Fanfic: O segredo de Jessie Halley
Eu segui David da quadra até uma sala em familiar pra mim. Uma sala de treinamento de tiro. Ela tinha uma espécie de cabines onde cada um ficava. Essas cabines tinham uma bancada para manusear as armas e, cerca de 10 metros a frente, tinha um alvo com o formato de um homem.
- Você não está a costumada com esse tipo de arma. Elas não tem mira, são mais leves e dão um tranco muito forte quando você dispara. Não são como uma Glock.
- Eu faço aula de tiro desde os 10 anos, nada é estranho pra mim.
- Tudo bem... – ele respondeu.
Coloquei os protetores no ouvido, carreguei a minha arma e mirei bem no centro da cabeça. Eu nunca tinha errado um tiro, mas quando apertei o gatilho, a bala acertou uma lâmpada da sala.
Assim que viu o que tinha acontecido, David foi dizendo:
- Não, Não! Você é muito cabeça dura. Eu vou te ensinar.
Ele veio por trás de mim, encostou seu corpo no meu e esticou seu braço, segurando a arma em cima das minhas mãos. Antes que eu pudesse reagir, ele foi dizendo:
-Você precisa relaxar mais, segure a arma com mais leveza e segurança. Mire um palmo e meio abaixo da onde você quer que seu tiro acerte.
Ele abaixou a altura da arma e mirou abaixo do pescoço.
- Agora aperte o gatilho com calma e precisão.
Quando disparamos a arma, ela acertou exatamente no centro da cabeça do alvo. Quando viu o tiro certeiro que tinha dado, ele me soltou, esfregou a mão na minha cabeça, bagunçando o meu cabelo de leve e disse dando uma risadinha:
- Aprendeu?
Ele voltou para sua cabine, mas eu ainda estava paralisada. Por que ele fez aquilo? Por que eu o deixei fazer aquilo? O que era aquilo dentro do meu corpo? Não! Eu não podia perder a concentração! Balancei a minha cabeça e voltei a treinar.
Os outros disparos com aquela arma não tiveram erros. Acertei bem no lugar que eu queria. Treinamos ainda com 3 outras armas, que já conhecia muito bem. Com elas, não errei um tiro sequer. Todos bem no centro da cabeça ou no lado esquerdo do peito. David deve ter ficado impressionado pois disse:
- É difícil achar garotas que manuseiam esse tipo de armamento com tanta facilidade.
- Não baba muito não! – falei apontando a arma em sua direção.
Abaixa a arma mocinha. Já se passaram 2 horas! Limpe sua bancada e guarde seu equipamento pois temos que nos arrumar, as 20 horas o jantar é servido.
Voltamos para o quarto e assim que David entrou foi tirando a camisa. EU tapei rapidamente os olhos e disse:
- UOU! Vai com calma porque agora tem uma garota aqui!
Ele se aproximou, segurou minha cintura me puxando para si. Então, cochichou no meu ouvido:
- Vai me dizer que você não gosta?
Eu empurrei e gritei:
- Anda logo e vai tomar banho porque se não, eu vou!
Ele deu as costas pra mim, rindo e foi em direção ao banheiro. Como aquele garoto era atrevido, não me respeitava, era melhor colocar ele na linha antes que fosse tarde. Mas, ele me faz sentir um negócio estranho dentro de mim. Quando ele se aproxima, quando nossas peles se tocam, quando eu sento seu perfume, tudo isso faz minha cabeça girar. Mas eu preciso me concentrar, não posso me distrair!
Depois de 10 minutos, David ainda estava tomando banho. Irritada, fui até a porta, soquei ela e gritei:
-Dá pra ser mais rápido?
Sentei na cama dele e sem querer, coloquei a mão sob a camisa que ele estava usando. Por algum motivo, minha mão a levou até meu rosto para sentir o perfume presente nela.
Derrepente, a porta do banheiro se abriu e David saiu só com uma toalha enrolada no corpo. Ele tinha me pego no flagra, e, me fitando disse:
- Uau! Esperava ver você fazzendo tudo menos isso...
Joguei a camisa nele, tampei o rosto e gritei:
- Dá pra vestir alguma coisa?!?
- Não da pra te entender mesmo em garota!
Enquanto David se dirigiu ao ser armário, comecei a procurar uma roupa para eu vestir dentro da mala. Escolhi um jeans velho, uma regata branca e um colete preto. Infelizmente, parece que o imbecil que divide quarto comigo ignora minha existência. Quando estava indo para o banheiro ele foi saindo do quarto, me deixando sozinha. Ele sabia que eu não conhecia o lugar então tinha de me esperar e me mostrar o caminho. Irritada, fui no corredor e gritei:
- Ser educado faz bem, sabe...
Ele parou, olhou para traz, e veio caminhando em minha direção sem dizer uma palavra. Eu ainda estava na porta e, quando David entrou novamente no quarto, ele apagou a luz.
- Idiota! Dá pra acender essa...
Não consegui terminar a frase. Tropecei em uma das minhas malas e cai no chão. Antes que eu pudesse tentar levantar, senti algo em cima de mim, segurando meus braços, me impedindo de me mover.
- Me larga seu...
