Fanfics Brasil - [Richard] Os Lowe, Rígida Eternidade Admirável Vida Sangrenta

Fanfic: Admirável Vida Sangrenta | Tema: Vampiros, Clãs, Romance, Série, Temporadas, Sangue, Lutas, Ação, Mistério, Terror, Suspense


Capítulo: [Richard] Os Lowe, Rígida Eternidade

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   Mais um dia inicia-se na mansão Lowe. O sol que sai pela janela me faz lembrar os mitos que dizem que vampiros pegam fogo quando é exposto a ele, isso era verdade no passado, a genética da minha espécie mudou depois que a antiga geração bebeu uma porção que os deixava sair de dia e não mais ficar se escondendo da luz, também não brilho na luz do Sol. Aquela coisa que vampiros não têm reflexo no espelho é mentira.


 


   Moro em Bristol uma cidade da Inglaterra, a sexta cidade mais populosa do país. Sou da famosa família de vampiros Lowe, sou Richard Lowe. Moro com meus pais, irmãos, tios e primos. Não sei que mania é essa dos clãs de vampiros morarem todos na mesma casa, isso é irritante, ter que lidar com tantas pessoas no mesmo dia. De todas essas pessoas com que moro só me dou bem com uma, minha irmã, Helena. Ela é gentil, legal, gosta de praticamente tudo que eu gosto, me ajudou a despertar dois poderes que eu tinha, me ouve quando eu preciso desabafar algo.


 


   Não é que eu esteja em conflitos com os outros membros do clã. Meu pai, Henry Lowe, ele é tão atencioso quanto minha mãe, Mary Lowe, eles são protetores demais e sempre estão de olho no nosso crescimento. Brian Lowe, meu irmão mais velho, ama esporte e mulheres, sempre que sai de casa volta com uma mulher diferente, bonitas e geralmente estão hipnotizadas por ele que não tem paciência para fazê-las apaixonarem por ele na mesma noite em que se conheceram. Crystal Alham Lowe, irmã de minha mãe, a maioria do tempo está sempre séria estudando a história do passado de nosso clã, mas em seu tempo livre costuma fazer piadas sem sentido e beber sangue em excesso, seu marido Jack Lowe, irmão de meu pai é do mesmo jeito.


 


   Ivy Lowe, minha prima, sempre vestindo rosa, tem um rosto, cabelo e corpo perfeitos, olhos azuis hipnotizantes e um poder de persuasão que dá inveja a Brian que está sempre fazendo uso dele. O hobby de Ivy é beber da fonte e brincar com o psicológico dos outros, ela se aproxima do humano, usa sua beleza com toque de inocência e o leva a beira do abismo, se aproveita dele e depois o joga.


 


   Ryan Lowe, meu primo, sempre atrás de outros vampiros para derrotá-los e então roubar seus poderes, ele tem uma anomalia. Quando um vampiro vai fazer uma conexão com o outro, aquele que é o precursor da conexão precisa que o outro aceite está ação, mas com Ryan é diferente, com ele a conexão não precisa de um “sim ou não” ele apenas se conecta e pega o que tiver de pegar. Ele gosta muito da Helena, não sei se somente eu vejo isso, esse amor que ele tem por ela é muito óbvio.


 


   Taylor Lowe, meu avô paterno e Kefera Alham, minha avó materna, eles sempre estão cuidando da imagem que o nosso clã possui. Fazem de tudo para obter mais poder para nós e sempre estão de olho se aquele outro clã não está por perto. Meu avô tem alguém com quem ele se importa por demais, Helena é para ele é um cristal, pois de acordo com meu pai, ela se parece com minha avó paterna, Vivian Lowe que morreu já faz um tempo e ele amava muito ela, a mesma tinha uma beleza tamanha que causou uma guerra entre os clãs.


