Fanfic: 55 dias apos o fim do mundo | Tema: zumbi

Quando eu sai do apartamento um cheiro horrivel bateu no meu rosto como se fosse um soco, olhei pelos corredores e não avistei nada que fosse preocupante, aparentemente não tinha nenhum zumbi a vista, resolvi revistar alguns apartamentos que estavam com a porta aberta, precisava achar mais suprimentos pois com os que eu tinha não duraria uma semana. Entrei no primeiro apartamento visinho ao meu, não me lembro bem da pessoa que morava ali mas provavelmente era uma senhora. Vasculhei todo o apartamento mas não achei nada alem de poucas coisas para comer. Coloquei tudo na mochila e parti para o proximo apartamento. Aparentemente todas as pessoas tinham sido pegas pela praga ou tinha fugido. Não cheguei a achar nada de muito importante naquele andar, só restava mais um apartamento e eu só tinha achado algumas facas e comida. O ultimo apartamento estava com as portas fechadas, fiquei com um pouco de medo de entrar mas resolvi ir com tudo.

Quando entrei no apartamento senti com forte cheiro de chocolate, o que era bem estranho, e me fez perceber que estava com fome. Apertei a faca com força e continuei procurando tentando fazer o minimo de barulho possivel. A sala era grande tinha um corredor que dava direto para um quarto, uma cozinha e o banheiro. Segui o cheiro do chocolate, e parei na porta do banheiro, a porta estava trancada por dentro então fiz força até consegui abri, empunhei a faca no rosto dele, e ele começou a chorar, vi que era só uma criança, estava assustada e com medo, e não era para menos. Entrei no banheiro e sentei do seu lado. Estava com um copo de chocolate quente na mão, o copo estava cheio não parecia se importar com o chocolate.

-Qual seu nome?

-Ed - ele disse com a cabeça baixa.

-Onde está sua familia?

Ele não respondeu, procurei por marcas no seu corpo, tentando saber se ele tinha sido mordido ou infectado.

-Eu não vou machucar você, eu vou te ajudar, ficar aqui é perigoso. Quer um biscoito?

Ele fez que sim com a cabeça então tirei um biscoito da mala e dei para ele, por mais que ele não quisesse o chocolate quente comeu todo o biscoito.

-Quantos anos você tem? - eu disse tentando conhecer o menino melhor.

-10, faço 11 mês que vem - ele disse olhando para mim com um certo medo no olhar.

Ele tinha cabelos loiros e olhos verdes, pele branca e magro, dentes brancos sujos pelo chocolate, o que chegava a ser engraçado.

-Onde sua familia está?

-Minha vó disse para eu ficar aqui dentro e não abrir para ninguém, ela estava com o corpo machucado e não deixou eu chegar perto dela. Ela vai voltar?

-Acho que não parceiro, mas eu vou cuidar de você agora, tem mais alguém aqui na casa com você? você morava só com a sua vó? onde estão seus pais?

-Meus pais não moram aqui, eu moro só com ela. - ele disse abaixando a cabeça.

-Eu vou dar uma olhada pela casa enquanto você fica aqui ok?, feche a porta e só abra quando eu bater ok?, vou bater três vezes e parar para você saber que sou eu ok?

Ele fez que sim e se encolheu no canto, sai do banheiro, vasculhei a casa e realmente só tinha ele la dentro, tranquei a porta, a chave estava na mesinha, coloquei o sofá na frente da porta para não termos nenhuma surpresa. Fui até o banheiro e bati na porta três vezes e ele abriu.

-Pode sair parceiro, vamos dormir aqui hoje porque esta tarde mas amanhã vamos sair daqui bem cedo ok?

-Para onde vamos?

-Vamos procurar meus pais, eles vão ajudar a gente. Você tem mochila ou mala parecidas com essas?

Ele olhou bem para mim e fez que sim com a cabeça.

-Ok, va no seu quarto e coloque uma calça bem grossa, casacos o botas e luvas, vou arrumar uma cam para a gente dormi, de precisar de alguma coisa me chama ok?, não faça barulho, não queremos chamar atenção.

