Fanfic: Os McDonwel | Tema: Harry Potter

EU REALMENTE NÃO ESPERAVA PARA O DUELO DE MEU IRMÃO COMEÇAR. EU REALMENTE QUERIA VER SEUS PONTOS FRACOS E SUAS TÁTICAS de deuelo. Isso me daria uma vantagem. Posso ser Sonserino, mas não sou burro!, pensei comigo mesmo.

     Será que ele era desengonçado? Ou era esperto? Não deu para eu tirar minhas próprias conclusões quando duelamos no Salão Principal. Aquilo não foi um duelo de verdade. Agora sim ia ser um duelo de verdade. Sem ninguém para nos impedir. Sem ter como Emmett interferir, sem ter como Elena choramingar ― o que me cortava o coração ―, sem ter que me preocupar de ser vigiado ― não que eu me preocupasse com isso. Nada me impedir de duelar com meu irmão e isso era tudo o que eu queria.

     Não tinha reparado de como as arquibancadas estavam lotadas. Reparei na parte em que ficava os professores; o Prof. Longbottom parecia concentrado nos duelos. Era como se ele previsse algo ruim e ele impediria, juntamente com o Prof. Swinner ao seu lado ― que também estava totalmente focado nos duelos ―, e os demais professores, com a diretora; olhei para o lado da Grifinória ― que ficava do lado de onde os professores e a diretora estavam ― e avistei Emmett olhando, não para Ricky, e sim para mim. Não pude deixar de sorrir para ele com desdém. Ele sacou a varinha, mas eu levantei a mão e fiz sinal de não com o indicador, logo em seguida apontei para a diretora ― que estava de olho em nós o tempo todo.  Ele guardou a varinha e começou a fitar a arena ao invés de mim. Sua namorada afagou o braço dele e ele relaxou um pouco. Ri de novo.

     Ricky estava parado na arena. Ele quase não se mexia. Se concentrando, talvez ― talvez.  Ele estava com a varinha em mão.

     Agora ele começou a andar de um lado para o outro, estava murmurando alguma coisa. Revisando feitiços ― provavelmente ―, caso não consiga se lembrar de muitos, ou até mesmo se não conseguir mentalizá-los ― o que acho que não vai conseguir, mas ele parecia bem concentrado no que fazia. O que era bom, pois eu queria duelar com ele e não com Jennifer ― não que Jennifer seria uma adversária a altura, era que não tinha outra coisa a não ser duelar com meu irmão "menor".

     CRACK!

     A diretora apareceu na arena. Ela fez um gesto para que meu irmão e Jennifer se aproximassem dela. Eles não demoraram muito tempo ali. Nem duraram 10 segundos. Depois de um momento, a diretora se distanciou deles...

     CRACK!

     A diretora desaparatara. Percorri, rapidamente, meus olhos onde ficava os professores e a avistei lá. Ela voltou a cochichar com os professores, olhou para frente, se levantou, apontou a varinha para o pescoço e disse com a voz totalmente ampliada:

     ― Meus queridos alunos! ― ela olhou para todos os lados da arena. ― Estamos aqui hoje para realizar o momento em que todos nós esperávamos. O Campeão em Duelos de Hogwarts! ― muitos uivos, palmas e gritos encheram meus ouvidos, mas tentei me concentrar só na diretora. ― Agora teremos o duelo entre Corvinal e Grifinória! ― mais palmas. ― Quem será o vencedor? Será o sr. McDonwel, da Casa Grifinória? ― perguntou ela e todos da Grifinória bateram palmas e berraram. Bati palmas também, mas não por ser Grifinória, e sim por meu irmão. Ele merecia. ― Ou será a srta. Osewood, da Casa Corvinal? ― perguntou ela novamente e muitas palmas e berros vinham da parte da Corvinal. ― Competidores, prontos? ― ela os olhou.

     Vi meu irmão, juntamente com Jennifer, assentir. Meu irmão segurava a varinha com força ― pelo que dava para notar. Ele parecia meio inseguro, mas eu sabia que ele se sairia bem; Jennifer estava inquieta. Com certeza aprovada. Era como se ela estivesse em um labirinto, sem saber para onde e qual caminho seguir.

     Os dois se aproximaram um do outro, fizeram a reverência ― que todos faziam quando duelavam  ―, se afastaram e apontaram a varinha um para o outro.

     Meu irmão parecia muito concentrado no que fazia, estava ciente de que aquilo era mais do que um duelo para se divertir. Ele sabia que era uma competição que valia a pena ganhar. Ele parou perto de uma das pilastras que estava perto dele; Jennifer estava tremendo com a varinha a mão, mas estava apontada para Ricky. Ela podia estar tremendo, mas estava tão concentra quanto meu irmão. Jennifer parou um pouco longe de pilastras, ela não tinha quase nenhuma perto dela.

     ― Um... dois... TRÊS! ― anunciou a diretora.

     Cruzei meus braços e concentrei bem os meus olhos ― mais ainda ― no duelo de meu irmão.

