Fanfic: Um Acordo Irresistível- AYA | Tema: AYA
Com uma das mãos Alfonso massageou-lhe as costas enquanto dançavam, ao mesmo tempo trazendo-a para mais perto de si.
— Bom, muito bom — disse. — Agora é só me seguir. Ouça a música e acompanhe o ritmo.
Lentamente ela começou a melhorar. Embora sem nenhuma aptidão ainda, Cole teve de admitir que ele estava tendo uma folga de Dulce, Tiffany e Maite. Para as três, dançar era nada mais do que um jogo sensual. Moviam-se grudadas nele como se esperassem que a qualquer momento caíssem no chão e fizessem amor onde estavam.
Não a moça com quem dançava agora, Alfonso pensou. Era suave, quente, e ele tinha a impressão de que a quebraria se a apertasse muito forte. Tinha os cabelos claros, da cor que Deus lhe dera, e cheios de brilho.
— Estou fazendo bem? — ela perguntou.
— Muito bem.
— Não quero pisar em seus pés.
— Não vai pisar. Na verdade, é difícil acreditar que é a primeira vez que dança.
Para surpresa de Alfonso, ela chegou um pouco mais perto e encostou o rosto no ombro dele. Seus cabelos tinham cheiro de pêssego. Anahi deu um suspiro suave e o resto da tensão sumiu. Alfonso adorou seu par. Havia muito tempo não dançava com uma mulher que não insinuasse pelos movimentos que desejava rolar no feno com ele antes de se despedirem. E gostou.
Bastante boa para se casar com ela por seis meses.
Esse pensamento entrou em sua cabeça como um raio, mas tão depressa como entrou, saiu. Ela ficaria horrorizada só de pensar em um casamento temporário. Mulheres daquele tipo encontram sua alma gêmea no coro da igreja, namoram por cinco anos, depois planejam um casamento com festa. Não se casam em Las Vegas, nem comemoram o aniversário dos seis meses de casada obtendo um divórcio.
Depois de alguns minutos a música parou. Anahi fitou-o, abrindo os olhos naquele instante, como se tivesse acordado de um sonho agradável. Alfonso achou que ele próprio tinha a mesma expressão.
Começou então a se afastar, e ia lhe dizer que aquele não era lugar para mulheres iguais a ela, quando Anahi agarrou-lhe a camisa puxando-o para mais perto. Fechou os olhos e disse:
— Beije-me.
— Como?
— Beije-me, por favor.
Cole encarou-a, atônito. Ele conhecia apenas mulheres experientes, que davam muito, mas que pediam pouco, e que sabiam dizer adeus antes do café da manhã.
Então, por que estava negando um beijo?
Anahi tinha o rosto corado agora, e o fitava com olhos suplicantes. Ela desejava muito aquele beijo. Alfonso conhecia o desejo das mulheres, mas algo lhe dizia que havia mais envolvido naquilo do que uma simples paixão.
— Olhe, querida, talvez seja melhor...
— Você faria isso por cem dólares?
— Como?
— Sei que você vale isso.
Ele quase riu, mas a moça parecia tão séria que se limitou a perguntar:
— Quer dizer que sabe quem eu sou?
— Sei.
Alfonso suspirou. Mais uma prova de que sua lenda ainda estava viva. Segurou-a pelos ombros e disse:
— Agora, olhe. Não estou discutindo sobre o valor de meus serviços, e não me lembro de uma vez na vida ter ganho dinheiro assim tão facilmente.
— Quer dizer que vai me fazer isso?
— Não!
— Tudo bem. — Ela suspirou. — Talvez alguém aqui me faça esse favor.
Alfonso segurou-a pelo braço e tirou-a da pista de dança. Encostou-a no balcão do bar.
— Agora, ouça! Não é boa idéia ficar sacudindo um maço de notas num bar cheio de cowboys bêbados, oferecendo pagamento por algo que pode se tornar outra coisa.
— Que outra coisa?
Santo Deus. Como conseguiu essa moça sobreviver até então? Ele apontou para um casal fazendo sexo, ainda que tentando disfarçar.
Anahi desviou o olhar.
— Aquilo? — perguntou.
— Sim, aquilo. E você querendo ou não, aquilo vai acontecer. Garanto que não deseja se misturar com alguns desses sujeitos, especialmente agora quase na hora de fechar.
Hora de fechar. Passava um pouco das oito horas. Era melhor ele fazer a decisão sobre sua noiva ou seria um noivado terrivelmente curto.
— Talvez seja bom você ir para casa — ele aconselhou-a. — Quanto mais tarde, mais confusão na hora de sair. E este não é lugar para uma moça boa como você...
— Não fale isso!