 


   Levanto-me da cama e vou tomar banho. Escovo os dentes, visto a roupa para ir para escola, uma calça jeans preta e uma blusa branca simples com a frase: “Days Gone Bye”. Pego meu celular que comprei faz pouco tempo, minha bolsa com o horário de hoje e um copo de 500 ml de sangue humano. Desço a escadaria, entro na cozinha e vejo Helena. Ela está vestindo uma blusa de ombro caído branca e um short jeans curto, ela está com pulseiras de borracha coloridas no pulso e usa um tênis amarelo da All-Star.


 


   Olho para o relógio na parede da cozinha e percebo que eu e Helena estamos novamente atrasados para aula. Ela está calmamente saboreando uma taça de sangue. Vou até ela e pergunto:


 


   — Você não vai para a escola hoje?


 


   — Por que iria? Como sempre respondeu com certa indiferença.


 


   — Simplesmente porque hoje tem prova e você está tão atrasada quanto eu.


 


   — Eu sei, mas tanto faz, vou viver pra sempre mesmo, um dia a mais ou um dia a menos não vai fazer diferença.


 


   — Você quem sabe então.


 


   Saio da mansão e Helena não me acompanha. O frio da Inglaterra não mais me importuna, me acostumei, a cada ano meu corpo fica muito mais forte, antes eu sentia um frio enorme, agora... Não sinto mais nada. A vizinhança aqui é boa e agradável. Estudo em uma escola particular do centro de Bristol, Colégio Rythem, muito conhecido por ser o maior da cidade e também de ser muito caro. Ryan e Brian estudaram aqui. Helena está no ultimo ano do Ensino Médio e eu estou no Primeiro. Ela tem dezessete anos e eu tenho quatorze, faço aniversário em dois de Novembro. Ivy também estuda aqui e está no primeiro ano como eu.


 


   Chego à escola, estou extremamente atrasado, a Sra. Brown me dá uma bronca, mas permite que eu faça a prova. A prova é de Biologia, minha matéria preferida, isto é, estudei com afinco. Sem muita dificuldade termino a prova e vou para o pátio, encontro Helena sentada no banco de concreto no meio do jardim, tem alguns jogando olhares para ela do outro lado. Vou até ela e pergunto:


 


   — Você chegou agora?


 


   — Não, vim atrás de você, não percebeu? Respondeu.


 


   — Meus poderes não estão tão evoluídos quanto os seus. Comentei.


 


   — Entendo... Não se preocupa, geralmente quando se completa aniversário, muitas habilidades costumam se revelar. Disse ela.


 


   — A prova foi fácil para você? Pergunto.


 


   — Muito.


 


   — Não vi você estudando, colou?


 


   — Colei sim. O importante é passar. Respondeu se levantando.


 


   Dou e ombros e voltamos para dentro da escola, dessa vez ela me acompanha.


 


  


 


   Mesmo tendo prova a escola não cancela um horário sequer. Tivemos oito aulas de uma hora cada e voltamos para casa às duas horas da tarde. Eu quero ter um futuro longe desse clã, ter alguém ao meu lado, vampiro ou não, tanto faz, quero é ser feliz. Tenho um segredo, venho escondendo isso desde que completei sete anos, eu ia falar aos oito, mas ouvi algo da vovó Kefera que me deixou muito assustado. Isso foi logo depois do meu aniversário de oito anos, ela estava bebendo uma taça de sangue alcoolizado como na maioria das vezes, sentada no sofá de couro de não sei quantos anos e conversando com meu pai, eu estava presente na sala:


 


   — Eu já te falei de como meu irmão morreu? Perguntou vovó Kefera.


 


   — Não. Respondeu papai.


 


   Vovó suspirou e engoliu um gole de sangue com dificuldade.


