Fanfic: No Ritmo Do Amor | Tema: Romance, Comedia . Amizade
Batidas interrompem meu sonho delicioso, em sonho, em que estou dançando com Ikuto, mexendo-me ritmo cubano impecável, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Passo por baixo de seu braço estendido, e ele me gira no ar com facilidade, assim como fez com bela morena do vídeo.Encerramos o numero com uma pose, em que ele me inclina para trás, quase encostando minha cabeça no chão. A plateia nos aplaude de pé, e então ikuto se inclina sobre mim.
Ouço batidas novamente e me levanto, afastando os cabelos do rosto e indo até a porta. Espio por uma fresta e vejo que é um rapaz com pacote para min. Legal . Abro a porta com um sorriso nos Lábios, já que ele é bem bonitinho.
– Amu Hinamori ?
– Sim?
– Isto é para você.- Ele empurra um sacola vermelha e brilhante para min.
– você usa o numero... nossa , 38, certo? – Ele olha para meus pés descalços, e fico sem graça.
Sempre tive vergonha do tamanho dos meus pés.
– Sim – admito, e me endireito, para mostrar como sou alta.
– O Sr. Ikuto pediu que lhe avisasse para usar os sapatos de dança durante o ensaio.
– Certo.- Ele fica parado, me encarando. – Ah, preciso lhe dar uma gorjeta, não?
– Não, não podemos aceitar gorjetas dos competidores.
– Ah !
– Você é alta.
– É, e meus pés são grandes. Mais alguma coisa?.
– Você é modelo ? Parece um pouco com Sora Nagino.
Encaro-o, esperando que comece rir. A vida inteira, tive de aguentar pessoas rindo de mim. Mas ele não o faz. Ah. Será que esta falando a serio?
– O-Obrigada.
Depois de olhar para a direita e para a esquerda, no corredor, ele se inclina para a frente e diz suavemente:
– Cá entre nós, vi os outros competidores e acho que você tem uma boa chance de ganhar.
Se ele não tivesse acabado de recusar uma gorjeta, eu pensaria que estava me bajulando.
– Acha mesmo?
Ele faz que sim com a cabeça e pisca para mim.
– E além do mais , seus pés são lindos.
Olho para meus pés e de volta para ele, ainda tentando me convencer de que esta sendo irônico.
– Boa sorte, estou torcendo por você.
– Obrigada.
Sora Nagino? Olho-me no espelho e vejo apenas....eu. De cabelo bagunçado, cara de sono. Mas, ainda assim, me sinto lisonjeada. Meu sorriso só desaparece quando tiro os sapatos da caixa.
– Tenho que dança em cima disto?! – Seguro-os com as pontas dos dedos, olhando temerosa para os sapatos cor creme de salto altíssimo. – Mal vou conseguir andar com eles, quando mais dançar!
De haver algum tipo de engano. Mas então me lembro dos sapatos que a morena usava no vídeo de ikuto, e tenho certeza de que estes são realmente sapatos de dança. Examino-os melhor.
São leves, seguros. Imagino que sejam bons para dançar. O saltos é bem alto, mas é fechado no calcanhar, e tem uma tira para amarrar no tornozelo. Talvez eu consiga usa-los.
Graças á minha altura, nunca usei sapatos de salto, então tenho medo de tropeçar ou torce o tornozelo.
– Bem, se ikuto quer eu use, é melhor colocá-los logo. – Calço-os, sentada na cama, estico minhas pernas e admiro a beleza dos sapatos antes de ficar de pé.
– Não é tão ruim assim – sussurro e decido caminhar pelo quarto.
Perco o equilíbrio algumas vezes, e me sinto como um gigante. O Salto tem uns dez centímetro, o que me deixa quase com metro e noventa de altura. Caminho em círculos, concentrada em meu equilíbrio, quando o telefone do quarto começa a tocar, quase me matando de susto.
– Alo ?
– Amu , é ikuto. Já recebeu os sapatos ? – O som sensual e rouco de sua voz me deixa encantada. – Amu?
– Ah ... sim , recebi
– Serviram ?
– Como uma luva .
