Fanfic: Os McDonwel | Tema: Harry Potter
MINHA AULA PREFERIDA NÃO ERA A DE HERBOLOGIA. NÃO MESMO! HAVIA OUTRAS MATÉRIAS, É CLARO. PRINCIPALMENTE DEFESA CONTRA AS Artes das Trevas. Essa sim eu gostava.
O sr. Longbottom nos mandou tirar uma planta estranha cor de verde-lama de uma vaso absurdamente grande ― deveria ter o dobro de um vaso de plantas comum ― e colocá-la em um vaso minúsculo.
Não foi uma tarefa difícil ― apesar de eu ter feito tudo rapidamente, não gostei de ficar mexendo com aquela coisa chata e irritante.
Mas alguns alunos faziam aquilo com a maior admiração, os Lufanos.
Será que eles, pelo menos, um dia fariam tudo com um pingo de irritação ou sei lá o quê?, pensei.
Os Corvinos fizeram tudo com um excelente desempenho; os da Lufanos tentaram fazer a mesma coisa, mas não conseguiram muito. Uns sim, mas a maioria não; uns cinco dos Sonserinos estavam fazendo a tarefa, de resto... nenhum sequer tocou no vaso com a tal planta verde-lama; nós, os Grifinórios, fizemos como o professor mandou. Uns conseguindo com o maior sucesso, outros não... uns até fizeram igual aos Corvinos, um deles foi o meu irmão Ricky. Ele sempre se sai bem nas tarefas. Sempre!
Por sorte, a sineta tocou indicando o fim da aula. O que era bom, pois eu não aguentava mais ficar nessa torre do castelo. Era tediante demais.
Não prestei muita atenção nos outros, a não ser por Elena, Ricky e Cecília. Claro, o Fred também, mas ele não falava comigo desde que “brigamos” no Salão Principal. Mas ele era meu irmão, não era?
Dei de ombros e continuei a seguir pela porta.
Cecília pegou minha mão e fomos embora de mãos dadas; Elena e Ricky estavam com uma amiga Lufana de Elena logo ao nosso lado. Os três sorriam, deviam estar se divertindo; Fred e o seu amiguinho saíram às pressas, tanto que passaram na frente de nós cinco.
Não dei atenção. Se ele queria assim, eu deixaria assim, correto?
Assim que saímos da sala, descemos as escadarias e fomos direto para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.
Maravilha!
Eu estava esperando por essa aula desde muito tempo... seria a primeira depois dos Testes de Aparatação ― pois não tivemos uma até agora.
― Emmett...? ― ouvi a voz de Ricky e Elena me chamarem juntos.
― Sim? ― virei-me e olhei os dois a umas três passadas de mim e de minha namorada. Sim, eu e Cecília estávamos namorando desde o início deste ano.
― Não vamos para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas juntos ― falou Ricky.
― Por que não? ― perguntei olhando meus irmãos de olhos arregalados. Eu não gostava de ficar muito separados deles.
― Porque nós três ― Elena indicou ela, Ricky e sua amiga ― vamos pegar uns livros na biblioteca antes... mas iremos chegar bem a tempo. Até antes de o professor chegar! ― ela deu uma piscadela para mim.
― Ah, então... tá bom! ― dei um meio sorriso.
― Ah, ânimo, menino... vocês está bem acompanhado ― falou Ricky para mim e sorriu para Cecília. Pelo canto do olho, eu pude a ver corar e a mesma apertou mais a minha mão. Não me machucou, achei até engraçado e confortável.
― O.K., vejo vocês daqui a pouco!
― Tchau! ― disseram os dois em uníssono e se foram.
Cecília e eu pegamos o caminho mais longo para ficarmos um pouco a sós.
Eu tinha sorte, muita sorte. Eu estava namorando a garota mais linda da escola. A mais linda mesmo.
Cabelo louro, num liso excepcional, mas estava preso em um rabo de cavalo. Olhos claros ― tão claros que eu me perguntava se eram verdes ou azuis ―, pele branca. Tão branca quanto a minha e de meus irmãos. E olha que somos bem brancos.
Era bom estar com ela, ela me fazia bem. E sei que eu fazia bem a ela também, caso contrário... ela não estaria comigo, estaria?
