Fanfic: Dancing in London

                                                                                           Capitulo 3

Depois daquele dia em que eu recebi a carta da grande noticia, a semana passou muito rápida. No domingo fui dar uma volta no shopping com Ruth e Junior e fomos ao cinema, pois em casa estava a tensão dos meus pais para comprar o passaporte, na verdade eu teria que comparecer a escola na segunda feira, mas teria que viajar logo na sexta para me estabilizar melhor ao lugar. Segunda e terça foram dias muitos agitados. No primeiro fui com minha mãe ao shopping para comprar malas para a viagem e aproveitamos e entramos em lojas de roupas para eu poder ter algo novo para vestir. Depois aproveitamos e fomos à loja de balé, pois meu sapato já estava desgasto e teria que comprar um novo, aproveitando também para comprar uma nova roupa e assim formar um conjunto. No segundo, meu pai já estava quase enlouquecendo procurando hotéis para eu me hospedar esses três dias enquanto eu espero o dia da audição. Na Quarta feira minha mãe organizou um almoço com os familiares e com alguns amigos mais íntimos meus, uma “despedida” vamos dizer assim. Foi um dia bastante agitado, porém, muito divertido. E hoje estou aqui, noite de Quinta feira, e não consigo dormir, minha ansiedade esta nas alturas e não consigo parar de pensar na viagem e no vôo. Também bateu logo um nervosismo em mim só de pensar que vou ter que ficar sozinha em um lugar onde não conheço ninguém, onde eu não sei andar nos os lugares, onde ninguém fala a minha verdadeira língua. Já era 02h30min da manhã de Sexta e meu vôo saia apenas as 08h00min. Olhava pra Ruth que estava ao meu lado quase babando. Ela dormiu aqui em casa, ela queria esta comigo na hora em que eu embarcasse, então seria melhor ela já esta aqui em casa pra sairmos juntas.

Teria que acordar, pelo menos 05h00min. Então o quê? Eu teria apenas pouco tempo para dormir. Então tentei relaxar, e peguei no sono. Acordei com meu pai tocando no meu braço pra eu levantar e eu pulei ansiosa da cama. Fui ao banheiro, fiz a minha higiene matinal, coloquei a minha roupa. Uma blusa com a bandeira de Londres, um short Jeans azul e um salto preto. Não sei se estaria frio, ou se estaria calor. Mas se estivesse frio eu só acrescentaria um casaco. [http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&tbo=d&biw=1366&bih=595&tbm=isch&tbnid=VlRll57Yr60DtM:&imgrefurl=http://biografiadamoda.blogspot.com/2012/07/bandeira-do-reino-unido.html&docid=2UD3olMaziGy2M&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-do3-Po1KRf4/TkPhDGfyvAI/AAAAAAAAA_Q/Tpn1rCLpQRk/s640/1276074_England_shirt_large.jpg&w=500&h=441&ei=IvHwUPf_JY2u8QSOx4DABw&zoom=1&iact=hc&vpx=945&vpy=103&dur=651&hovh=156&hovw=171&tx=89&ty=80&sig=116160477552638695304&page=1&tbnh=142&tbnw=154&start=0&ndsp=23&ved=1t:429,r:6,s:0,i:97]

Depois de pegar tudo e meu pai colocar as minhas duas malas no carro, peguei a minha bolsa com os documentos e passaporte e todos nós entramos no carro e fomos em direção do aeroporto. Chegamos, ficamos lá sentados conversando até que chegou a hora de eu finalmente embarcar.

- Nayhara, eu quero que você tome muito cuidado, não converse com estranhos e quando chegar vá direto para o hotel e não aceite bebida de ninguém está me ouvindo? – meu pai falou me entregando as duas malas de carrinho e me abraçando. Ele não cansava de repetir isso toda vez que eu fosse pra algum lugar?

- Então o senhor quer que eu fique muda até voltar para o Brasil né pai? Porque lá só vai ter pessoas estranhas, eu não conheço ninguém. Então relaxa- falei rindo o abraçando de novo.

- Se cuide filha, eu te amo muito. Eu quero que você ligue para mim todos os dias- agora foi a vez da minha mãe.

- Mãe, não vai dar pra eu ficar ligando todos os dias, mas eu prometo ligar sempre que for possível- falei abraçando-a

- E você? Irei sentir muito a sua falta amiga, eu te amo muito e vou ta te esperando em Londres sua cachorra. – falei abraçando-a e falando em seu ouvido

- Também vou sentir, e quando você menos esperar eu vou estar lá ao seu lado passeando pelas avenidas de Londres, assim eu espero né?- ela falou rindo.

- Tchau, assim que eu chegar eu ligo – falei enxugando as minhas lágrimas, pegando as minhas malas e indo em direção ao meu destino.

E quando cheguei ao portão de embarque eu acenei para eles e obtive a mesma resposta. Depois caminhei até o avião e sentei em minha poltrona. Chorando muito de felicidade eu olhava pela janela e só conseguia pensar, como é que eu conseguiria ficar distante por tanto tempo de pessoas que eu amo tanto?

 O vôo foi muito cansativo, muitas horas de viagem e eu não sabia mais o que fazer dentro daquele lugar. Sempre que eu podia, eu ia ao banheiro, em uma dessas viagem vomitei um pouco, acho que estava muito enjoada, as nuvens deixaram a minha cabeça latejando. Escuta várias musicas e pude jurar que escutei os CDs completos de One Direction, Bruno Mars e Kelly Clarkson. Pois é, e parecia que nunca ia chegar.

