Fanfic: Dancing in London
Capitulo 1
Um sonho? Bom, eu tenho já tive vários, e vários deles eu já realizei, ou fizeram realizar por mim. Mais ainda existe um sonho que não consegui realizar, um sonho que surgiu em minha mente há muito tempo atrás, Um sonho que só depende de mim, da minha força de vontade. Na verdade eu danço, mais não é só dançar em festas ou em casa por brincadeira, ou até mesmo só por diversão. Eu penso na dança como o meu futuro, pois, eu não consigo me encaixar em outra coisa, não consigo me encaixar em uma faculdade de engenharia, administração ou até mesmo em gastronomia, se bem que eu cozinho bem, mais não é do meu tipo estudar para esses tipos de coisa. Eu quero sair do País, mostra como é a minha dança, quero ser alguém importante, quero ter amigos profissionais que gostem de dançar como eu, ou até mesmo formar um grupo para entrar em diversas competições que existem por ai. A dança é algo especial, é uma coisa prazerosa. O poder de você escutar uma música e vim na sua mente um passo que com o ritmo lhe leve a algo especial, a algo lindo, é um sentimento inexplicável, acho que posso dizer que um sentimento realmente gratificante!
Terminei o meu curso de inglês faz alguns meses e terminei também o 3º ano do ensino médio há pouco tempo, e escuto sempre meus pais reclamarem o tempo todo que não é só porque eu terminei o colegial que eu tenho que parar de estudar. Eles acham que eu devo fazer uma ótima faculdade, para poder ter minha própria casa, minha própria vida. Por um lado, eu até concordo com eles sabe, mas eles não entendem o que eu realmente quero. Quero dizer, eles sabem que eu gosto muito de dançar, e que eu levo isso muito a sério, até porque é minha mãe que paga as minhas aulas de dança de salão e de Hip-hop desde que eu tinha 15 anos que ocorre durante dois dias da semana, até mesmo às vezes eu saio para alguns ensaios nos finais de semana que meu professor de dança Junior marcava para nós, ou podemos dizer às vezes para mim! Junior? Ele é uma pessoa mais que especial, ele é um ótimo profissional e também um gato, acho que ele tem um encanto por mim, as vezes ele fica me olhando e as vezes da um pequeno sorriso de leve quando eu olho, eu namoraria com ele, mas eu só tenho um sentimento de amizade por ele mesmo, mas, eu devo agradecê-lo, pois, foi ele que me ensinou passos incríveis.
Eu quero sair do Brasil, quero poder desfrutar de outros lugares. Sempre pensei em Nova Iorque, Paris, Los Angeles... Mas o lugar que neste momento eu desejo muito ir é Londres. Londres é uma cidade perfeita, é a cidade dos meus sonhos. Todos aqueles lugares, as paisagens, os artistas que surgiram de lá, tudo isso faz parte da minha inspiração para que eu viaje até lá, mas não é tão fácil como eu pensava que fosse quando eu era uma apenas uma menina sem conhecimento sobre preço de passagem e hospedagens.
Há muito tempo atrás, eu decidi procurar na Internet escolas de dança, ou até mesmo salões que ensinam a dançar por lá, e encontrei a escola mais importante que é a “Dance Academy”. Bom, não é uma simples escola, e sim, um tipo de Faculdade de Artes. Têm dormitórios, armários, bibliotecas, pelo o que eu pesquisei, não é só simplesmente um tipo de dança que importa por lá e sim, balé, salsa, tango, hip-hop, valsa, entre outros. Para pessoas de outros lugares como eu, por exemplo, podem se inscrever mandando uma carta com um vídeo mostrando como é a sua dança, caso interessem a eles, ele lhe chamam para participar de uma audição, e passando por essa audição, que claro, também é dançando, você estuda na escola como bolsista. E essa audição será muito importante para mim, acho que um dos momentos mais importantes da minha vida porque o preço da mensalidade desta escola é muito alta.
