Fanfic: Os McDonwel | Tema: Harry Potter
POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, AQUELA MANHÃ PARECIA COMO SE EU REALMENTE ESTIVESSE EM CASA. NÃO PARECIA QUE EU ESTAVA EM Hogwarts. Algo que era estranho, pois eu não esperava a hora de ir para essa escola.
― Fred, você vem? ― perguntou Scorpius já vestido e me esperando na porta do dormitório.
― Sim... estou indo. ― eu disse. ― Deixe-me só eu me arrumar primeiro... ― falei para ele me levantando, pegando minhas vestes.
― O.K., te espero lá em baixo. ― disse-me ele.
― O.K.
Assim que ele desceu, troquei de roupa as pressas. Hoje começava os Testes de Aparatação. O que seria muito bom para mim.
― Ótimo, na verdade. ― falei em voz não tão alta para mim mesmo.
Terminando de me trocar, desci as escadas e encontrei Scorpius, Lino e Jared no Salão Comunal.
Caminhei até eles e os cumprimentei com um aceno na cabeça. Jared era um retardado. Ele ficou rindo para mim como uma besta. Lino, agora, não duvidada mais de mim. Acho que era porque eu havia pronunciado o sobrenome dele para os nossos colegas Sonserinos no Expresso Hogwarts. Acho que ele não gostava do sobrenome dele por ele ser filho de um Comensal da Morte. Qual era o problema nisso?
― Então... acha que vamos começar os testes quanto? ― perguntou Jared.
― Hoje. Não teremos Transfiguração e tampouco Adivinhação. Essas duas seriam as nossas primeiras aulas hoje, como não vamos tê-las, teremos os Testes. ― disse Lino para nós.
― Finalmente ficou sabendo de algo que preste, Lino. ― falei com desdém e ri secamente. Scorpius riu comigo, mas Lino ficara calado. Acho que ele deveria estar com vergonha. Que pena. ― Vamos... temos que sair daqui se quisermos fazer esses Testes.
― Sim. ― disse Jared.
― Tá bem. ― falou Scorpius.
Lino não disse nada, apenas afirmou com a cabeça. É... realmente ele ficara com vergonha pelo o que eu disse. Ridículo.
Indo para o Salão Principal, meus amigos e eu reparamos que o Lance de Escadas da escola estava com a aparência mais velha do que antes ― mesmo ela sendo a mesma coisa que a três, ou há cinquenta anos. Subimos as escadas para irmos ao Salão, o que não demorou muito, apesar de um bom grupo de nossa Casa ficar para trás, porque as escadas mudaram com eles. Que falta de sorte, pensei revirando os olhos.
Fomos os primeiros a chegar ao Salão Principal. No Salão Principal, reparei que não havia mais mesas, tampouco os bancos que havia para nos sentarmos. Fora tudo tirado de lá. Ao invés de mesas e bancos, havia cinco arcos no chão do Salão, perto de onde a diretora se sentava com os professores.
Mais alunos chegaram, os alunos da Corvinal foram os que chegaram primeiro depois de nós. Os mesmos ficaram com um tom de surpresa, como se vissem uma coisa que nunca viram na vida. Os Lufanos foram os próximos. Vi minha irmã com as amigas dela fofocando baixinho. Os Grifinórios foram os últimos ― como sempre. Será que eles nunca poderiam chegar um dia na hora certa? Revirei os olhos e mexi a cabeça em negação para espantar esse pensamento ridículo de minha mente. Avistei meus dois irmãos e ambos acenaram para mim. Apenas os cumprimentei com a cabeça. Os dois pareciam excitados para esse bendito Teste.
Um pigarro chamou a atenção de todos.
― Alunos, sua atenção, por favor! ― disse um homem baixinho e de cabelos brancos. Ele era carrancudo, tinha um nariz reto, porém um pouco grande demais para ele. O mesmo parecia não se cuidar. Ele tinha pelos para tudo quanto é canto do rosto. Isso vai das orelhas até o nariz. Todos brancos. ― Eu serei o professor de Aparatação de vocês. Meu nome é Tércius. Tércius Scroll. ― ele se apresentou. ― O que eu quero de vocês é simples. Memorizem os três D’s. ― ele disse.
― Três D’s, senhor? ― ouvi Ricky dizer. Como sempre, meu irmão tinha que perguntar as coisas mais óbvias. Se ele era o espertinho, por que ele não sabia disso?