Minhas palavras foram cortadas por seus lábios tocando os meus. Logo, já não eram só lábios se tocando. Eu não consegui para-lo, parece que minhas forças tinham desaparecido. Aos poucos, ele foi descendo até meu pescoço e ficou lá durante um tempo, beijando-o. Depois, o filho da mãe foi até minha orelha e beijou-a antes de cochichar:
- Boa garota! Parece que finalmente...
Eu, mesmo irritada por estar gostando da situação, não podia deixar as coisas assim. Com toda a minha força, reverti a situação. Agora, eu que estava segurando ele no chão. Só depois de se dar conta do que tinha acontecido, conseguiu terminar a frase que eu tinha interrompido.
-...te domei.
Minha mão direita segurava os pulsos dele no chão, a esquerda passava a mão sob seu rosto. Meu dedo indicador tocou levemente seus lábios e, aos poucos, fui me abaixando até chegar ao seu ouvido. Mordi delicadamente o lóbulo de sua orelha e falei num tom de voz calmo e muito baixo:
- Quem esta sendo domado agora?
Fique durante alguns segundos em cima dele, segurando-o firmemente no chão. Eu precisava mostrar praquele idiota que eu não sou controlada por ninguém e, se um jeito ou de outro, a única pessoa que ia ser dominada era ele, por mim.
Sai de cima dele e acendi a luz. Peguei minhas roupas e me dirigi ao banheiro. Olhei para traz, David estava sentado no chão arrumando o cabelo bagunçado. Ele ainda estava em choque pelo o que eu tinha feito. Fitei-o por alguns segundos e seu uma risadinha discreta de desprezo. Acho que ele deve ter ficado irritado pois o vi fechar a cara antes de sentar na cama enquanto eu fechava a porta.
Meu banho foi um tanto quanto rápido. Só demorei um pouco mais porque resolvi lavar meu cabelo que estava bem suado e não estava cheirando muito bem. Fiz um rabo de cavalo e passei um pouco de maquiagem só pra não ir de cara lavada.
Assim que sai do banheiro vi David. Ele estava sentado na cama, vendo TV de braços cruzados. Acho que ainda estava desconfortável com o que tinha acontecido. Sentei do seu lado para calçar meu bom e velho amigo coturno.
- Você é durona! – ele disse olhando pra mim
- Eu?!? – disse num tom irônico – Conheço garotos como você, tem muitos desses na minha escola ( obviamente o Jake e um deles). Com o tempo você aprende a lidar. Odeio garotos David, já devia ter reparado...
- Então você é lésbica?
- Não! Só odeio garotos como você: fúteis, metidos e idiotas!
Eu comecei a ficar irritada e estava pronta para dar umas belas respostas praquele otário. Felizmente, alguém bateu na porta e gritou:
- Posso entrar? – Era a Kat
- Claro – respondi.
Ela entrou e olhou para nós, eu e o garoto problemático estávamos sentados na mesma cama. Kat deve ter estranhado e disse num tom de brincadeira:
- Estou interrompendo alguma coisa?
- Pode ter certeza que não! – respondi me levantando.
- A Carmem mandou chamar vocês dois para jantar. Na verdade, ela me pediu pra ver se vocês não estavam se matando.
- Nós estamos bem... – disse rindo – Na verdade, já estamos indo, não é mesmo David?
- Humm? Ahh...sim! – ele respondeu.
- Você parece meio distraído David, você tá bem? – Perguntou Kat
- Não poderia estar melhor! – disse bravo enquanto se levantava para sair do quarto.
Segui os dois por algus corredores. Pensei que o jantar era feito num refeitório enorme com todos os agentes do FBI. Mas, a verdade, era uma cozinha normal, só para nosso grupo. Tinha duas mesas para 10 pessoas. Além disso, nós mesmos que cozinhamos, o que me deixou animada pois eu sempre gostei muito de cozinhar.
Sentada em um cato da mesa estavam Carmem, aquela loira oxigenada que não gosta de mim e outra garota, provavelmente amiga dela pois assim que eu entrei ela me encarou e começou a cochichar com Shinna.
- Aquela é a Jennifer, uma “cúmplice” da Shinna. Ela não gosta de ninguém, não se preocupa, isso me inclui também.
- Na verdade Kat, é difícil achar alguém que vai com a minha cara. Aqui, todo mundo fica me encarando.
- Relaxa Jessie, é recalque!
Olhei para ela e comecei a dar gargalhadas, e, vendo minha reação, ela também caiu na risada.
- Olha, daqui a pouco chega os meninos mais velhos, quer dizer, eles têm a sua idade, tenho certeza que vão reparar em você...
- Se fizerem isso eu quebro a cara deles1
As duas se olharam e começamos a rir de novo.
- Ei Jessie! Olha lá, chegaram...
Olhei na porta da cozinha e vi um grupo de uns 5 garotos, altos e bem bonitos. Mas, de repente, no meio deles, vi quem jamais queria ter visto.
- Você só pode estar brincando!
OBS - Eu dei uma esquentada a mais no clima, não sei se gostaram, mas se não, comentem!
Autor(a): beatriz_sayuri
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Gente, só vim avisar que apartir de hoje, junto com algumas cenas eu vou colocar uma musica que eu ache que combine com aquele momento. Então quem quizer é só clicar no link enquanto le aquela parte. Logo posto mais.
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