Fanfics Brasil - 94 Um Acordo Irresistível- AYA

Fanfic: Um Acordo Irresistível- AYA | Tema: AYA


Capítulo: 94

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— O que você está planejando fazer quando voltar a Dalias? — ela perguntou. — Investir naquele complexo de apartamentos?
— Provavelmente. Entre outras coisas.
— Acho você muito bom em fazer dinheiro, Alfonso.
— Sim, penso que sou.
— Você vem me dizendo ultimamente que preciso começar a me enxergar de maneira diferente, para que possa fazer algo mais. E você, Alfonso? Quando vai começar a se enxergar de maneira diferente para obter mais da vida?
— Já tive tudo o que quis, Anahi . Perdi tudo, mas por minha culpa. E no minuto em que tiver dinheiro de volta em mãos, vou…
— Dinheiro? Acha que é sobre dinheiro que estou falando? Não se limite a isso, Alfonso. Há muito mais na vida além de dinheiro.
— Pode ser. Porém dinheiro torna a vida bem mais fácil. Acredite-me. Se a pessoa tem o suficiente, ninguém pode tocá-la.
— Talvez esteja na hora de você deixar que alguém o toque, Alfonso.
Ele teve a impressão de que Anahi podia ver seu interior, e não gostou da idéia.
— Claro, amor. Toque-me quanto quiser.
— Pare com isso, Alfonso. — Ela sentou-se.
— O que há? Eu estava só brincando.
— Então pare com a brincadeira. Alfonso sentou-se também.
— Não entendi. O que falei de errado?
— A qualquer momento em que menciono algum assunto sobre o qual você não quer falar, encontra sempre um meio de escapar.
— Não, não é verdade.
— Então, fale-me de sua avó. Por que a visitou apenas quatro vezes em dez anos?
— Quem lhe contou isso? Alfonso manifestou surpresa.
— Murphy.
— Só podia ter sido ele! — Alfonso deitou-se outra vez.
— Responda à minha pergunta.


Alfonso ia lhe dizer de novo que não era da conta dela, mas de repente seu coração começou a bater mais rapidamente, e sentiu a garganta seca. Conseguiu engolir com esforço, mas a sensação desagradável continuou.
— Não sei — ele respondeu.
— Você a amava?
— Sim, claro.
— Nesse caso, por que não voltou para vê-la com mais freqüência?
— Não sei.
— Alfonso, deve existir uma razão.
— Já lhe disse. Não sei.
— Murphy alegou que não era nada além de ingratidão.
— Você precisa parar de conversar com Murphy, Anahi .
— Acho que tinha medo de ir vê-la.
— Medo? De forma alguma. Murphy não me intimidava mais naquela época do que me intimida agora.
— Murphy não tem nada a ver com o caso — Anahi insistiu.
— O que você acha, então? Que eu tinha medo de minha avó?
— Sim. De certa forma, sim.
— Isso é loucura.
— Depois que seu pai e sua mãe se foram, penso que admitiu que ninguém mais poderia amá-lo. Não acreditava que alguém estaria em casa para recebê-lo. E, por mais que sua avó demonstrasse que o amava, você sempre esperava que alguma coisa fosse separá-los.
Alfonso olhou para o teto da barraca, o coração aos pulos. De repente, uniu os fatos. A única pessoa que lhe restara um dia fora seu pai, que havia sido enfim jogado na cadeia deixando-o sozinho. Aparecera então a avó, dando-lhe mais amor e carinho do que até aquele momento recebera. Mas sua experiência de vida lhe dizia que nada tão maravilhoso poderia ser real e, caso existisse, não duraria para sempre.
— Então você tinha medo de voltar — Anahi prosseguiu. — Tinha medo de não encontrá-la mais. De certificar-se que ela o abandonara, como as demais pessoas em sua vida.
— Minha avó jamais teria feito isso.


