Fanfics Brasil - 8 Para Sempre ao seu Lado Adaptada (LALITER)

Fanfic: Para Sempre ao seu Lado Adaptada (LALITER) | Tema: Laliter


Capítulo: 8

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Oi preciosas mais um capitulo pra vcs :D 


 


lala:ela vai o encantar mais ao longo da web rs,obrigada por comentar.


 


 


 




 


 


           Freando com dificuldade uma longa aspiração ina­cabada, Peter a soltou. Com os longos cílios deixando entrever apenas um brilho dourado nos olhos, ele murmurou calmamente:


 


— Estamos em casa.


 


Sem fôlego e estonteada pela incomum explosão de paixão, Lali abaixou a cabeça e tentou reassu­mir o controle de si mesma. Bem embaixo, em seu corpo, em um local privado sobre o qual não estava nem mesmo habituada a pensar, ela sentia uma grave dor de desapontamento. Havia sido arrebatada: Peter poderia ter feito amor com ela no assento de trás da limusine — e ele provavelmente sabia disso. Lali sentia-se tão envergonhada por tê-lo encorajado que se perguntava como encará-lo novamente. Ela havia se comportado como uma fã sexualmente ansiosa deixada a sós com seu ídolo. No que, afinal, ela esta­va se metendo? Ele a havia aceitado em confiança e, para ser digna dessa confiança, precisava manter uma distância apropriada entre eles! Quando o chofer abriu a porta a seu lado, ela se arrastou apressada­mente para fora do carro. Só então deu uma boa olha­da a sua volta.


 


Em casa? Peter parecia morar em uma grande man­são de pedra isolada situada por uma cortina alta de muros. Um mordomo de meia-idade esperava ao lado da entrada imponente. O vasto saguão de chão de mármore era guarnecido com esculturas clássicas e mobília adornada. Ela ficou intimidada com o re­quinte e seus passos vacilaram.


 


Santo cielo...


 


A exclamação indelicada de Peter fez Lali se sentir tonta. Com o rosto muito carrancudo e pertur­bado, ele parecia estar olhando para a bela lareira de mármore. Uma constatação repentina sobreveio a ela. Peter havia se surpreendido com alguma coisa. Algo devia estar diferente ou pelo menos não estava como ele tinha previsto. Como pelo jeito ele não se lembrava do que exatamente havia mudado, sentia-se naturalmente desorientado, e, tratando-se de sua pró­pria casa, isso devia ser muito mais desconcertante.


 


Percebendo que o mordomo a examinava com o canto do olho, Lali correu em direção a Peter, en­fiou a mão sem cerimônia em seu braço e se espichou para sussurrar:


 


— Vamos subir...


 


Ao mesmo tempo em que se perguntava por que um dos quadros favoritos de seu avô estaria dependurado ali, na casa de campo do neto, Peter reagiu àque­le pequeno e sussurrante convite feminino da mesma forma que os machos fogosos o fazem há séculos. Esquecendo momentaneamente o enigma do quadro, sobreveio-lhe um desejo de tomar sua pequena espo­sa e beijá-la ardentemente — ela havia lido sua mente com acuidade. Seria assim que ele normalmente agia em relação a ela? Inquietou-se por ter que admitir que não fazia a menor idéia.


 


— Esqueci de uma coisa... Vá subindo — disse Lali quando eles chegaram ao andar de cima.


 


Desvencilhando-se dele, ela tornou a descer apres­sadamente para falar com o mordomo.


 


— Sei que deve estar se perguntando quem sou eu — começou Lali, pouco à vontade. — Você é...


 


— Umberto, signorina. Eu cuido da casa, e a senhorita é hóspede do Sr. Lanzani— respondeu o an­cião suavemente.


 


— Não exatamente... eu sou... a esposa de Peter, Mariana mais pode me chamar de Lali se quiser— explicou murmurando em tom conciliador.


 


Apesar de treinado para a discrição total, Umberto não conseguiu esconder sua surpresa.


 


— Por favor, providencie para que nenhuma cha­mada telefônica, pessoal ou de negócios seja transmi­tida a meu marido.


 


Umberto se aprumou. Seus lábios entretanto reme­xiam-se ansiosamente.


 


— Não deixe de seguir minha instrução — acres­centou Lali sacudindo a cabeça.


 


Quando ela subiu novamente, Peter a avaliou com um olhar penetrante e depois, com uma expressão decidida, curvou-se e arrebatou-a, erguendo-a nos braços.


 


—Peter— reclamou Lali, absolutamente sur­presa e confusa. — O que... pensa que está fazendo?


 


Dando largos passos, Peter soltou uma vigorosa e sensual gargalhada e empurrou habilmente com o ombro a porta da suíte principal.


 


— Estou me assegurando de que as instruções que você deu há pouco a Umberto, a respeito do jantar ou seja lá o que for... não vão nos interromper novamente!


 


— Por favor, coloque-me no chão... — ordenou Lali com uma urgência nervosa. — Você devia es­tar repousando, Peter.