 


   — Quando ele completou vinte e cinco anos, ele resolveu contar o grande segredo dele. O aniversário dele foi ao centro da Floresta de Dean, ele amava aquela floresta, trouxemos vários humanos para ele sugar cada pingo de sangue que ele tinha direito. Quando ele se satisfez mandou todos nós relaxar-nos e se sentar. Ele abriu um sorriso enorme e disse: “Eu não me apaixono por mulher alguma, e sim por homens”. Todos ficaram pasmos. Meu pai. — Vovó bateu no próprio peito com orgulho. — Foi ele quem o matou, não demorou mais de um minuto. Sean tentou correr, mas não conseguiu, ficou dividido em quatro partes, o jogamos em uma fogueira e o assistimos morrer, ele piscava sem parar enquanto queimava. Os humanos foram mortos sem motivo algum, desperdício.


 


   — Vocês não fizeram nada para impedir a morte do seu irmão vovó? Perguntei.


 


   — Por que deveria? Indagou avó fazendo uma cara de nojo.


 


   Meu pai fez uma cara sem expressão alguma, não sei se ele está de acordo com isso ou não.


 


 


 


   Depois dessa nunca mais pensei em assumir para minha família “aquilo”. Um dia terei de assumir, não posso viver a eternidade em uma mentira. Sempre fui o mais diferente da família, até fisicamente, enquanto todos aqui são brancos, eu por algum motivo sou moreno e quando minhas presas vampirescas crescem, meu cabelo fica branco. Avó Kefera, avô Taylor e meu pai são poderosos em poder e palavras, eles comandam a família. O mais poderoso do clã é o que será o chefe, quem tem esse cargo a cada cem anos todas as suas habilidades evoluem de uma forma enorme, ficam praticamente impossíveis de serem derrotados.


 


   Eu imagino como seriam meus se avós, pais e tios envelhecessem como os humanos. A nossa espécie para de envelhecer quando atingem os vinte cinco anos de idade. Isso é bom por um lado. A cada quarenta anos precisamos mudar de lugar, refazer toda a nossa vida, apagar a memória de todos os humanos que tivemos contato, criamos lembranças no lugar dessas memórias, meus pais dizem que é muito cansativo. Em público tenho que chamar minha avó de tia, ela é linda, não é tão alta, tem cabelos ruivos, se adapta muito bem a moda dos humanos que muda muito rápido, o único elemento que faz com que percebamos que ela é bem velha e o modo que ela fala e sobre o que ela fala, com meu avô, Taylor é a mesma coisa. Se esses dois desaparecessem a eternidade teria feito um grande favor para mim.


 


   — Rich. — Chamou Ivy entrando no meu quarto interrompendo meu raciocínio. — Você quer vir para uma festa que vai haver na casa do Peter essa noite? Perguntou.


 


   Que esquisito... Ela não é de chamar-me para algum lugar. Esse uso exagerado de rosa me irrita. Bota rosa, batom rosa, maquiagem dos olhos é rosa, unhas pintadas de rosa, bolsa rosa, e o cabelo loiro ainda ajuda nesse exagero de um jeito sem sentido, parece a Paris Hilton totalmente de rosa.


 


   — Não, obrigado. Vai haver um passeio ao Museu da Galeria de Arte de Bristol amanhã. Vamos ter que estar na escola mais cedo amanhã. Você não sabia?


 


   — Não. Nessa semana eu fui para a escola hoje. Já que não vem comigo... Estou indo. Disse ela.


 


   — Avô Taylor disse que o jantar seria de muita importância que todos da família estivessem presentes. Alertei.


 


   — Tomara que seja realmente importante. Estarei perdendo uma grande oportunidade de sugar uns litros de sangue. Disse.


 


   — Pra que beber sangue direto da pessoa? Aqui em casa tem sangue de boa qualidade. Falei como se fosse adiantar alguma coisa.


 


   — É mais gostoso de saborear na fonte.


 


   — Sabe onde está Helena? Perguntei levantando-me da cama e indo sentar-me na poltrona ao lado da janela.


 


   — Está no quarto dela junto com Ryan. Eles colocaram uma barreira sonora vampiresca muito louca. Nem encostando o ouvido na porta podemos ouvir algo. Respondeu Ivy.


