Fanfics Brasil - Capítulo 54 Pela Lente do Amor-AyA {Finalizada}

Fanfic: Pela Lente do Amor-AyA {Finalizada} | Tema: AyA


Capítulo: Capítulo 54

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O médico pôs a mão sobre a dela e ela virou a mão, tocando a palma com gestos lentos dos dedos.


Até mesmo esse toque inocente se transformou em uma sensação erótica quase insuportável e ele procurou as palavras certas.


— Any. Não há nada de extraordinário nos seus sentimentos. Na realidade, as pacientes sempre acham que estão apaixonadas por seus médicos. Em particular, se são psiquiatras...


— Não me venha com esse tipo de sermão. Já li muita coisa a respeito e não se aplica ao nosso caso.


— É normal que isso aconteça. Se acreditar que está amando, torna-se real.


— Pode acreditar no que quiser, Alfonso. Não vai me impedir de amá-lo.


— Não é possível, Any! Deve reconhecer que é pura ilusão, caso contrário, o tratamento não trará resultados.


— E se eu fingir que não estou atraída por você, também será capaz de fazer o mesmo?


— Não é real, Any. Tem de perceber isso. Ele puxou a mão e desviou o ombro quando ela tentou tocá-lo.


— Você está progredindo e isso faz com que fique eufórica. Cada dia eu a percebo mais segura. Sei que já tem forças para vasculhar o passado e não deveria se concentrar no presente, pois pode pôr tudo a perder.


Na verdade, só porque sou responsável por esse progresso, decidiu oferecer o seu amor em gratidão. É tão simples.


— Você faz tudo parecer tão frio, tão clínico.


— E, de um certo modo, é mesmo. Acontece com freqüência.


— Todas as pacientes se apaixonam por você?


— Muitas delas acharam que sim. Mas somente por algum tempo. Os sentimentos desapareceram quando perceberam do que se tratava. Any pousou a mão sobre a coxa dele por baixo da mesa e o médico levantou-se repentinamente, jogando a cadeira para trás.


— E todas elas faziam você ficar tão nervoso?— perguntou, sorrindo. — Graças a Deus, não eram tão assanhadas como você — ele sussurrou com raiva. Anahí levantou da cadeira tão abruptamente que mesmo que ele quisesse não poderia impedi-la.


Ela avançou para ele, pondo o rosto de encontro ao seu peito. Alfonso corou violentamente e olhou para os lados desesperadamente, verificando a reação das pessoas à sua volta.


— Diabo, Any! Afaste-se de mim! A sala está cheia de pessoas! — Não vejo ninguém — ela murmurou, os lábios junto aos dele, passando a língua no tecido interno e macio. Alfonso retesou o corpo de emoção e abriu a boca, correspondendo àquele beijo com um gemido na garganta. Então, com uma força surpreendente, pegou-a pela cintura, afastando-a para longe.


Any ouviu alguns risinhos vindos de vários pontos da sala e se sentou rapidamente, com um sorriso nos lábios, percebendo claramente que Alfonso se esforçava para controlar a respiração anormal. O que ela não tinha percebido era a presença silenciosa e sinistra de Helen à sua esquerda e pulou, sobressaltada, quando a copeira falou acidamente: —


Espero não estar interrompendo, mas preciso servir o almoço. A moça jogou os pratos diante deles de forma descuidada e bastante incomum, derramando molho na toalha branca diante do médico. Ele estava muito constrangido para lançar um olhar de reprimenda e esperou que Helen se afastasse para voltar a encarar Any. Quando conseguiu falar, a voz saiu trêmula e tinha um tom cortante.


— Jamais ouse agir dessa forma novamente. Jamais! Não quero que faça um desfile de suas fantasias de criança diante dos empregados. Compreendeu? Anahí arregalou os olhos, preocupada com a intensidade da reação dele. Afinal, somente o havia beijado. Quando respondeu estava, realmente, confusa:


— Não. Eu não compreendo. — E jamais compreenderá! Esse é o problema! Ficou muito tempo trancada, longe de todos. Não sabe lidar com o mundo de verdade, real. Fui um tolo em não perceber isso antes. Provavelmente, devo agradecer-lhe por ter tornado tudo tão claro como o cristal. A ilusão de tratar uma mulher se desvaneceu e penso que acharei muito mais fácil estar tratando de uma criança.


Havia um tom decisivo, frio e cruel na voz do médico e a moça estremeceu ao ouvi-la, sabendo com toda a certeza que, nesse exato instante, ele a odiava. Ficou horrorizada ao notar que algo tão espontâneo, tão claro e honesto poderia ter conseqüências tão desastrosas. Disse num sussurro:

— Eu o embaracei. Sinto muito.

A indiferença com que ele respondeu, gelou-a:

— Acabe o seu almoço e tire a tarde de folga. Gostaria de não jantar com o dr. Franklin, mas, como precisaria dar explicações para as quais não estou preparado, teremos de passar por esse dissabor. Vou buscá-la às 5:45.

Ela se levantou da mesa, dizendo suavemente:

— Não estou com fome.

— Você é quem sabe — Poncho retrucou com frieza, observando-a afastar-se, o corpo ereto e tenso.

Anahí saiu da sala e se apoiou na parede do saguão imaginando se ele se acalmaria, e se, quando sua ira acabasse, ainda restaria algo. Sentiu os pés pesados como chumbo ao atravessar o aposento e subiu as escadas.

No salão de refeições, Alfonso passou a mão na boca com raiva e, então, seus dedos hesitaram, acariciando o ponto em que a língua dela havia tocado e... estremeceu!


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Capítulo DezAny curvou-se no assento do pequeno carro esporte de Poncho, sentindo-se tão constrangida e desconfortável como jamais estivera antes.Quando o médico foi apanhá-la no prédio principal, ele nada disse além de um cumprimento lacônico e frio, permanecendo em silêncio todo o percurso.Herrera tentava manter ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1153



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  • Angel_rebelde Postado em 24/03/2014 - 23:55:37

    Adoorei sua história ! Concordei com o Poncho no começo dizendo pra ela o quanto era protegida demais e que deveria lutar pelo objetivo dela de voltar a enxergar. Parabéns pela bela história. Acho que ele poderia ter dito a mesma coisa de outro jeito mas a experteza e sensibilidade dela o fizeram mudar de ideia. Adorei !

  • giovanaponny Postado em 23/11/2013 - 21:48:24

    Muito booooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooa

  • jeessyayasiempre Postado em 17/03/2013 - 22:05:10

    Nossa, nunca chorei tanto na minha vida, li os últimos capítulos com a música Moonlight Sonata (Sonata ao luar) a que ela toca no piano do Beethoven... Me debulhei em lágrimas! NUNCA CHOREI TANTO LENDO UMA WEB! Podia fazer uma continuação né? Nossa, Parabéns!

  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

    ai carol suas webs são incríveis, amei tudo, e principalmente qdo ela voltar a ver, foi lindoooo, valeu

  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:56:00

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:55:59

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:55:59

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  • elizacwb Postado em 13/02/2013 - 15:55:59

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