Finalmente chegou Sábado, o sol batia na janela do meu quarto, e eu acordei mais um dia ansiosa pra poder ir para a aula de dança que eu tanto esperava. Pois é, tive aula ontem e já esperava ansiosamente para a de hoje. As aulas só eram mesmo nas sextas e nos sábados. Sentei na cama e olhei em volta do meu quarto, meu quarto era simples, com posters dos meus artistas favoritos e com um belo tom de rosa nos moveis e na parede. Eu não era um típico de patricinha mimada que só gostava de rosa e de nenhuma cor a mais, mas eu adorava rosa e o jeito de como meu quarto era, pois, era um lugar só meu, um lugar onde eu passava a maior parte do tempo dançando e tocando violão. Sim, eu tenho um violão, toco pouco, mas tem umas musicas que eu sei tocar bem, porém, não sou profissional tocando nem nada. Minha manhã parecia calma, até que eu escutei alguém abrir a porta do meu quarto.
- Nayhara? – Ela falou com a cabeça na porta que ainda estava entreaberta, aumentando a luminosidade do quarto, sim, era a minha mãe
- Oi mãe. – Falei sentando na cama, esfregando meus olhos.
- Vai levantar não? Vem almoçar, a comida já está na mesa – ela falou fechando a porta.
Com isso, eu me levantei. Olhei-me no espelho, e vi que minha aparência estava totalmente horrível, não que eu seja feia, mais eu estava realmente parecendo um monstro com o cabelo assanhado, roupa amassada, olhos inchados, era assim todas as vezes que o meu dia anterior fosse agitado. Peguei meu celular, e quando eu vi já era 13:15 da tarde, eu sai do quarto aos gritos.
- MÃÃÃÃÃÃÃÃÃEEEEEEEEE, CADÊ MINHA TOALHAAA, EU VOU CHEGAR ATRASADA NA AULA, PORQUE A SENHORA NÃO ME ACORDOU ANTES? – falei já em desespero correndo pela casa sem achar a minha toalha. Não gostava de chegar atrasada.
- Eu pensei que você tivesse colocado o despertador que nem todas às vezes menina. – Ela falou quase rindo da situação em que eu me encontrava naquele momento. – Mais a toalha está no seu guarda-roupa, eu lavei e deixei-a dobrada na segunda gaveta.
- Okay! – Eu falei quase tendo um surto do coração. Mas na verdade a aula só era as 15:30, mas como eu já havia dito, eu nunca gostei de chegar atrasada, essa era uma das minhas qualidades, era o que me ajudava também a me destacar nas aulas (e na vida de Junior kkkkkkk, brincadeira ele era uma pessoa legal mas eu não era apaixonada por ele. mas se fosse pra eu ficar com ele eu ficaria, porque não?) gostava sempre de ser uma pessoa pontual. Pegando a toalha, fui direto ao banho. Meu banho? Eu considerava um dos momentos mais engraçados do meu dia, pois, eu ligava o som do meu celular no meu ultimo volume e começava a cantar que nem uma maluca, sim, eu só tomava banho escutando música, principalmente as músicas do meu celular que eu considero serem as melhores! Saindo do banho, enrolei a toalha em meu corpo, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e fui em direção ao meu quarto que ficava logo ao lado do banheiro. A escolha da minha roupa não era uma difícil decisão. Usava uma leg preta e uma blusa caída com um top por baixo e um tênis, ou até mesmo, muitas vezes, dançava descalça. Era uma opção mais confortável que eu gostava de usar em todas as aulas.
Depois de almoçar, sai correndo em direção a parada de ônibus. Não demorava muito, era somente uns 30 minutos até chegar lá. O tempo passava muito rápido, muitas vezes eu nem percebia, até porque eu sempre vou com meu fone de ouvido, e com as minhas musicas prediletas, parece que o tempo passa que você nem percebe, e bom, principalmente quando eu escuto a pasta de musica da One Direction, pois, era a banda que está fazendo sucesso no momento, e bom, eu me identifico muito com algumas musicas, principalmente as lentas.
Finalmente cheguei, passando pela recepção anotei meu nome na ata de presença. Abri a porta e dei de cara com alguns dos meus colegas que são tão profissionais como eu e logo avistei Junior que estava vindo em minha direção. Ele era lindo, tinha cabelo liso castanhos, era um pouco forte, devido à dança, mas acho que a musculação ajuda, ele era realmente muito bonito. E só para constar, ele não era GAY. Pois é, acho que ele seguiu nessa carreira da dança graças a sua mãe que é uma dançarina muito reconhecida nos palcos de teatro no Brasil. Quando eu chegava, eu via seus olhos brilhando olhando em minha direção, mas eu acho que era coisa da minha cabeça, como é que ele, ELE podia gostar de mim?
- Nayhara, que bom que você chegou, pensei que você não vinha... – ele falou abrindo os braços, e aquele perfume delicioso veio e me possuiu completamente.
