Fanfic: No Ritmo Do Amor | Tema: Romance, Comedia . Amizade
Enquanto aguardo pacientemente pela minha vez de experimentar minha fantasia, que será usada no ensaio desta noite, percebo que meus planos de sedução falharam tristemente. Nenhuma quantidade de movimentos sensuais de quadril, olhares penetrantes, quase beijos ou toque demorados fizeram com que ikuto fosse se deitar comigo.
O máximo que consegui foi tapinha nas costas por dançar uma rumba maravilhosa. Embora isso seja muito agradável, continuo longe de atingir meta.
Ontem à noite, fiquei lamentando sobre isso com Nadeshiko e ela me fez jurar que não desistiria. Imagino o que mais posso fazer para conquistá-lo sem ser totalmente óbvia. Mas Nadeshiko não pode me criticar, pois também está longe de conseguir Tadase de volta. E ele tem sido visto por todos os lados com Layla. Vão dançar tango esta semana. Foi Nadeshiko quem me contou, pois admitiu ter andado espiando os ensaios dos dois, embora o regulamento do programa deixe claro que isso é proibido. Também disse que Tadase e Layla dançam bem demais.
Estou tão imersa em meus pensamentos que nem ouço quando Jackie, a responsável por nossas roupas e maquiagem, me chama. Então ela se aproxima da minha orelha e grita meu nome, me fazendo pular de susto.
Teria ficado um pouco irritada, mas sei que as fantasias chegaram com um dia de atraso, então ela está bastante estressada, tentando ajustar todas na mesma tarde. Sigo-a até o camarim, apinhado de araras de roupas brilhantes e coloridas. As assistentes correm de um lado para o outro, num estado de quase-histeria... marcando roupas com alfinetes, costurando e colando freneticamente.
– Maggie, traga a roupa de Amu Hinamori! - Jackie grita.
Quando a moça aparece de volta com meu vestido, fico de queixo caído.
– Ah -É tudo que sai de minha boca ao olhar para uma tira de tecido roxo coberta com contas brilhantes e franjas.
– Vamos experimentar - Jackie pede, obviamente não vendo meu choque com o vestido , ou com falta dele.
– Eu...eu...não posso usar isso.
– Pode e vai - Jackie responde sem me olhar .- Vamos, Amu, estou ocupada.
– Não, é serio! Não posso usar isso na frente da minha mãe e da cidade inteira. Do mundo inteiro!
Jackie bate o pé no chão.
– Está dançando a rumba, não é?
Concordo.
– Então esta é a sua roupa. - Ela e empurra para mim.
– Mas por que não posso usar um vestido um pouquinho mais longo?
Jackie suspira e me encara, sem demonstrar nenhuma solidariedade.
– Talvez se estivesse dançando a valsa, tudo bem. Mas vai apresentar a dança sensual de todas. A roupa é apropriada. Vá vesti-la. Ande.
Ergo-a diante de meus olhos, tentando imaginar assim parece maior, mas , meu Deus, ela tem cortes nas laterais! Mamãe vai ter um ataque.
– Vamos, Amu! - insiste Jackie, me assustando novamente. Ela balança a cabeça. - Não sei por que está resistindo dessa maneira. Vai ficar maravilhosa com esse vestido .
Suas pernas longas vão deixar todos deslumbrados, Amu.
Vamos admitir, você e ikuto já colocam a pista de dança em chamas. Essa dança é para vocês. Agora vá vestir sua fantasia minúscula e divirta-se com ela. E o que eu faria.
– Então acha ele vai gostar?
– Qualquer homem ficaria atordoado ao vê-la com essa roupa. Tenho certeza de que ikuto não será uma exceção.
Então está apaixonada por ele , não ?
– Não ! - minto, mas não muito bem.
Ela ergue a sobrancelha para mim . Por que todos conseguem fazer isso, menos eu?
– Não posso culpa-la. Essa fantasia vai chamar a atenção dele. Pode me agradecer depois.
Bem,. Isso muda as coisas totalmente. Vou ter de aguentar e usar a fantasia. Talvez quando a vestir não fique tão ruim...
Pensando assim, entro atrás de longas cortinas vermelhas, que formam uma espécie de provador. Tiro minha calça jeans e minha blusa e visto a pequena fantasia. É vastaste agarrada, mas não muito desconfortável, e o tecido estica,permitindo que dance com ela. Ainda sem olhar para o espelho fecho o colar cheio de pedras em minha nuca, e então me viro devagar.