 


Peter a fez descer, com extremo cuidado, sobre uma pesada cama.


 


— Tenho toda a intenção de fazer isso... mas só que com uma companhia,cara.


 


Lali rolou para o outro lado e saiu da cama. Seu rosto estava intensamente rosado.


 


— Mas desse modo você não iria repousar — Com os longos dedos ele soltou rápido o nó da gravata de seda, retirou-a e livrou-se dela. Seus olhos, que brilhavam intensamente, chamejaram na direção dela num claro desafio.


 


— Não é preciso que eu me lembre dos últimos cinco anos para saber que não sou um sujeito dado a ficar sem fazer nada. Se não estou trabalhando, preci­so de alguma atividade...


 


— Mas não isso — cortou Lali, resfolegando. — Você apenas está pensando que deseja dormir co­migo, mas na realidade... você não quer. O que deseja apenas é tornar-me mais familiar para você.


 


— Não posso acreditar que tenha casado com uma mulher que faz uma peça teatral de três atos em torno de sexo — disse Peter incisivo e com escárnio.


 


— Estou apenas tentando ajudar. — Lali aperta­va as mãos em um gesto que revelava involuntaria­mente sua tensão. — Isso não é o que você precisa exatamente nesse momento.


 


— Deixe que eu decida.


 


Em seguida, Peter ficou quieto, e seus olhos bri­lhantes não mais pareciam fixá-la. Sua boca sensual se retorceu e depois se imobilizou com uma expres­são severa.


 


— O que foi? — perguntou Lali, preocupada.


 


Peter olhou de novo para ela. Seus olhos de esmeraldas pa­reciam atordoados, desolados e amargos, e as rígidas maçãs do rosto sobressaíam sob a pele empalidecida.


 


— Leon, meu avô, morreu. É por isso que aquele quadro de Matisse está aqui em casa ao invés de no Castello... certo?


 


Enquanto ele falava Lali também perdeu a cor.


 


— Não vá se recusar a me falar sobre esse assunto — advertiu Peter  friamente.


 


Lágrimas surgiram involuntariamente nos olhos consternados de Lali e ela assentiu com uma dolo­rosa relutância.


 


— Sim, eu sinto muito... Seu avô morreu quatro anos atrás.


 


— Como foi que ele morreu? — perguntou Peter.


 


— Um ataque cardíaco, creio que fulminante — afirmou Lali, agradecendo a Deus porque pelo me­nos isso ela sabia, e rezando para que ele não exigisse mais detalhes.


 


Peter voltou-se e afastou-se dela, caminhando em direção às altas janelas. Seus ombros fortes pareciam tensionados sob o tecido caro do paletó. Ele a estava deixando de fora e ela sabia disso. Mentalmente, ele a havia feito desaparecer de sua presença, como se tivesse batido uma porta na sua cara.


 


— Peter... — murmurou Lali, com uma compai­xão que tinha medo de demonstrar.


 


— Vá verificar o menu do jantar — aconselhou ele secamente.


 


O olhar preocupado dela faiscou e ela se ergueu.


 


— Pouco me importa agora esse tipo de detalhe. Não me coloque fora disso. Eu era extremamente apegada à minha avó e fiquei completamente deso­rientada quando ela morreu...


 


— Algumas pessoas preferem não ficar exibindo por aí seus sentimentos íntimos — retrucou ele, aspe­ramente.


 


— Está bem, está bem! — Lali ergueu os braços num gesto de desistência, com as sobrancelhas arqueadas diante da veemência dele.


 


Com o rosto pálido e enrijecido de transtorno, já que ele não poderia ter rejeitado mais acintosamente sua tentativa de confortá-lo, ela se virou para sair do quarto.


 


 


“Então, o que você anda fazendo?”, perguntou uma vozinha velhaca dentro da cabeça de Peter. “Dando pontapés em filhotes? Vencendo com folga um tor­neio escolar?”.


 


Umberto estava ali, no corredor. Com ele havia um outro homem carregando a mala dela.Lali se deteve repentinamente.


 


— Signora. — Com uma delicada inclinação da cabeça, o mordomo abriu a porta do quarto ao lado e posicionou-se para que ela pudesse entrar primeiro.


 


Um quarto para cada um, pensou Lali, piscando diante da magnificência da mobília e do espaço im­pressionante do ambiente. Como se não fosse apro­priado que maridos e esposas ricos compartilhassem o mesmo quarto. Ora, isso poderia ter sido mesmo embaraçoso, pensou consigo mesma. Quando deu uma olhada em seu reflexo em um elegante e inconveniente espelho de corpo inteiro, ela pôde ver que seus olhos ainda reluziam, denunciando um estúpido e fraco choro! Como pôde deixar que uma palavra dura de Peter a transformasse assim numa débil lacrimejante?


 


Suspirando profundamente, Lali tentou se acal­mar e seguiu Umberto para fora do quarto.