- Graças a Deus o ônibus não demorou pra chegar hoje- falei sorrindo, porém, não deixei de abraçá-lo.
Ai senhor, definitivamente eu tinha uma quedinha por ele, acho que é por isso eu sempre gosto de me destacar, acho que é até mais pra chamar a sua atenção, mas ele era do tipo de garoto pegador e esse era o seu defeito.
- Iai galera? Vamos começar? – ele falou colocando as musicas que estavam em seu pen drive no som, enquanto isso, todos já se posicionavam em frente a parede espelhada que tinha dentro da sala. A sala era ótima, tinha um espelho enorme em nossa frente no qual nós dançávamos de frente pra ele. – Vou colocar essa só pra aquecer, e depois eu passo a coreografia para vocês – ele falou se posicionando na frente de todos e todos ficaram espalhados atrás deles.
Música – “Like a G6”
A música começou, eu estava posicionada mais atrás. Como sempre, tem aquelas meninas que tem inveja de você, e dizia que você aparecia demais e que você ficava se jogando pra cima do professor, mas na verdade eram elas que faziam isso. Eu sei que não devo nada a ninguém, mas eu não queria demonstrar uma coisa que eu não sou, então preferia ficar atrás mesmo. Então, Junior começou mais com alguns alongamentos. Alongamentos que são muito importantes antes de iniciar uma dança, ele fazia e nós repetíamos os movimentos que ele nos mostrava. Começou alongando a perna direita, e todos nós sempre seguíamos o que ele fazia, depois de contar até 10, nós alongamos a perna esquerda, e depois os braços, o direito e depois o esquerdo. Depois nós tínhamos que tocar as mãos em nossos pés, uma tarefa que as vezes era muita engraçada, pois, tinha pessoas que não conseguiam fazer isso, e não querendo me gabar, mais eu sempre conseguia fazer todos os alongamentos, eu me considerava uma pessoa atlética. Vendo a situação de alguns, Junior me chamou para eu ficar ao seu lado na frente de todos, para poder ajudar na visão de todos no salão, até porque tinham alunos novos no pedaço, até juro ter visto uns casais de terceira idade naquele dia.
- Nayhara, preciso de uma pequena ajuda sua – ele falou olhando em minha direção, enquanto todos tentavam fazer esse movimento, que nem era tão difícil, eu até achei que era mais uma desculpa pra eu ficar perto dele, mas continuei achando que era coisa da minha cabeça. Porque que quando ele falava meu nome eu sentia um calafrio? Acho que é porque ele é muito bonito mesmo.
- Tem certeza? – Falei de onde eu estava, sim, eu estava meio que envergonhada nesse momento, acho que estava mais nervosa de ter que ficar ao lado dele. Mas vendo que ele balançou a cabeça afirmando e fazendo um gesto com o dedo me chamando, decidi ir, sabia que depois de alguns segundos, ele iria de qualquer maneira me puxar para ficar ao seu lado.
Então eu me posicionei ao lado dele e fazendo os alongamentos iguais aos que ele fazia, eram muitos e todos no ritmo da musica. E em quase todos os movimentos ele me observava pelo espelho. Sabe quando você sente que uma pessoa está lhe observando? Pois é, eu sentia isso quando ele estava presente e sabia que naquele momento em que eu estava ao seu lado, ele estava me observando com um olhar carinhoso, e ao mesmo tempo um olhar... Sei lá... Apaixonado, ou simplesmente um olhos de pegador mesmo? Acho que eu estava ficando maluca mesmo. Eu já era sua amiga mais de 2 anos e não era possível eu pensar daquela maneira.
Quase no fim da música, avisaram que meu celular estava tocando. Então, eu saí do salão correndo para atender e vi que era a ligação da minha mãe. Nisso, Junior reparou quando eu sai , mais continuou seguindo com seus passos.
- Alô mãe? – falei meio ofegante, estava cansada e também tive que correr um pouco para encontrar meu celular dentro da minha mochila
- Oi nayh tem como você vim pra casa agora? – ela falou com uma voz de urgência, uma voz meio que forçada como se estivesse querendo esconder algo de mim.
- Porque mãe? Aconteceu alguma coisa? Aconteceu alguma coisa com a senhora?- falei quase em desespero, mais tentei me controlar.