— Logicamente você sabia, mas á lógica não é o que sempre norteia nossa vida. De qualquer modo, ela o abandonou. Morreu. Se foi por culpa dela ou não, um dia não mais estava lá para recebê-lo.
Alfonso foi de repente absorvido por um turbilhão de recordações. Sua avó na cozinha, alimentando-o, conversando com ele. Dizendo que qualquer castigo que recebera na escola aquele dia era como águas passadas. E depois aquele terrível dia anos atrás quando Murphy telefonou para lhe dizer que ela sofrera um enfarte. Lembrava-se de ter dirigido ao hospital a cem quilômetros por hora, apenas para encontrá-la morta. E lá estava Murphy, fitando-o com olhar acusatório, como se fosse culpa dele a avó ter morrido.
Depois do funeral veio o testamento. Ele não entendera nada daquilo, não entendera por que a avó fizera o que fez, e sua confusão o pusera de tal forma na defensiva que quando saiu da cidade ele e Murphy eram inimigos.
Lembrava-se de tudo o que acontecera. O que escondera foi como se sentira, naquele momento aquela familiar sensação de estar sozinho no mundo de novo. Enterrara a sensação, mas lá estava com ele de novo, fazendo-o sofrer muito.
— Eu tinha sete anos quando minha mãe nos abandonou — ele disse a Anahi , meio atordoado agora, como se as palavras de outra pessoa estivessem saindo de sua boca. — Voltei da escola um dia e não havia ninguém em casa. Sentei-me e fique chorando por duas horas até meu pai chegar. Ele procurou no quarto e não a encontrando voltou à cozinha e mandou que eu parasse de chorar porque estávamos melhor sem ela. Tiro uma garrafa de whisky do armário, embebedou-se e dormiu. Nunca mais vi minha mãe.
Olhou para Anahi e notou que ela chorava. Não queria isso. Não queria compaixão. Apenas queria…
Céus, ele não sabia o que queria. Puxou Anahi para seus braços. Tinha a absurda idéia de que, uma vez segurando-a sua dor sumiria. Ela colocou a palma da mão contra o peito dele, acariciando-o para acalmá-lo.
— Minha avó… — Alfonso sussurrou. — Eu nunca disse que a amava.



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Autor(a): Duda

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— Não importa — Anahi consolou-o. — Tenho a impressão de que ela sempre soube.Alfonso apoiou-se num cotovelo e fitou-a, com um fio de esperança de que talvez Anahi estivesse certa. E beijou-a lentamente.Sentiu o corpo estremecer e não podia crer que, logo depois de ter feito amor, pudesse estar pronto para começar tudo de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1451



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  • Sofia Postado em 17/07/2015 - 09:55:06

    Oi duda adorei a fic,sera que você poderia me disser qual o nome desse livro que você adaptou para fanfic !?

  • aamandda12 Postado em 18/04/2015 - 00:51:00

    Duda amei sua Fanfic, muito Linda, Alfonso e Anahi, que lindos, casal apaixonado <3 amo amo, um baby , familia linda!!!!!

  • camillatutty Postado em 07/05/2013 - 01:20:27

    Aaaaah que linda que essa web terminou, Duda! Obrigada por trazer ela pra gente!!!! Beijo e até a próxima!!!

  • dezzasilva Postado em 03/05/2013 - 21:18:36

    MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS!

  • Postado em 28/04/2013 - 03:02:25

    Ai Duda, tanta coisa pra falar! Auto controle gigante do Poncho no maneiro hein? Prometeu e cumpriu!!!! Gargalhei com ele capitaneando a preparação dos biscoitos pra ela ir pra casa mais rápido!!! Todo atencioso, querendo saber dos sentimentos dela... Como as pessoas mudam! Ela também tá beeeem Safadjeenha!!! Quem não estaria né, gente? Com o Poncho marcando assim tão firme!

  • isajuje Postado em 25/04/2013 - 11:00:42

    Como as coisas mudam de repente, não? Eles já estão vivendo como um casal apaixonado >.<' eu já isso tãão romântico e sentimental <3' KKKKKKKKKKKK' e que bom que você voltou, que bom que está viva! E que bom que você postou, senti saudade tbm, não some mais não, pfv. K

  • dezzasilva Postado em 24/04/2013 - 22:06:55

    MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS!

  • isajuje Postado em 31/03/2013 - 08:53:10

    É u.u' como ela pode parar num momento crucial como este? Que malvada. KKKKK' será que ele vai dizer que a ama? Oo'

  • camillatutty Postado em 25/03/2013 - 01:28:43

    Duda... Como é que tu pode ser tão má assim! Haushuahsauhs Parar agora é maldade comigo! Tive que ficar longe por um tempo, aí agora volto toda empolgada e tu me joga um balde de água fria! Hahahaha Ok. eu espero!

  • camillatutty Postado em 05/03/2013 - 02:59:30

    Também acho que o Poncho e o velho serão bons amigos assim que deixarem de ser turrões. Um tem uma visão errada do outro. E só vão se respeitar através de atitudes...


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