– Bom . quero que os use no ensaio, mas apenas no ensaio, certo ? São apenas para dançar.
– Está bem .
Como se eu fosse capaz de usa-los em outro situação!
– Ah, e vista short, ou uma saia, no lugar daquela calça larga que você usou de manhã. Assim fica mais fácil se movimentar.
– Certo. Mais alguma coisa?
– Não. Vejo você em meia hora.
Desligo o telefone. Meia Hora!
Olho para minha pilha de malas, horrorizada. Se eu fosse um short, onde estaria? Claro que só o encontro na última mala em que procuro. Não coloquei muitas roupas de verão na mala, já que ainda estamos em fevereiro, então o melhor que acho é um short cortado, que costumava uma calça, muito tempo atrais.
Então lá vou eu, de short jeans desfiado, camiseta branca e sapatos de dança. Uma caipira típica, imagino, enquanto ando devagar pelo corredor, para não cair. Só quando chego á porta do salão de dança onde ensaiamos é que me lembro de que não devia estar usando os sapatos. Vejo ikuto do outro lado do salão, mexendo em alguns CDs, e imagino que consiga tirar os sapatos antes que ele me veja, mas neste exato momento ele levanta o rosto e me vê. Sorrio, tentando não parecer culpada, mas a primeira coisa que ele faz é reparar nos meus pés.
– Está usando os sapatos. Eu disse que eles era apenas para dançar.
Pense rápido.
– É que eu vim dançando pela caminho.... o cha-cha-chá, é claro. Até mexi o quadril como os cubanos.
Ele me encara, tentando adivinhar se estou brincando ou não, mas deixo minha expressão séria.
– Interessante como você não derrubou uma gota de suor dançando até aqui desde o seu quarto, que fica do outro lado do acampamento.
– Estou em boa forma.
Sua sobrancelha se ergue, ele não faz o mínimo esforço para impedi-la.
– Mesmo ? Veremos.
Observo-o com atenção e vejo que não esta brincando.
– Estou preparada para o desafio – digo, erguendo o queixo, mas então me desequilibro um pouco, estragando a impressão que queria passar.
– Muito bem – ele diz, enquanto caminha até o centro do salão e faz um sinal para que me junte a ele.- Então, mostre-me esse movimento de quadril cubano do qual se orgulha tanto.
– Eu não disse que me orgulhava dele.
Cruzando os braços sobre o peito, ele insiste.
– Mostre-me.
Mexo meus quadris um pouco.
– Com certeza, você está de zombaria.
Imagino que “zombaria” signifique “ Brincadeira”.
– Está bem , então.
Faço outro movimento de quadril cubano, mas desta vez com vontade. Ele tem a audácia de rir. Estou prestes a explodir novamente...
– Pare!
– Como ?
– Está ridícula.
– Este foi o único short que consegui encontrar.
– Não é isso. Tudo bem com o short. É seu movimento de quadril que...
– É uma droga ?
– Eu ia dizer que precisa de treino.- ikuto está prestes a sorrir, mas se controla, franzindo a testa para mim, de uma forma que o deixa lindo. Tudo que ele faz o deixa lindo.
– Bem , então me mostre como se faz, Sr. Sabe-tudo.
Coloco as mãos na cintura e começo a bater em pé no chão. Oh... aqui estou, cheia de atitude, me comportando mal novamente. Mas o que tem esse homem que me deixa assim?
– Ah , que bom. – ele sorri, me surpreendendo completamente.
– O quê?
– Está me dando um pouco de atitude , de emoção. É disso que precisamos neste dança.
– Hum... Era exatamente essa a minha intenção.
– Ótimo. Vamos ver com musica.
Ikuto põe para tocar um ritmo latino, que obviamente tem a batida do cha-cha-chá. Ele volta e se coloca muito próximo de mim. Tão próximo que posso sentir o aroma de sua loção mais uma vez, e sinto o coração disparar.
– Muito bem , Amu. Afaste os pés e se apoie sobre os quadris.
Não sei direito o que ele quer dizer, mas mexo um pouco o quadril, como se estivesse me apoiando ou coisa parecida.
