Fanfics Brasil - Você é paranoica ! A Loja de Conveniência ADPTADA Laliter TERMINADA

Fanfic: A Loja de Conveniência ADPTADA Laliter TERMINADA | Tema: Laliter


Capítulo: Você é paranoica !

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Narração Lali


O homem desistiu, entregando seus pertences. Aproveitei a distração do assaltante e tentei alcançar o telefone no balcão, preparando-me para discar 911. Antes que eu tivesse chance de concluir meu plano, ele percebeu e puxou o aparelho para si, desconectando o fio da parede.


“Quietos!”, ordenou, enfiando os objetos furtados nos bolsos do moletom. “Me passa as chaves da loja!”, as coloquei próximo a ele, sem pensar duas vezes.


Encarando-nos, o ladrão foi se distanciando, lentamente. Arregalei os olhos no momento em que o vi passar pela porta e trancá-la, usando as chaves.


“ESPERE!”, o noivo gritou antes de mim. “NÃO ME DEIXE AQUI, PRECISO CASAR, POR FAVOR, VAMOS CONVERSAR!”, correu até a entrada.


“MERDA! MERDA! MERDA!”, saltei por cima do balcão, finalmente, apavorada. “Não nos tranque! Não vamos chamar a polícia, eu prometo! Prometo!”, berrei inutilmente, colocando as mãos na cabeça ao vê-lo baixando a porta de ferro. Tanto eu como o esquisito, encolhemos os ombros com o som produzido.


Ao que parecia, só trancar a porta de vidro não era suficiente, pois estava também fechando a de ferro com cadeado, nos privando da visão da rua e nos impossibilitando de gesticular por socorro. O classudo teve um acesso de fúria, chutando e socando a porta, ferozmente. Dei um passo atrás e me conformei, como fazia sempre. O homem bateu a cabeça, com força, na porta, antes de exclamar:


“Ele não levou seu celular!”


“Que celular?”, ergui uma sobrancelha.


“Não tem um celular?”


“Não!”


“Como não? Todo mundo tem!”, fez careta, enraivecido.


“Mesmo?”, não gostando do tom que usou comigo, puxei, do bolso traseiro, todo o dinheiro que tinha. “Compra um pra mim com isso.”, respondi, exibindo na palma os 4 dólares e 70 centavos.


O prepotente girou, encostando as costas na porta e deslizou até sentar-se no chão, derrotado.


“E agora, Juan Pedro, como é que você casa?”, murmurou para si, cabisbaixo.


Se ferrou! Tentei não rir da desgraça alheia, mas ele fazia uma cara tão engraçada! Contorcia os músculos do rosto.


“Por favor, me diga que existe uma porta nos fundos.”, pediu, esperançoso.


“Existe...”, se levantou num pulo. “... quero dizer... existia. Mas, o Sr. Chang mandou erguer uma parede semana passada, sabe, para evitar assaltos.”, novamente, fui fuzilada com seu o olhar, como se o tivesse dado falsas esperanças, de propósito.


“O que vamos fazer?”, indagou.


“Não sei você, mas eu vou me sentar atrás do balcão e esperar, pacientemente, a Sra. Chang voltar para me substituir. Ela vai ver que a loja está fechada, notará que há algo de errado e chamará a polícia.”


“Ótimo!”, arrumou sério o paletó. “Que horas ela chega?”


“Hmmm...”, olhei pro relógio de parede que marcava 20:05h “...antes de amanhecer.”


“O QUE?”, a voz dele ecoou alto. “Esfregou o rosto, impaciente, antes de...” SOCORROOOOO! ALGUÉM ESTÁ ME OUVINDO? ESTAMOS TRANCADOS!”, berrou, se desesperando.


“Não é querendo te desanimar... mas, já desanimando, ninguém vai ouvi-lo. As paredes são grossas, o som não vai atravessar o vidro e os preços do posto repelem qualquer ser vivo.”, esclareci indo me sentar o nde estava antes do alvoroço.


Ainda eram 20:45h e lá estava eu, sentada atrás do caixa com as pernas pro ar e mascando chiclete. Espiei através da revista, o noivo andar de um lado para outro, perto das prateleiras, há alguns metros de mim. O que ele pretendia? Fazer um buraco no chão? Ergui a revista quando ele virou o rosto para mim. Tentei me concentrar na leitura, mas o som da sola do sapato no piso era irritante, como uma torneira pingando incessantemente. Baixei um pouquinho a revista para dar outra espiadinha. Agora, já estava no final das sessões. Escondi o rosto atrás da revista, com uma pontada de medo. E se o sujeito fosse um daqueles assassinos que li no artigo? Um arrepio percorreu minha espinha e foi inevitável querer dar outra olhadinha.


