Fanfics Brasil - Foi inevitável A Loja de Conveniência ADPTADA Laliter TERMINADA

Fanfic: A Loja de Conveniência ADPTADA Laliter TERMINADA | Tema: Laliter


Capítulo: Foi inevitável

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Narração Lali


Nossos lábios mantiveram-se colados e totalmente imóveis por um momento. Não havia incertezas, não parecia errado ou imprudente. Estávamos prontos, como se já tivéssemos esperado aquilo por muito tempo. Movemos as bocas ao mesmo tempo, o desejo explodiu. Perdi-me nas milhares de sensações: a língua acariciando a minha, o hálito adocicado, sua mão em minha nuca, os batimentos cardíacos descompassados...


Passei muito tempo da minha vida sentindo-me deslocada. Senti a nítida impressão de que estava exatamente onde deveria estar. Gemi involuntariamente, extasiada, enfeitiçada e entregue ao melhor beijo que alguém poderia partilhar. Peter pressionava-me contra si, mostrando que todo o contato não era suficiente. Uma das minhas mãos deslizou por seu braço e notei seus pelos eriçados. Gostei de saber que não era a única a sentir a maré de arrepios. Gemidos guturais brotavam dele. Por mais que me faltasse o ar, não estava disposta a deixar de sugar aqueles lábios macios.


Era humanamente impossível me fazer desistir daquilo. Pois, ali, naquele minuto, nos tornamos o centro do universo. Foi um beijo perfeito, nunca imaginei que podia existir algo assim. Infelizmente, precisamos nos separar quando o ar exigiu seu lugar em nossos pulmões. A separação foi abrupta, pois estávamos tão envolvidos que, distanciar nossos corpos, exigiu um grande esforço de ambas as partes. Cambaleamos, arfando. Meio tonta, precisei me apoiar no balcão. Aos poucos, fui me recuperando e, pela primeira vez, soube exatamente o que dizer.


“Foi inevitável!”


“Eu sei!”, afirmou, vindo ao meu encontro e pressionando os lábios nos meus, depois, espalhando beijos por minha face. “Nunca me senti assim, sua mãe estava certa!”


Suas palavras me chamaram a atenção, porém, não consegui manter uma linha de raciocínio coerente, quando senti a boca quente dele em meu pescoço, causando uma nova e mais intensa maré de arrepios. Quanto mais nos tocávamos, mais a sensação de que estávamos fazendo a coisa certa crescia.


“Está sentindo isso?”, murmurou ofegando, contra o meu pescoço.


“Sim.”, sabia, exatamente, ao que ele se referia. Existia uma corrente fluindo entre nós, rompendo por entre nosso peito, circundando os corpos.


Não sei dizer se foi efeito da loja, transformando-se, para nós, numa cápsula, uma bolha totalmente alheia ao mundo exterior. Fazendo-nos acreditar que não existia nada mais importante do que eu e ele. Perdemos a noção do tempo, da realidade e tudo mais que, um dia, já teve importância. Era difícil lembrar a última vez que senti necessidade de verificar as horas. Por mais que fosse loucura, não parecia. Enxergávamos através de ópticas alteradas, apenas um homem e uma mulher, livres das amarras de seus cotidianos. Sentia-me, exatamente, a Isabella que Edward descrevera, confiante, determinada, capaz. Porém, isso não era nada diante da realidade alternativa que se abrira, onde pertencíamos um ao outro.


Para ser sincera, não sei quem tomou a iniciativa. Ambos, talvez. Mas, agora, estávamos totalmente despidos, deitados no chão frio. Prendíamos-nos nas íntimas carícias trocadas, envoltos na paixão incandescente que iluminava nossos olhos. Bocas ocupadas, mãos venerando as curvas, deixando rastros sobre a pele, gemidos abafados, sede insaciável. Pequenas descargas elétricas ondulavam durante as investidas de Peter contra mim. Tinha certeza que minhas unhas deixavam marcas em suas costas, mas ele não reclamou. Na verdade, retribuía com o vigor do seu desejo. Não existiam barreiras a serem estraçalhadas, éramos duas peças de quebra-cabeça se encaixando. Murmúrios e palavras desconexas brotavam de nossas gargantas, fazendo-me perder a noção de onde terminava o meu corpo e começava o dele. Quanto mais o tinha, mais o queria. Rolamos pelo piso, nos privilegiando com a possibilidade de desfrutarmos de todos os movimentos que nos impelissem a tornar inesquecível o que já era único.


Não faço idéia de por quanto tempo fizemos amor, ou quantas vezes atingimos o clímax. O que sei é que desejava ficar presa em nossa bolha para sempre. Estávamos aninhados, submersos no silêncio, enquanto Peter escrevia seu nome com o dedo indicador na minha coxa. Reconhecia cada letra invisível. O cheiro da camisa dele, que eu vestia, era muito agradável. Pensei em devolvê-la, porém, vê-lo só de calça, com o peito desnudo, era mais interessante. Ergui a cabeça, em busca de seus olhos. O classudo me presenteou com um sorriso largo e sincero. Em seguida, beijou-me a testa, com delicadeza.


“Lali...”, chamou-me docemente.


“Sim?”, respondi com a voz preguiçosa.


“Fiquei refletindo sobre a história de seus pais. Você nasceu, exatamente, nove meses após a noite que eles passaram juntos, certo?”


“Sim, já te falei isso antes!”, confirmei, confusa. “Por que a pergunta?”


“Estou analisando as coincidências.”, pausou, pensativo. “Faça as contas. Se nasceu em 20 de novembro, a noite mágica que sua mãe descreveu, aconteceu no dia 20 de fevereiro de 1989.”


Sentei-me com a testa franzida, percebendo o que ele estava querendo dizer.


“Hoje completam 20 anos desde que tudo aconteceu...”, murmurei, pasma. “... e é seu aniversário. Poxa, que engraçado!”, sorri.


“E se não for coincidência?”, Peter se sentou também.


“Do que está falando?”


“A história que me contou, ficou na minha cabeça à noite toda. Falou-me que eles viveram um momento único em suas existências, que tinham uma conexão, a qual vai além das regras habituais entre homens e mulheres.”


“Aonde quer chegar?”, me interessei.


“Nunca me senti como me sinto agora. Nem consigo expressar, em palavras, o sentimento dentro de mim!”


“Sei como é!”, admiti. “Também sinto.”


“E se ela estiver certa? E se as pessoas forem como planetas em órbita, fadadas a seguir um trajeto em volta de suas escolhas...?”, parou, concentrando-se em algo que pareceu acabar de lhe ocorrer. “Lali...”, arfou. “... faz sentido! É complicado, mas tenta seguir meu raciocínio. Segundo a teoria de sua mãe, sob influência de uma força maior, algumas pessoas saem de órbita e têm a chance de refazer suas escolhas, mas a chance passa rápido, pois a força gravitacional os puxa de volta ao curso natural de suas vidas.”



“Peter, isso são suposições tolas!”


 




 


Créditos totais á:


Lunah




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Autor(a): Gi_Laliter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • viilaliter Postado em 07/09/2014 - 17:55:04

    Caracolis, li agora essa web inteira pq achei agora, mas, cara, foi a única coisa que me fez rir hoje! Adorei dms essa web, muuuito boa!

  • sofiasouza Postado em 31/01/2013 - 21:34:42

    AMEI .S2

  • sofiasouza Postado em 30/01/2013 - 21:47:55

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  • sofiasouza Postado em 30/01/2013 - 21:47:51

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  • sofiasouza Postado em 30/01/2013 - 21:47:41

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