– Agora dobre o joelho direito e estique-se . Certo... agora faça com o outro joelho, assim .- Ele demonstra, e tento imitar seus movimentos sensuais, mas perco o equilíbrio, por causa dos malditos sapatos.
– Mais uma vez. Relaxe um pouco, está muito dura.
– Certo.- Faço o movimento, mas ele balança a cabeça.
– Deixe-me ajudar. – Suspirando , ele coloca uma mão de cada lado de meu quadril.- Comece com o pé direito.
Ele guia meus movimentos com as mãos . Tento me concentrar, mas ele está tão perto! Estão se mexendo de uma maneira tão sugestiva,me deixando completamente excitada e encabulada ao mesmo tempo.
– Amu, concentre-se!
– Estou tentando!
– Faça como eu. É fácil.
– É fácil para você – reclamo , mas ele ignora.
– Pise, balance. Sinta a musica. Feche os olhos e deixe o quadril balançar. – Seu sotaque está se intensificando, o que indica que estou irritando. Bem , ele também esta me irritando, só que de um jeito diferente.- Consegue sentir?
– Ah, sim – admito, sem fôlego.
– Pise , balance – ele diz junto á minha orelha, fazendo-me arrepiar. – O outro pé, pise , balance. Isso .bom . sim, está melhorando.
– Mesmo ?- Abro os olhos, mas estrago o momento, perdendo o equilíbrio. Ikuto me segura com forca pela cintura, impedindo-me de cair.- Desculpe, são os sapatos.
– Vai se acostumar com eles. Agora feche os olhos novamente, Amu , e feche seu corpo se movimentar com a musica.
Sinta o ritmo.
Tento esquecer o fato de um homem tão maravilhoso e sensual estar tão perto de mim, e me concentrar na musica. É difícil, mas após alguns minutos, começo a dança mais em sincronia com a musica, e me sinto melhor. Meu corpo fica relaxado e meus movimentos mais fluidos . Não sei por quanto tempo fazemos isso, mas a sensação é boa, e eu gosto.
– Nossa, muito melhor, Amu !
Sorrio de leve.
– Mesmo ? – Até então, não tinha me dado conta do quanto queria agrada-lo
– Sim, e agora vamos voltar á posição e usar os movimentos de quadril nos passos que aprendemos antes. Vamos lá... Um, dois, Cha-cha-chá. Apenas me siga e deixe a musica assumir o controle.
Tropeço e murmuro.
– Perdão . Sou tão desastrada...
– Depois de passar alguns dias repetindo os mesmos passos e movimentos, terá algo que chamamos de memória muscular. Será praticamente impossível errar.
– Ah, então não me conhece bem o bastante.
– Não, ainda não. – Ele ri junto á minha orelha e . é claro, erro um passo.
– Hora de fazermos um intervalo- ele diz de repente, e talvez esteja enganada, mas sua voz soou rouca. Será que minha proximidade o esta afetando também?
Vou até a caixa com garrafas de água, dançando, para brincar, mas quando me viro para ver se ikuto está rindo, sinto o coração disparar. Ele estava, de fato, obervando meu short jeans bastante agarrado.
– Você tem pernas de dançarina.
– Tenho? – engulo em seco.
Ele faz que sim com cabeça e percorre os olhos por minhas pernas, mas me sinto desapontada ao notar que , aos olhos dele, não sou uma mulher, sou apenas um dispositivo de dança. Seu interesse é o de um instrutor apenas, não o de um homem.
– O que foi ? – ele franze a testa para mim. – Está me olhando como se eu a tivesse insultado.
– Ah, não... não mesmo. – Ergo a mão Sou muito boa em mentir sobre meus sentimentos.
– só estou surpresa.Claro que minha altura deixo meu professor de educação física do colégio bastante animado, mas eu era tão ruim em esportes que ele me tirou de todas as equipes.
– Tenho mais fé em voce do que ele.
– Bem , seja como for, está preso a mim de qualquer forma.
– O que não é uma coisa tão ruim assim , Amu Hinamori.
Sinto a garganta apertada e viro de costas , para esconder minhas emoções.