Sentamo-nos em um banquinho que tinha perto de uma janela em um corredor perto da porta, acariciei o cabelo dela e a beijei.
Não foi um beijo rápido, mas também não demorado. Ela gostou, pois quando pensei em terminar, ela me puxou para mais perto de sua boca. Não hesitei, continuei a beijar. Mas ela sabia os limites da escola, não sabia? Mas quem se importa...
― Ho-ho... Vai com calma, garotão! ― disse ela, como se tivesse lido meus pensamentos.
― Desculpe, garota! ― tirei meu rosto de perto do dela, afaguei sei queixo redondo e perfeito, larguei-o e fiquei brincando com o seu cabelo.
― Acho melhor irmos, ou vamos nos atrasar... ― falou ela me dando um beijo rápido.
― Tudo bem... ― me levantei e estendi a mão para que ela pegasse para se levantar. Assim que ela fez isso, nós dois fomos para a sala de mãos dadas.
Na sala, o professor não havia chegado.
Avistei Fred ― com aquela cabeleira loura e comprida até os olhos ― e seu amiguinho ― outro louro, porém louro-branco ― implicando com uns alunos de minha Casa, mas tentei ignorar ― o que era difícil, mas não aguentei ignorar e fui para parto dele.
― Deixa o garoto em paz ou... ― rosnei para ele.
― Ou o quê? ― ele me interrompeu arqueando uma sobrancelha para mim, sorriu com desdém e dando um peteleco na cabeça do menino de minha Casa.
― Para. De. Me. Provocar! ― rosnei entredentes.
― Que medinho! ― ele fez cara de espanto e cobriu a boca com as mãos. Seu amiguinho riu disso e ele também logo que terminou de zombar com minha cara.
― Fred... deixa o garoto em paz! ― disse o amiguinho de meu irmão ainda rindo.
― Isso. Faça o que seu amigo está falando. ― olhei para o moleque de cabelos louro-branco, ele me olhou como se pedisse desculpas. Parecia sincero.
Ele pedindo desculpas pelo meu irmão?, pensei. Isso é certo, ou só está tramando? Que seja, não dá para confiar nos Sonserinos. Principalmente quando se é amigo de Fred.
― Até você, Scorpius? ― perguntou Fred. ― Vai me dizer que não é divertido mexer com os otários da Grifinória? ― ele fazia de conta que eu nem estava por perto. Ignorou-me por completo.
Irritei-me.
Minhas mãos começaram a tremer. A raiva que aquele garoto me causava era extrema. Faltava pouco para eu socar a cara dele...
― Venha, Emmett... vamos sair daqui. Só deixe Domine em paz. Por favor? ― pediu Cecília para Fred.
Ele olhou para Cecília de cima a baixo e depois ergueu as mãos como se estivesse se rendendo, olhando-a com uma de suas sobrancelhas arqueadas.
― Obrigada. ― disse ela educadamente.
― Tudo bem. ― disse Fred, também educadamente.
Fiquei tremendo de raiva. Tremendo mesmo de raiva. Era como se alguma espécie de furadeira, ou coisa do tipo, percorresse por meu corpo inteiro.
Fuzilei Fred com os olhos totalmente vermelhos de tanta raiva, mas ele não pareceu se intimidar com isso, pois ele me olhou com a expressão mais tranquila possível. O que me fez tremer mais ainda.
Dei um passo em direção a ele e ele não se mexeu. Continuou a me encarar imóvel e com a expressão totalmente tranquila.
Senti um puxado no braço direito, olhei para o lado e era Cecília que me puxava. Ela sussurrou algo como “vamos nos sentar!” para mim e nós fomos. Pelo canto do olho, vi Fred sorrindo desdenhosamente para mim.
Cecília e eu sentamo-nos à mesa ao lado de Elena e Ricky.
Cutuquei Ricky pelo canto do braço ― pois ele estava ao meu lado, só que em outra mesa. Ele olhou para mim sem entender.
― Será que Fred nunca vai parar de implicar com os outros? ― perguntei a ele.
