Fanfic: Admirável Vida Sangrenta | Tema: Vampiros, Clãs, Romance, Série, Temporadas, Sangue, Lutas, Ação, Mistério, Terror, Suspense
Termino de colocar as roupas no meu guarda-roupa. A ideia de mudar-se para Burlington foi um pouco, a meu ver, muito exagerada. Não consultou nenhum de nós, avô Astaroth e avó Yvette disseram e todos obedeceram, não houve discussão porque estes disseram que não queriam ouvir opiniões. Tive de arrumar minhas coisas às pressas e nem sequer bebi sangue ontem. Viemos para esta vila perto de Bristol a pé com uma barreira vampiresca logo que entramos na estrada para cidade mais próxima.
Gostei da nova casa, é mais espaçosa que a anterior quando morávamos no sul do País de Gales, em uma cidade chamada Swansea. Aqui é uma mansão maior e mais luxuosa, a cor predominante nos cômodos é vermelha. Tomara que aqui eu não sinta o mesmo aperto que eu sentia antes, muita gente em um só lugar. Meu clã é composto por sete pessoas. Meu pai, Hunter Yeves, muito legal, tirando o fato de que ele é “pau-mandado” do meu avô, tudo que este pede ele faz. Minha mãe, Yeda Yeves, ela sempre defende o pacifismo, odeia participar dos duelos contra vampiros sem clã e não vê a hora do maior conflito que a família tem contra o clã Lowe, ela é totalmente o contrário da minha avó, Yvonne Yeves.
Minha irmã, Chelan Yeves, ela acabara de completar seus vinte e cinco anos, sempre melhor aluna da escola, dedicada a tudo, respeita muito os outros membros do clã, mas há algo nela que apenas eu sei, ela odeia ser uma vampira, ela diz para mim que se lamenta todos os dias de ter nascido assim, que queria envelhecer e morrer. Envelhecer para mim só é verdade até os vinte e cinco.
Meu irmão, Arthur Yeves, este tem treze anos, sua mente é bem evoluída, guarda grande mágoa do nosso clã inimigo, os Lowe, mesmo que ele nunca vira nenhum deles, provavelmente todo esse ódio tenha nascido das histórias que meus avós tenham colocado na cabeça dele. Ele é frio e calculista. O físico dele é muito esquisito, ele nascera com cabelos brancos, sua pele é muito mais pálida que a de um vampiro normal, os olhos extremamente azuis me incomodam até demais.
Meus avós, Astaroth e Yvonne Yeves são os anciões da família, meu avô com setecentos e dez anos e minha avó com seiscentos e cinquenta. Fortes e invencíveis. Consigo trazem uma “bolsa” de segredos com certeza maléficos. Torço para que me acostume com essa nova cidade. De acordo com meu pai vou estudar em uma escola no centro de Bristol. Vamos de carro, Chelan irá nos levar.
— Já estamos atrasados para escola. Disse Arthur entrando no meu quarto.
Ele está vestindo uma camiseta de manga longa cinza, por cima uma camisa xadrez vermelha, cinto de couro preto, calça Toolstoy preto. Esquisito, nunca o vi normal, ele costuma vestir roupas consideradas emo. Até o corte de cabelo está diferente, não está cobrindo o olho esquerdo.
— Precisamos mudar nosso estilo de vestir a cada vez que mudarmos. Você precisa mudar também. Alertou.
Ele joga uma bolsa, deve ser a da escola.
— Já a arrumei pra você os livros e estojo. Falta só você se arrumar.
Arthur sai do quarto. Abro meu guarda-roupa e pego uma camisa jeans Triton, calça jeans escuro, um dockside e óculos Boss Orange que meu pai comprou pra mim quando estávamos em Paris nas férias do ano passado, nunca o usei porque não tenho costume de estar de óculos, mas já que temos de mudar a cada cidade...
Após me vestir, preparar a barreira vampiresca para que nenhum outro vampiro perceba que sou um deles e colocar a bolsa nas costas desço as escadas e entro na cozinha, espaçosa, a mesa está cheia de taças com sangue. Bebo três e mato minha sede. Saio de casa e do outro lado da rua está Chelan e Arthur já dentro do carro, a nova versão do Uno, cor vermelho. Entro no carro e Chelan já dá partida.
— Gostei do novo estilo, Tony. Disse Chelan.
— Obrigado.
O tom de minha irmã está mais pesado, significa que está triste com algo, provavelmente com a mudança, deixar as amigas sem nem mesmo dar um aviso, apenas apagar a memória delas, deve ter sido melancólico.