 


— Eu gostaria de fazer um passeio pela casa — disse-lhe com um sorriso amigável, sabendo que isso era necessário. Ela não poderia fingir que estivera morando na residência de Peter se não a conhecesse. Mesmo assim, as mentiras que ela havia assumido com tão pouca premeditação estavam começando a enervar Lali. Dentro de uns dois dias, refletiu,Peter certamente iria recuperar a memória e não teria mais necessidade dela. Iria ele apreciar o fato de ela ter procurado ajudá-lo?


 


Umberto era muito detalhista. Ele teria ficado feliz em mostrar a ela o interior de cada armário. Lali o apressou, passando rápido de um cômodo para o outro, assombrada com o tamanho da casa, estupefata com o extremo requinte da mobília e a formalidade dos empregados, mas encantada com as muitas pintu­ras emolduradas. Na cozinha do subsolo ela conhe­ceu o chefe de cozinha, mas demonstrou mais cons­ternação que aprovação ao saber que exatamente o mesmo menu era alternado periodicamente todos os anos. Intuindo a probabilidade de uma maior liberda­de gastronômica, o chefe francês beijou a mão dela, correu para o jardim dos fundos, colheu um botão de rosa amarelo vibrante e, voltando, ofereceu-o a ela.


 


Rindo, Lali enfiou o botão no cabelo e dirigiu-se novamente para o andar de cima para descansar um pouco antes do jantar.


 


As poucas coisas que trouxera na mala já tinham sido arrumadas no guarda-roupa, e ela precisou pro­curar nas gavetas uma roupa para trocar. A ducha no banheiro da suíte foi deliciosa, com jatos d`água múl­tiplos. Sorrindo com esse luxo ao qual não estava ha­bituada e enrolada em uma grande toalha felpuda, ela andou descalça para fora do banheiro.


 


Peter estava no quarto, esperando por ela. Ela se deteve num movimento abrupto, com os olhos confu­sos percebendo a porta aberta que evidentemente se conectava com o quarto dele.


 


— Dio mio... Essa rosa me encanta— murmurou Peter suavemente.


 


Lali fez um movimento tímido com a mão em direção ao botão que ela havia recolocado no cabelo.


 


— Seu chefe de cozinha me ofereceu...


 


Peter havia trocado seu terno de trabalho por uma calça preta de corte impecável e uma camisa esporte azul. Ele parecia tão categoricamente esplêndido que ela não conseguia parar de admirá-lo. O ardente ape­lo sexual dele atingiu-a como uma onda tem­pestuosa e arrebatou-a fortemente.


 


A consciência da própria pele nua sob a toalha fez com que Lali fosse tomada por uma penosa timi­dez. Ela estava envergonhada pelas protuberâncias de seus seios fartos, sob o tecido felpudo, mas quan­do deparou com o olhar brilhante e ardoroso de Peter seu embaraço foi diluído pela força da própria reação àquela irresistível masculinidade. O formigamento em sua pélvis se intensificou em uma explosão de desavergonhada quentura e suas pernas tremeram. Ela não conseguia se mover, não conseguia sequer pensar em alguma coisa para dizer.


 


A atmosfera estava elétrica.


 


— Eu quero você, cara mia — murmurou Peter.


 


Aquela confissão provocou em Lali um extravasamento de prazer e dor. Ela já havia nutrido antes fantasias secretas sobre esse momento mágico. O momento em que Peter iria milagrosamente deixar de lado toda a formalidade e vê-la como uma mulher desejável. O que antes havia sido seu sonho mais fer­voroso estava nesse momento acontecendo. Peter es­tava dizendo que a queria e em todos seus sonhos ela havia sempre se atirado sobre ele numa retribuição prazerosa. Só que nas circunstâncias atuais esse não era um deleite que ela pudesse permitir a si mesma.


 


Não era ela realmente que Peter queria, Lali pro­curou lembrar a si mesma com uma dolorosa relutân­cia. Ele estava expressando um desejo natural por uma mulher que na realidade era uma ilusão: sua es­posa, a mulher com quem acreditava ter um casamen­to normal e em quem ele compreensivelmente achava que podia confiar. Mas ela não era essa esposa. Era apenas alguém a quem Peter uma vez havia pago para realizar uma cerimônia de casamento com ele, al­guém por quem ele não se interessava pessoalmente. E como se tudo isso não fosse suficiente, ela era tam­bém inferior em termos de status e sucesso.


 


Tentando entender o ar de desespero que ela mos­trava em seu rosto, Peter tinha a testa franzida quando ele procurou tocá-la.


 


— Lali...


 


— Nós não temos esse tipo de relacionamento — objetou Lali com a respiração entrecortada.


 


Ignorando seu ligeiro passo atrás, Peter segurou os pulsos dela com seus longos dedos, impedindo-a de recuar.


 


— Eu não compreendo...