– Eu disse algo errado ? – Ele se aproxima de mim, e me viro para encará-lo, esperando manter a compostura. Sem confiar em minha voz , apenas nego com a cabeça. – Pode me dizer, Amu.
Respiro profundamente e devolvo minha garrafa de água á caixa.
– O que estou fazendo aqui , ikuto ? Sou apenas uma garçonete do interior....
Sinto-me péssima quando uma lágrima escapa dos meus olhos e desce por meu rosto.
– No llores... ( Não chore... )
Não sei o que acabou de dizer, mas pareceu gentil. Ele limpa minha lágrima com os dedos, então , para minha completa surpresa, ele abaixa a cabeça e encosta os lábios de leve nos meus. Então ele se afasta de leve, e imagino que vá se afastar de vez, mas sem conseguir resistir, ele volta a me beijar, desta vez, mas forma mais agressiva e exigente.
O Toque dos lábios de ikuto faz o sangue correr rápido por minhas veias , e enlaço o pescoço dele com os braços, tentando me apoiar, já que minhas pernas estão moles como geleia. Ele me empurra contra a parede gelada e me beija com intensidade. Enrosco meus dedos por entre seus cabelos, e sinto nossos corpos colados um ao outro. Ikuto geme e me beija ainda mais intensamente.
Nunca antes fui beijada desta forma, com tanta paixão e desejo. Sinto-me arrepiar quando ele morde de leve meu lábio inferior. Então, passa a beijar meu pescoço e suspirando, inclino a cabeça de lado para deixá-lo mais á vontade.
Puxo sua camisa de dentro da calça, querendo sentir sua pele, e deslizo minhas mãos sobre suas costas.
– Ikuto...
Minha voz parece ter saído da boca de outra pessoa, e imagino quando foi me tornei tão atirada. Mando minha rotina para o espaço.
Quem diria que isto poderia ser tão fácil ?
Então ele pára, balança a cabeça e se afasta bruscamente.Murmura algo em espanhol, enquanto passa os dedos por entre os cabelos.
Não sei o que dizer, mas não me soou como coisa boa. Preciso de um dicionário de espanhol o mais rápido possível.
Ele parece confuso e até vulnerável.
– Ikuto ? – com uma mão esticada, procuro atravessar a distância entre nós,mas ele me faz parar,erguendo a mesma sobrancelha de sempre.
– Bem – ele diz em um tom suave e desprovido de emoção, que não tem nem sinal de toda a paixão demonstrada antes.- há um lado positivo.
– O que?
– Houve uma certa química.
Certa? Eu diria muita. Sei que o estou encarando, completamente confusa, mas não posso evitar.
– Precisaremos desta química no nosso numero, e agora que sei do que é capaz, podemos usá-la em nosso proveito.
Sinto meu coração afundar no peito, e meu estomago revirar.
– Então isso foi um.... teste?
Evitando meus olhos, ele responde:
– Sim, e foi aprovada. Bom para Você . agora vamos colocar um pouco desse calor todo no cha-cha-chá, o que me diz?
Abro a boca para dizer exatamente o que penso a respeito dele e de seu pequeno teste, mas estou tão chocada que não consigo encontrar palavras. Gostaria de colocar um pouco daquele calor em um belo tapa em seu belo rosto.Nunca bati em ninguém na minha vida, mesmo quando tinha motivos para isso, mas imagino que um bom tabefe me deixaria muito satisfeita no momento.
Não é a primeira vez que um homem me faz de boba, e por alguma razão,esta me deixa mais irritada do que nunca. Enquanto imagino que um soco certeiro no nariz seria um ótimo acompanhante para o tapa. Ikuto aponta um pequeno controle remoto para o aparelho de sim, fazendo a musica voltar a tocar.
Autor(a): aelita
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– Ainda se lembra dos passos básicos que aprendeu de manha? – pergunta suavemente, enquanto me faz entrar na posição que ensaiamos anteriormente. Talvez não estivesse tão calmo se soubesse que esta prestes a ser esbofeteado. Um, dois, tapa,tapa,soco. – Claro- respondo friamente, tentando lembrar a primeira sequencia. Par ...
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