Fanfic: Um Acordo Irresistível- AYA | Tema: AYA

— Não importa — Anahi consolou-o. — Tenho a impressão de que ela sempre soube.
Alfonso apoiou-se num cotovelo e fitou-a, com um fio de esperança de que talvez Anahi estivesse certa. E beijou-a lentamente.
Sentiu o corpo estremecer e não podia crer que, logo depois de ter feito amor, pudesse estar pronto para começar tudo de novo. Abraçou com carinho aquele corpo quente, e mal conseguiu acreditar que viera a depender tanto dela… E, bem no fundo de sua mente, viu uma luz, uma luz suave que o chamava para um lugar onde nunca estivera antes.
Diga-lhe. Diga-lhe que a ama.
Essas palavras giraram em sua mente, flutuando como uma aparição. Alfonso as jogava para longe, porém elas continuavam sempre lá.
Dissera a si mesmo durante muito tempo que seu relacionamento com Anahi era apenas sexo, que no fim seria não mais permanente do que o fora com qualquer outra mulher que tivera nos braços. Porém mais tarde, deitados juntos, completamente exaustos e quase dormindo, as palavras voltaram com toda sua clareza.
Diga-lhe que a ama.
Não. Aquilo não passava de uma ilusão. Um sonho. Sonhava com um tipo de amor eterno como um homem morrendo de sede sonha com água. Ele deseja água com tanto desespero que, quando vê uma miragem a distância se arrasta até lá, cheio de esperança, apenas para ver sua esperança despedaçada ao finalmente, constatar que não havia nada no local. E Alfonso sabia que preferiria morrer de sede a arriscar tocar nessa miragem e não encontrar nada além de areia escorregando entre seus dedos.
Na manhã seguinte voltaram para a fazenda. Alfonso quase não falou no caminho, como não falara a manhã toda. Anahi sabia que ele refletia sobre a noite anterior. Ela o fizera encarar algumas coisas que ele não quisera ver, e não tinha certeza se Alfonso estava feliz com isso.
Talvez houvesse insistido demais, porém fora tão fácil ver o quanto ele sofria e como precisava falar sobre o assunto.

— Não importa — Anahi consolou-o. — Tenho a impressão de que ela sempre soube.
Alfonso apoiou-se num cotovelo e fitou-a, com um fio de esperança de que talvez Anahi estivesse certa. E beijou-a lentamente.
Sentiu o corpo estremecer e não podia crer que, logo depois de ter feito amor, pudesse estar pronto para começar tudo de novo. Abraçou com carinho aquele corpo quente, e mal conseguiu acreditar que viera a depender tanto dela… E, bem no fundo de sua mente, viu uma luz, uma luz suave que o chamava para um lugar onde nunca estivera antes.
Diga-lhe. Diga-lhe que a ama.
Se soubesse que ele romperia com o relacionamento imediatamente, não tinha muita certeza se agiria como agiu, apesar de sentir a necessidade de Alfonso saber disso. Talvez fosse egoísmo de sua parte, porém não queria que nada interferisse no prazer que estavam usufruindo juntos.
Na noite da véspera perguntara sobre Sunday porque realmente queria o cavalo, mas bem no fundo também quisera ter certeza se os planos de vender a fazenda continuavam de pé. Continuavam. Alfonso deixara bem claro que no término dos seis meses se separariam. Ela até assinara um contrato nesse sentido. Então, por que sentia-se tão desconsolada agora? Porque você o ama.
Anahi tinha de tirar Alfonso de sua cabeça. Podia amá-lo, porém Alfonso tornara evidente que ela não era mais do que uma escala na viagem de sua vida. Chocou-se ao constatar o fato. Afinal, o que esperava ela? Que Alfonso se apaixonasse loucamente e quisesse ficar em sua companhia para sempre?
Depois que chegaram em casa, Anahi se perguntou se deveria dizer-lhe alguma coisa, perguntar-lhe o que havia de errado, pedir-lhe desculpas por ter sido tão vibrante naquela noite… Descobrir alguma coisa, enfim. Mas não disse nada, e quando se sentaram para assistir ao jogo de futebol, Alfonso voltava aos poucos ao normal e Anahi concluiu que ele precisava de tempo para ficar bem novamente.
No intervalo do jogo ele levantou-se, deixando Anahi no sofá. Mas um minuto mais tarde chamou-a do quarto.

— Não importa — Anahi consolou-o. — Tenho a impressão de que ela sempre soube.
Alfonso apoiou-se num cotovelo e fitou-a, com um fio de esperança de que talvez Anahi estivesse certa. E beijou-a lentamente.
Sentiu o corpo estremecer e não podia crer que, logo depois de ter feito amor, pudesse estar pronto para começar tudo de novo. Abraçou com carinho aquele corpo quente, e mal conseguiu acreditar que viera a depender tanto dela… E, bem no fundo de sua mente, viu uma luz, uma luz suave que o chamava para um lugar onde nunca estivera antes.
Diga-lhe. Diga-lhe que a ama.
Quando Anahi chegou à porta, viu-o sentado na cama, de costas para ela.
— Sim? — disse.
— Venha cá.
Anahi foi até a cama.
— Sente-se.
A voz de Alfonso era fria. Voz de comando. Anahi sentou-se ao lado dele e notou que Alfonso tinha alguma coisa na mão.
Sua caixa de pílulas anticoncepcionais.
Por segundos, Anahi não conseguia nem respirar. A caixa ficara lá durante todo o fim de semana. Não se lembrara de levá-la consigo.
— Conforme estou vendo — disse Alfonso — você pulou dois dias. Tudo bem?
— Eu… — Ela engoliu em seco. — E se…
— Não — Alfonso interrompeu-a. — Nem pense nisso.
— Mas é… possível.
— Não posso acreditar que tenha sido esquecimento seu.
— Sinto muito — ela murmurou.
— Sente? Você sente? É tudo o que pode dizer? Quando falta apenas uma semana e meia para nos separarmos?
Anahi ficou com os olhos cheios de lágrimas.
Uma semana e meia. Ele falava sobre o resto do tempo que teriam juntos como se estivesse prestes a ser liberado de uma prisão. Receava a possibilidade de ficar preso a uma sentença de morte.
— Tem certeza de que apenas se esqueceu? — ele perguntou.
— O que está dizendo?
— Sabe muito bem o que estou dizendo.
Quando Anahi enfim entendeu o que ele pretendera insinuar, ficou tão estarrecida que não conseguiu falar.
— Eu nunca… — ela enfim respondeu, agora zangada — Sabe que eu nunca faria isso com você!
— Sei? Vinte e cinco mil dólares é uma coisa, Anahi . Metade desta fazenda é algo bem diferente.