Saímos de Burlington e após dez quilômetros já estávamos em Bristol, demorou alguns minutos e chegamos à nova escola, Slanderman High School. O nome é feio, mas o lugar é bonito, pois esta parecia um mini campus, um jardim enorme e no meio estava o prédio. Eu e Arthur saímos do carro e entramos pelo portão enorme de ferro do colégio e andamos até o prédio. Havia grupos de pessoas, um muito longe do outro, patricinhas, nerds, normais, descolados, prováveis usuários de drogas. Parece que aqui é dividido em uma pirâmide social.
— Você não vai gostar daqui. Comentou Arthur abrindo a porta da sala em que ele ficaria.
— Não vou mesmo. Acho que vou sair e passear um pouco por aí. Disse eu.
— Pois vá, não vou contar para o papai. Falou Arthur.
Umas garotas loiras e com roupas rosa passaram por nós e nos olharam com sensualidade.
— Você cobre pra mim ok?
Arthur entra e fecha a porta na minha cara, isso quer dizer que ele vai cobrir. Ando pelo jardim e saio discretamente. Ando mais alguns quarteirões até deparar-me com uma bela escola, Colégio Rythem. O muro de tijolos, o prédio é enorme. Entro sem ser notado e vou para o jardim. Aqui as pessoas parecem ser mais normais, não há grupos, parece ser mais caro. Sentado num banco no meio do gramado vejo um garoto moreno, usando um blazer preto, tricô cinza, camisa xadrez, calça Renner preta e sapatos Shoestock marrom. Vou até ele e sento-me ao seu lado. Agora percebo que ele estava chorando, quando percebe minha presença limpa o rosto. Seus cabelos pretos e lisos estão um pouco úmidos. Seu rosto é lindo, a boca é perfeita. Ele deve ter um metro e setenta e dois, cinco centímetros mais baixo que eu.
— Você está bem? Pergunto.
Ele me olha, deve estar pensado se fala ou não com um estranho.
— Estou sim. Obrigado por perguntar.
— Nota baixa ou problemas familiares?
— O segundo. Respondeu.
Chego mais pra perto dele. Ele percebe e afasta um pouco, quase nada.
— Quem é você? Nunca te vi por aqui. Perguntou ele.
— Meu nome é Antony, mas pode me chamar de Tony. Tenho dezesseis anos e você?
— Richard, mas me chamam de Rich. Quinze anos.
A expressão dele me lembra de Chelan. Depressivo e sozinho ele deve estar.
— Quer sair daqui e dar uma volta? Pergunto.
— Quero sim, mas nem te conheço, tenho mais oito aulas hoje...
Levanto-me e digo:
— Deve voar de vez em quando. Está triste, ainda vai ocupar sua cabeça aprendendo coisas? É burrice.
Ele pega a bolsa dele que está no chão e se levanta. Parece fraco.
— Pra onde a gente vai? Perguntou.
Aceno para ele me acompanhar. Saímos discretos pelo portão e ninguém nos barrou. Sinto algo por ele, deve ser atração ou amor, amor adolescente, ou seja, forte.
— Que tal irmos até o McDonalds? Sugeriu.
— Topo, mas não sei onde fica.
— Você é de onde?
— Sou de Burlington. Passei a estudar aqui hoje. Não conheço muito Bristol.
— Vem. Eu sei onde é.
Andamos oito quarteirões até chegarmos à lanchonete. Fizemos os pedidos e nos sentamos.
— Vou te dar meu número. Quer ser meu amigo? Pergunto.
Ele acena concordando.
Dou o meu número de celular e ele faz o mesmo. Os lanches ficam prontos e começamos a comer.
— Qual sua cor favorita? De que bandas você gosta? E que series de tevê você acompanha?
— Gosto de azul, não acompanho nenhuma série de tevê e musica... Gosto estilo soul que nem Amy Winehouse. Respondeu.
— Gosto de vermelho, não assisto nada e gosto de Slipknot.
Vejo Rich dando umas mordidas, ele percebe que estou encarando-o e pergunta:
— Estou sujo?
— Você é uma graça. Respondi.
Ele para de comer e me olha sério.
— Sabia que não era pra eu aceitar esse convite. Disse ele se levantando, seguro forte na mão dele para que não vá embora.
— Eu sei que você é. Eu também sou. Dá-me uma chance da gente se conhecer melhor.
Ele sai correndo da lanchonete. Conseguiu soltar-se, a força que pus contra o braço dele... Ele não é um humano.
Saio da lanchonete para encontrá-lo, mas já não sinto a presença dele. Definitivamente ele é um vampiro. Preciso ir para casa falar sobre isso.