“AAAAAAAAAHHHHHHHH!”, gritei de susto. A cara brava dele estava bem perto da minha. Como o cretino se materializou ali? Tentei levantar-me rápido e a cadeira virou para trás comigo.


O estalo do aço no chão abafou meu gemido.


“Está tudo bem?”, perguntou.


“Não!”, sussurrei, rolando para o lado, zonza.


Percebi que ele ia passar por cima do balcão e, em reflexo, levantei-me depressa, para evitar.


“Você!”, apontei para o indivíduo, severamente. “Nem pense nisso!”


“Pensar em que?”, já estava sobre o balcão.


“Se me matar, seu maluco, juro que vou te assombrar pelo resto dos seus dias!”


O noivo revirou os olhos, afastando-se. Tirei o chiclete da boca e colei na capa da revista, estreitando os olhos ameaçadoramente.


“Tive uma idéia para nos tirar daqui.”, ergueu o queixo.


Ajeitei meu uniforme cafona e tirei o cabelo do rosto, dizendo:


“E me matar de susto ajudará?”, disse-lhe, rude.


“Não vou matá-la!”, irritou-se. “Você é paranoica!”


Não era a primeira vez que ouvia aquilo.


“Ok...”, pulei por cima do balcão. “...Qual o plano?”


“Vou arrombar a porta”, explicou concentrado, esfregando as mãos.


Fitei a porta de vidro e, além dela, a porta de aço. Depois, voltei meu olhar para o classudo, soltando uma gargalhada daquelas de roncar feito porco.


“Clark Kent! É você? Há quanto tempo, camarada!”, zombei.


“Vou arrombar só a de vidro, depois tratamos da de aço.”


Assenti, me distanciando dele e da porta.


“O que está fazendo?”, indagou, curioso.


“Vamos fazer juntos, não vai conseguir sozinho!”


O cara entendeu e, assim como eu, se distanciou o máximo que pôde da porta. Estávamos quase encostados na parede. Do nosso lado direito, ficava o balcão e o caixa; do lado esquerdo, o restante da loja e, à nossa frente, o obstáculo, há uns dez metros de distância. A porta de vidro, dali, de onde estávamos, parecia incrivelmente quebrável. Tão frágil quanto uma taça. O plano do classudo não me pareceu tão ruim. Era bom o Sr. Chang ter um seguro.


“Ok, vamos no três!”, ordenou ele.


Assenti. Respirei fundo, preparando-me.


“1...2...”


“Espera, espera, espera!”, pedi, quando ele já ia começar a correr.


“O que?”, olhou-me, ranzinza.


“A contagem é tipo: 1, 2, 3 e já? Ou 1,2 e 3 já indo?”


O classudo bufou alto.


“1,2 e 3 já indo!”, respondeu, voltando a se posicionar para o nosso grande desafio.


Sacudi os braços e pernas, tentando relaxar ao máximo. Então, cerrei os punhos, preparando-me para correr. O homem voltou a contar...


“1...2...”


“Espera, espera, espera!”, dessa vez, ele ficou bem carrancudo. “Preferia se fôssemos no 1,2,3 e já!..É melhor desse jeito!”, sorri amarelo.


“Ok!”, quase gritou, enraivecido.


Lá estávamos nós, prontos para pormos a porta abaixo. Trocamos um olhar, sincronizando o momento certo para corrermos. Engoli seco e esperei que ele voltasse a contar.



“1...2...3 e já!”


 



Dedicado á:

 



lary_laliter

sofiasouza

 


Créditos totais á:


Lunah.


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Autor(a): Gi_Laliter

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 84



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  • viilaliter Postado em 07/09/2014 - 17:55:04

    Caracolis, li agora essa web inteira pq achei agora, mas, cara, foi a única coisa que me fez rir hoje! Adorei dms essa web, muuuito boa!

  • sofiasouza Postado em 31/01/2013 - 21:34:42

    AMEI .S2

  • sofiasouza Postado em 30/01/2013 - 21:47:55

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  • sofiasouza Postado em 30/01/2013 - 21:47:51

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  • sofiasouza Postado em 30/01/2013 - 21:47:41

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