- Não, não aconteceu nada de grave, mas você tem que vim agora. É algo importante, mas nada sério.
- E a senhora não pode me falar por telefone?- falei, tentando fazer ela soltar algo.
- Não, só quando você chegar! Venha logo. – ela estava calma, mas eu percebi que ela queria muito minha presença naquele momento.
- Ta certo então mãe, vou agora, daqui a uns 60 minutos, ou antes, eu chego ai, beijos.- falei desligando o telefone e correndo para o salão para pegar o resto das minhas coisas. Sei que ela disse que não era nada grave, mas, eu sou uma pessoa muito impaciente, não consigo esperar por nada e principalmente sou muito curiosa.
Quando eu voltei no salão todo mundo estava dançando, dançando alguns passos que Junior já tinha passado para eles. Vendo que eu estava arrumando minha bolsa pra ir embora, ele veio em minha direção.
- Você já vai? Por quê? Aconteceu alguma coisa? – ele falou com os olhos completamente atentos olhando para mim.
- Minha mãe me ligou, ela disse que tinha uma notícia pra me dar, e disse que não podia ser por telefone- falei colocando a mochila em meu ombro segurando-a em sua correia.
- sério? Então, se for uma coisa realmente séria, então me liga ok? – ele falou me abraçando.
- Sim, pode deixar, eu ligo, semana que vem eu chego com a coreografia pronta da musica, eu prometo...- falei quando já tinha saído de seus braços e vi que duas meninas, que são bem atiradas pra cima dele estavam nos observando. – então é isso, tchau- disse me afastando e seguindo para a parada de ônibus. A maioria das músicas que nós nos aquecíamos, era a musica em que faríamos a coreografia do dia. E eu sempre o ajudava com muitas idéias. Então pra não decepcioná-lo, preferi eu mesma fazer a coreografia e passar para todos depois, exclusivamente para ele primeiro!
Quando cheguei na parada, procurei a minha bolsinha que guardo meu celular, não encontrei ela na minha mochila, pois no bolsinho da frente guardo o meu dinheiro. O ônibus já tava demorando pra chegar já havia feito 25 minutos, e eu estava com medo de ir e o ônibus chegar. Então eu voltei correndo. Cheguei lá a moça da recepção disse que todos já tinham ido embora, mas que Junior ainda estava guardando as coisas lá dentro. Então eu fui em direção da porta, quando cheguei próximo a ela, escutei um som de uma musica lenta, acho que era tipo um tango, não sei explicar, a porta tava impedindo de eu escutar, então decidi abrir a porta, quando eu abri avistei Junior dançando com a menina que eu mais odeio daquele lugar. O nome dela era Rayza, nunca gostei dela, nunca. Quando ela estava dançando com ele, ele estava de costas pra porta, ele não viu que eu estava ali, então ela aproveitou o momento e o beijou. Eu tinha quase certeza que ela tinha me visto, e tinha quase certeza que ela estava fazendo aquilo pra me provocar.
- HUMHUMHUM.. Bom, eu só vim aqui mesmo pra pegar a minha carteira que eu esqueci aqui no banco, mas podem continuar o que estão fazendo- Falei entrando na sala me dirigindo em direção ao banco, pois, tinha visto ela no chão
- AH, oi nayhara.. é, tudo bem, po pode pegar – ele falou se desgrudando de rayza e ficou me olhando pegar minha carteira dali mesmo.
- Encontrei! – falei levantando a carteira e mostrando pra eles. – Bem, vou indo agora, não posso perder o ônibus.
- Tchau – Rayza falou com um sorriso no rosto. Eu apenas ignorei e sai da sala.
Pra falar a verdade eu não me importei muito em vê-lo beijando ela, apenas acho que ele merece alguém melhor. Eu não sou apaixonada por ele nem nada, mas ele é uma pessoa muito especial pra mim e acho que me importo com isso. Acho que eu seria realmente um tipo bom pra ele. Mas tudo bem, era melhor eu ir pra parada. Demorou mais uns 5 minutos e o ônibus chegou, o engarrafamento estava terrível, acho que por isso que o ônibus tinha demorado tanto.
Quando cheguei em casa, coloquei minhas coisas no meu quarto e me dirigi até a sala, minha mãe estava sentada assistindo a novela e mandou eu ir até a cozinha, então quando fui para a cozinha estava meu pai sentado na mesa segurando uma carta que havia escrito meu nome nela.
Autor(a): nayharagomes
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