Fanfic: Prudentibus

Cheguei em casa e subi direto para o meu quarto, suas mão eram quentes, quando Samantha apertou minha mão hoje pela manha, suas mãos esquentaram as minhas, essa foi uma sensação que eu nunca tinha sentido na vida, o calor, a sensação de fazer parte de um contato com alguém.

Meu irmão bateu em minha porta umas duas horas mais tarde, ele queria conversar, Danny nunca foi muito de ir me fazer visitas no quarto e agora estava ele em minha porta, com um sorriso tímido.

- Podemos falar?

- Claro entra ai – ele entrou e se sentou na beirada da junto a mim – o que tá acontecendo?

- Olha eu to super feliz de você ter feito amigos, mas os Fellow e os Rives não são pessoas de quem devemos ficar perto, não que eu não goste.

- Percebi, já que gostou do Jackson, por que não eles?

- Essa não é a questão, eu não tenho como te explicar...

- Então para mim não tem fundamento, não confio em coisas que não tenho explicação – eu disse e levantei da beirada da cama e olhei nos olhos de Danny, ele parecia aflito, nunca tinha visto aquele olhar.

- Olha, eu amo muito você e Evelyn, são muito importantes.

- E é por isso que tem que me deixar aproximar deles, principalmente dela – eu disse baixando o olhar, lembrando das mão quentes e macias de Samantha – eu senti algo com a irmã de Samuel que nunca senti com ninguém, sabe eu realmente senti algo.

- esse é o grande problema maninho, você sentir – ele deu uma risada sarcástica e saiu do quarto, deixando um vazio, um vago de informações no ar.

(...)

Quando cheguei de carro junto com meu irmão a quadra já estavam todos lá nos esperando, Jackson com Samantha sentados na arquibancada e Samuel e Alex brincando com uma bola. Fui ate eles, Samuel acenou alegremente, e Samantha se reservou a não olhar para mim, Jackson deu um sorriso de lado, mas preferiu ficar calado.

- Achei que não viria mais – disse Alex da quadra, meu irmão tirou a camisa e deixou na arquibancada junto a nossas mochilas o que atraiu um olhar prolongado de Jackson, mas este rapidamente desviou o olhar, já Samantha tinha um sorriso cumplice no rosto.

Ela ficava extremamente linda quando, ria de lado e disfarçava, uma caixinha de surpresas castanha.

- Oh babão! Vai ficar viajando na minha irmã ou vai vir jogar? - ele deu uma gargalhada alta eu fui a uma velocidade inumana para o centro da quadra.

Tinha um bom tempo que eu não jogava realmente, resumindo não foi um dos meus melhores, mas a partir do momento que eu percebi que meu anjo me olhava fixamente da arquibancada, meu desempenho melhorou consideravelmente, sim senhoras e senhores o pequeno Robinson tinha necessidade de aparecer, ainda mais para mulheres lindas e difíceis.

Quando nós fizemos uma pausa, os outros foram beber, eu e Samantha ficamos na arquibancada.

- Por que não gosta de mim? – perguntei de repente tentando eliminar a duvida gigante que tinha dentro de mim.

- Não é esse o caso, só que não devemos ser amigos simples assim, nem você nem os outros, são princípios inquebráveis.

- Mas você parece estar gostando, sabe, você o Jackson, parecem muito íntimos.

- É que na verdade, somos primos, meu pai é irmão da mãe dele, temos um historia, mas faz bastante tempo que não somos tão próximo – ela olhou, para o lado deu uma risada, dessa vez ela não estava debochando de mim, como era seu costume, parecia estar lembrando-se de algo bom, ou de parte da infância, era um sorriso, matreiro, mas ao mesmo tempo de uma criança – Eu senti falta.

- Devia se dar uma chance de não ser tão sozinha – eu levantei e voltei ao jogo à frase tinha um duplo sentido, ela entendeu, pôquer ficou com sua linda boca carnuda aberta.

O jogo seguiu, no final de tudo eu e meu irmão ganhamos, ele era gay, sim, mas não havia ninguém que jogasse basquete como ele, acho que meu pai queria filhos prendados, pois fizemos aula de tudo. Fiquei de longe olhando Jackson e meu irmão conversando como se fossem amigos de infância, pelo que tinha entendido, ele não era gay, o Jackson, mas em minha opinião o garoto estava com medo de sair do armário, não questionaria também, devia ser difícil, talvez os pais dele não fossem como os meus, e mesmo assim para Danny foi difícil.

- Sabe, eu estou feliz por você ter nos juntado – Samuel falou atrás de mim, mas no momento que ele ia falar mais alguma coisa sua irmã o chamou e ele correu para o carro e me deu tchau de longe.

No caminho para caminho para casa, começou a chover novamente, esse lugar era tão frio e sem sentido quanto eu, olhei pela janela novamente e pensei: “ela nem me deu tchau”.