Nossa! Estou ....sensual! O tecido roxo e brilhante cobre meus seios, mas deixa um bom decote, já que as alças se amarram atrás do pescoço. Tem dois cortes laterais que revelam uma generosa faixa de pele. A saia é mais curta de um lado e tem franjas douradas ao redor.
Sorrindo, movo meu quadril. Legal. A franja balança e imagino como ficará lindo, brilhando e se movendo sob as luzes do salão de dança. Quando olho para as minhas costas, fico sem ar. O decote é imenso, e pára centímetros acima de minhas nádegas. Com a mão sobre os lábios, rebolo e então sorrio.
– Amu, deixe-me ver! - Jackie grita.
Ai, meu Deus.
– Está bem. Só um minuto. - Digo a mim mesma que alguns biquínis revelam muito mais que este vestido, respiro fundo e saio de trás da cortina.
– O que acham ? - pergunto, tentando parecer calma, mas lá está ikuto, parado , e minha voz some devagar, enquanto busco em seu rosto uma reação. Sei que meu rosto deve estar vermelho.
– O que acha?
Sinto meu coração disparar enquanto ele me olha dos pés á cabeça.
– Sensual o bastante para rumba? - Jackie pergunta, mas não tem tempo para ouvir a resposta, pois seu celular começa a tocar e precisa atende-lo, afastando-se.
Sinto-me um pouco sem graça diante de ikuto, ele com calça jeans e blusa de lã preta e eu usando o pequeno vestido decotado. Fico ali, parada, desejando ter coragem de perguntar o que ele acha e sonhando com suas possíveis respostas.
– Você está maravilhosa, amu.
– Mesmo?
– Essa fantasia vai deixar muita gente de olhos arregalados. - Ele passa os dedos por entre os cabelos úmidos, indicando que acabou de tomar um banho.
Passo a língua sobre os lábios.
– Então veio experimentar sua roupa também?
– Sim.- Ele se apóia contra uma mesa e cruza os braços, com se estivesse prestes a me contar algo, mas então Jackie volta correndo até nós.
– Ikuto, precisa se apressar e experimentar a fantasia.
Mitch acabou de ligar e me disse que quer vocês dois na pagina principal do site. Ele que muitas revistas estão interessadas em entrevistá-los também.
– Parece que não é mais uma surpresa, Mau - ele diz.
Nossa...
– Maggie, traga a roupa dele!
Maggie olha por cima dos óculos, enquanto dobra uma calça. Sussurrando baixinho, ela joga a calça sobre uma mesa e vai apanhar a roupa.
Enquanto ikuto troca de roupa, Maggie e Jackie ajustam meu vestido, e num momento de inspiração, Jackie loca uma grande flor de seda roxa atrás da minha orelha.
Ela dá um passo atrás para me observar melhor, pensativa.
– Ela precisa de um aplique para alongar os cabelos.
Maggie me olha por sobre os óculos de aro vermelhos e assente.
– Creio que temos um aqui que é exatamente do tom de seus cabelos.
– A maquiagem dela precisa ser ousada esta semana.
Batom vermelho e cílios postiços.
Elas continuam a falar sobre mim, como se eu fosse um manequim que estivessem vestindo para exibir numa vitrine, até Ikuto sai de trás da cortina. Todas nos voltamos para encará-lo.
Ele está usando algo parecido com um macacão, bem justo,com cinto e gola alta e dourada, que combina com meu vestido. Sem botões, a parte de cima, que parece uma camisa, está aberta na frente até a altura do umbigo, num grade decote em V , borda na beirada com linha dourada. A calça é justa nas coxas , mas se alarga embaixo e tem bordados dourados na lateral de cada perna. Ele tem os cabelos desalinhados, pela troca de roupa.
– Pareço com Elvis. - Percebo que ele não está contente.
– Mas isso é bom, ikuto. Minha mãe adora Elvis, assim como a maioria das mulheres desta cidade e do mundo.
Ele me olha, como para ver se estou falando a serio.
– Você está maravilhoso - Maggie comenta. - Não está Jackie?
Jackie assente e dá tapinha no queixo.
– Precisamos pentear os cabelos dele para trás.
– Acha que devíamos ter seguido com o estilo pirata?
Ikuto teria dado um belo capitão Jack Sparrow.
– Não! Ele é muito mais parecido com Will Turner!
– Meninas, preciso lembrá-las de que pedi especificamente para que Amu e eu não usássemos fantasias de personagens? Acho que isso desvia a atenção da dança. Então não há razão em discutir com qual pirata me pareço mais. Agora, me pergunto então por que acabei vestido como Elvis.