O sr. Scroll sorriu para ele e disse:
― Isso é muito comum vocês não saberem disso. Mas antes, poderia levantar a mão quem já sabia dos três D’s? ― pediu o sr. Scroll.
Levantei minha mão, assim como Scorpius, três alunos da Lufa-Lufa e seis da Corvinal levantaram a mão. Meus irmãos me encararam, mas eu não dei atenção a eles.
― Onze alunos? Um número realmente impressionante. Pensei que todos vocês não saberiam o que era isso... ― ele falou andando de um lado para o outro. Abaixei minha mão, assim como os demais. ― Bom senhor... ― ele apontou para meu irmão.
― McDonwel. Henrique McDonwel, senhor. ― disse Ricky.
― McDonwel... Bom, isso é comum. Era de se esperar que nenhum de vocês soubessem o que são os três D’s. Mas onze é um número realmente impressionante. ― ele voltou a dizer isso. ― Como eu ia dizendo, sr. McDonwel, os três D’s são base para você aparatar ou desaparatar. ― ele fez uma pausa e encarou meu irmão e os outros alunos. ― Os três D’s são: Destinação, Determinação e Deliberação. ― ele fez outra pausa. ― Destinação: é o destino para um determinado lugar. Determinação: você precisará se determinar a ir a esse local, de modo que você tem que acreditar a ir a ele local. ― ele fez ênfase na palavra determinar e acreditar. ― E o terceiro D é Deliberação: é quando você se delibera de um local para outro, ou seja, se transportar de um lugar para outro, mas lembrem-se... se não se concentraram o suficiente, podem deixar uma parte de vocês para trás. Isso se chama estrunchar. E creio que isso não será nenhum pouco agradável. ― ele disse dando as costas para nós.
Ouvi muitos gemidos de medo da parte das meninas da Lufa-Lufa e da Corvinal. Os Grifinórios, em geral, estavam prestando bastante atenção. Dei uma olhada para meus colegas de Casa e todos estavam olhando para o sr. Scroll, mas isso não significava que todos realmente estavam prestando atenção. No mínimo estavam fazendo isso para os Grifinórios pensarem que nós também prestamos atenção nas aulas.
O sr. Scroll apontou para aqueles cinco arcos, virou-se para nós.
― Estão vendo aqueles cinco arcos? ― perguntou ele. Todos nós afirmamos com a cabeça. ― Quero que vocês aparatem até lá. Que aparatem dentro do arco. Se concentrem nos três D’s que eu disse. Lembre-se que vocês podem deixar uma parte para trás se não conseguirem se concentrar. Ficarei observando vocês, mas duvido que vocês consigam de uma vez. Prontos? ― perguntou ele. Fiz que sim com a cabeça, mas ouvi uns “sim” e “ahãs” ― Então vamos lá. O que estão esperando? Andem! ― ele falou para nós.
Não pensei duas vezes. Fechei meus olhos e me concentrei fazendo com que o meu destino fosse parar dentro daquele arco. Já com isso em minha cabeça, determinei que aquilo fosse o que eu queria: aparatar dentro do arco. Após terminar isso também, pensei em me deliberando até ficar dentro do arco, como se eu me deslocasse de onde eu estava para o outro ponto sem precisar andar.
Abri meus olhos e, como eu já estava com os três D’s concentrados, fiquei olhando para o arco em que eu deveria estar dentro.
Senti um formigamento nos pés e uma pontada no umbigo, como se me puxasse para dentro dele e, de repente, a pontada no umbigo ficara mais intensa, meus pés formigaram mais intensamente e começaram a balançar...
CRACK!
Quando dei por mim, Scorpius, meus três irmãos e eu havíamos aparatado para o círculo dos arcos sem deixar nada para trás.
Ouvi palmas. Muitas palmas. Olhei para Scorpius e seguido de meus três irmãos. Scorpius estava sorrindo, contente consigo mesmo. Meus irmãos estavam totalmente felizes, como se tivesse ganhado na loteria ― coisa que eu acho que não existia no mundo bruxo. Olhei para o sr. Scroll e para os demais alunos que estavam no Salão Principal. Eram eles que, juntamente com o sr. Scroll, estavam batendo palmas.
