eu te conheço?

                        Michael: Você sabe que sim. 
                       Jennifer: O Michael que eu conheço me deu um diamante, me pediu em casamento e passou três maravilhosos dias no Brasil comigo. Agora esse homem que está diante de mim, matou o meu filho.     

                        Michael: O homem que está na sua frente não consegue viver sem você.
                      Jennifer: Você sabe a gravidade do que você fez, não sabe?

                       Michael: Se eu te contasse a verdade, você teria se casado comigo?
                      Jennifer: Se você tivesse me contado a verdade, eu não odiaria você nesse exato momento. 
                       Michael: Você me odeia?

                       Jennifer: Se eu dissesse que não, eu estaria mentindo. 

    Ele me olhou por um bom tempo. Os nervos latejando no rosto. Imediatamente ele roubou a taça da minha mão e a largou em cima do piano.
 
                          Jennifer: Ei, o que pensa que ta fazendo?

                          Michael: To tentando dizer o quanto eu sou louco por você. 

                          Jennifer: Louco. É exatamente o que você é. Cá pra nós Michael, sem rodeios...Porque eu? – Não esperei a resposta. – Você se diz apaixonado, que eu sou a mulher da sua vida, que eu estou mudando você, estou te tornando um homem melhor e blá, blá, blá. Mas na primeira oportunidade que teve, você acabou com a minha vida. Você tem noção do que fez? Ou você acha que eu vou desculpar você, fingir que nada aconteceu e vamos continuar vivendo, felizes para sempre?
                         Michael: Eu sei que eu errei. 
                        Jennifer: Você sabia, não sabia? Desde o começo. Assim que você me viu entrar naquele galpão, você soube que algo horrível ia acontecer, não foi?

                       Michael: Quando eu te vi entrar armada naquele maldito lugar, eu senti na pele o quão miserável eu era. Que tipo de marido coloca a esposa em um lugar daquele? Que tipo de homem permite que sua mulher apanhe na cara por causa dos erros que ele cometeu? A minha própria consciência cobrou tais respostas de mim. 

                        Jennifer: Sua consciência. – Eu repeti, tornando a pegar minha taça e dar um bom gole no vinho. – Ela não ta valendo muita coisa, não é?
                        Michael: Respondendo sua pergunta...Sim, eu sabia. Sabia que só havia um jeito de parte de nós sairmos vivos dali. Quando você ameaçou Dennys, dizendo que tinha avisado toda a policia local, eu aproveitei para propor um acordo: Todos nós sairíamos vivos e ninguém seria denunciado. Mas não é assim que o sistema funciona. Então na primeira oportunidade que eu tive, eu liguei para Dennys, e disse que eu ainda era um Donavan, que ainda fazia parte dos negócios.

Eu não consegui falar nada. Apenas escutava atenta aquele monte de absurdo.

                           Michael: Eles mataram o meu bebe, Jennifer. Mataram o nosso filho. Se eu não fizesse o que eu fiz, o sistema simplesmente nos caçaria pro resto da vida. Além de perder o meu filho, eu perderia você.

     Nervoso, ele pôs as mãos na cabeça e começou a caminhar pelo salão.

                           Michael: Sim, pode parecer egoísmo, mas eu admito: Quero você pra mim. Quero você na minha vida. E eu simplesmente não vou deixar que absolutamente nada, eu repito, absolutamente nada nem ninguém entre no meu caminho pra tentar tirar você de mim. Ter que conviver com Thomas já foi o suficiente. Dessa vez, eu não permito...

                          Jennifer: Eu não pertenço a você, Michael. – Me impus, em alto e bom som. – Não me trate como um objeto.
                         Michael: É pecado querer você?

                        Jennifer: Pecado não. Mas do jeito que você ta fazendo, é crime. Você mata as pessoas que se aproximam de mim. Elimina qualquer tipo de laço afetivo que eu possa ter. Sua obsessão chegou a um ponto tão extremo que você foi capaz de matar o seu próprio filho, só para não perder a sua mulher.
                        Michael: Olha pra mim, Jennifer. – Ele chegou bem perto de mim, com os olhos completamente vermelhos, não por lagrimas, mas sim por nervosismo. – Eu simplesmente não sei viver sem você. Você é a mulher que eu quero pra mim. Eu não sei como explicar isso, porque eu só sei sentir. É uma vontade constante de pegar você nos meus braços e beijar e dizer o quanto eu te amo, o quando eu sou dependente de você... 

                        Jennifer: Michael...

                        Michael: Quer saber por que eu amo você? – Ele mesmo respondeu. – Porque você está aqui. Porque depois de tudo, você está aqui. Eu não quero mais ninguém. Eu quero a minha mulher. Por favor, humildemente eu te imploro, - ele encostou a mão na minha nuca, e encostou minha testa na dele, sussurrando.- Vem pra cama, meu amor. 

    Tentei segurar, mas não consegui. As lagrimas começaram a cair. E não foram poucas. Era demais, talvez eu fosse muito fraca mesmo. Eu não sabia mais como lidar com ele.

                          Jennifer: Porque a gente não tem brigas de um casal normal? – Disse entre um soluço e outro. 

                          Michael: Porque não somos um casal normal, querida!


    Eu levantei a cabeça, limpei as lagrimas e o olhei nos olhos. Era hora de eu me impor, de mostrar atitude.                

                           Jennifer: Exatamente. Me faz um favor? Me deixe sozinha essa noite.