– Não está vestido de Elvis! É apenas um macacão sensual, parecido com outros que já usou antes.
– Prefiro usar calça e camisa, e deixar o macacão de lado. Pode ser?
As duas balançam a cabeça.
– Trade demais.
Ele suspira, mas aceita o macacão. Pessoalmente , eu gosto, porem acho melhor não expor minha opinião.
– Muito bem. Mitchell tem uma limusine esperando por vocês. Andem logo.
– Vamos para a cidade agora ? - ikuto pergunta.
– Sim. Mitchell quer que posem para as fotos no salão de dança . Pediu que levem uma muda de roupa para poderem jantar na cidade mais tarde e depois voltar para o salão para o ensaio geral com as fantasias.
– Mas enquanto tiramos fotos, vamos perder nosso tempo de ensaio esta tarde.
Jackie dá de ombros.
– Só estou transmitindo o recado.
ikuto pensa por alguns segundos e então se vira para mim:
– Talvez possamos conseguir algum tempo extra para ensaiar durante a sessão de fotos.
– A foto de vocês na pagina principal do site vai angariar votos a seu favor - Jackie comenta. - Então deveria encarar isso como algo positivo. Talvez aparecer nas revistas também seja uma boa estratégia. Esse programa está alcançando dimensões incríveis, e vocês dois são os queridinhos .
Ele assente.
– Entendi o que quer dizer. - Então se volta para mim:
– Encontro você limusine dentro de dez minutos, está bem?
– Claro. - Estou agindo casualmente, mas ainda estou um pouco surpresa por ser chamada de " queridinha".
– Vamos encontra-los lá para fazer sua maquiagem - Jackie diz e então chama Trajes para que ele experimente sua roupa.
– Nossa! - penso, enquanto corro até meu quarto.- Uma limusine, sessão de fotos e artigos em revistas? O que mais pode acontecer?
Andar de limusine é algo glamouroso, mesmo á luz do dia.
E estar usando nossas roupas de apresentação aumenta essa sensação.
As janelas escurecidas e a musica suave toca enquanto o carro desce a estrada sinuosa ao redor da montanha me acalmam, depois de toda a agitação da semana. Ikuto está sentado a meu lado e seu presença me deixa inquieta. Meu desejo é poder abraçá-lo, acariciar seu rosto, mas apenas inclino a cabeça para trás, contra o couro macio do assento, porque já estamos chegando e avisto um aglomerado de pessoas, câmeras e refletores.
Uma segundo depois de a limusine parar, a porta é aberta, deixando que a luz do sol e que as lentes de muitas estações de tevê nos alcancem.
Isso me faz sentir importante. Com um braço ao meu redor, de forma protetora,Ikuto sorri para as câmeras e eu o imito.
– Como se sente sendo o preferido? - Uma repórter loira e alta pergunta e aponta o microfone para ele.
– Sinto que precisamos ensaiar - ele responde, abrindo o sorriso um pouco mais.
– Acha que pode vencer Tadase e a nova ameaça Layla ? Você e Layla já não foram parceiros no passado?
Ikuto mantém o sorriso e continua andando, respondendo por cima do ombro:
– Sim para as duas perguntas.
Os repórteres continuam fazendo centenas de perguntas ao mesmo tempo, mas continuamos andando apressados.
Quando entramos no salão de dança, estamos ofegantes.
– Nossa, eu não fazia ideia de que programa tinha se tornado tão popular- comento.
– Devo admitir que também estou surpreso. Aposto que será uma loucura quando nos aproximarmos do final.
– Então está feliz agora por fazer parte disso? Quero dizer, isso ajudou ou acabou de vez com sua reputação de dançarino?
– Estava errado. Embora não convencional, isso se tornou uma competição de verdade e acho que deveria se orgulhar de Kyoto.
Jackie entra no salão, seguida por Maggie, que carrega uma grande mala, provavelmente cheia de cosméticos. Ambas correm em nossa direção.
– Ikuto e Amu, se apressem! Precisamos fazer a maquiagem e os penteados. - Ela nos empurra até o camarim.
– Maggie, pegue os casacos deles.
– Certo - Maggie responde , um pouco irritada , e despeja a mala sobre uma mesa, fazendo um grande barulho.
– Eu fico com ikuto e você cuida de Amu.
– Mas eu quero ficar com ele !
Eu também , penso. Isso me faz rir e disfarço tossindo. Ikuto me olha e fico corada.
– Senhoras - ele interrompe. - creio que estão magoando Amu.