     ― Expelliarmus! ― berraram os dois em uníssono assim que a diretora anunciou o início do duelo.

     Ricky foi atingido bem no meio do peito e arremessado para trás, caindo perto de outra pilastra; Jennifer foi arremessada, também, para trás e perdera a varinha. Sua varinha estava a uns dez passos dela, mas ela não parecia estar muito boa para levantar. Acho que o feitiço de meu irmão a atingira com precisão. O garoto é bom!, pensei. Isso seria um problema. Se ele era tão bom em feitiços assim, eu teria que saber me defender bem. E eu sei me defender!, ouvi a voz do meu Novo Eu em minha mente.

     Ricky se levantara ― meio tonto ― e apontou a varinha para Jennifer ― que se levantou rapidamente, pegou sua varinha e apontou para meu irmão. Os dois se encararam por um momento.

     Jennifer se aproximou de meu irmão um pouco...

     ― Estupefaça! ― pronunciou Ricky.

     ― Protego! ― disse ela com nervosismo, mas conseguiu bloquear o feitiço de Ricky com facilidade. ― Levicorpus! ― pronunciou, ela assim que terminara de se defender de Ricky.

     Meu irmão fora mais rápido...

     Ricky correu para trás de uma pilastra, fazendo o feitiço de Jennifer bater em uma pilastra e fazer a mesma ficar inquieta para procurá-lo.

     Vi a varinha dele ― só a varinha ― aparecer atrás de uma pilastra e apontou para uma pilastra que estava perto de Jennifer.

     ― EXPULSO! ― berrara Ricky fazendo a pilastra ao lado de Jennifer explodir.

     Sorri ao ver o desempenho de meu irmão.

     ― Ele é bom! ― eu disse ainda de braços cruzados.

     Meu irmão ainda ficou parado em sua pilastra olhando Jennifer no chão desacordada. Ele caminhou até ela, abaixou-se ao lado da mesma, a cutucou com a varinha...

     ― IMPEDIMENTA! ― berrara Jennifer com a varinha apontada bem no meio do peito de meu irmão, fazendo-o cair longe da mesma e batendo com as costas em uma pilastra.

     Automaticamente cheguei mais perto do parapeito da arquibancada para poder ver meu irmão melhor.

     Analisei rapidamente ― percebendo que ele acabara de cair em alguns destroços da explosão que causara contra Jennifer ― ele e percebi que ele estava com o braço cortado e com uma parte da cabeça sangrando.

     Ricky começou a se levantar lentamente, enquanto Jennifer já estava de pé e com a varinha apontada para ele.

     Ele conseguiu se levantar. Ricky não estava muito firme. Andava desengonçado e como se fosse cair a qualquer momento.

     Jennifer ficou inquieta. Voltou a tremer ― o que ela tinha parado de fazer desde que começara o primeiro ataque da partida ―, apontou, firmemente, a varinha para meu irmão...

     ― Estup...

     ― Expelliarmus! ― disse meu irmão interrompendo o Feitiço Estuporante dela, fazendo a varinha da mesma voar a metros de distância dela. O mesmo caminhou em direção a ela, ainda desengonçado. ― Desculpe... Estupefaça! ― berrara, ele com precisão.

     A mesma voou para trás, batera as costas em uma pilastra e caíra no chão. Não fazendo mais movimento algum.

     Ricky ficara parado. Não se movia mais ― a não ser por seu desequilíbrio. Provavelmente ele estava ficando tonto por causa da perca de sangue, mas ele não ficara muito tempo desacordado para ficar sem sangue o suficiente. Ficara?

     Olhei rapidamente para onde meu irmão se levantara e vi uma grande poça de sangue ali.

     É... ele realmente tinha perdido muito sangue. Mas muito sangue mesmo.

     Apertei o parapeito da arquibancada com força, a ponto de as veias de minhas mãos aparecerem de tanta tensão.

     Meu irmão tinha que melhorar. Ele tinha que ficar bem até duelarmos. Mas, além disso, ele também tinha que ficar bem. Mas bem mesmo.

     ― Fred? ― olhei para o lado e vi Scorpius com uma cara um tanto estranha e preocupada.

     ― Quê foi? ― perguntei a ele.

     ― "Quê foi", digo eu. Parece que você está tenso. ― disse ele apontando com o rosto às minhas mãos.

     ― É meu irmão... ele perdeu muito sangue. ― apontei para a grande poça de sangue que meu irmão havia deixado na arena.

     Ele observou a mesma e arregalou os olhos, o que me fez apertar mais o parapeito da arquibancada frustrado.

     ― Ele vai ficar bem... olha! ― ele apontou para meu irmão percebendo a minha tensão.

     A diretora e a enfermeira da escola estava tratando do meu irmão; puseram o mesmo numa maca e o levaram da arena de Quadribol.

     Meu irmão estava desacordado, porque ele não se mexia quando o levaram da arena.

     Segurei com mais firmeza no parapeito da arquibancada preocupado com meu irmão.