 


— Olhe, não é nada sério e certamente nada para se preocupar a respeito. Mas apenas entenda, eu na verdade não tenho muito valor na sua vida. Quando você recuperar a memória vai se lembrar disso e me agradecer por ter lhe avisado.


 


Peter se conteve. Olhava-a de cima com seus olhos brilhantes, que deixaram de ser inquisidores e se afi­naram com suspeita.


 


— O que você fez para que eu devesse tratá-la dessa forma?


 


Confusa com a reação dele, Lali ficou tão cons­ternada que empalideceu.


 


— Eu não fiz nada!


 


Peter parecia ter esquecido a própria força, pois com o ímpeto com que a segurava arriscava-se a que­brar os delicados ossos do pulso, o que a fez soltar um gemido de desconforto.


 


— Você está me machucando— Imediatamente ele a largou, preocupado, pedindo desculpas, mas o que falou em seguida tornou claro que o assunto não seria facilmente deixado de lado.


 


— Explique o que quis dizer sobre não ter muito valor em minha vida.


 


— Apenas que fica tão ocupado com seu trabalho que quase não se dá conta de minha presença — mur­murou Lali com voz fraca.


 


— Se você foi infiel não faça disso um mistério — Peter disse com sua fala arrastada, numa brandura mordaz. — Apenas arrume sua mala e saia da minha vida de novo.


 


— Não seja ridículo! É claro que não fui infiel!


 


— Nós, os Lanzanis, temos o hábito de casar com mulheres levianas — escarneceu Peter com uma frie­za que era inteiramente desconhecida para ela, mas que continha uma impressionante carga de presságio. — Mas não perdemos tempo em nos divorciar delas.


 


— Vou me lembrar disso — disse Lali, esfor­çando-se em vão para dar um sorriso despreocupado antes de sumir de novo dentro do banheiro.


 


Peter recuou um passo, desnorteado. Sua mente aguçada estava agitada com rápidas e furiosas per­guntas.


 


"Nós não temos esse tipo de relacionamento”. "Eu não tenho muito valor na sua vida." "Você fica tão ocupado com seu trabalho que qua­se não nota a minha presença."


 


Que tipo de casamento era aquele em que, embora sendo ambos jovens, eles já estavam ocupando quar­tos separados? Isso teria sido escolha dele? Lali tinha dado a entender que o relacionamento deles era da forma que ele queria que fosse. Ele estava irritado com as conclusões que estava sendo forçado a tirar. A idéia de fracasso não existia para ele. O instinto sem­pre o havia feito lutar pela perfeição em todas as fa­cetas de sua vida. Entretanto seu casamento parecia estar em dificuldades. Sem nenhum aparente desejo de censurá-lo ou desafiá-lo, sua esposa o havia retra­tado como um marido viciado em trabalho e indife­rente às necessidades dela. Ele também tinha dificul­dade em acreditar que raramente dormia com ela. Mas o que mais podia pensar?


 


Lali se vestiu. Ela colocou uma descontraída saia preta que terminava muitos centímetros acima dos joelhos, combinando com um top justo verde amarrado com laços. Tendo consultado o relógio, te­lefonou para o celular de sua irmã.


 


 


— Estive pensando em você o dia inteiro... Como está Peter? — perguntou Cande ansiosamente.


 


— No geral ele está bem, mas a pancada na cabeça lhe causou alguns problemas. Ele não é o mesmo inteiramente.


 


— O que quer dizer?


 


— Que, por enquanto, eu estou sendo útil aqui... E apenas como uma amiga — Lali se apressou em acrescentar.


 


Nesses últimos quatro anos, ela não havia contado à irmã a verdade a respeito de seu casamento. Tivera medo de que se o fizesse Cande perderia o respeito tanto por ela como pela instituição do casamento. O que havia parecido uma mentira inofensiva aos ouvi­dos sensíveis de uma garota de 13 anos, agora parece­ria muito mais desonesto e menos perdoável. Mas sa­bia que não podia permitir que a irmã mais nova continuasse acreditando que tivesse contribuído de algu­ma forma para o fim de seu casamento.


 


— O que exatamente está errado com ele? — Lali tomou fôlego e explicou rapidamente.


 


— Você sabe o que isso significa? — exclamou Cande. — Isso vai dar a você e Peter uma chance de um recomeço totalmente novo!


 


— Não há possibilidade de nada semelhante. — Lali suspirou, com o rosto se anuviando de apreen­são. — Eu apenas quero ajudá-lo... só isso.


 


Quando ela desceu as escadas, Umberto a condu­ziu para a sala de jantar iluminada por velas onde a mesa cintilava com louça de cristal transparente e ta­lheres de prata maciça. Lírios frescos com pétalas li­sas e brancas como neve ornamentavam a madeira polida.


 


— A mesa está simplesmente linda — dizia Lali ao mordomo quando Peter entrou.


 


— Estamos comemorando alguma coisa? — per­guntou.


 


Lali ficou cor-de-rosa e pegou seu copo de vi­nho com a mão trêmula.


 


— Sua saída do hospital.


