Fanfic: Come Back... Be Here. | Tema: The Wanted, One Direction

                Os dias foram passando e nada aconteceu, ela ia a algumas festas com Andrew e James, mas nada demais. As coisas iam de bom a melhor, com o espaço para musica o lugar passou a ficar mais cheio e ela estava pensando em até ampliar e servir jantares a noite, fechava a tarde e quando desse umas sete começaria o jantar.

                Era só mais um dia normal, o jantar já estava sendo servido e ela então reparou um homem sentado em uma mesa sozinho. Ele estava com as duas mãos juntas sobre a mesa e olhava toda hora para o microfone, como se quisesse subir ali e cantar e era exatamente o que ele queria, mas não tinha coragem.

                Ela ficou um longo tempo ali apenas observando ele. Ele demorou ao pedir o jantar, estava prolongando sua estadia ali. Foi então que ela decidiu se aproximar e se apresentar, além de muito bonito ela queria que ele cantasse. Ela andou calmamente entre as mesas falando com alguns dos clientes até chegar a mesa dele.

                – Eu já fiz meu pedido – ele respondeu.

                – Eu sei... Sou a dona daqui...

                – Ah, desculpe... Sente-se.

                – Emanuela – ela estendeu a mão para ele.

                – Nathan – ele lhe deu a mão e sorriu – E eu já sabia seu nome...

                – Oi?

                – Eu – ele tossiu – Estava naquela festa... A do Jay...

                – Ah – ela corou um pouco

                – Você não me ligou...

                – Desculpa, nem sabia que eu tinha seu numero...

                – Eu não sabia que esse café era seu. Ele é muito bom...

                – Hm, reparei que você ficou olhando para o microfone...

                – Reparou em mim? – Ela corou novamente

                – Ele está aberto para quem quiser tocar e cantar...

                – Eu sei... Sou um pouco tímido com isso...

                – Ah qual é... Vai. – ela sorriu

                – Meu jantar já deve estar chegando...

                – Você pediu o prato mais demorado e tenho certeza que não foi porque queria comê-lo. Vai, é só ligar o teclado e o microfone na tomada. E se quiser um violão eu pego...

                – O teclado está bom... – ele se convenceu e levantou.

                Ele estava nervoso, ligou o teclado e o microfone na tomada e todos ficaram olhando para ele. Manu estava ainda sentada na mesa dele olhando para o mesmo para apoia-lo, ele então começou algumas notas no teclado. Todos ficaram impressionados conforme a musica ia rolando e então ele começou a cantar. Ela se revirou na cadeira, ela conhecia a musica, conhecia a letra... Conhecia a voz. Ela ficou sorrindo enquanto ele cantava, ele olhou para ela e acabou sorrindo também. Quando já estava no meio da musica ele já estava mais relaxado.

                – I`ll be your strength. I`ll be your strength, Yes i will. I won`t sleep till the sky is calmer. Keep on searching till I`ve found you, And my love will be your armour, in this battlefield around you. Hand in hand we walk together. We can make it through the stormy weather, We can break down walls together, do it all together, do it all. I`ll be your strength, I will. I`ll be your strength, Yes i will, yes i will.

                Ele cantou essa parte olhando para ela porque ele sentiu confiança em seu olhar. Ele terminou a musica e todos aplaudiram, ele desejou boa noite e voltou para a mesa. Enquanto ele voltava ela aplaudiu e ele se sentou a mesa.

                – Uau, foi incrível... Qual o nome dessa musica?

                –I’ll be your strength...

                – Eu conheço essa musica... Só não me lembro da onde...

                – Era de uma banda... – ele disse pegando o garfo e comendo seu jantar.

                – É mesmo... – ela sorriu ao se lembrar – Espera... Tinha um Nathan na banda... Você? Não... – ele balançou a cabeça – Não acredito...

                – Acredite... – Ele riu

                – Eu nem me lembro de vocês acabarem... Com o tempo as responsabilidades vieram e já não tinha mais tempo para passar horas no twitter... – ela riu

                – Foi acontecendo... Aos poucos... Mas quando chegou ao fim, foi doloroso... Mas ainda somos amigos

                – Imagino... Lembro que vocês viviam brigando com outra banda, aquilo acabava comigo. Eu era fã dos dois e ficava sem reação... – ela riu.

                – Desculpe por isso... – ele riu também – Era coisa de momento. Eles são ótimas pessoas.

                – Vou deixar você jantar... – ela estava se levantado.

                – Fica... – ele colocou sua mão sobre a dela.

                – Só mais um pouco. – ela sorriu.

                Eles ficaram ali conversando a noite toda. É claro que ela pediu desculpas por não ligar para ele, ela não queria algo sério, ainda estava traumatizada por seu ex. Quando se deram conta todas as mesas já estavam vazias e as garçonetes já estavam indo embora. Eles riram da situação e ela perguntou se ele queria tomar alguma coisa, ele aceitou e ela fechou as portas e eles subiram para o apartamento dela.

                – Não repare a bagunça... – ela disse ao entrar recolhendo algumas roupas jogadas pelo chão

                – Teve uma festa aqui? – ele riu ao pegar uma calcinha dela que estava no chão

                – Não – Ela riu e corou – É que as vezes eu chego em casa cansada e saio tirando a roupa pelo caminho... – ela pegou a calcinha dele e jogou no banheiro.