― Meus parabéns... vocês cinco conseguiram aparatar com sucesso. Sem deixar nada para trás ― ele nos olhava espantado, mas falava com certo tom de orgulhoso. Provavelmente por ter nos ensinado bem. ― Ninguém nunca havia conseguido isso antes. Meus parabéns, senhores. Meus parabéns! ― ele continuou com as palmas e parou. ― Venham até aqui! ― ele nos chamou com um movimento com a mão.
Scorpius, meus irmãos e eu fomos até ele.
Ele se sentou em um banquinho que havia ali perto da mesa de onde ficavam os professores e ficou nos esperando chegar perto dele.
Assim que chegamos, ele perguntou os nossos nomes e sobrenomes.
― Sou Scorpius. Scorpius Malfoy, senhor. ― disse Scorpius a ele. Assim que ele disse seu sobrenome, meus irmãos o olharam torto e olharam para mim. Olhei torto para eles também. Não era possível que eles estavam virando a cara para Scorpius só por ele ser um Malfoy. Ridículo da parte deles.
Assim que olhei feio para meus irmãos, virei-me par ao sr. Scroll e disse:
― Me chamo Frederico. Frederico McDonwel. ― não prestei atenção em meus irmãos depois de ter dito meu nome e sobrenome.
― Sou Emmett. Emmett McDonwel. ― disse meu irmão.
― Me chamo Elena, senhor. Elena McDonwel. ― disse Elena com um sorriso no rosto. Ainda não acreditando que conseguira aparatar. Provavelmente ela contaria para a nossa mãe toda orgulhosa.
― Sou o Henrique, senhor. Henrique McDonwel. ― disse Ricky com um sorriso no rosto também.
― Ah, sr. McDonwel... o senhor têm irmãos? ― perguntou o sr. Scroll para Ricky.
― Sim. Somos quadrigêmeos. ― disse Ricky apontando para mim, para Emmett e para Elena.
― Hmmm, interessante... vejo que são realmente determinados no que querem, não é a toa que conseguiram aparatar. E o senhor também, sr. Malfoy. ― disse o sr. Scroll acrescentando um sorriso para Scorpius. Scorpius fez o mesmo. ― Bom, pelo o que vi hoje, vou colocá-los para fazer este Teste mais umas vezes, até saber o quanto estão sabendo aparatar. Se vocês se saírem que nem agora pouco, eu os coloco para a próxima faze do Teste de uma vez. ― ele afirmou para nós.
― Sem problemas. ― eu falei e meus irmãos me olharam. Não dei atenção a eles, mas eles afirmaram com a cabeça para o sr. Scroll.
Scorpius fez o mesmo e disse:
― Estamos prontos para a próxima fase do Teste. ― afirmou ele.
― Estou com ele. ― eu disse.
Scorpius me olhou e fiz que sim com a cabeça para ele.
― Então está decidido. Vocês farão este Teste mais quatro vezes e passarão, logo em seguida, para a próxima faze do Teste. ― prometeu o sr. Scroll.
Após fazer o Teste mais quatro vezes e sem deixar nada para trás, o sr. Scroll decidiu, de vez, nos colocar na próxima faze do Teste.
Tivemos que esperar todos os outros alunos fazerem o Teste.
O sr. Scroll conjurou cinco cadeiras para nós, para sentarmos ao lado dele ou aonde quiséssemos. Peguei minha cadeira e fiquei um pouco distante dele. Scorpius pegou a cadeira dele e colocou ao lado da minha.
― Divertido, não acha? ― perguntou Scorpius para mim.
― Bastante. Realmente divertido. Seria melhor se... ― de repente ouvimos um grito.
Uma menina de cabelos ruivos e longos berrara. Assim que eu e Scorpius pusemos os olhos nela, reparamos que estava faltando uma perna nela. A perna direita.
O sr. Scroll correu até ela, olhou-a de cima a baixo e perguntou:
― Não se concentrou o bastante, não foi? ― sorriu ele para ela.
A perna da garota sangrava muito e a mesma não parava de berrar. Era um berro irritante. Tive que cobrir as orelhas com as mãos. A menina chegava a se debater.
― D-desculpe, senhor... ― ela começou a falar, mas o sr. Scroll levantou a mão para ela e a fez parar de falar. A perna dela sangrava muito, muito mesmo. A outra perna dela, a que ficou para trás, sangrava também. Deve ser uma dor terrível.