 


— Eu proponho um tema de conversa seguro — disse a ela. — Fale-me de sua família.


 


Lali realmente não via problema em falar de suas origens com ele.


 


— Não há muito a ser dito sobre minha família.


 


— Seus pais? — Insistindo no tema, Peter se aco­modou em sua cadeira com um ar de expectativa.


 


— Eles morreram... num acidente de carro na França quando eu tinha 16 anos — explicou Lali num tom grave. — Minha irmã Candela tinha 11 anos.


 


Peter franziu o semblante.                                     


 


— Quem assumiu o cuidado de vocês?                 


 


— Passamos a morar com um primo de meu pai. — Peter não via necessidade de sobrecarregá-lo com a realidade sobre como aquela solução havia sido infeliz e durado pouco.


 


— Cande está no colegial agora.


 


— Aqui na Suíça? — Lali se aprumou.


 


— Não. Na Inglaterra.


 


— Não tem outros parentes?


 


— Não. Minha avó praticamente me criou — disse voluntariamente. — Ela era italiana e quando eu era criança ela morava conosco, e por isso aprendi um pouco da língua.


 


— Entretanto você não fala em italiano comigo — censurou Peter, mas seus olhos castanhos a estavam perdoando porque ela havia estabelecido um vínculo que ele respeitava entre a origem deles dois.


 


Ela se encolheu.


 


— Eu entendo muito mais do que posso falar...


 


— Tudo é uma questão de praticar — sentenciou Peter, convicto.


 


— Não — insistiu Lali, erguendo o queixo tei­mosamente e com uma expressão chorosa nos olhos. — Você uma vez riu às gargalhadas do meu italiano! Você disse que eu parecia uma camponesa porque usava muitas palavras que não se usa mais.


 


— Eu estava certamente brincando com você, cara — respondeu Peter divertido e satisfeito com o fato de ela ter esquecido sua decisão de não falar do passado.


 


— Nós tivemos uma pequena discussão — ela ad­mitiu, séria. — Mas não quero falar sobre isso.


 


Era melhor ficar calada do que se arriscar a dar a ele uma impressão errada, decidiu Lali apreensiva. Então ela se concentrou em comer e a comida estava deliciosa. Umberto encheu seu copo de vinho por pelo menos três vezes. Ela recusou o café e disse que ia se deitar cedo porque estava cansada.


 


— Mal passa das oito — assinalou Peter gentil­mente.


 


— Nunca fico acordada até tarde — respondeu Lali secamente e levantou-se.


 


Peter empurrou a cadeira e levantou-se. Quando Lali passou perto dele, ele segurou suas mãos.


 


— Uma pergunta você tem que me responder.


 


— Não... não fale assim — murmurou Lali preocupada.


 


Os olhos dele fixaram os dela com um brilho duro de diamante, exigindo que ela não escapasse.


 


— De quem foi a idéia de usarmos quartos separa­dos?


 


Lali engoliu em seco.


 


— Sua... — respondeu, acreditando que essa era a única resposta razoável que poderia dar.


 


Um sorriso caloroso se desenhou na bela boca de Peter. O coração dela bateu como se fosse um pássaro preso numa armadilha. Ele largou suas mãos e ela se afastou, com os joelhos cambaleantes.


 


— Boa noite — sussurrou rápido e fugiu dali. Dez minutos depois, com os dentes escovados e o rosto já sem maquiagem, ela apagou a luz. Mergu­lhou na cama suntuosa com um suspiro reconfortante. Mas sua adrenalina ainda estava alta demais para permitir que relaxasse e dormisse e pensamentos in­cansáveis remoíam o passado, seus encontros iniciais com Peter.


 


Ela havia se apaixonado por um homem com quem nunca sequer tivera um encontro. Cerca de uma vez por mês ele voltava ao salão onde ela trabalhava. Logo depois da primeira visita dele, como a limusine e o valor da gorjeta haviam sido notados, a estilista sênior mais antiga insistira em tomar o lugar de Lali. Para surpresa e contentamento de Lali, o pró­prio Peter  tinha se negado a mudar, pedindo para ser atendido por ela.


 


 


 


 


— Você se lembrava do meu nome? — perguntou Dulce.


 


— Eu descrevi você.


 


— Como? — ela se apressou em perguntar com uma curiosidade indisfarçável.


 


— Você sempre fala muito?


 


— Se me disser como me descreveu, ficarei calada — prometeu.


 


— Muito pequena, com lábios cor de púrpura, bo­tas altas.


 


Ela ficou emocionada com aquele retrato, mas de­pois de cinco minutos esqueceu sua promessa de manter silêncio e logo se aplicou em descobrir que idade ele tinha e se era casado ou não. Nas vezes seguintes não seria verdade dizer que ele conversou com ela, mas pelo menos não se esquivou de suas perguntas. Lali procurou conhecê-lo deixando-se conhecer também. Ela lhe perguntou o que ele fazia para viver.