Não pude acreditar, mas eu escutei avisando que tínhamos aterrissado. Meu coração foi a mil, começou acelerar de um jeito que nem nunca antes. Desci do avião, peguei as minhas malas e fui à procura de um táxi. Entrei no mesmo e pus as minhas malas na mala do carro ficando apenas com a minha bolsa. Acredita que lágrimas caíram em meu rosto mais uma vez quando o taxi começou a andar pela a belíssima cidade de Londres? Lá estava eu sentada em um taxi no banco de trás olhando pela janela aquela magnífica paisagem que estava em minha volta. Entreguei o papel do endereço do hotel para o motorista e logo em seguida já tínhamos chegado. Ele me ajudou com as malas, e fui em direção a entrada do hotel. Não via logo a hora de chegar, tomar um banho, fazer uma refeição e ir dormir. Claro que eu estava louca para andar e desfilar por ai, mas eu estava muito cansada e também já estava quase de noite, então era melhor eu abaixar o meu facho. Cheguei à recepção, confirmei a minha hospedagem e logo em seguida peguei as chaves e fui em direção ao elevador.

Subi pelo elevador, fiquei hospedada no 4º andar e assim que a porta do elevador abriu, sai pelo corredor à procura do numero do quarto e logo achei. Abri a porta e vi que era bem organizado. Bom, não era nenhum hotel cindo estrelas, porém, estava bom demais pra mim. A sala era um tamanho normal, já vinha com moveis, o que já facilitava, tinham dois quartos um deles com suíte, cozinha, área de serviço e um banheiro do apartamento. Olhando a vista pela janela, acho que muitos que já moravam ali consideram simples, mas pra quem só via a vista da minha rua pela minha janela desde pequena pra mim aquilo era o paraíso, a melhor coisa que eu já podia imaginar. Bom, abri minhas malas, não decidi tirar as roupas dela, apenas o meu pijama, porque provavelmente eu só iria passar o final de semana ali, caso desse tudo certo na audição. Peguei minhas roupas e fui direto para o banho. Fui tomar um banho e não pude evitar, mas liguei o som alto e comecei a cantar no chuveiro que nem uma maluca. Não conseguia esconder a minha felicidade imensa.

Depois que eu terminei meu banho super divertido e alegre, coloquei minha roupa de dormir e fui comer alguma besteira, pois estava muito tarde pra eu sair por ai procurando algum supermercado. Então fui para sala, sentei no sofá, liguei a TV e ali mesmo eu fiquei comendo e assistindo, era estranho ter que ligar a TV e saber que não estará passando aquela novela que de costume todos assistem no Brasil, mas eu não posso reclamar não é? Claro que não, novela era o que menos importava naquele momento. Então fui para a suíte escovar meus dentes e dali mesmo pulei em minha cama e cai no sono.

Acordar numa manhã de sábado é sempre gratificante e ainda acordar em um sábado de manhã e em Londres é melhor ainda. Olhei para a janela e ali o sol queria atravessar a cortina que o tampava. Esfreguei meus olhos, levantei da cama, abri a cortina e depois a janela. Sim, eu respirei fundo e sentir o ar londrino me possuir por inteira. Abri um pequeno sorriso e não poderia estar mais feliz. Corri para o banho, não poderia desperdiçar esse dia tão maravilhoso que estava lá fora, e eu iria aproveitar para procurar onde se localizava a escola, para que no primeiro dia eu não me atrasasse. Tomei um banho, coloquei um short azul piscina com um cinto marrom e uma blusa de botão branca. Peguei minha pasta onde continha todos os meus documentos que eu precisaria para mostrar na escola, papeis também onde continha o endereço da escola, como eu estava com preguiça de levar algumas coisas na bolsa, resolvi então só andar com a pasta.

Quando eu saio do ontem e já estava na calçada não pude conter o sorriso. Que lugar maravilhoso era aquele, também não pude conter a vontade de andar naqueles ônibus grande e vermelho de primeiro andar. Ele estava vindo em minha direção e eu pedi para que parasse e assim ele fez. Subi e é claro fiquei no andar de cima, onde eu poderia olhar melhor ao redor. Não andei muito, porém pedi informação e desci próximo a uma rua que provavelmente estaria próximo a escola. Continuei andando e não pude deixar de tirar foto. Pedi para uma garota que estava próxima a mim para tirar uma foto minha, pois teria que enviar urgentemente aquela foto para Ruth. Bateu a foto e realmente ficou muito linda. Continuei andando e cada vez mais eu não parava de olhar nos mínimos detalhes que tinha ali, até que eu virei em uma avenida em que tinha belíssimas lojas e alguns restaurantes. Já tinha passado bastante tempo desde a hora que eu tinha tomado café da manhã, e agora eu estava em uma rua que tinha algumas restaurantes, só bastava eu escolher um. Parada de frente a um restaurante distraída tentando pegar cuidadosamente  minha carteira que estava dentro da pasta para não derramar todos os papeis que estavam dentro dela, De repente uma pessoa que saiu do restaurante estava no telefone e esbarrou em mim derrubando todos os papeis que estavam em minha mala, não pude me conter e logo gritei.

- AAAI MEU DEUS, EU NÃO ACREDITO, VOCÊ TA CEGO? – falei nem olhando pra cara da pessoa me abaixando rapidamente tentando pegar todos os papéis.

- Me desculpe, eu não tinha te visto, mas eu acho que você estava na passagem- a pessoa falou se abaixando tentando me ajudar a pegar o resto dos papeis.

- SE VOCÊ NÃO PERCEBEU, MAS EU ESTAVA OCUPADA NO MOMENTO EM QUE VO... - minha voz sumiu no mesmo instante quando nossas mãos se tocaram tentando pegar o mesmo papel e minha visão subiu para ver o seu rosto.