Todos me encaram, e minha expressão corada deve ser interpretada com mágoa. Maggie olha para Jackie como se fosse tudo culpa dela e começa a pentear meus cabelos. Finalmente, elas me deixam olhar no espelho.
– Nossa...
Pisco diante do espelho e engulo em seco. Se não soubesse melhor , teria pensado que o reflexo diante de mim pertencia a outra pessoa. Elas colocaram extensões em meus cabelos, agora caindo em longos cachos por minhas costas . Meus lábios estão coberto por um batom muito rosa que faz com que pareçam maiores. Meus olhos têm um quê exótico e parecem estar mais dourados que de costume.
– Quente - Jackie diz, satisfeita.
– Sensual - Maggie concorda e então se vira para ikuto. - O que acha?
– Acho que ela vai embaçar as lentes das câmeras - ele responde, com um sorriso.Eu pensaria que está brincando , mas vejo o brilho em seu olhar, e pela primeira vez na vida me sinto confiante e se doutora.... e gosto disso.
A sessão de fotos se revela muito divertida, afinal. Fazemos praticamente um milhão de poses, algumas serias e outra engraçadas. Finalmente, ele diz:
– Sinto muito, mas precisamos ensaiar.
– Só mais uma - pede o fotografo. - Quero que esta seja o prelúdio de um beijo.
– Está bem. Só mais uma.
– Amu, coloque a mão sobre o peito dele, isso ai no meio Certo. Ikuto coloque a mão nas costas dela, mais para baixo. Amu, se incline para trás um pouco. Erga a perna esquerda e entrelace-a na perna dele. Isso. Ikuto , agora se aproxime e coloque a boca bem perto da de Amu. Maravilha, mantenham essa pose.
Isso é difícil... não beija-lo. Consigo sentir as batidas aceleradas de seu coração debaixo da palma a minha mão, e fico feliz de ver que ele sente o mesmo. E com sua boca a milímetros de distancia, quase tocando meus lábios, consigo sentir o calor de sua respiração em meu rosto.
– Ótimo, perfeito. - Ouço o fotografo, mas ele parece muito distante, pois estou completamente envolvida no momento e quero muito que isso acabe com um beijo de verdade.
Quando começo a achar que vou conseguir realizar meu desejo, Ikuto dá um passo atrás e se afasta, me deixando ali, parada e sem fôlego.
Gostaria de tentar algo mais durante o ensaio, porém câmeras nos filmam constantemente. Devido á natureza sensual da rumba, no fim do ensaio fico totalmente frustrada, desejando Ikuto como nunca e sem poder tê-lo.
Vestimos nossas roupas normais e, em vez de voltarmos para a montanha, decidimos jantar na cidade, já que temos de voltar ao salão de dança para o ensaio geral, mais tarde.
– O que acha de comemos na lanchonete de mamãe?
– Boa ideia - ele assente e sorri para mim, aquele mesmo sorriso que me faz derreter.
Ikuto não sorri sempre, mas quando o faz, seu rosto simplesmente se ilumina. Claro que todas as mulheres da cidade reparam quando ele passa, me fazendo querer passar o braço pelo seu, mostrando que é meu. Não que eu as culpe por agir assim. Com sua calça jeans desbotadas, blusa preta e óculos escuros, ele merece os olhares que recebe.
Nos param na rua, pedindo autógrafos , e tenho certeza de que jamais esquecerei disso. Sei que meu quinze minutos de fama vão se acabar junto com o programa, então aproveito para me divertir. Mas é algo muito surreal, ainda mais quando entro na lanchonete e me sento em uma mesa, como qualquer cliente.
– Amu!
Mamãe vem até nós depressa , é claro, e me abraça, assim como outras pessoas que estão por perto. Pete põe a cabeça para fora da cozinha e acena para mim, mas por sorte está ocupado demais para vir me abraçar. Ami está na escola, e sinto muito não encontra-la , mas mamãe me assegura que ela estará presente na apresentação do dia seguinte.
– O que vai querer, querida?
– Torta de carne, Batata assada com legumes.
– Ah, não temos torta de carne.
– Como? Diga que não é verdade!
– Acho que ela está brincando - ikuto diz.
Olho para mamãe , que faz força para não rir.
– Mãe, não brinque assim comigo.
– Essa foi boa, Sra. Midori . Amu só fala em sua torta de carne. Eu vou quere o mesmo, por favor.
– Não vai se arrepender . É uma receita de família. - Mamãe pisca para ele, coisa que nunca a vi fazer antes e preciso me esforçar para não deixar o queixo cair. - Vou trazer chá gelado para vocês dois. - Ela coloca o lápis no bolso do avental e sai apressada, em direção á cozinha.