 


   — Será que somente eu que vejo o rolo entre esses dois? Indaguei.


 


   — Não mesmo priminho. Acho que eu os vi se beijando uma vez. Acho. Disse.


 


   — Ela nunca me falou nada. E agente é tão próximo. Estranho.


 


   Ouvimos o estalar de talheres, significava que teríamos de descer. O jantar começara.


 


   Eu e Ivy descemos a escada rapidamente e nos sentamos no lugar que sempre sentamos-nos à mesa de jantar, que era enorme e de madeira. A mesa estava com um peru defumado que acabara de sair do forno, lasanha e como sempre sete vasos de três litros de sangue cada, não vai sobrar nada quando terminarmos. Demorou dez minutos até que Helena e Ryan descessem e completassem. Avó Kefera ficou-os encarando até que meu avô, Taylor, começou a falar:


 


   — Antes de comermos tenho algo a informar.


 


   Todos fitaram avô Taylor, ele estava com uma expressão estranha, nunca o vi desse jeito.


 


   — O que é Pai? Perguntou Jack, meu tio.


 


   — Eu fui ao País de Gales antes de ontem. Falei com os Rythem e eles disseram que os Yeves haviam acabado de se mudar. Segui os passos deles e acabam logo na estrada principal à Bristol. — Avô bebe uma taça de sangue de uma vez. — Eles estão perto demais. Completou meu avô.


 


   Todos estavam com cara de assustados. O clã de vampiros com quem temos um conflito enorme é os Yeves, nunca nos demos bem com eles. Disseram-me que esse atrito vem de uma guerra que os Lowe e Yeves travaram, os Lowe saíram ganhando, desde isso os Yeves têm planejado metas para nos matar. De acordo com Helena, desde que Brian nasceu ou até mesmo antes disso, os Yeves não têm feito nada contra nós. Brian tem vinte e seis anos, será que a poeira abaixou. Tenho medo deles e eu nunca os conheci.


 


   — Temos de fazer alguma coisa. Disse Crystal, minha tia.


 


   — Acho que eles estão planejando algo, é sempre assim. Disse avó.


 


   — Vamos planejar mais isso amanhã. À meia noite saímos à caça do local onde os Yeves se estabeleceram. Disse meu Pai.


 


   Após isso comemos e bebemos, o sangue estava muito bom e a lasanha também, mesmo com isso o jantar foi silencioso, falar sobre aquele clã é um tabu dentro dessa casa. Será que eles estão pensando o mesmo que eu? Eu não quero lutar até a morte como avó Vivian.


 


 


 


   — Você está com medo? Perguntei à Helena.


 


   — Não. Você não devia estar. Tudo vai ficar bem. Ainda nem temos certeza de que eles estão em Bristol. Talvez tenham passado por aqui. Seria burrice ficar na mesma cidade que nós. Respondeu.


 


   Estamos no quarto de Helena. É meia-noite, ela vai sair com Ryan para visitar uns vampiros sem clã pela cidade para ver se encontram alguma pista dos Yeves.


 


   — Por que não vai para aquela festa na casa do Peter? Ivy tem convites e ela te convidou. Nós percebemos uma coisa em você.


 


   Essa ultima frase me deu medo. Será que ela sabe?


 


   — Rich. Pai percebeu que você tem andado depressivo. Ivy tem a mesma idade que você, ela quer te ajudar. Disse Helena.


 


   — Eu estou bem, é que a escola tem tido tantas provas uma atrás da outra, isto tem me exaustado, entende?


 


   Helena bebeu mais uma taça de sangue e foi embora com Ryan.


 


   Entro para meu quarto e deito na cama pensando nos grandes problemas que vão ficando maiores a cada segundo que se passa. Eu preciso sair de casa e ir ser outra pessoa, a dificuldade seria de eles não me encontrarem e me forçarem a viver essa cruel eternidade de mentiras.



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Autor(a): pepearme

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

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