 


— Trabalho em um banco — foi a resposta.


 


Muito tempo depois ela notou quase que acidental­mente o nome Lanzani no título de um artigo na ses­são de negócios de um jornal de domingo. O artigo lhe revelou que ao invés de meramente trabalhar num banco, Peter era dono de um.


 


No dia em que o ouviu lamentar sobre o testamen­to do avô e a possível perda da residência da família, que ele parecia amar tanto, ela entrou na conversa de Peter por puro impulso e ofereceu-se como "falsa" esposa. Interrompendo a conversa telefônica, ele a observou incrédulo.


 


 


— Bem, por que não? — continuou ela, com o rosto vermelho pelo próprio atrevimento, mas mes­mo assim ansiosa pela chance de fazer alguma coisa por ele. Na verdade, qualquer coisa que o fizesse mais propenso a prestar atenção nela e, talvez, até gostar dela.


 


— Deve haver mil razões para esse "não" — rebateu Peter numa sentença fria.


 


— Provavelmente porque você é um homem cau­teloso demais, o que torna as coisas muito complica­das — assinalou ela, gentilmente. — Mas se trata de um problema simples. Você precisa de uma falsa es­posa para manter a propriedade de sua casa, e eu re­solveria isso.


 


— Eu me recuso a discutir essa questão com você. Você se intrometeu numa conversa pessoal.


 


— Talvez deva pedir ajuda a uma de suas amigas e deixar de se comportar de um modo tão altivo — su­geriu Lali.


 


— Onde aprendeu a falar italiano assim, como uma camponesa?


 


— Como o quê? O que há de errado com meu ita­liano? — ela atirou de volta, perturbada com o insul­to que ele teria pretendido fazer.


 


Peter começou a rir.


 


— Você usa palavras arcaicas e expressões que...


 


— Só às vezes — disse Lali furiosa. — Você é incrivelmente rude!


 


— Você interrompeu uma conversa confidencial e me fez uma proposta ultrajante. O que esperava?


 


— Eu estava me oferecendo para ajudar você...


 


— E por quê? Nós não passamos de estranhos — disse Peter, escarnecedor.


 


Ferida, ela apenas abaixou a cabeça e deu de om­bros, concordando.


 


— Desculpe-me pelo que disse...


 


— Não parece atraente assim amuada.


 


Lali ergueu a cabeça com uma rapidez surpreen­dente.


 


— E o que você acha atraente em mim? — pressio­nou ela, esperançosa e muito pouco sutil nos seus 19 anos.


 


— Nada — informou Peter secamente.


 


— Ora, vamos... Você não está sendo sincero... Deve haver alguma coisa razoável em alguma parte de mim — disse com jeito persuasivo.


 


Observando-o no espelho ela o viu sorrir. Aquele raro e altamente carismático sorriso que fazia as pal­mas de sua mão suarem. Mas ele ainda se recusava a ser ajudado. Três dias depois Peter lhe telefonou quando estava no trabalho e pediu para ela almoçar com ele em um hotel.


 


— Assunto de negócios — esclareceu, antes que ela fizesse uma idéia errada.


 


— Não estou com roupas adequadas — ela admi­tiu alegremente.


 


Quando Peter especificou os termos do contrato de casamento de conveniência que ela mesma havia su­gerido, parecia se portar terrivelmente como um ho­mem de negócios. Ele a fez perder o apetite e ela quase não comeu. Peter expressou seu desejo de com­pensá-la por lhe fazer esse favor. Lali rebateu, di­zendo que se recusava a ser paga por isso. Então ele propôs uma quantia que lhe tirou o fôlego.


 


— Pense bem e discutiremos isso da próxima vez que nos virmos.


 


— Escute, se eu estivesse querendo dinheiro, não teria me oferecido para fazer isso. Não seria certo receber dinheiro para participar de uma cerimônia de casamento. Quero dizer... tudo que você deseja é manter a casa que pertenceu a sua família por gera­ções e não tem sentido você ter que pagar a mim ou a qualquer pessoa para isso!


 


Peter a examinou friamente.


 


— Eu não quero entrar em assuntos pessoais, mas você vive numa situação financeira muito restrita e provavelmente tem pouca esperança de melhorar.


 


— Isso é uma questão de ponto de vista.


 


— Uma injeção financeira daria a você possibilida­des que nunca teve antes. Poderia voltar a estudar.


 


Lali olhou-o como se não gostasse da idéia.


 


— Não, obrigada. Para mim já basta o que estudei. Não se trata de eu ter sido obrigada a fazer o que faço, entende? Eu sempre quis ser cabeleireira, adoro isso!


 


— Você devia levar adiante seus estudos — conti­nuou Peter, como se ela nem tivesse falado. — Ex­pandir seus horizontes, ser mais ambiciosa.


 


— Você me namoraria se eu fosse para a faculda­de? — perguntou Lali de repente esperançosa. — Acho que você não ia querer esperar tanto tempo.