                – Gostaria de ver isso...

                – Você está me deixando sem graça... – ela riu.

                – Culpado... – eles foram para a cozinha e ela se serviu com uma cerveja.

                – Aceita?

                – Claro...

                Ela não costumava beber cerveja, James tinha comprado para quando ele fosse lá. Ele agora arrumava qualquer desculpa para ir para lá e tentar agarrá-la, mas a amizade deles era ótima, ela tinha que admitir, era tentador a ideia de eles terem um relacionamento de amigos com benefícios, ela andava bem sozinha, mas tentava se segurar, mesmo que as vezes provocasse ele.

                Uma noite ela fingiu estar dormindo e o abraçou, sua cabeça estava no ombro dele e ela respirava suavemente no pescoço dele e ela o sentiu ficar arrepiado. Mas ela não era a única que provocava, ele também. Ele uma vez começou beijar o pescoço dela e por pouco ela não cedeu.

                – Soube que você e Jay são amigos...

                – Jay?

                – Ah, agora ele gosta de “James”.

                – Sabia que eu o conhecia... E ele disse que eu estava ficando maluca.

                – Ele disse que vocês estão bem próximos – ele olhou para ela.

                – Sim, relação de melhores amigos eu diria...

                – Então não dormiram juntos? – ela se engasgou.

                – Não... Ele disse isso?

                – Não... – ele riu – Mas disse que você provoca muito...

                – Como se ele fosse santo... É só que... Eu não “durmo” – ela enfatizou com os dedos as aspas – Com ninguém a um bom tempo – “Coloca tempo”, ela pensou – E as vezes é legal provocar ele, mas quando ele me provoca eu quase não aguento...

                – Por que você não “dorme” – ele fez o mesmo gesto que ela – Com ninguém há muito tempo?

                – O fim do meu ultimo namoro... Foi bem problemático. Na verdade, foi bem simples e doloroso...

                – O que houve?

                – Ele me traiu com uma “amiga” de colégio...

                – Por que “amiga”?

                – Ah, nós nunca nos demos bem, mas éramos amigas. Ela sempre foi falsa comigo desde que a conheci, ela apenas fingia ser minha amiga... Karol...

                – Que chato...

                – Nem fale. Mas desde que terminei eu meio que me privei de homens, você foi o primeiro... Único, que beijei desde o fim do noivado...

                – Vocês estavam noivos? Que canalha...

                – Sim... E isso já tem muito tempo... Por isso às vezes eu provoco o James... Sou humana... Sinto falta também – ela riu e ele também.

                –Te entendo...

                – Entende?

                – Depois do meu ultimo relacionamento eu também tenho evitado mulheres... Mas não posso dizer que você foi a primeira depois de tudo... – ele riu.

                – O que ela fez?

                – Quebrou meu coração? – ele riu – Apenas terminou sem me dar um motivo. Talvez eu não seja um bom namorado, mas eu sempre suspeitei que ela estivesse comigo porque eu já fui de uma banda famosa, não porque ela realmente gostasse de mim. Então eu fui nessa festa, conheci uma mulher incrível que perguntou meu nome 5 vezes e depois só me chamou de amor porque não queria perguntar mais. Ela disse que eu era incrível e pegou meu número e disse que ia me ligar, mas... Nunca ligou... – ela corou novamente.

                – Desculpe, Jay me avisou um tempinho depois que eu tinha pego seu número e prometido ligar, mas... Já disse...

                – Eu sei... Só queria te provocar...

                – Uma coisa pode ter certeza Nathan... Eu não menti quando disse que você era incrível...

                – Agora você me deixou sem graça... – eles riram.

                – É o efeito da bebida... Tenho algo mais forte aqui se quiser... Eu sei que eu estou precisando... – ao dizer ele concordou e ela procurou no armário – tem tequila... – ela riu ao se lembrar das amigas no Brasil – Tem uísque... Ganhei de natal e nunca bebi – ela riu.

                – Pode ser uísque... Vamos comemorar...

                – Comemorar? O que exatamente?

                – Eu cantei hoje... Você admitiu que está quase virgem de novo – ela riu e pegou dois copos e ele abriu a garrafa

                – Meus negócios estão indo bem e honestamente, ando tendo os melhores amigos...

                – Tim tim... – eles brindaram e beberam

                – Nossa... Isso é horrível... – ela riu

                – Vai melhorando conforme vai bebendo...

                Eles pararam de beber quando a garrafa estava na metade, eles estavam na sala ela já bebia direto da garrafa. Eles ficaram falando besteiras e assistindo TV.

                – E suas amigas... O que elas fazem? – ele perguntou.

                – Bem... Eu fui a única que seguiu nessa carreira empresarial sabe? – ela falava embolado – Karlla é surfista profissional... É sério, devia ter visto ela nas primeiras aulas – ela riu.

                – Era muito boa?

                – Era péssima – os dois riram – Ela não ficava em pé na prancha, levou uns trezentos caldos, mas nunca desistiu. Com o tempo foi conseguindo e hoje viaja o mundo ganhando as competições... Camila é skatista, sempre soube andar, acho que ela saiu da mãe montada em um skate... E a Lari toca em uma orquestra.

                – Amigas famosas...

                – Sim cada uma faz o que é boa né...

                – E você é boa em que?

                – Cama... – ela riu.