Fanfic: Pela Lente do Amor-AyA {Finalizada} | Tema: AyA

A necessidade instintiva que Any tinha de tocar Herrera passou a uma admiração por estar sentindo as formas do corpo de um homem, e, de repente, transformou-se em algo mais, quando os dedos sensíveis registraram a resposta involuntária dos músculos possantes e trêmulos.

Anahí ouviu-o prender a respiração enquanto o tocava e sentiu uma pulsação intensa que começou a dilatar-lhe o peito e depois percorreu todo seu corpo, até que a sensação de batidas cadenciadas, como se fossem dez pequenos tambores, atingiu a ponta dos dedos. Era algo extraordinário, completamente desconhecido e que lhe tirava o fôlego. Entreabriu os lábios automaticamente para poder respirar melhor e o desejo selvagem de que Alfonso a acariciasse passou a queimar como uma chama destruidora, consumindo-a internamente.

Suas pernas ficaram trêmulas e ela se inclinou levemente para frente. As coxas se tocaram embaixo da água e Herrera sentiu um choque que teve início na perna, percorreu todo o corpo até chegar às mãos, que se ergueram para acariciar o ombro da moça. Ela estremeceu diante do contato e a pele queimava sob os dedos dele ao traçarem uma linha através do colo macio, e parando à altura dos seios. Os mamilos enrijeceram contra o tecido fino do maiô.

Any prendeu a respiração e apoiou-se nele. Sentiu o cabelo molhado de Alfonso esbarrar em seu queixo quando ele baixou a cabeça para beijá-la suavemente no colo, percorrendo o contorno volumoso onde a pele encontrava o tecido. Os seios intumesceram e ela sentiu que gostaria de que eles saltassem fora para encontrar a boca dele.

Ela arqueou o corpo e percebeu o contorno rígido das coxas do médico colando-se às suas. Então, Herrera afundou os dedos nos cabelos loiros e molhados e baixou o rosto, lentamente, procurando-lhe os lábios. Os movimentos trêmulos da sua boca se intensificaram numa onda de desejo e as mãos másculas agarraram a cintura dela, puxando-a para mais perto. Então, beijaram-se apaixonadamente, as línguas se explorando com fúria incontida.

Any sentiu uma vibração elétrica que crescia numa onda devastadora. Com um movimento rápido ela livrou-se de uma das alças do maiô e sentiu o prazer incontido do toque da pele dele contra seu seio nu. Alfonso afastou-se dela de um salto, como se tivesse sido queimado, os olhos arregalados, fixos naquela esfera macia, que parecia flutuar na superfície da água.

— O que você está fazendo? — perguntou com rudeza, tentando mantê-la afastada, enquanto ela lutava para se agarrar a ele.

Confusa, Anahí ergueu as sobrancelhas e estremeceu. Sentiu a aspereza do gesto dele ao recolocar a alça do traje de banho no lugar. Respirava com dificuldade ao sussurrar baixinho:

— Não entendo. Eu sou feia?

— Deus, é claro que não! — ele murmurou, tentando relaxar e controlar as sensações que consumiam cada centímetro de seu corpo.

Alfonso sentiu o toque leve dos dedos dela no seu peito e agarrou as mãos da moça, mantendo-as longe.

— Outras pessoas usam esta piscina. Podem nos interromper a qualquer instante.

— Não são cegos? — ela perguntou, movendo-se sensualmente na direção dele.
Herrera evitou-a, desviando para a beirada da piscina, surpreso por ter encontrado forças.

— Os empregados não são! — retrucou com impertinência. Ela parou de repente; um brilho iluminou-lhe o rosto ao sussurrar:

— Então, vamos a qualquer outro lugar.

— Any! — Poncho gritou, e Anahí sobressaltou-se, recordando-se do tom de voz distorcido pela paixão. Ele era o leão novamente, e ela, a presa que tremia diante da força daquela ira.

E Ai gostaram ??

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