 


— Não seja irreverente. Eu apenas estava tentando lhe dar alguns conselhos.


 


— E querendo me tentar com seu dinheiro.


 


E ele a havia tentado com êxito, porque nos dias que se seguiram ela descobriu que podia mudar sua vida e a de sua irmã da água para o vinho com apenas uma fração da grande soma que ele havia menciona­do. Se encontrasse um apartamento num lugar me­lhor, poderia afastar Cande do grupo de desordeiros com quem andava saindo. Se abrisse um pequeno sa­lão de cabeleireiro do qual fosse a dona, poderia fazer seu próprio horário de trabalho e ficar mais tempo em casa com Cande. Finalmente ela concordou em acei­tar um décimo da quantia que ele queria lhe dar. Es­tava seduzida pela idéia do quanto poderia fazer com aquele dinheiro e só depois de ter aceitado o cheque é que compreendeu que com isso perdera o respeito.


 


 


 


 


Enquanto tratava de abafar um suspiro por um pas­sado que não podia ser mudado, a mente de Lali retornou ao presente. E ela foi então brutalmente tira­da de sua sonolência pelo barulho de uma porta se abrindo. Um segundo depois a luz iluminava o quar­to. Atordoada e piscando seguidamente, ela enxergou Peter e forçou sua mente a ficar alerta novamente.


 


Antes que tivesse conseguido, entretanto, uma mão segurou a ponta do lençol e puxou-o de seu cor­po reclinado. Ela deixou escapar um pequeno grito que misturava espanto e humilhação. Peter se curvou e tomou-a nos braços como se fosse um embrulho que tivesse vindo apanhar.


 


— O que você está fazendo? — exclamou ela em voz aguda.


 


— De agora em diante, partilhamos a mesma cama, minha cara — disse, Peter dirigindo-se de volta para seu quarto com ela nos braços.


 


— Não acho que seja uma boa idéia — murmurou Lali arquejante.


 


Peter colocou Lali sobre sua cama.


 


Ele desabotoou a camisa e começou a tirar os sapa­tos. Ela parou de respirar, dizendo a si mesma para não olhar, mas sabia que iria. Tinha 23 anos e nunca vira um homem despido. Ela também nunca havia estado sozinha num quarto com um homem. Por quê? Ela era virgem. Costumava pensar que ainda era vir­gem porque tinha encontrado Peter primeiro e se ha­bituara a querer aquilo que não podia ter.


 


Aos 19 havia descoberto que o desejo físico podia se sobrepor a qualquer pensamento e mesmo ao orgu­lho. Peter podia não ter reagido a ela da mesma forma, mas Lali nunca esquecera a força poderosa e esti­mulante de sua reação a ele. Todos os rapazes que entraram em sua vida depois dele haviam sido com­parados com ele. Ela queria sentir o que sentia por Peter e havia se tornado exigente.


 


— Vou tomar uma ducha, bella mia...


 


Com o rosto vermelho, ela desviou sua atenção da vibrante fatia de peito musculoso que apa­recia pela camisa entreaberta.


 


— Eu não sou bela... Não me chame assim — mur­murou.


 


Peter apoiou um dos joelhos na cama. Seus olhos escuros e brilhantes pareciam risonhos quando fixa­ram os olhos dela.


 


— Se eu falo que você é bonita, você é.


 


— Mas...


 


— Você tem um corpo celestial...


 


— Sou baixinha...


 


— Mas o que tem dentro do espaço de sua altura é de excepcional qualidade. Continua dentro de mim o ímpeto irresistível que eu sentia de tomá-la em meus braços e colocá-la sobre a cama mais próxima... e agora você está aqui.


 


Peter se afastou da cama e desceu o fecho éclair de sua calça bem cortada.


 


— Você devia estar repousando... — disse Lali travando uma batalha com sua consciência e desvian­do os olhos envergonhada do próprio desejo de acompanhar os movimentos dele. — Eu devia estar em meu quarto...


 


— Durma, então, e pare de reclamar! — disse Peter, rindo.


 


Ele estava sorrindo. Parecia feliz de uma forma que ela não conhecia. Ela mudou de idéia e disse a si mesma que não havia mal algum em partilhar a mes­ma cama. Mas e se ele rolasse na cama durante a noite e... e se tornasse amoroso com ela? Ela seria capaz de resistir? Tinha certeza de que não ia querer resistir.


 


Entretanto, advertiu-lhe uma voz interior, Peter logo recuperaria a memória, e se algo físico aconte­cesse entre eles antes, como ele ia se sentir depois? Era um homem solteiro sofisticado e o sexo não de­via ser algo muito sério para ele. Se ela agisse de forma irracional, Peter pensaria que não tinha muito significado para ela também.


 


— Ainda está acordada, cara?


 


Ao som daquela voz pausada e profunda, Lali puxou a cabeça para fora do travesseiro e o olhou com atenção por cima do lençol.