Ele deu um breve sorriso e saiu andando para o quarto. Procurei por comidas na dispensa e coloquei o maximo que podia na mala até não caber mais, encontrei mas alguns biscoitos, algumas frutas, embrulhei as frutas no saco e coloquei na mochila, salcicha enlatadas, feijão enlatado, sopas, macarrão instantaneo, bolos recheados, de varios sabores, entre outros, quando acabei de pegar as coisas na dispensa Ed veio com a mochila e eu coloquei itens de higiene como, papel higienico, uma esteira de acampamento, um enchaguante bucao, alcool, alcool de cozinha e mas algumas coisas, a bolsa estava muito pesada, coloquei ela na sala, peguei alguns cobertores no quarto e forrei no sofá.

Ed estava deitado no sofá na minha frente eu estava, não estava com sono, mas ele dormiu assim que deitou no sofá, sera que meus pais estavam vivos? sera que eles estavam me procurando? Sera que achavam que eu estaria vivo?. Tantas perguntas e nenhuma resposta, estava tão assustado quando Ed, isso eu não poderia negar, mas também não podia mostrar isso ao menino. Teria que ser forte por ele mesmo e por Ed, cuidar dele pois era a unica familia do menino por enquanto. Cada fez que olhava para o relogio de pulso, a hora demorava cada vez mas a passar. Quando consegui cair no sono ja eram 2h, acordei assustado com um barulho vindo da porta, olhei para Ed e ele estava encolhido nas cobertas tremendo. Levantei e procurei a faca. Tinha esquecido dela, estava no banheiro jogada. Corri até a cozinha e peguei mais alguns facões, Joguei na mesinha da sala e olhei pelo olho magico. Era uma senhora, ou pelo menos costumava ser.

-Ed, vá para o o banheiro, leve essas bolsas e a mala para la, tranque a porta e só saia quando eu avisar.

Ele se apressou para pegar as coisas, arrastou a mala pessada para o banheiro e se trancou la. A mulher não parava de arranhar e bater na porta, Tirei o sofá da frente da porta e abri se supetão e ela caiu no chão, Tentei acerta a cabeça dela com a faca, mas errei, ela agarrou minha perna e eu chutei seu rosto. Tentei mais uma vez sem sucesso acertar sua cabeça, quando consegui acerta sua cabeça, ela estava a alguns centimentro da minha perna, mais um pouco teria sido tarde de mais. O cheiro dela era repugnante, mal conseguia respirar, se quisessem sair dali teria que ser aquela hora ou poderiam aparecer mais e ficaria perigoso ficar parado. Bati na porta e Ed saiu arrastando as bolsas, me deu um aperto no coração quando ele se jogou no chão perto do cadaver em decomposição e comoçou a chorar.

-Você conhecia ela?-perguntei o levantando e arrumando suas roupas.

-Era minha vó, o que aconteceu?.

-Não era mais sua vó parceiro, temos que ir embora daqui antes que mais desses apareçam. O plano é o seguinte, Vamos descer de escada sem fazer barulho, não pode fazer nenhum barulho. Se mais alguns desses aparecerem você fica perto de mim e faz o que eu mandar ok?

-Ok.

Abri a porta novamente verificando toda a area e vendo se não tinha nenhum perigo e se poderiamos segui em frente sem colocar a vida de Ed em perigo. Chegamos as escadas e estava tudo em silencio o que era um bom sinal, descemos cuidadosamente e chegamos até o estacionamento, dei uma olhada no caminho, parecia estar vazio, procurei de longe o caro do meu padrasto e estava quase no fim do estacionamento, era arriscado chegar até la mas precisavamos tentar.

-Está vendo aquele carro vermelho la na frente?- perguntei olhando para Ed que fez sim com a cabeça. - Vamos correr até la o mais rapido que dé e entrar no carro, fique atento a qualquer movimento que não seja o nosso ok?

Ele fez que sim com a cabeça, abri a porta segurei a sua mão e saimos correndo, quando chegamos no carro coloquei as coisas na parte de tras e Ed sentou do meu lado,tranquei as portas e dei partida

O carro não pegou, fez um barulho estranho e eu ouvi passos se arrastando a nossa volta, olhei e vi a pior coisa que poderia ter visto.

-Tampe os olhos Ed, só distampe quando eu mandar.

Ele tampou os olhos e eu continuei tentando fazer o carro pegar sem sucesso. Quanto mais eu tentava mais eles vinham até nos, uma orda mais de 50 zumbis vindo na nossa direção, um deles bateu em minha janela e dois no parabrisa do carro, estavamos cercados e o carro não queria funcionar. Comoçei a pensar que morreriamos ali mesmo.