― Ele é Sonserino... o que queria que ele fizesse? ― rebateu Ricky com um riso de lado tristonho
― Que voltasse a época de criança... antes de ser selecionado para a Sonserina. ― eu disse me lembrando de como ele era... carinhoso, brincalhão, amigável...
― Eu também queria. Mas fazer o quê, não é? ― perguntou Ricky tristonho, deu de ombros e voltou a esperar o professor em posição de bom aluno.
Dei de ombros também. Um dia ele tomaria jeito. Ou não.
― Alunos? ― disse o professor.
Todos olharam ele descer em sua pequena escadaria que tinha para ir a sala dele.
O sr. Swinner era um cara legal. Ele tinha quase o meu tamanho, só era uns poucos dedos menor do que eu; tinha uma cabeleira estranha, cabelo de duas cores. Esquisito, mas era bacana. Preto e branco. De onde um homem faz isso? No primeiro dia que eu o vi eu ri bastante, mas depois eu acostumei e parei de rir logo em sua segunda aula; e tinha uma pele um tanto oliva, o que era engraçado, porque combinava com o seu cabelo.
― Bom... hoje iremos aprender a usar os feitiços sem pronunciamento! ― disse o sr. Swinner e todos começaram a se entreolhar com alguns sussurros. Não vi surpresa nos olhos de Ricky, de Elena, de Fred e tampouco de seu amigo Scorpius. ― Calma, calma, pessoal... Essa aula vai ser divertida, contado que só usem feitiços fracos... Recomendo o Expelliarmus para quem vai desarmar e Protego para bloquear, está bem? Formem duplas. Estarei rondando a sala e vendo o desempenho de vocês! ― ordenou ele. ― Mas pratiquem sem pronunciar. Mentalize o feitiço. Sem murmúrios, está bem? ― lembrou-nos ele com o dedo indicador da mão direita levantando. ― Mais informações, abram o livro na página 236!
Automaticamente olhei para Ricky, mas logo depois pensei em Cecília e a olhei, ela deu um sorriso para mim e disse:
― Não se preocupe, vou formar par com Jessica. Tome cuidado, garotão! ― ela me deu um beijo rápido e foi formar par com a menina antes que eu pudesse dizer alguma coisa.
Sorri ao sentir o beijo. Era por isso que eu amo essa garota, pensei comigo mesmo feliz da vida.
― Ricky? ― chamei pelo meu irmão.
― Com certeza! ― disse ele sacando a varinha. Era como se tivéssemos um vínculo em nossas mentes. Sempre sabíamos de tudo o que o outro estava pensando. Isso não era só comigo, com Elena também funcionava, até com Fred funcionava quando ela era um tanto menos... “sombrio”.
Foi divertido. Muito divertido.
Eu e Ricky ficamos revezando quem atacava e quem protegia a cada três minutos. De vez em quando eu murmurava os feitiços, Ricky também. Devia ser difícil, porque parecia que estava exigindo muito esforço dele. Uma vez que bloqueei o feitiço murmurando, ele ricocheteou e voltou para Ricky, desarmando-o. Ele fez o mesmo comigo (também murmurando), só que, quando ataquei, o feitiço voltou para mim e me fez cair no chão; Elena havia conseguido. E com sucesso. Ela ria enquanto se defendia de sua parceira de par. O que eu achei injusto. Somos gêmeos. Se fosse fácil para ela, deveria ser fácil para mim e Ricky também; avistei Cecília conseguindo bloquear e atacar sem mexer os lábios, com toda a certeza ela conseguiu também; Fred conseguiu ― óbvio ―, juntamente com Scorpius ― com toda a certeza. Isso me irritava...
― Muito bem alunos, faltam cinco minutos para a aula terminar... arrumem suas coisas e estão dispensados! ― disse o sr. Swinner e voltou para a sua sala.
Não pensei duas vezes e arrumei minha coisas ― livros, varinha, penas e tinteiro ―, e esperei Cecília e meus dois irmãos (Elena e Ricky) para irmos ao Salão Principal para jantarmos.
Quando a sineta tocou, metade dos alunos já estavam do lado de fora. Esperei meu dois irmãos ― Cecília já estava ao meu lado ― logo ao lado de fora da sala.
