Fanfic: The Royal love

POV Ana:

O que será que tem nesse envelope que deixou meu amor com o olhar tão frio e preocupado? Peguei o bendito envelope da sua mão quase rasgando-o por conta do nervosismo.

Quando finalmente meus olhos percorreram o conteúdo eu simplesmente mal pude acreditar! Eu não podia me ver mas sabia que estava pálida. Minha boca ficou seca e o medo tomou conta de cada pedaço do meu corpo enquanto meu cérebro me alertava o que estava acontecendo ali minha boca se abriu tanto que senti meu maxilar doer.

No envelope tinha uma foto de Henry e eu abraçados, dando um selinho e bem, digamos que as mãos do meu namorado estavam próximas demais de minhas nádegas enquanto minhas mãos estavam entrelaçadas em seu cabelo no jardim dos fundos do castelo, onde costumamos nos encontrar, em outra situação acharia a foto bonita! Em seu verso ela trazia com uma caligrafia extremamente sofisticada os dizeres:

" ora, ora, ora! O futuro rei e sua princesa órfã. Uma relação um tanto que promíscua, certo?! Fiz uma pesquisa no Google constando que as relações entre familiares não são mais bem aceitas no mundo contemporâneo.... aguardem instruções, vamos brincar um pouco! Xoxo. "

CALMA? CALMA É UMA PORRA!!!!!

Como ele conseguia ao menos pronunciar esta palavra? Ergui a cabeça e dei de cara com um Henry aflito com a minha reação

- Não podemos ceder a esta chantagem! Temos que contar tudo para eles, eles tem que saber por nós e LOGO.

- Ana, acho que você não entende o que esta em jogo aqui! Você pensa que a única questão é o fato de sermos primos?! Quem olhar essa foto NUNCA irá acreditar que eu te respeitei, que você continua pura - ele disse sentando -se ao meu lado e passando seus braços em meus ombros

- Henry, se a gente contar talvez eles nunca tenham acesso a essa foto! Não irei me render a uma chantagem, não vai parar nunca, você entende o que estou dizendo?! Se tem alguma chance deles aceitarem isso com menos desespero vai ser sabendo por nós.

- Amor! Daqui a 1 mês você completará 16 anos! A idade que os pretendentes começam a ser cogitados. E se a Vó surtar e resolver te noivar com o primeiro almofadinha com um título real que aparecer? Eu não posso correr o risco de te perder - senti o medo em seus olhos e isso foi o suficiente para minhas lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto, expondo toda a dor que me habitava naquele momento

- Henry! Não isso nunca, me promete?!?!?! O que você pretende fazer - balbuciei entre soluços

- Aguardar! Provavelmente é alguém próximo a nós, por ter sido em nosso jardim e pela facilidade que essa pessoa teve ao fazer esta carta cair diretamente em minhas mãos. Meu amor, me olhe - Ele puxou meu queixo com carinho para encará-lo - temos que ser mais cautelosos, ter paciência e infelizmente aguardar as próximas coordenadas.

- Amor, promete que nada vai nos separar?! - gaguejei enterrando minha cabeça em suas mãos

- Claro que não! Ana, você é minha vida, ouviu bem?! A gente vai sair dessa. Nós vamos ficar juntos para sempre - ele sussurrou me dando um abraço e beijando meus cabelos.

Levantei despedindo-me e indo em direção ao meu quarto tentando disfarçar o choro ao passar pelos guardas, quando abri a porta deparei-me com Luna! E então desabei, minhas pernas tremiam e eu dei graças a Deus em ver minha melhor amiga.

- O que aconteceu Ana?! - ela falou em um tom preocupado

Luna era a filha de Branca, minha babá, que cuida de mim até hoje. Ela tem os cabelos curtos e loiros, seus olhos são de uma cor de chocolate estonteante. Uma menina atenciosa, generosa e linda! Crescemos juntas e em todos esses anos todas as regalias que eu conseguia dividir com ela eu dividia. Luna e Philipe eram as únicas pessoas que sabiam do meu romance com meu Henry. Me sentei na cama puxando suas mãos para ela sentar-se também e contei tudo o que tinha acontecido agora a pouco

- Meu Deus Ana! Quem poderia, na verdade, quem ousaria fazer isso com vocês? Mas calma meu bem, se recomponha e tome um banho, temos o jogo de rugby do chato... Esfrie a cabeça, tenha fé em Henry e em Deus e deixe o tempo agir.

Assenti dando-lhe um abraço apertado, chorando minhas últimas lagrimas, as palavras dela me confortaram. Tomei um banho demorado, fui até o closet e fui logo escolhendo uma roupa para Luna e me vestindo com uma saia de cintura alta azul Royal, uma blusa de seda amarela e um chapéu branco, pegueiminha bolsa chanel branca de correntes e calcei minhas sapatilhas que eram bordadas com pérolas! Amo elas, talvez ela me dêem sorte...

Chegando ao clube, dei de cara com Victória knowles! Ela tinha os cabelos negros longos e olhos esverdeados com traços finos em seu rosto, magra e alta parecia uma modelo de passarela. Ela era filha do Duque Kenny Knowles, mas não deixava de ser uma puta, oferecida!!!

- Princesa! - me reverenciou sarcasticamente a miss veneno

- Victória - falei com desprezo e nenhum entusiasmo em minha voz

- Henry! E então, pensou no meu convite sobre o fim de semana na casa da Courtney? Você precisa ir! E não se esqueça, com a jaqueta da faculdade que você irá ein - deu uma piscadela para o meu namorado - Oh, desculpe- nos Ana! Mas só os calouros universitários podem ir - deu de ombros a vadia me lançando um olhar de deboche e triunfo.

- Errr.... Oi? Desculpe Victória, é que você é tão insignificante que nem prestei atenção no que você falava com essa voz irritante - retruquei sentando-me no lugar que nos fora reservado e acenando para Philipe que estava se posicionando. Me virei sem nem querer ouvir a resposta que Henry iria formular a mulan " white - version "

- Baranga atacando! Essa idiota não perde tempo mesmo, ein?! - Sussurrou Luna me fazendo revirar os olhos.

A tarde seguiu com o time de Philipe ganhando, muita bajulação e com Henry cada vez mais distante e imerso em seus pensamentos. Na volta para casa meu celular vibra alertando-me de alguma SMS nova, era de um número confidencial e tinha o seguinte conteúdo:

" Sua primeira missão será obrigá-lo a ir ao fim de semana de iniciação, eu não aceito um não como respesta! Ps: esse é o nosso primeiro segredo! Que emocionante... Xoxo princesa. "

- VACA! - deixei escapulir assustando a todos dentro do carro.