~x~
Entro em casa e encontro meus avós e meus pais discutindo sobre algo sobre a mesa.
— Ainda não aceito essa mudança desesperada de ultima hora! Temos assuntos interminados em Swansea! Gritou minha mãe.
— Então volte para lá e termine! Retrucou minha avó no mesmo tom de voz levantando-se.
— Acalmem-se. Diz meu avô com sua voz demasiadamente grossa e como gosto de chamar endiabrada.
Avó senta-se e cruza os braços. Tudo fica em silencio.
— Não era para você estar na escola, filho? Perguntou meu pai.
— Não gostei do ambiente e saí. Acho que quero mudar de escola.
— Amanhã resolvemos isso. Disse minha mãe.
Sempre quis participar dessas reuniões, a única que pode é Chelan, mas ela quase nem liga para isso. Ela prefere ficar passeando por aí observando os humanos os estudando. Só não se assustam com ela porque ela é loira e peituda.
— Você quer participar desta pequena e insignificante reunião de família? Antony. Perguntou Astaroth, meu avô.
— Claro! Respondi.
Ele aponta para a cadeira que fica ao lado de minha avó. Vou até a mesma e sento-me.
— Continuando... Nada de voltar para Swansea, temos de cumprir o que prometemos a nós mesmos. Derrotar os Lowe. Continuou meu avô.
Essa reunião é sobre os Lowe? Não ouço ele dizer sobre esse clã a muito tempo. Por que só agora? A guerra vai começar de novo? E ainda por cima ainda estou vivo para presenciar isso? Que desgraça.
— A Conferencia de Líderes de Clãs Vampirescos desse ano vai ser amanhã. Com certeza Taylor Lowe estará lá. Irei declarar guerra, mas desta vez não ficaremos empatados. Os Yeves vencerão. Taylor e Henry Lowe mortos... Vou morrer de rir sobre isso. Disse Astaroth.
— Ouvi dizer que as leis vampirescas serão reformuladas nesse ano na CLCV. E que Mark Petroviski será o ministrante. Argumento.
— Três mil anos de eternidade o fez ministrar dessa vez. Prefiro Sheva Diswa ministrando. Ela é direta e engraçada às vezes. Disse minha avó.
— A de sete mil anos? Perguntou Chelan entrando no cômodo.
— Sim, essa mesmo. Onde você estava? Tivemos de começar a reunião sem você.
— Arrumei um emprego num hospital de Bristol. Respondeu.
Eu não aguentaria ficar rodeado de sangue sempre. Eu morderia todos ali.
— Você me impressiona com seu controle. Você é mais forte que eu nesse aspecto. Os Yeves é um clã cheio de vampiros especiais e sempre impressionaram na CLCV, desta vez não será diferente, continuaremos para sempre no topo. Disse meu avô.
— Obrigada pelo elogio. Vou começar amanhã. Vou ficar fora de Burlington, estarei num apartamento... Num prédio cujo endereço eu coloquei em um papel e colei na geladeira. Tchau.
Chelan sai de casa.
— Fique de olho na sua irmã. Alertou meu pai.
Chelan é mais esperta, inteligente e ágil que eu. Acho que não sou o melhor para essa tarefa.
— Reunião encerrada. Declarou minha avó.
Todos saem da mesa. Pego meu Galaxy SIII e começo a escrever uma mensagem para Rich.
“Desculpe-me pelo oq aconteceu... Foi impulso.”
Rich: “Impulso?”
“Eu não sabia oq fala e falei aquilo. Desculpa msm, ok? Tem cmo a gente se encontrar dnv? No parque desta vez.”
Rich: “N sei... Vou ficar só com meus irmãos amanhã, se eles me deixarem sair... Qm sabe”
“Seus pais vão viajar é”
Rich: “N falo mais nda”
“A gente vai se conhecendo por msg então... kk”
Rich: “N me chame mais de graça!”
“Ok... Não chamo mais. Eu sei que vc é um vampiro.”
Rich: “Digo o msm de vc...”
Ele é uma graça de vampiro. Será que ele faz parte de um clã ou ele é só no mundo? Será que ele foi transformado e ainda não contou pros pais? Tipo, para ele estudar na Rythem ele tem alguém sustentando ele.
“Qual seu clã? Ou vc não tem nenhum?”
Rich: “Amanhã a gent se fala mais ok?”
“Boa noite vc é uma gra....”
Rich: “Eu falei serio!!!”
Inglaterra... Você é demais!
Autor(a): pepearme
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).