Por sorte eles não demoraram. Eu estava com fome, e com fome mesmo.
O Salão Principal já estava preparado para o jantar. Muitos alunos já estavam sentados às mesas quando chegamos, mas não avistei o Prof. Longbottom à mesa e tampouco diretora MacGonagall. Devem estar ocupados em alguma coisa importante, pensei. Não demorou muito para eles dois chegarem, assim que me sentei à mesa com Ricky e Cecília, voltei a olhar para a mesa dos professores e os dois já tinham voltado.
Dei de ombros e esperei que a diretora servisse o jantar e fitei a mesa com pratos e copos vazios.
Ouvi um bater de palmas e, quando pisquei, a comida na mesa já estava servida.
Servi-me de um bom pedaço de bife, ovos, coxas de frango, arroz e um bom copo de suco de abóbora. Vi Ricky ― que estava a minha frente ― por pouca comida no prato, o que eu não gostei nem um pouco. Ele só comia pouco, assim como Elena e Fred. Ele tinha que comer direito.
― Coloque comida direito nesse prato, garoto! ― falei para ele de boca cheia e colocando mais comida em seu prato.
Ele me fuzilou com os olhos semicerrados.
― O prato é meu e coloco o quanto eu quiser. E não fale de boca cheia. Nossa mãe te deu educação! ― ele fechou a cara para mim. Abaixou-se para se aproximar de mim e sussurrou ameaçadoramente: ― E não me chame de garoto, entendeu? ― ele me olhou com raiva e voltou a comer a pouca comida que tinha, mas pegou a comida que coloquei no prato dele e jogou no meu.
― Hey, não quero... coma você. Você quem devia comer...
― Emmett! ― Cecília me olhou séria. Com cara de quem me advertia.
― Tá, tá! ― eu falei por fim.
Vi Ricky murmurar um “obrigado” para Cecília e a vi murmurar um “de nada”.
O.K., O.K., não falarei mais nada sobre comida perto de Ricky, pensei.
Ri de meu próprio pensamento, avistei Fred conversando com seu amiguinho ― será que eles nunca desgrudam um do outro? ― e dei de ombros; Vi Elena se divertindo com suas amigas e amigos de Casa e fiquei feliz por ela; Vi Ricky a minha frente com uns amigos à mesa conversando e rindo, e senti o aperto em minha mão, olhei para o lado e vi que era Cecília que também sorria para mim.
O jantar terminou e todos fomos para as Salas Comunais.
Meu irmão, Cecília e eu fomos para a Sala Comunal da Grifinória para dormimos; Elena havia se despedido de nós três quando ela foi para a Sala Comunal da Lufa-Lufa, vi a mesma se despedindo de Fred ― ela não conseguia viver brigada com ele e com nenhum de nós.
Assim que chegamos ao Salão Comunal da Grifinória, Ricky foi se sentar com uns amigos dele na mesinha que tinha ali perto da chaminé. Cecília me deu um beijo demorado de boa noite.
― Tenho que dormir... não sei você, mas eu estou exausta! ― ela revirou os olhos e riu. Eu também estava.
― Tudo bem, eu também vou dormir. ― sorri para ela.
Ela me deu um beijo rápido.
― Boa noite, grandão!
― Boa noite, amor!
E foi para o dormitório das meninas.
Não demorei em fazer o mesmo, só que fui para o dormitório dos meninos.
Chegando nele ― graças a Deus não tinha ninguém ―, troquei de roupa rapidamente, coloquei meu pijama e fui para cama.
Não demorei em ficar sonolento, cobri-me com o cobertor e comecei a adormecer.
Lembranças da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas vinham em minha cabeça... os beijos de Cecília também... a briga que tive com Fred...
Não demorou muito para todas àquelas imagens dominarem minha mente e eu adormecer.
Autor(a): GleekLikeYou
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― FRED? ― CHAMOU-ME UMA VOZ UM TANTO CONHECIDA. Não reparei que eu já estava fora do dormitório, no Salão Comunal da Sonserina, naquele finalzinho da manhã. ― O quê? ― perguntei para a voz e, quando olhei, era Scorpius. ― O qu&e ...
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