Fanfic: Enséñame | Tema: Vondy

 30 dias antes.

Cidade do México, 17 de agosto de 2011.

Dulce: Papai eu não quero estudar nesse tal “Colégio Coração de Maria” – cruzou os braços, irritada.

Fernando: Querer não é poder – Fernando era um homem rico e com uma feição dura no rosto, dificilmente ria com alguma coisa, desde que Blanca foi assassinada o mesmo não deixou mais nenhuma mulher se aproximar dele, a única mulher que ainda amava era sua filha, Dulce Maria.

Dulce Maria ainda era criança quando sua mãe morreu se lembrava de muito pouco dela, mas sentia muitas falta principalmente nessa fase de crescimento.

Dulce: Por favor, papai, não me coloca naquele internato – pediu juntando as mãos como se estivesse orando. Fernando desviou o olhar de seu notebook e a olhou.

Fernando: Já conversamos sobre isso, Dulce Maria – Dulce Maria? Ele estava irritado, ela se sentou direito no banco do carro e virou o rosto para o vidro – Carlos – chamou o motorista que o olhou pelo retrovisor – ante de ir à escola, vamos passar no Mc Donald’s – pode ver que Dulce o olhou de rabo de olho.

Carlos: Sim senhor – o motorista continuou a dirigir.

Dulce: Está tentando me comprar senhor Fernando? – ainda de braços cruzados, Fernando deu um sorriso de lado e logo Dulce o abraçou com carinho.

Fernando: Estou conseguindo? – Perguntou beijando a testa dela. Dulce o olhou rindo.

Dulce: Eu amo aqueles bichinhos do Mc Donald’s  falou que nem criança foi à vez dela de beija-lo.

Fernando: Eu sinto muito por está te colocando naquele lugar – falou depois de um tempinho em silencio – mas você sabe que esse ano... – Dulce o interrompeu.

Dulce: Esse ano faz exatamente doze anos da morte da mamãe – falou desviando o olhar dele, quando se lembrava da mãe o seu peito doía e seus olhos transmitiam tristeza.

Fernando: Não quero que você fique viajando sempre, agora que está no ensino médio, o melhor para você é estudar em uma escola que possa lhe preparar para o vestibular – ele tirou a franja dela da frente dos olhos dela e colocou atrás da orelha.

Dulce: Mas internato não é legal, vou me sentir em uma prisão, papai – fez biquinho, Fernando riu, pois ela lembrava muito Blanca.

Fernando: É só nos dias de semana, nos finais de semana o Carlos vai te buscar e você poderá ficar em casa – Dulce apenas sorriu amarelo, não queria ficar em internato, mas não gostava de dizer não ao pai, ele já tinha sofrido tanto. Mesmo assim era uma garota rebelde, cheia de vontades e muita simpatia, mas que não pisem em seu calo, porque ela sabe muito bem virar uma onça.

No Mc Donald’s comeram os sanduiches e pegaram os bichinhos que vinha, Dulce fazia coleção deles. Na ida para a tal escola foi um silencio só, Fernando sabia que Dulce não queria ir, mas ele tinha seus motivos além do vestibular e um deles era os repórteres que viviam perguntando dela e a perseguindo. Desde a morte de Blanca, Fernando colocou Dulce dentro de uma “bolha” e não a tirou de lá, até mesmo não deixava mais a menina usar o Saviñón, ambos agora só usavam o Espinoza, não queria ninguém atrás da menina, ainda mais agora que a menina estava perto dos 18 anos e logo poderia mexer com a herança que lhe foi deixada.

Carlos: Chegamos senhor – o carro já tinha sido estacionado e Dulce olhava pela janela e se deu conta do quando aquilo era enorme e antigo, realmente parecia um colégio interne religioso. Enquanto caminhavam para a diretoria podiam ouvir as moscas voando, a escola era um silencio e Dulce percebeu que ali não era uma prisão e sim um hospício. Ela olhou para o pai e viu que novamente ele estava serio, quando chegaram à sala do diretor uma freira já de idade veio os cumprimentar.

- Senhor Espinoza – ela cumprimentou apertando a mão dele – sou a irmã Marta – ela falava sorrindo.