Fanfics Brasil - Capítulo 12 Pela Lente do Amor-AyA {Finalizada}

Fanfic: Pela Lente do Amor-AyA {Finalizada} | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 12

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Franklin meneou a cabeça, desanimado.

— Conheço essa filosofia, Alfonso. Não me venha com ser¬mões. O fato é que não gosto de pôr pessoas inocentes nas suas mãos, só isso. Elas saem do meu consultório e vão direto para o inferno, ou seja, duas semanas inteiras com você. Não, não precisa repetir, que já sei muito bem: a humilhação, a degradação, a disciplina rígida são uma prática necessária. E o que é pior: funciona. Torna-as mais forte, independentes e confiantes.

O velho fez uma pausa e continuou:

— O que eu receio é que, qualquer dia destes, apareça um aluno que não resista a esse tipo de tratamento. Alguém que sempre foi protegido, tão resguardado, que ao invés de lutar contra você, acabando assim com os temores existentes, se parta em pedacinhos. E tenho medo de que Anahí Portilla possa ser essa pessoa.

— Ela é mais forte do que pensa. Todos eles são.
Franklin sentiu-se desanimado e analisou o jovem médico à sua frente em busca de algum vestígio de emoção escondido por trás daquela expressão impassível e forte.

Como de costume, nada conseguiu detectar.
Ele aprendera a gostar de Alfonso naqueles oito anos em que trabalhavam juntos.
Gostava dele como se fosse o filho homem que não tivera. Chegara até a achar que sua própria filha poderia, de alguma forma, conquistar o jovem e enigmático doutor, tornando-o um membro da família. Porém, Marianne se casara com um perfurador de petróleo que passava três meses inteiros numa plataforma marítima em algum lugar do Atlântico. Ele enviava rios de dinheiro para casa, mas não lhe dera os netos que tanto almejava. Ainda se recordava das palavras da filha:

— Papai, Alfonso Herrera é o homem mais frio que já conheci. Não posso entender como gosta dele. É um iceberg em pessoa.

Uma vez ou outra, Franklin pensava sobre o assunto. Jamais houve um único gesto de afeição entre os dois, porém, graças ao esforço conjunto de ambos, muitos alunos de Windrow adaptaram-se confortavelmente ao mundo de trevas em que viviam. As conquistas mútuas no campo profissional reforçaram os laços que os unia. Havia calor e respeito no relacionamento deles, sem necessidade de qualquer expressão verbal ou física para confirmá-los.

— Matt

— Desculpe, Alfonso. Meu pensamento estava distante.
— Sempre está. Bem, há algo mais que eu deva saber sobre a pobre ovelhinha que vai caminhar em direção ao altar de sacrifícios?

— Muito mais, acho eu. Mas a vida pessoal de Any é praticamente uma página em branco, pois nem mesmo o psiquiatra que a tratou há dez anos conseguiu arrancar-lhe alguma coisa. Essa jovem é tão difícil que se tornou a única frustração de sua longa carreira profissional.

— Quem é ele?

— VanDeMeir.

O jovem franziu a testa.

— Não comece, Alfonso. Ele é o melhor especialista de Nova York e você sabe disso.

— Tem de ser, pois cobra os olhos da cara.

— Parece que o roto está falando do esfarrapado. Se calcular o que cobramos de nossos alunos, não estaremos muito longe disso.

O jovem cerrou os lábios, contrariado.

— Acalme-se, Alfonso. Dei um golpe baixo, porém, suave. Sei que não é o responsável pelo preço das mensalidades. Sei também dos seus atos de caridade, embora faça de tudo para ocultá-los. Nesses últimos oito anos, foi a única coisa que evitou de eu classificá-lo como um monstro.

Com a expressão mais inocente do mundo, Alfonso fez um gesto indiferente.

— Não venha me dizer que Martin Hausmeyer conseguiu pagar suas mensalidades — continuou Matt. — Um professor ganha muito pouco para poder pagar este lugar.

— E o que o faz pensar que eu as paguei?

— Todo ano, pelo menos dois alunos se formam em Windrow sem ter condição de freqüentar uma escola como esta. Estava muito intrigado até que o próprio Martin me esclareceu o mistério, contando tudo para mim.
A expressão de Alfonso escureceu, enquanto tentava conter a raiva que sentia.

— Não o culpe, Alfonso. Na verdade, foi sua a falta. Ele é um homem íntegro e orgulhoso e queria pagar o que lhe devia, mas você não aceitou. Ele fez um testamento deixando metade do que possui para você, no caso de morrer antes de poder saldar a dívida. Precisava confiar isso a alguém e fui eu o escolhido.

— Ridículo! Ele é um homem jovem e, além do mais, o que eu faria com esse dinheiro?

— Martin queria pagar seu débito e fez isso no caso de acontecer algum acidente imprevisto. Além do mais, não sei por que você se envergonha de dizer que ajuda os outros.

— Quem sabe disso além de você?

— Ninguém. E não me peça para prometer guardar segredo, pois já sabe que respeito as suas manias e nunca as comento com outras pessoas.

Esperava que Alfonso exigisse um juramento, porém o jovem acalmou-se e sorriu simplesmente.

— É hora de voltar ao trabalho, Matt. Avise-me se souber de algum caso semelhante ao de Any. Recomendações à sua esposa.

— Não se esqueça de que Katy convidou-o para jantar conosco na sexta-feira.

— Não esquecerei. Obrigado.
Quando Alfonso se retirou, Franklin sorriu ternamente, satis¬feito por Katy afastar Alfonso da clínica, pois ele estava traba¬lhando demais ultimamente.


Anahí ouviu o barulho da porta ao ser aberta e soube imediatamente que Alfonso estava ali.

— Olá, dr. Herrera — cumprimentou-o, imaginando se seu rosto ainda trazia vestígios da explosão emocional de há pouco.

— Srta. Portilla, venha comigo por favor — ele ordenou bruscamente.




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Any levantou, obediente, e permaneceu onde se encontrava, aguardando que o médico a ajudasse, tomando-a pelo braço. Ele não disse uma única palavra nem fez menção de que a ajudaria. Anahí recordou-se, imediatamente, da viagem escada acima, e, morrendo de humilhação, chegou à conclusão de que Alfonso ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1153



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  • Angel_rebelde Postado em 24/03/2014 - 23:55:37

    Adoorei sua história ! Concordei com o Poncho no começo dizendo pra ela o quanto era protegida demais e que deveria lutar pelo objetivo dela de voltar a enxergar. Parabéns pela bela história. Acho que ele poderia ter dito a mesma coisa de outro jeito mas a experteza e sensibilidade dela o fizeram mudar de ideia. Adorei !

  • giovanaponny Postado em 23/11/2013 - 21:48:24

    Muito booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooa

  • jeessyayasiempre Postado em 17/03/2013 - 22:05:10

    Nossa, nunca chorei tanto na minha vida, li os últimos capítulos com a música Moonlight Sonata (Sonata ao luar) a que ela toca no piano do Beethoven... Me debulhei em lágrimas! NUNCA CHOREI TANTO LENDO UMA WEB! Podia fazer uma continuação né? Nossa, Parabéns!

  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

    ai carol suas webs são incríveis, amei tudo, e principalmente qdo ela voltar a ver, foi lindoooo, valeu

  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:55:59

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:55:59

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:55:59

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