– Sua mãe é uma mulher cheia de vida.
– Sim . Ela é muito talhadora e é muito bom vê-la assim feliz. - Preciso me controlar para não deixar as emoções tomarem conta de mim. - Ela quase nunca brinca ou pisca. Sempre foi mais preocupada com negócios. Simpática, é claro, mas não tão alegre como agora.
Ikuto estica o braço sobre a mesa e toma minha mão na sua.
– Não se sinta culpada por algo que ela fez por vontade própria. - Ele aperta minha mão de leve. - A vida é imprevisível e raramente toma os rumos que esperamos. Se fosse assim, que graça teria? Alias .....- ele começa, mas é interrompido quando chegam nossos chás gelados e a torta de carne.
– Aqui está. - Mamãe nos serve com cuidado. - Bom apetite.
– Hum, parece delicioso! Mãe, pode fazer um intervalo e sentar conosco?
– Não, sinto muito. Estamos lotados. Mas não estou reclamando! O programa tem sido ótimo para esta cidade. Boa sorte a vocês dois.
– Obrigado, mamãe.
Quando ela se afasta, observo ikuto comer a torta de carne e espero para ver sua reação. É importante para mim que ele goste, não sei bem por que.
– Que delicia! Cebola, pimentão verde, um toque de alho e algo mais que não consigo identificar.... O que é?
– Se eu disser, terei de matar você.
Ele sorri e, Deus me ajude, estou me apaixonando cada vez mais por ele. Comemos, apreciando a comida tipicamente sulista.
– Isso é mesmo muito bom - Ikuto comenta, ao terminar de raspar o prato.
– Sim. E sua mãe , ela é boa cozinheira?
Ikuto hesita antes de responder.
– Acho que sim.
– Acha?
– Temos uma cozinheira, então ela quase não cozinha.
– Ah.
Aquilo me surpreende, mas como duas jovens sorridentes nos interrompem, pedindo autógrafos e tirando fotos, não pergunto nada.
As duas meninas logo são seguidas pelos demais fregueses, mas estamos muito felizes para nos opor a seus pedidos.
Afinal, podem votar em nós. Entretanto, após alguns minutos, Ikuto lhes diz que precisamos voltar ao salão de dança para o ensaio geral, e embora contrariados, todos compreendem. Procuro mamãe para mais um abraço e então vamos embora. Ikuto chama o motorista da limusine e logo estamos de volta ao Bluegrass.
Enquanto estou sentada, esperando que Maggie termine de retocar minha maquiagem, reflito sobre a tensão sexual entre mim e ikuto que está mais acentuada hoje.
– Você está linda , Amu.
– E o credito de me transformar de sem graça em linda é todo seu. Você faz milagres!
– Céus , detesto quando moças altas e maravilhosas como você agem como se fossem a coisa horrível do mundo. Não é de se estranhar que ikuto não consiga tirar os olhos de você.
– Mesmo?
– Maggie ergue os olhos.
– Mesmo. Agora chega de conversa. Vá ensaiar.
– Certo.
Talvez seja devido á tensão sexual entre nós , ou pela injeção de confiança que Maggie me deu, ou talvez a roupa que estou usando, mas quando ikuto e eu começamos a dançar, toda a equipe que trabalhava no salão pára o que estava fazendo e passa a nos observar.
Terminamos a dança com um cumprimento e ikuto diz em meu ouvido:- Isso foi incrível. Se dançarmos assim amanha à noite, vamos...
– Acabar com eles?- sugiro.
Sorrindo, ele caminha comigo para fora da pista de dança.
– Sim, vamos acabar com eles. Escute, preciso voltar ao acampamento para preencher alguns papéis. Mas nos vemos mais tarde, certo?
Olho para ele, tentando decifrar se há alguma intenção oculta em suas palavras. Mas antes que eu comece a gaguejar, ele acrescenta:
– Espero você em meu quarto, tudo bem ? - ikuto sorri e se inclina de leve , dando um beijo em meu rosto, e eu me pergunto se aquilo está acontecendo de verdade ou se estou sonhando.
Autor(a): aelita
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Jamais, em toda minha vida,me preocupei com a cor da minha lingerie e agora, gostaria de ter algo mais atraente do que minhas calcinhas brancas e simples. Elas podem ser muito confortáveis, mas não são a coisa mais sensual do mundo. Se vencer essa competição, preciso fazer algumas compras... Talvez fosse melhor não usar nada, penso ...
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