― Não se desculpe. Essas coisas acontecem. Agora... vamos ter que juntar sua perna com o seu corpo. Tente não se mexer, está bem? ― perguntou ele. Ela fez que sim com a cabeça.
Ele pegou a varinha, apontou para ela, fez um breve movimento com a varinha e a perna dela voltou ao lugar onde devia estar. Se nenhuma alteração. Ela berrou de novo, provavelmente com dor.
― Pronto. Está feito! ― ele sorriu gentilmente para ela.
― O-brigada, senhor! ― ela agradeceu chorando por causa da dor.
― Não há de quê!
Então ela voltou para o lugar onde estava antes de aparatar e o sr. Scroll voltou a se sentar no banquinho que ele deixara vazio.
Passada meia hora, todos os alunos haviam feito o Teste.
Meus irmãos, eu e Scorpius ficamos tão entediados que chegava ser irritante.
Assim que os alunos fizeram o Teste, ele nos colocou junto com mais uns quinze alunos que ficaram ― porque haviam passado no Teste de Aparatação ― em uma determinada parte do Salão.
― Bom, a próxima etapa não será aqui. Será no Ministério. Todos já fizeram dezesseis anos no ano passado? ― perguntou ele.
― Sim. ― dissemos todos juntos.
― Então eu venho aqui amanhã para pegá-los para irmos. Não será hoje, pois vocês têm mais aulas a serem seguidas. Até amanhã! ― ele disse para nós e foi saindo para o outro lado do Salão Principal e sumiu de nossas vistas.
Scorpius e eu fomos saindo do Salão...
― Fred? ― chamou-me Emmett. Olhei para trás e Ricky e Elena estavam com ele.
― Nos vemos no dormitório! ― disse Scorpius com um pequeno sorriso torto para mim. Fiz que sim com a cabeça para ele. Ele foi indo para a masmorra com as mãos nos bolsos da veste e sumiu de minha vista quando ele desceu pelas escadas.
Fui indo em direção a meus irmãos ― que estavam parados perto dos banquinhos ainda conjurados. Só nós ainda estávamos no Salão Principal. O resto dos alunos já havia saído dali.
Cheguei perto deles e olhei para o alto para olhar o Emmett.
― O quê foi? ― perguntei a Emmett.
― Ouvimos bem? Ele é um Malfoy? ― perguntou ele cruzando os braços.
― Algum problema?
― Não. Mas você sabe o que o pai dele era. Assim como os avôs dele. ― disse Ricky. Virei minha cabeça e o encarei.
― E o que é que tem? Ele não tem nada haver com isso. O que o pai dele fez ou deixou de fazer é problema dele. Vocês não têm com o que se intrometer. ― falei já raivoso.
― Não queremos briga, Fred. ― disse Elena para mim com a cara tristonha. Ela não gostava que nós brigássemos. Nenhum de nós três (Emmett, Ricky e eu).
― Também não quero. Mas vocês deveriam crescer um pouco. ― falei olhando para o Ricky.
― Não quero que você seja amigo dele. ― disse Emmett sério.
― Como se você fosse a nossa mãe, ou o nosso pai. ― dei as costas a ele e fui indo embora, ele pegou meu braço com um tanto de força, o que me fez virar para olhá-lo completamente com raiva.
― Não interessa. Você vai parar de falar com ele, ou vou contar a nossa mãe. ― disse Emmett em tom de ameaça.
― Faça o que quiser. ― eu disse com os olhos semicerrados para ele. Tirei meu braço da mão dele e fui indo a caminho da masmorra, porém, me virei e disse a ele: ― Invente outra ameaça. Essa é velha, não funciona mais. E não tenho medo de nenhum de vocês três. ― indiquei os três com a cabeça. ― Tampouco da nossa mãe. ― falei para ele, ainda com os olhos semicerrados.
Então virei-me, fui à mesma direção que Scorpius havia pegado para ir ao dormitório da Sonserina, e andei até o dormitório totalmente com raiva de meus irmãos.
Autor(a): GleekLikeYou
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ASSIM QUE CHEGUEI AO DORMITÓRIO, AVISTEI SCORPIUS SENTADO NA POLTRONA DE COURO COCHICHANDO COM JARED E LINO. ASSIM QUE cheguei perto deles, eles não mudaram de assunto, e sim continuaram. ―... sério? Vocês cinco? ― perguntou Lino. ― Sim. ― disse Scorpius com um sorriso no r ...
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