Fanfic: Prudentibus

Eu fui para casa em silencio e mais uma vez, a chuva começou a cair e bater na janela, olhei para fora e via a agua que escorria pelas ruas.

- vai me contar o que aconteceu? – Danny disse concentrado no asfalto a minha frente, mas também com atenção ao que eu dizia.

- foi como da ultima vez, só que de alguma forma parecia que a coisa vinha de fora para dentro – eu disse e lembrei de como foi horrível da ultima vez – Samantha estava comigo

- e o que disse a ela? – ele perguntou, mas de alguma forma tranquilo demais em relação a Samantha saber das minhas crises

- ela me ajudou – eu disse e dei uma risada frouxa para meu irmão, como se não estivesse acreditando no que passava na minha cabeça – ela me esquentou

- calma ai! vocês não?...

- é claro que não Dan – olhei com indignação para meu irmão que tinha uma cara de inocente – o que pensa que eu sou? E mesmo que eu tivesse coragem de fazer isso, não acho que Samantha gosto te mim, o suficiente, alias ela não gosta de mim a ponto de me ignorar

- não seja tão virgem Shane – ele disse sorrindo, mas de repente assumindo um semblante serio – olha tem varias garotas por ai para tirar essa sua virgindade mal resolvida, mas Samantha tem que estra fora de cogitação.

- desculpe Danny mas o que está fora de cogitação é eu desistir dela – eu olhei para minhas mão e lembrei do modo, como ela me olhou, a dama de ferro baixando sua guarda, ternura e medo, eu vi isso – não sei o que tem contra ela, mas eu nunca senti o calor humano, nunca senti o calor da pele de alguém, e então quando ela me tocou hoje, foi como se eu tivesse pela primeira vez na companhia de alguém, não me importa que ela seja um maníaco do porque eu estou apaixonado, ela nem olha para mim, não nos falamos muito, eu apanes a observo nos intervalos, mas acho que é isso estar apaixonado, ver a pessoa e saber que não precisa de mais nada para ficar feliz, é assim que eu me sinto quando estou longe dela infeliz, por favor, não me impeça de chegar perto de uma pessoa que me interesso pela primeira vez na vida – nós paramos de frente a mansão mas meu irmão não destravou a porta.

- não posso te impedir, mas vai ter que estra preparado para o que vier junto com sua proximidade, e eu realmente espero que esteja.

(...)

No dia seguinte parecia que meu corpo pesava uma tonelada, meu animo era zero, eu agora era um garoto frio, apaixonado, e totalmente perdido como eu era.

Levantei e coloquei os meus jeans e casaco de moletom, e fui ate a mesa do café, olhei em volta e meu pai e minha mãe estavam em silencio, Danny tinha um sorriso torto digno de um modelo.

- não quer falar do que aconteceu ontem? – meu pai disse comendo uma torrada como quem não queria nada.

- não quero falar, já conversei com Dan, estou bem, não precisa me levar ao medico – eu disse seco e curto, meu pai levantou os olhos de sua torrada, minha mãe se limitava a me encarar, como se estivesse procurando algo de diferente em mim – se é o que queria perguntar mão, sim eu estou bem.

- por que não me disse que não estava se sentindo bem? – minha mãe perguntou, mas não tão interessada quanto estava tentando parecer.

- tenho a impressão de que você não está tão interessada quanto parece – eu disse com petulância

- não fale assim com sua mãe – meu pai falou firme, coisa rara

- com coisa que vocês estão muito presentes – eu levantei e sai de casa.

Fui ate a rua de trás onde passava o ônibus, ele vinha amarelo e barulhento, não só pelo motor velho mas também pelos adolescentes que gritavam.

 Samantha estava parada no gramado da entrada, soberana, inabalável, como um perfeita deusa em sua superioridade. Ela discutia algo com uma garota, alguma de suas amiga do grêmio estudantil talvez, tentei sem muito efeito passar desapercebido de suas olhos, mas o que consegui foi ficar parado encarando seus olhos chocolate como um idiota, mas contrariando o que imaginava ela apenas continuou a conversa com a garota, como se eu voltasse a ser o ignorado da vez, de novo.

Entrei pelos corredores e fui ate meu armário, quando fechei a porta lá estava Samuel, angelical, como um garoto inocente e puro, droga por que essa tal família Rives tinha que ser composta por pessoas tão bem aparentadas.

- os teste?

- são semana que vem não? – eu perguntei olhando para o gostei garoto como se estivesse falando alguma coisa maluca.

- na verdade é hoje – ele me olhou preocupado, como um irmão, naquele momento eu gostei infinitamente dele, não precisava estar preocupado, mas lá estava ele me olhando como se olha para um irmão.

- desculpe, ando meio distraído, vou com você, não vou te deixar sozinho.

- na verdade ele vai por cinco minutinhos Sammy – eu ouvi uma voz rouca e sensual atrás de mim, tão imponente que fez minhas pernas tremerem – pode nos dar um tempinho pequeno? Eu e Shane precisamos conversar sobre algo.

- claro, te espero no vestiário – ele disse foi andando, sem ao menos discutir, acho que ele conhecia a voz da irmã tanto ou melhor do que eu.

- agora vai me contar o que aconteceu ontem – ela disse direta e firme, irredutível, não quero falar sobre o assunto não seria uma resposta muito aceita.

- podemos falar sobre isso mais tarde na sua casa, que alias eu vou chegare amis tarde, tenho que passar em casa – ela olhou para o lado parecendo ponderar, pensando nas ipoteses do assunto.

- claro, como  se sentir mais a vontade, até mais tarde – ela  virou o corpo e saiu andando graciosamente pelo corredor. Vi seu corpo sumir dentre a multidão e fui para o vestiário, onde vários garotos com uniformes mal cheirosos discutiam coisas como mulheres, futebol e sexo, como disse era um vestiário.

- Sammy é um apelido bem fofo – eu disse debochando do pequeno Samuel que estava sentado em um canto isolado.

- não deboche, estou nervoso o suficiente – eu disse, nesse momento vendo Alex entrar com suas roupas de bom gosto e veio direto a mim.

- vou manipular os resultados par que vocês ganhem – ele disse rindo e vi Samuel murchar mais ainda no banco

- não acho que precise, já que o Sammy aqui é o melhor atleta que conheço – tu do bem na verdade eu nuca vi o garoto jogar, mas uma forcinha já é valida.

(...)

- reserva é melhor do nada – eu disse rindo para Samuel que estava sentado na cantina ao meu lado, a nossa frente estavam Alex e Jack.

Olhei para eles sorrindo, ali estava uma coisa que eu não costumava ter, Samuel Alex Jack, Samantha que aos trancos e barrancos estava preocupada comigo, meu irmão, não estava sozinho, mesmo sem Evelyn, ali parecia onde veia estar o tempo todo, não era uma coisa só de bem estar, era um coisa de sentir o corpo relaxado, leve, com quem gosto de estar finalmente, finalmente com amigos. Amigos, eu já tive isso antes?!