 


Com apenas uma toalha à cintura do corpo bronzeado e insinuante e com gotas d`água cristalinas ainda cintilando sobre o peito musculoso, Peter a observou de forma meticulosa e calma. Ela assentiu lentamente com a cabeça. Ele se sentou ao lado dela, na cama, e o coração de Lali começou a bater com tanta força que ela pensou que estivesse a ponto de ter um ataque de pânico. Ele foi puxando o lençol pouco a pouco enquanto ela segura­va a respiração.


 


— Eu quero ver você — ele lhe disse quase seca­mente.


 


A boca de Lali formigou pelo simples pensa­mento de sentir a boca de Peter junto à sua.


 


— Eu quero ver você toda... — completou ele com voz rouca.


 


Ela ia dizer não, na verdade faltava apenas acabar de abrir a boca para, reunindo todas suas defesas, dizer não para aquilo que ela mesma desejava, quando então o desastre aconteceu: ela deparou com o brilho escuro dos olhos dele e sua consciência se desvaneceu.


 


— Peter.


 


— Eu gosto do modo como diz meu nome.


 


Ele se inclinou e saboreou a boca rosada de um jeito devastador. A língua dele abriu caminho entre seus lábios. E penetrou ali profundamente, numa ex­ploração segura. Ela emitiu um som baixo de respos­ta exaurida enquanto suas mãos se erguiam para mergulhar dentro do profuso cabelo dele e puxá-lo para perto.


 


 




 


Postei um bem grande espero que comentem! 






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Autor(a): hellendutra

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Capitulo dedicado as minhas leitoras,   sofiasouza:Que bom que goste flor fico tão feliz e obrigada por comentar.                         — Você tem uma boca maravilhosa — ele falou com voz rouca, puxando-a para cima em seus braços e para junto de suas coxas afastadas. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 514



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  • belinha Postado em 04/04/2013 - 12:03:56

    omg qts capitulos eu perdi a web ja chegou ao fim rs mas eu tava lendo ja é que nao tive chance de comentar mas olha sua web ficou muitoooooooooo linda muito perfeita parabens viu foi emocionante o fim parabens msm eu amei a web desculpe nao ter comentando antes mas amei pena q acabou parabns pela web mais uma vez.

  • belinha Postado em 04/04/2013 - 12:03:40

    omg qts capitulos eu perdi a web ja chegou ao fim rs mas eu tava lendo ja é que nao tive chance de comentar mas olha sua web ficou muitoooooooooo linda muito perfeita parabens viu foi emocionante o fim parabens msm eu amei a web desculpe nao ter comentando antes mas amei pena q acabou parabns pela web mais uma vez.

  • belinha Postado em 04/04/2013 - 12:03:08

    omg qts capitulos eu perdi a web ja chegou ao fim rs mas eu tava lendo ja pe que nao tive chance de comentar mas olha sua web ficou muitoooooooooo linda muito perfeita parabens viu foi emocionante o fim parabens msm eu amei a web desculpe nao ter comentando antes mas amei pena q acabou parabns pela web mais uma vez.

  • sofiasouza Postado em 04/03/2013 - 12:26:37

    AMEI e adorei ver o nome da minha pessoa destacado tipo que honra kk Amei a web que pena que terminou ate a proxima

  • lary_laliter Postado em 03/03/2013 - 22:26:51

    HAAAAAAAAAAAAAAA meu nome estva em negrito e era só Lary não Lary laliter haaaa amei mi chamou assim pq ja sou intima hahha mi achando agora u.u morra de inveja as outras...brink´s meninas (mais morram de inveja kkk)acabou-si o que era doce infelizmente :( mais estou ansiosa para a proxima web e nem si atreva em dizer que não terá web nova RUM....amei as ultimas palavras do Peter delecia...foi uma delicia kkkk ta eu não estou mt bem então deixa eu termina logo foi simplismente ´´magnifique´´em Francês ta não escrevi errado kkk mais uma vez vc arrazou e espero que a senhora tome corajem para escrever uma web de sua autoria estou doida para esse dia chegar mais enquanto isso pode continuar com as adaptaçoes...

  • hellendutra Postado em 03/03/2013 - 20:27:29

    MT OBRIGADA FLORES!

  • lary_laliter Postado em 03/03/2013 - 13:33:47

    haaaaaaaaaaa que lindo o Peter delicia si declarando mesmo que tenha demorado a web toda para isso kkk...ansiosa para o ultimo capitulo posta maissss

  • sofiasouza Postado em 02/03/2013 - 17:48:33

    AMEI o cap eu quero e ñ quero o ultimo cap kk .Posta quero ver como termina essa linda historia

  • sofiasouza Postado em 02/03/2013 - 17:48:33

    AMEI o cap eu quero e ñ quero o ultimo cap kk .Posta quero ver como termina essa linda historia

  • sofiasouza Postado em 02/03/2013 - 17:48:33

    AMEI o cap eu quero e ñ quero o ultimo cap kk .Posta quero ver como termina essa linda historia


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