Alfonso deu um passo atrás. Aqueles suaves olhos castanhos de repente expeliam fogo.
— Não sou uma moça boa! Quer dizer, eu sou, mas não quero ser. — Ela olhou para o barman, um homem de quase dois metros de altura. — Aquele barman é uma possibilidade, penso. Acho que vou pedir para ele.
— Não!
Alfonso levou-a para longe do bar, tentando saber qual seria o problema dela, se ingenuidade ou uma boa dose de insanidade mental.
— Não entendo, querida. Por que precisa pagar para um homem beijá-la?
— É que quero saber como a pessoa se sente quando é beijada.
Por segundos Alfonso acreditou não ter ouvido bem. Depois, entendeu.
— Você nunca foi beijada?
Ele pôs-se a examiná-la. Olhou para as botas deselegantes, para o traje. E teve a resposta. Porém, de qualquer modo, surpreendera-se.
Santo Deus... Como pudera uma mulher ter atravessado a puberdade e a adolescência sem nunca ter sido beijada? Certo, ela não era bonita, mas ele vira mulheres muito menos atraentes que conseguiram fisgar um homem. Por que as coisas haveriam de ser tão erradas quando era tão fácil serem certas?
— Ouvi dizer que um beijo, afinal, não é nada assim tão perigoso.
— Duas coisas — Alfonso lhe disse. — Primeiro, não acredite em tudo o que ouve dizer. E segundo, um beijo é algo muito poderoso. Em especial se a moça nunca foi beijada antes.
Anahi encarou-o. Os olhos dela não eram exatamente lindos. Nada nela era, mas qualquer coisa no modo como fixou o olhar fez com que ele sentisse um nó na garganta. Os lábios de Anahi se abriram ligeiramente e ela tocou com a ponta da língua o lábio inferior, deixando-o úmido e brilhante. Não havia nada intencionalmente sensual no gesto, e talvez por isso fosse tão...
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Autor(a): Duda
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Dedicado a elizacwb sedutor. — Beijar é como dançar — ele explicou, segurando-lhe o rosto com ambas as mãos. — Beija-se apenas quando o beijo vem com espontaneidade.Anahi fitou-o com terror, engolindo em seco. Alfonso pensou em acabar com aquilo depressa para livrá-la de tanta agonia, mas se ela estava disposta a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1451
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Sofia Postado em 17/07/2015 - 09:55:06
Oi duda adorei a fic,sera que você poderia me disser qual o nome desse livro que você adaptou para fanfic !?
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aamandda12 Postado em 18/04/2015 - 00:51:00
Duda amei sua Fanfic, muito Linda, Alfonso e Anahi, que lindos, casal apaixonado <3 amo amo, um baby , familia linda!!!!!
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camillatutty Postado em 07/05/2013 - 01:20:27
Aaaaah que linda que essa web terminou, Duda! Obrigada por trazer ela pra gente!!!! Beijo e até a próxima!!!
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dezzasilva Postado em 03/05/2013 - 21:18:36
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS!
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Postado em 28/04/2013 - 03:02:25
Ai Duda, tanta coisa pra falar! Auto controle gigante do Poncho no maneiro hein? Prometeu e cumpriu!!!! Gargalhei com ele capitaneando a preparação dos biscoitos pra ela ir pra casa mais rápido!!! Todo atencioso, querendo saber dos sentimentos dela... Como as pessoas mudam! Ela também tá beeeem Safadjeenha!!! Quem não estaria né, gente? Com o Poncho marcando assim tão firme!
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isajuje Postado em 25/04/2013 - 11:00:42
Como as coisas mudam de repente, não? Eles já estão vivendo como um casal apaixonado >.<' eu já isso tãão romântico e sentimental <3' KKKKKKKKKKKK' e que bom que você voltou, que bom que está viva! E que bom que você postou, senti saudade tbm, não some mais não, pfv. K
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dezzasilva Postado em 24/04/2013 - 22:06:55
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS!
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isajuje Postado em 31/03/2013 - 08:53:10
É u.u' como ela pode parar num momento crucial como este? Que malvada. KKKKK' será que ele vai dizer que a ama? Oo'
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camillatutty Postado em 25/03/2013 - 01:28:43
Duda... Como é que tu pode ser tão má assim! Haushuahsauhs Parar agora é maldade comigo! Tive que ficar longe por um tempo, aí agora volto toda empolgada e tu me joga um balde de água fria! Hahahaha Ok. eu espero!
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camillatutty Postado em 05/03/2013 - 02:59:30
Também acho que o Poncho e o velho serão bons amigos assim que deixarem de ser turrões. Um tem uma visão errada do outro. E só vão se respeitar através de atitudes...